Avaliação dos Efeitos do Brometo de Etídio em Nível Gênico e

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56º Congresso Brasileiro de Genética
Resumos do 56º Congresso Brasileiro de Genética • 14 a 17 de setembro de 2010
Casa Grande Hotel Resort • Guarujá • SP • Brasil
www.sbg.org.br - ISBN 978-85-89109-06-2
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Avaliação dos Efeitos do Brometo de Etídio em Nível
Gênico e Bioquímico de Drosophila melanogaster
(Diptera-Drosophilidae).
Ouchi, RY1; Granzotto, A2; Manzato, AJ3; Ceron, CR1; Bonilla-Rodriguez, GO1.
Laboratório de Bioquímica de Proteínas e Laboratório de Isoenzimas de Insetos do Departamento de Química e Ciências Ambientais,
IBILCE-UNESP, São José do Rio Preto SP
2
Laboratório de Evolução Molecular de3 Insetos do Departamento de Biologia, IBILCE-UNESP, São José do Rio Preto SP
3
Departamento de Ciências da Computação e Estatística, IBILCE-UNESP, São José do Rio Preto SP.
[email protected]
1
Palavras-chave: Brometo de Etídio, Elemento Transponível Bari-1, Biomonitoramento, Drosophila melanogaster
O brometo de etídio (EB) é um corante intercalante em ácidos nucléicos, eventualmente mutagênico e também
um inibidor intercalante da enzima topoisomerase II, que atua na manutenção da integridade do material
genético. Com o objetivo de verificar alguns efeitos provocados pelo EB em diferentes níveis em D. melanogaster,
analisamos o efeito em nível bioquímico (baseado na análise proteômica) e níveis gênicos, avaliando os efeitos
em cromossomos e genes (baseado no ensaio cometa). Além disso, avaliamos se há alguma variação no número
de cópias do elemento Bari-1, já que elementos transponíveis podem provocar mutações. Analisamos ainda a
produtividade em 20 gerações de D. melanogaster submetidas a diferentes concentrações do EB (1uM, 5uM e 30
uM) e 1uM de EMS (mutagênico), além da longevidade de machos, fêmeas e do casal (5 réplicas). Os dados revelam
que a longevidade média dos casais dos grupos tratados é sempre menor do que a do controle, sendo esta por
volta da 7ª semana, enquanto que para os expostos a EB é por volta da 3ª semana, e para o EMS, verificou-se
entre a 5ª e a 6ª semanas. A longevidade média dos machos do controle foi por volta da 9ª semana, enquanto que
para o 1 mM e 5 mM EB foi na 7ª semana. A média para 30 mM EB ficou em torno da 3ª semana, enquanto que
para o EMS o gráfico foi irregular, mostrando três intercepções da proporção relativa ao 50%, sendo a primeira
em torno da 3ª semana. A maior longevidade foi para o grupo de 30 mM EB, de 8 semanas; para os demais foi
de 4. Para as fêmeas do 30 mM EB a longevidade média foi de 8 semanas. Na produtividade diária para cada
geração houve diferença significante na quantidade de indivíduos expostos emergidos em relação ao controle.
A freqüência de indivíduos emergidos com alterações morfológicas (asas e tergitos) dos grupos tratados, em
relação ao controle, foi sempre maior. Entretanto, a análise cromossômica mostrou-se inviável pela dificuldade de
obtenção de lâminas para análise. A análise do elemento Bari-1 foi realizada por meio de Southern Blot, usando o
kit Alkaphos e o sistema de detecção Gene Images CDP-Star (Amersham). Verificou-se o mesmo padrão de bandas
entre grupos controles e tratados. Assim, pode-se inferir que não há polimorfismo de inserção e também sugerir
que não há diferenças significantes da transposição desse elemento entre os grupos analisados. Os protocolos
para realização da eletroforese bidimensional e ensaio cometa estão sendo estabelecidos. Embora os resultados
sejam parciais, pode-se verificar que o EB foi capaz de induzir alterações significativas em vários aspectos, com
grande variabilidade de resposta, conseqüência da variabilidade genética e adaptativa existente nas populações.
Apoio Financeiro: FAPESP
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