Correlação entre os componentes do valor adaptativo e a

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56º Congresso Brasileiro de Genética
Resumos do 56º Congresso Brasileiro de Genética • 14 a 17 de setembro de 2010
Casa Grande Hotel Resort • Guarujá • SP • Brasil
www.sbg.org.br - ISBN 978-85-89109-06-2
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Correlação entre os componentes do valor adaptativo e a
resistência ao DDT em linhagens de laboratório e recémcoletadas de Drosophila melanogaster e D. simulans
Gomes, MO1; Madi-Ravazzi, L1
Laboratório de Genética, Ecologia e Evolução de Drosophila, Departamento de Biologia, Instituto de Biociências, Letras e Ciências
Exatas - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”- Campus de São José do Rio Preto
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Palavras-chave: grupo melanogaster, resistência a inseticidas, valor adaptativo.
Introdução: Linhagens resistentes de D. melanogaster são notavelmente ajustadas a seus ambientes e o lócus
da resistência DDT-R parece estar se aproximando de uma fixação global, mesmo após o uso do DDT ter sido
abolido em atividades agrícolas, embora ainda utilizado no controle de insetos vetores. Trabalhos na literatura
indicam que este lócus pode não apresentar custo adaptativo para esta espécie. Objetivo: O presente trabalho
avaliou cinco componentes do valor adaptativo ( fertilidade, fecundidade, viabilidade ovo-pupa, viabilidade pupaimago e viabilidade ovo-imago) em linhagens de laboratório e recém-coletadas de D. melanogaster e D. simulans e
correlacionou com a resistência ao DDT. Métodos: Para essa análise, casais de quatro dias de idade, permaneceram
em tubos de excursão contendo meio de cultura padrão (banana-ágar) para oviposição. Os componentes do valor
adaptativo foram analisados nesta descendência. Após quatro ou cinco dias de oviposição, os casais parentais
foram submetidos ao bioensaio com DDT em concentrações previamente estabelecidas (CL50) para a classificação
dos fenótipos resistentes ou suscetíveis. Os casais que sobreviveram ao teste foram considerados resistentes e
os que não sobreviveram foram considerados suscetíveis. Resultados: As linhagens de laboratório resistentes
de D. melanogaster mostraram valores maiores nos parâmetros avaliados do que as suscetíveis, isto também foi
verdadeiro para as linhagens de D. simulans. Estes resultados corroboram a idéia difundida na literatura que, em D.
melanogaster, o lócus DDT-R parece não apresentar custo, no presente trabalho os dados obtidos para D. simulans
também sugerem ausência de custo dos fenótipos resistentes. Nas linhagens recém-coletadas de ambas as espécies
foram obtidos somente fenótipos resistentes, os quais mostraram valores significantemente superiores aos das
linhagens resistentes de laboratório tanto para D. melanogaster quanto para D. simulans, indicando que na natureza
estas populações estão sofrendo a ação de outros inseticidas que favorecem o fenótipo da resistência. Destaca-se
que os valores dos parâmetros avaliados das linhagens D. melanogaster foram significantemente superiores aos de
D. simulans em todos os casos, refletindo um valor adaptativo maior para as populações de D. melanogaster em
relação à D. simulans. A diferença na fertilidade entre os fenótipos resistentes e suscetíveis, já foi evidenciada em
outros trabalhos apenas para linhagens de D. melanogaster e foi atribuída a uma vantagem do fenótipo resistente
das fêmeas e no presente trabalho isso também foi verificado para a espécie irmã, D. simulans. Conclusões: A não
observação de custo para o fenótipo resistente pode ser causada pela perda dos efeitos pleiotrópicos negativos
associados com o alelo resistente. Entretanto, a redução do valor adaptativo nestes traços pode não estar
associada somente com os genes responsáveis pela resistência e novos estudos devem ser realizados com intuito
de esclarecer e compreender melhor os mecanismos dos custos fisiológicos associados à resistência a inseticidas.
Apoio Financeiro: CNPq, Capes e Fundunesp.
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