Bases celulares da variação no eixo antero

Propaganda
55º Congresso Brasileiro de Genética
Resumos do 55º Congresso Brasileiro de Genética • 30 de agosto a 02 de setembro de 2009
Centro de Convenções do Hotel Monte Real Resort • Águas de Lindóia • SP • Brasil
www.sbg.org.br - ISBN 978-85-89109-06-2
282
Bases celulares da variação no eixo antero-posterior
em linhagens de Drosophila melanogaster divergentes
para forma das asas
Torquato, LMS¹; Bitner-Mathé, BC².
Instituto de Biologia, Departamento de Genética - UFRJ
¹[email protected]; ²[email protected]
Palavras-chave: asa, Drosophila, número de células, seleção artificial, variação morfológica.
Estudos morfogenéticos mostraram que a proliferação, a competição e os rearranjos celulares ocorrem durante
desenvolvimento embrionário, sendo responsáveis por determinar e orientar o tamanho e a forma final de órgãos. Em
nosso laboratório, através de seleção artificial por 64 gerações, foram obtidas linhagens de Drosophila melanogaster
com forma das asas divergentes: linhagens com asas alongadas (L) e linhagens com asas arredondadas (R). O
objetivo desse trabalho é investigar a influencia do eixo ântero-posterior da asa na determinação das variações
de forma e relacionar essas variações às variações de número e de tamanho das células. Para isso, a medida da
largura da asa foi tomada nas linhagens L e R e o número de células presente nessa largura foi estimado pela
contagem dos tricomas. Isso é possível porque na asa de Drosophila existe a relação de um para um entre células
e tricomas. Também é possível estimar o diâmetro das células através da razão entre a largura da asa e número
total de células ao longo dessa largura. Sabemos que parte da estimativa de forma está relacionada ao tamanho
total da asa, sendo assim o valor da forma foi dividido em dois componentes: alométrico ( forma dependente de
tamanho) e não alométrico ( forma independente de tamanho). Não foi possível identificar diferença significativa
para o número de células entre as duas direções de seleção. No entanto, a análise de componentes principais
mostrou que parte da variação na largura das asas está relacionada ao tamanho geral da asa e também a variações
no número de células. Por outro lado, grande parte da variação na largura das asas está relacionada à variação de
forma e ao diâmetro das células. Ou seja, asas mais arredondadas têm largura maior por apresentar células com
maior diâmetro nessa direção, embora não haja diferença significativa no número de células distribuídas ao longo
do eixo ântero-posterior nas asas das linhagens L e R.
Apoio financeiro: CAPES, CNPq e FAPERJ
Download