SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS FACULDADE DE MATEMÁTICA CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM MATEMÁTICA JOSÉ RICARDO DOS SANTOS FREITAS ASPECTOS GERAIS DA SÉRIE DE FOURIER Marabá – PA FAMAT - UNIFESSPA 2016 SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS FACULDADE DE MATEMÁTICA CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM MATEMÁTICA JOSÉ RICARDO SANTOS FREITAS ASPECTOS GERAIS DA SÉRIE DE FOURIER Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Federal do Sul e Sudeste do Estado do Pará como requisito para obtenção do título em Licenciatura Plena em Matemática. Área de Concentração: Matemática e Programação. Orientador: Prof. Msc. Pedro Cruz Nunes de Moraes Marabá – PA FAMAT - UNIFESSPA 2016 Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP) Biblioteca II da UNIFESSPA. CAMAR, Marabá, PA Freitas, José Ricardo Santos Aspectos Gerais da série de Fourier / José Ricardo Santos Freitas; orientador, Pedro Cruz Nunes de Moraes. — 2016. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) - Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará, Campus Universitário de Marabá, Instituto de Ciências Exatas, Faculdade de Matemática, Curso de Licenciatura Plena em Matemática, Marabá, 2016. 1. Matemática Aplicada. 2. Série de Fourier (Matemática). 3. MATLAB (Programa de computador). I. Moraes, Pedro Cruz Nunes de, orient. II. Título. CDD: 22. ed.: 519.4 SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS FACULDADE DE MATEMÁTICA CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM MATEMÁTICA JOSÉ RICARDO SANTOS FREITAS Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Federal do Sul e Sudeste do Estado do Pará como requisito para obtenção do título em Licenciatura Plena em Matemática. Área de Concentração: Matemática e Programação. Orientador:Prof. Msc. Pedro Cruz Nunes de Moraes DATA DA DEFESA: __/___/______ CONCEITO:_______________ BANCA EXAMINADORA _______________________________________________ Prof. Eng. Ms.C. Pedro Cruz Nunes de Moraes Orientador _______________________________________________ Prof. Eng. Esp. Geraldo Lopes Daltro da Silveira Membro 1 – FACULDADE METROPOLITANA – MARABÁ ________________________________________________ Prof. Ms.C. Claudionei Pereira de Oliveira Membro 2 – UNIFESSPA ________________________________________________ Prof. Ms.C. Clayton Douglas Chagas de Oliveira Suplente - UNIFESSPA Os SÁBIOS perdoam, mas nem sempre TOLERAM. Pcruz DEDICATÓRIA Dedico este trabalho a minha Família, que sempre me deu forças em todos os momentos e a meus pais, José Costa Freitas e Raimundinha Alves dos Santos. AGRADECIMENTOS Agradeço antes de tudo ao Senhor meu Deus que me concedeu o dom da vida, sempre está comigo me guiando e me ajudando a tomar as melhores decisões, me tratando com misericórdia em todos os momentos difíceis. Agradeço a minha família, por ter sempre me incentivado e nunca ter medido esforços para me ajudar em todos os percalços ao longo desta empreitada. Agradeço especialmente a meu irmão Elken Freitas por ser uma pessoa em quem eu posso me espelhar e seguir suas atitudes. Agradeço a meu pai José Costa Freitas que me ensinou a trabalhar e nunca trilhar por caminhos errados. Minha mãe Raimundinha Alves dos Santos que sempre foi a grande responsável por me comprometer com a educação e nunca desistir frente aos problemas que pudessem surgir, sempre intercedendo junto a Deus a meu favor. Agradeço a meu Orientador e amigo Pedro Cruz, que viu em mim algo em potencial e tem me ensinado a fazer um bom trabalho, qualquer que seja a vertente, um grande amigo que me ensina a superar as dificuldades com sabedoria e humildade. Reconheço a ajuda dos meus amigos que me auxiliaram concluir e tolerar os problemas que por ventura aconteceram em especial meus amigos Mathias Formachare, Bento Cleiton de Oliveira e família e Prefeito Ruan. E não menos, importante gostaria de agradecer aos meus amigos que em muitos momentos estivemos juntos enfrentando as diversidades; Diego Pantoja, Anderson Penalva, Irmão Valdivino, Benedito Sousa juntamente com o Projeto Educando Para Viver, minha amiga Sâmila Lavyni. Agradeço a Sara Mileide pela paciência e incentivo. Não posso deixar de agradecer a minha turma de fato 2011 e a todos os meus colegas da turma de direito 2012 que ao longo desse percurso tem convivido, a Professora Renata Laurinho, muito obrigado. Agradeço ainda à Ana Tigre pela força que está me dando nesse momento. Mais uma vez gostaria de agradecer ao Math-Up e a Deus por tudo, por todos que entraram em meu caminho e que continuem surgindo pessoas boas no meu trajeto acadêmico. RESUMO Esta monografia começa com as definições de funções periódicas, ciclo trigonométrico, seno, cosseno, tangente, função par e ímpar e suas respectivas proposições com as demonstrações correspondentes. Abrindo um leque para as integrais de funções pares e impares. Em seguida têm-se o cuidado de definir a frequência, período e caracterizar a diferença entre frequência e frequência angular para introduzi-las nas séries trigonométricas. Faz-se um breve histórico de como Fourier chegou as deduções dos coeficientes da sua série escrevendo em seu livro intitulado “Teoria Matemática da Condução de Calor”, destacando matemáticos que trabalharam essa mesma ideia, como: Euler, Bernoulli, Taylor, Maclaurin entre outros. A seguir faz-se uma exposição de funções ortogonais, mostrando um sistema ortonormado e deduzindo por meio desses conceitos, os coeficientes de Fourier, de maneira análoga usando as identidades trigonométricas para resolver algumas integrais peculiares ao tema, com a representação do Delta de Kronecker se encontra os mesmos resultados para os coeficientes de Fourier. Depois da definição de função seccionalmente contínua por partes é discutido os problemas de funções suaves, muito suaves, saltos e cantos. Procurando sempre demonstrar todos os teoremas e corolários que contenham funções contínuas inclusive a própria série. Aplicando essa teoria em algumas funções como: Pulso, onda triangular, dente de serra e expandindo o assunto para série cossenos e senos de Fourier. Mostrando a convergência da série através do erro quadrático mínimo. Esse Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) está apoiado em programações feitas pelo software MATLAB por ser uma ferramenta bastante utilizada nos problemas científicos e teóricos. PALAVRAS-CHAVE: Função, Trigonometria, Frequência, Ortogonalidade, Séries, Fourier, Coeficientes, Kronecker, Teorema, Corolário, Aplicação, Minimização, Programação no MATLAB. ABSTRACT This paper begins with the definitions of periodic functions, trigonometric, sine cycle, cosine, tangential, odd and even function and their proposals with corresponding statements. Opening a range for the whole of even and odd functions. Then they have been careful to set the frequency, period and characterize the difference between frequency and angular frequency to introduce them in trigonometric series. It makes a brief history of how Fourier came deductions of the coefficients of its series writing in his book "Mathematical Theory of Heat Conduction," highlighting mathematicians who worked the same idea, as Euler, Bernoulli, Taylor, Maclaurin and others . The following makes up a display of orthogonal functions, showing an orthonormal system, less through these concepts, Fourier coefficients, similarly using trigonometric identities to solve some wholly peculiar to the subject, with the representation of the Kronecker Delta is the same results for the Fourier coefficients. After the definition of piecewise function is discussed the smooth functions of problems, very smooth, jumps and corners. Always trying to demonstrate all theorems and corollaries containing continuous functions including the series itself. Applying this theory in some functions such as pulse, triangle wave, saw tooth and expanding it to cosine series and Fourier sines. Showing the convergence of the series through the minimum square error. This Work Course Conclusion (TCC) is supported by programs made by MATLAB software, a tool widely used in scientific and theoretical problems. KEYWORDS: Function, Trigonometric, Frequency, Orthogonality, Series, Fourier coefficients, Kronecker, Theorem, Corollary, Application, Minimization, Programming in MATLAB. SUMÁRIO INTRODUÇÃO ............................................................................................................................... 12 CAPÍTULO 1 ................................................................................................................................... 14 1•1 –FUNÇÃO PERIÓDICA ....................................................................................................... 14 1•1•1-Definição: ....................................................................................................................... 14 1•1•2-Proposição: ..................................................................................................................... 15 1•1•3-Proposição: ..................................................................................................................... 15 1•2-CICLO TRIGONOMÉTRICO. ............................................................................................. 16 1•2•1-Definição: ....................................................................................................................... 16 1•3 – FUNÇÃO SENO................................................................................................................. 17 1•3•1- Definição: ...................................................................................................................... 17 1•3•2- Proposição: .................................................................................................................... 17 1•4 – FUNÇÃO COSSENO ......................................................................................................... 19 1•4•1 – Definição:: ................................................................................................................... 19 1•4•2- Proposição: .................................................................................................................... 19 1•5 – FUNÇÃO TANGENTE ...................................................................................................... 20 1•5•1 – Definição: .................................................................................................................... 20 1•6 – FUNÇÃO PAR E ÍMPAR .................................................................................................. 21 1•6•1 – Definição: .................................................................................................................... 21 1•6•2 – Definição ..................................................................................................................... 23 CAPITULO 2 ................................................................................................................................... 24 2•1 FREQUÊNCIA ...................................................................................................................... 24 2•1•1-Definição: ....................................................................................................................... 24 2•2 – SÉRIES TRIGONOMÉTRICAS ........................................................................................ 24 2•3 – FUNÇÕES ORTOGONAIS ............................................................................................... 25 2•3•1- Proposição: .................................................................................................................... 26 2•4 – COEFICIENTES DE FOURIER ........................................................................................ 26 2•4•1- Proposição: .................................................................................................................... 27 2•5 – REPRESENTAÇÃO DELTA DE KRONECKER ............................................................. 30 2•5•1-Definição: ....................................................................................................................... 30 2•6 – RELAÇÕES DE ORTOGONALIDADE ........................................................................... 30 2•7 – DETERMINAÇÃO DOS COEFICIENTES DE FOURIER (a , a e ) ....................... 32 2•8 – DE OUTRA MANEIRA ..................................................................................................... 32 CAPITULO 3 ................................................................................................................................... 35 3•1 FUNÇÃO SECCIONALMENTE CONTÍNUA POR PARTES .......................................... 35 3•1•1-Definição: ....................................................................................................................... 35 3•2 TEOREMA 1 ......................................................................................................................... 35 3•3 DEMONSTRAÇÃO DO TEOREMA 1 ................................................................................ 36 3•4 COROLÁRIO 1 ..................................................................................................................... 36 3•5 TEOREMA 2: ESTIMATIVA DE ERRO ............................................................................. 36 3•6 DEMONSTRAÇÃO DO TEOREMA 2 ................................................................................ 37 3•7 TEOREMA 3 ......................................................................................................................... 37 3•8 DEMONSTRAÇÃO DO TEOREMA 3 ................................................................................ 37 3•9 TEOREMA 4 ......................................................................................................................... 38 3•10 DEMONSTRAÇÃO DO TEOREMA 4 .............................................................................. 38 3•11 COROLÁRIO 2 ................................................................................................................... 38 3•12 DEMONSTRAÇÃO DO COROLÁRIO 2 .......................................................................... 39 CAPITULO 4 ................................................................................................................................... 41 4•1 APLICAÇÃO......................................................................................................................... 41 4•1•1 FUNÇÃO PULSO .......................................................................................................... 41 Determinar a representação em Série de Fourier da função pulso de período , dada por: .. 41 4•1•2 ONDA TRIANGULAR.................................................................................................. 44 Determinar a representação em Série de Fourier da Onda Triangular de período , dada por: .................................................................................................................................................. 44 4•1•3 DENTE DE SERRA ....................................................................................................... 48 Determinar a representação em Série de Fourier da Onda “Dente de Serra” com período 2 , 48 CAPITULO 5 ................................................................................................................................... 51 5•1 MINIMIZAÇÃO DO ERRO QUADRÁTICO ...................................................................... 51 CAPITULO 6 ................................................................................................................................... 52 6•1 SÉRIE DE FOURIER COSSENOS E SENOS ..................................................................... 52 CONCLUSÃO ................................................................................................................................. 55 BIBLIOGRAFIA.............................................................................................................................. 57 LISTA DE FIGURAS Figura 1-Função Periódica ................................................................................................................ 14 Figura 2 - Ciclo Trigonométrico ...................................................................................................... 17 Figura 3 - Função Seno. ................................................................................................................... 17 Figura 4 - Periodicidade da Função Seno......................................................................................... 18 Figura 5 - Função Cosseno. .............................................................................................................. 19 Figura 6 - Periodicidade da Função Cosseno ................................................................................... 20 Figura 7 - Função Tangente. ............................................................................................................ 20 Figura 8 - Periodicidade da Função Tangente .................................................................................. 21 Figura 9 - Variações do Cosseno...................................................................................................... 28 Figura 10 - Variações do Seno ......................................................................................................... 29 Figura 11 - Variações do Seno e Cosseno. ....................................................................................... 30 Figura 12 - Função Seccionalmente Contínua ................................................................................. 35 Figura 13 - Função Pulso ou Quadrática. ......................................................................................... 41 Figura 14 - Representação da Série de Fourier ................................................................................ 43 Figura 15 - Superposição da Função Pulso – Série de Fourier ........................................................ 44 Figura 16 – Onda Triangular ............................................................................................................ 44 Figura 17 - Série de Fourier da Onda Triangular ............................................................................. 47 Figura 18- Superposição da Onda Triangular - Série de Fourier ..................................................... 47 Figura 19 - Onda Dente de Serra ...................................................................................................... 48 Figura 20 - Série de Fourier da Dente de Serra ................................................................................ 50 Figura 21 - Superposição da Onda Dente de Serra - Série de Fourier ............................................. 51 12 INTRODUÇÃO O trabalho partiu da ideia de fazer gráficos das séries desenvolvidas na matemática utilizando o software MatLab, a partir de funções contínuas. Um dos primeiros objetivos deste foi entender a periodicidade de funções. A ideia era descrever uma função como um somatório, usando as séries de Potência, de Taylor ou de Maclaurin e culminou na expansão trigonométrica de senos e cossenos. Essa ideia nasceu na história naturalmente com Jean Baptiste Joseph Fourier (1768–1830) no começo do século , quando estudava o problema da condução de calor, fazendo um livro intitulado "Theorie analytique de la chaleur" (Teoria Analítica do Calor). No entanto ao longo dos estudos sobre o tema Série de Fourier, os objetivos foram sendo adequados e optou-se por modelar os gráficos das funções periódicas e seccionalmente contínua por partes, das variações de produtos de senos e cossenos, das aplicações, manipulando o software MATLAB e mostrar a convergência e a continuidade da Série de Fourier. Inicialmente foi necessário, para clareza do mesmo, definir alguns conceitos de matemática básica, como periodicidade das funções de valores reais e suas propriedades; soma e produto de funções periódicas e multiplicação de um termo constante por funções periódicas. Introduzindo o conceito de círculo trigonométrico, funções seno, cosseno e tangente. Definindo-se funções pares e impares com suas respectivas proposições e demonstrações. Em seguida, foi exposto o conceito de frequência, que é o inverso do período, nesse momento foi introduzido o tópico séries trigonométricas, que foram estudadas por matemáticos com grande destaque na História, assim como Fourier que pesquisou e calculou os coeficientes da série. Estes coeficientes são calculados manejando as funções ortogonais, que por definição chegam aos termos gerais normalizando para todos os coeficientes. Posteriormente, os resultados são particularizados para um coeficiente de índice zero, par e impar. De modo análogo usando as fórmulas das identidades trigonométricas muito úteis para a resolução de integrais presentes nesta monografia e após a concepção do Delta de Kronecker e das relações de ortogonalidade que são fórmulas 13 recorrentes dessas identidades trigonométricas chegando ao mesmo resultado para os coeficientes a , a e . Demonstrando os vários teoremas (1, 2 - Estimativa de Erro, 3 e 4) e corolários (1 e 2) de abrangência da Série de Fourier que tratam da continuidade e convergência das funções contínuas. Logo adiante, conhecendo a função seccionalmente contínua por partes, algumas aplicações foram apresentadas, tais como: Função pulso, Onda Triangular e a Dente de Serra com os seus respectivos gráficos e suas séries de Fourier, correspondentes. Apresentando ainda a minimização do erro quadrático e a expansão da Série de Fourier seno e cosseno. Apesar da complexidade do tema, espera-se que os docentes e discentes desta Instituição Federal, principalmente da Matemática, Física e algumas Engenharias que possuem como disciplina Tópicos da Matemática Aplicada possam tirar proveitos e explorar o mesmo tanto para o conhecimento que esta monografia possa trazer como comentar possíveis descontentamentos. De uma forma ou de outra que esses comentários possam melhorar o teor dessa obra e que o autor se instrua cada vez mais com essas observações vindas. 14 CAPÍTULO 1 Será abordado conceitos básicos de matemática de onde iniciará o trabalho. 1•1 –FUNÇÃO PERIÓDICA 1•1•1-Definição: Uma função : ⟶ condição: 0 satisfazendo a é periódica se existe um número , ∀ ∈ 1.1 O menor valor de que satisfaz a condição acima é chamado período de . O gráfico da função periódica se caracteriza por apresentar um elemento da curva que se repete, isto é, para desenhar toda a curva, basta esboçar um caminho que contenha o tal elemento da curva e prosseguir. Período é o menor comprimento do caminho (medido no eixo dos , como no gráfico a baixo). %Programa 01 - Mostra a periodicidade da função y=f(x) clear all; % ==> Limpa área de trabalho close all; % ==> Fecha todas as janelas de figuras x1=-4:0.001:-2;y1=x1+4; x2=-2:0.001:0;y2=x2+2; x3= 0:0.001:2;y3=x3; x4= 2:0.001:4;y4=x4-2; plot(x1,y1,'ok',x2,y2,'or',x3,y3,'oy',x4,y4,'ob') xlabel( ' X ' ); ylabel( ' Y ' ); % Rótulos dos Eixos title( 'Função Periódica (p=2)' ) grid hold on Função Periódica (p=2) 2 1.8 1.6 1.4 Y 1.2 1 0.8 0.6 0.4 0.2 0 -4 -3 -2 -1 0 X Figura 1-Função Periódica 1 2 3 4 15 1•1•2-Proposição: Se é uma função periódica de período , então: ● a , para a ≠ 0 é periódica de período . Logo: Suponha que a a ∗ ∗ . Fazendo a seja o período de a obtêm-se a é periódica de período , conclui-se que , ●● ara a , de modo que ∗ ⟹ ∗ a ∗ seja o período de . Fazendo, obtêm-se a . . Logo: , logo pela hipótese de que duas constantes reais quaisquer. Assim, a função ℎ definida por: ℎ Também, é periódica de período . De modo que: ℎ ℎ , , ,…, Dada pela combinação linear de e sejam 1.2 1.3 , ∀ ∈ ℝ. É obvio que a proposição é válida para o monômio Generalizando, se são funções periódicas de período . Então a função: , , ,…, é . 1•1•3-Proposição: Se são duas funções periódicas de mesmo período . Tal que ℎ ∗ , de modo que ⟹ periódica de período , concluí-se que a . Logo pela hipótese de que ≠ 0 é periódica de período Suponha que a ⋯ (x) 1.4 também é periódica de período . 16 Para , com ) é transformada numa função ≠ 0, ∀ ∈ ℝ . Seja com período 2 , pois quando → 2 ⟹ Assim, Fazendo; 2 2 ⟹ 2 , pois quando 2 2 2 Trocando as variáveis , de modo que a função 1 2 2 1 2 2 → . 1 1.5 ⇌ , as expansões de funções periódicas desse tipo terão período ⟶2 ⟹ ⟶ . 1•2-CICLO TRIGONOMÉTRICO. 1•2•1-Definição: Seja o plano num sistema cartesiano ortogonal 0 e uma circunferência de centro 0 e raio , então = 1. Cujo comprimento da circunferência é 2 , sendo também é imagem dos números: Em resumo números reais imagem e 2 , 4 , −2 , −4 , 6 , −6 , no ciclo são tais que ,∀ − ∈ℤe 2 são côngruos de módulo 2 , ou simplesmente Os eixos e 8 ,… − 8 ,… é a imagem dos elementos { ∈ ℝ ∕ 2 a imagem do número Ou 2 , ∀ ∈ ℤ}. Dois 2 ,∀ e são côngruos. − ∈ ℤ que tem a mesma e por isso diz-se que dividem a circunferência em quatro quadrantes: I, II, III e IV. Dado um número real , a seguinte linguagem é usada para efeito de localização da imagem no ciclo: Se 1.6 está no 1° quadrante ↔ ∈ ⟺ 0+ 2 ≤ ≤ 2 ; de 17 Se Se Se está no 2° quadrante ↔ ∈ ⟺ está no 4° quadrante ↔ ∈ ⟺ está no 3° quadrante ↔ ∀ ∈ ℤ. ∈ ⟺ 2 ≤ 2 ≤ 2 ≤ ≤ 2 ≤ ≤2 2 ; 2 ; . 1.7 Figura 2 - Ciclo Trigonométrico 1•3 – FUNÇÃO SENO 1•3•1- Definição: Dado um número real , seja denotado por função a ordenada a função sua imagem no ciclo. Denomina-se seno de do ponto que associa a cada real :ℝ ⟼ ℝ ⟼ em relação ao sistema o real . Denomina-se , isto é: ,∀ ∈ ℝ Figura 3 - Função Seno. 1•3•2- Proposição: Se o seno é uma função periódica de período , então: 1.8 18 2 2 ... É periódica de período ⋯ 2 ⁄ . ,∀ ℕ. %Programa 02 - Mostra a periodicidade da função seno clear all; % ==> Limpa área de trabalho close all; % ==> Fecha todas as janelas de figuras x1=-4*pi:0.001:-2*pi;y1=sin(x1); x2=-2*pi:0.001:0;y2=sin(x2); x3= 0:0.001:2*pi;y3=sin(x3); x4= 2*pi:0.001:4*pi;y4=sin(x4); plot(x1,y1,'ok',x2,y2,'or',x3,y3,'oy',x4,y4,'ob') axis([-14 14 -1.2 1.2]) xlabel( ' X ' ); ylabel( ' Y=SEN(X) ' ); % Rótulos dos Eixos title('Função Seno' ) grid hold on Função Seno 1 0.8 0.6 Y=SEN(X) 0.4 0.2 0 -0.2 -0.4 -0.6 -0.8 -1 -10 -5 0 X 5 Figura 4 - Periodicidade da Função Seno. 10 1.9 19 1•4 – FUNÇÃO COSSENO 1•4•1 – Definição:: Dado um número real , seja denotado por função a abscissa sua imagem no ciclo. Denomina-se cosseno de do ponto em relação ao sistema que associa a cada real , o real OP a função : ℝ ⟼ ℝ ⟼ = . Denomina-se , isto é: 1.10 ,∀ ∈ ℝ Figura 5 - Função Cosseno. 1•4•2- Proposição: Se o cosseno é uma função periódica de período , então: cos cos 2 2 cos cos É periódica de período ... 2 ⁄ . 1.11 ⋯ , ∀ . %Programa 03 - Mostra a periodicidade da função cosseno clear all; % ==> Limpa área de trabalho close all; % ==> Fecha todas as janelas de figuras x1=-4*pi:0.001:-2*pi;y1=cos(x1); x2=-2*pi:0.001:0;y2=cos(x2); x3= 0:0.001:2*pi;y3=cos(x3); x4= 2*pi:0.001:4*pi;y4=cos(x4); plot(x1,y1,'ok',x2,y2,'or',x3,y3,'oy',x4,y4,'ob') axis([-14 14 -1.2 1.2]) xlabel( ' X ' ); ylabel( ' Y=COS(X) ' ); % Rótulos dos Eixos 20 title('Função Cosseno' ) grid hold on Função Cosseno 1 0.8 0.6 Y=COS(X) 0.4 0.2 0 -0.2 -0.4 -0.6 -0.8 -1 -10 -5 0 X 5 10 Figura 6 - Periodicidade da Função Cosseno 1•5 – FUNÇÃO TANGENTE 1•5•1 – Definição: Dado um número real , reta e seja e ≠ e seja a sua imagem no ciclo. Considere a a sua interseção com o eixo das tangentes de medida algébrica dos segmentos e ′. Assim: 1.12 Figura 7 - Função Tangente. [indicado por ]a 21 %Programa 04 - Mostra a periodicidade da função tangente clear all; % ==> Limpa área de trabalho close all; % ==> Fecha todas as janelas de figura x1=-2*pi:0.001:-pi;y1=tan(x1); x2=-pi:0.001:0;y2=tan(x2); x3= 0:0.001:pi;y3=tan(x3); x4= pi:0.001:2*pi;y4=tan(x4); plot(x1,y1,'ok',x2,y2,'or',x3,y3,'oy',x4,y4,'ob') axis([-7 7 -10 10]) xlabel( ' X ' ); ylabel( ' Y=tg(X) ' ); % Rótulos dos Eixos title('Função Tangente' ) grid hold on Função Tangente 10 8 6 4 Y=tg(X) 2 0 -2 -4 -6 -8 -10 -6 -4 -2 0 X 2 4 6 Figura 8 - Periodicidade da Função Tangente 1•6 – FUNÇÃO PAR E ÍMPAR − ,∀ 1•6•1 – Definição: Uma função : ℝ ⟼ ℝ é par se, e somente se, ℝ. 1•6•1•1- Proposição: A soma ou diferença de duas funções pares é par. Demonstração: Considere as funções pares definição e seja a função − . e tal que então ± − e − − ± , por − 22 Logo, é par. 1•6•1•2- Proposição: O produto ou quociente de duas funções pares é par. Demonstração: Considere as funções pares definição e seja a função − e tal que , então ⋇ . − e − ⋇ − , por − é par. Logo, 1•6•1•3- Proposição: O produto ou quociente de duas funções ímpares é par. Demonstração: Considere as funções impares − − e , por definição e seja a função ⋇ − Logo, é par. ⋇ , então tal que − − − − ⋇ − − 1•6•1•4- Proposição: A soma ou a diferença de uma função par com uma função ímpar não é par nem ímpar. Demonstração: Considere a função par e impar, então por definição e seja a função − ⇒ não é par nem ímpar. 1•6•1•5- Proposição: Se tal que é par, então Demonstração: Considere a função par, ã 2∙ − ± − . − , por definição e seja: − − , ± 23 † − − − − − . Logo: ⇒ de † , obtêm-se: 2 1•6•2 – Definição: Uma função : ℝ ⟼ ℝ é ímpar se, somente se, = , ∀ ℝ. 1•6•2•1 – Proposição: A soma ou diferença de duas funções ímpares é ímpar. Demonstração: e Considere as funções impares, então ), por definição e seja a função Logo, = é impar. = = e = tal que = = 1•6•2•2 – Proposição: O produto ou o quociente de uma função par e uma função impar é uma função impar. Demonstração: Demonstração: Considere a função par e por definição e seja a função == Logo, . é impar. impar, então tal que = = ⋇ = = , ⋇ 24 1•6•2•3 – Proposição: Se . é impar, então Demonstração: Considere as funções − †† 0 − e − funções ímpares, assim , por definição e seja: = 0 = = 0 − e 0 ⟹ de †† obtém-se: − . 0 CAPITULO 2 2•1 FREQUÊNCIA 2•1•1-Definição: A frequência de uma função periódica é definida como o inverso de seu período e dá o número de repetições ou ciclos em cada intervalo fundamental de período em . Se, é medido em segundos então a frequência F é o número de ciclos por segundo, ou seja, Hertz (Hz); outra frequência é a angular denotada por Fazendo o período fundamental dada por , obtêm-se: 2 1 2 2.1 ⁄ . 2.2 2•2 – SÉRIES TRIGONOMÉTRICAS A ideia de compor funções através das funções trigonométricas seno e cosseno foi estudada por grandes matemáticos como: Euler, Bernoulli, D’Alembert, Lagrange, Dirichlet, Riemann, etc... Porém, foi Jean Baptiste Joseph Fourier 1768 − 1830) que na tentativa de resolver a equação de onda ⁄ = ∇ , onde: ( , , ,…, , )éa 25 uma constante fixa e ∇ o Laplaciano. Explicitou os coeficientes de tais função escalar, séries e escreveu as séries seno e cosseno de várias funções em seu trabalho intitulado “Teoria Matemática de Condução do Calor”. Seja período fundamental Logo: ~a 2 , de modo que a b a ~a 3 a ~ a b a 3 a frequência correspondente ao ⟹ 2 , , sendo ⋯ . 2 ∀ ∈ {0 ∪ ℕ 2.3 , ∀ ∈ {0 ∪ ℕ b A série 2.3 é dita ser a Série Trigonométrica de Fourier de Funções Ortogonais com periodicidade 2 . 2•3 – FUNÇÕES ORTOGONAIS Para representar uma função são funções ortogonais no intervalo seguintes condições: < ∑ em série do tipo: , , onde , essas funções ortogonais devem satisfazer as 0, ∙ 0, ≠ 2.4 A norma de um sistema de função ortogonal é dada por: ‖ i.e., ‖ ‖ < ∙ a 2.5 Um sistema ortogonal diz-se ortonormado quando sua norma é igual à unidade, ‖ 1. 26 , 2•3•1- Proposição: ∑ Seja converge no intervalo a, ≤ , obtêm-se: ∙ < ∙ a ‖ Logo, Onde os ` ‖ par ⇒ ‖ ⇒ = ‖ ímpar ⇒ ‖ < ⇒ = ‖ 2.6 ‖ e cos < ⇒ ‖ ∙ =1⇒‖ ‖ ∙ 1 2 ‖ ‖ . Assim para: 2 . 1 2 ‖ a 2 . > 1 2 1 = , ∀ ∈ {0 ∪ ℕ , onde a cos são funções ortogonais reais 0⇒ ∙ ‖ a denominam-se os Coeficientes de Fourier. 2•4 – COEFICIENTES DE FOURIER ∑ Considere a série ~a , com as seguintes hipóteses a série e converge para . Assim, fazendo o produto interno da série em ambos os lados por < a≤ 1 cos 2 ∙ cos . 1 − cos 2 1 2 2 1 2 2 2.7 a 0 = 0 = 2.8 27 < ‖ ∙ > ‖ 1 ∙ sen b 2.9 2•4•1- Proposição: Da trigonometria elementar as fórmulas para o seno e cosseno da soma e da diferença, respectivamente, são: ∙ ∙ 2.10) ( + )= ∙ − ∙ (2.11) ( − )= ∙ + ∙ (2.13) ( − )= ∙ − ∙ (2.12) A partir destas equações obter-se-ão quatro identidades úteis para a resolução de algumas integrais encontradas mais adiante neste trabalho. De (2.11) + (2.13) ⇒ 2 ∙ ∙ = ( + )+ ( − ) %Programa 05 - Mostra as variações das funções cos(nx) e cos(mx) clear all; % ==> Limpa área de trabalho close all; % ==> Fecha todas as janelas de figuras n=[1; 2]; m=[2; 3]; x=-pi:0.001:pi; y=cos(n*x); subplot(2,2,1) plot(n*x,y,'k') grid xlabel('nx'); ylabel('cos(nx)') title( 'Variação da Função Cosseno' ) z=cos(m*x); subplot(2,2,2) plot(m*x,z,'y') grid xlabel('mx'); ylabel('cos(mx)') title( 'Variação da Função Cosseno' ) w=2*cos(n*x).*cos(m*x); subplot(2,2,3) plot(x,w,'b') grid xlabel('x'); ylabel('2*cos(nx)*cos(mx)') title( 'Variação do Produto dos Cossenos' ) P=(cos(m*x)).^2; subplot(2,2,4) (2.14) 28 plot(m*x,P,'r') grid xlabel('mx'); ylabel('(cos(mx)).^2') title( 'Quadrado do Cosseno' ) hold on Variação da Função Cosseno 1 0.5 0.5 cos(mx) cos(nx) Variação da Função Cosseno 1 0 -0.5 -1 -10 -0.5 -1 -10 -5 1 0 -1 -2 0 x 2 4 -5 0 5 mx Quadrado do Cosseno 10 1 (cos(mx)). 2 2*cos(nx)*cos(mx) 0 5 10 nx Variação do Produto dos Cossenos 2 -2 -4 0 0.5 0 -10 -5 0 mx 5 10 Figura 9 - Variações do Cosseno De 2.13 − 2.11 ⇒ 2 ∙ ∙ − − %Programa 06 - Mostra as variações das funções sen(nx) e sen(mx) clear all; % ==> Limpa área de trabalho close all; % ==> Fecha todas as janelas de figuras n=[1; 2]; m=[2; 3]; x=-pi:0.001:pi; y=sin(n*x); subplot(2,2,1) plot(n*x,y,'k') grid xlabel('nx'); ylabel('sen(nx)') title( 'Variação da Função Seno' ) z=sin(m*x); subplot(2,2,2) plot(m*x,z,'y') grid xlabel('mx'); ylabel('sen(mx)') title( 'Variação da Função Seno' ) w=2*sin(n*x).*sin(m*x); subplot(2,2,3) plot(x,w,'b') grid xlabel('x'); ylabel('2*sen(nx)*sen(mx)') title( 'Variação do Produto dos Senos' ) P=(sin(m*x)).^2; subplot(2,2,4) plot(m*x,P,'r') grid xlabel('mx'); ylabel('(sen(mx)).^2') title( 'Quadrado do Seno' ) hold on 2.15 29 Variação da Função Seno 1 0.5 0.5 sen(mx) sen(nx) Variação da Função Seno 1 0 -0.5 -0.5 -1 -10 -1 -10 0 5 10 nx Variação do Produto dos Senos -5 2 1 0 -1 -2 -4 -5 0 5 mx Quadrado do Seno 10 -5 10 1 (sen(mx)). 2 2*sen(nx)*sen(mx) 0 -2 0 x 2 0.5 0 -10 4 0 mx 5 Figura 10 - Variações do Seno De 2.10) − (2.12) ⇒ 2 ∙ De (2.10) + (2.12) ⇒ 2 ∙ ∙ ∙ = = ( + )− ( + )+ ( − ) ( − ) %Programa 07 - Mostra as variações das funções sen(nx) e cos(mx) clear all; % ==> Limpa área de trabalho close all; % ==> Fecha todas as janelas de figuras n=[1; 2]; m=[2; 3]; x=-pi:0.001:pi; y=sin(n*x); subplot(2,2,1) plot(n*x,y,'k') grid xlabel('nx'); ylabel('sen(nx)') title( 'Variação da Função Seno' ) z=cos(m*x); subplot(2,2,2) plot(m*x,z,'y') grid xlabel('mx'); ylabel('cos(mx)') title( 'Variação da Função Cosseno' ) w=2*sin(n*x).*cos(m*x); subplot(2,2,3) plot(x,w,'b') grid xlabel('x'); ylabel('2*sen(nx)*cos(mx)') title( 'Variação do Produto' ) hold on (2.16) (2.17) 30 Variação da Função Cosseno 1 0.5 0.5 cos(mx) sen(nx) Variação da Função Seno 1 0 -0.5 -1 -10 0 -0.5 -5 0 5 nx Variação do Produto -1 -10 10 -5 0 mx 5 10 2*sen(nx)*cos(mx) 2 1 0 -1 -2 -4 -2 0 x 2 4 Figura 11 - Variações do Seno e Cosseno. 2•5 – REPRESENTAÇÃO DELTA DE KRONECKER 2•5•1-Definição: É uma representação matemática definida por: 1, 0, ≠ 2.18 2•6 – RELAÇÕES DE ORTOGONALIDADE Seja Para se; , ≠ ℕ. Logo: segue que cos ∙ , usando a identidade 2.14 obtêm- 31 cos Para ∙ 1 2 2 1 1 , segue = 1 2 ∥ 1 2 2 cos Para se; ≠ Para = 2 ∙ , 1 2 1 − segue 1 − 1 2 1 2 1 1 2 − 2 2 ℕ⇒ 1 2 2 − − 0 ∥ 0 = ∙ ∙ 2.19 , usando a identidade 2.15 obtêm- − sen 2 ∙ sen 1 − 1 − ∙ cos 2 − que sen Para todo , ∙ sen , segue que sen cos que − ∙ − ∥ − ∙ sen ∙ − 1 1 ∥ 1 2 −0 = 2 0 − 2.20 , usando a identidade 2.16 ou 2.17 aqui se usa a 2.16 e a 2.17 fica para o leitor verificar como exercício, assim; 32 sen ∙ cos 1 − 2 − 1 − 1 2 1 ∥ sen ∙ 1 − 1 − − − − − 2.21 0 2•7 – DETERMINAÇÃO DOS COEFICIENTES DE FOURIER (a , a e Observando a equação 2.7 em no intervalo de 0, Observando a equação 2.8 em no intervalo de 0, a a Observando a 2.9 em b 2 2 0 ) , têm-se: 2.22 , têm-se: ∙ no intervalo de 0, 2 ∥ ∙ 2.23 , têm-se: 2.24 2•8 – DE OUTRA MANEIRA Observando a série 2.3 e fazendo 2,3 no intervalo , , tem-se que: 2 e integrando ambos os lados de 33 a 2 a Observando que: a a = ∀ ∈ ℕ. Logo: a ∥ , têm-se: a 2 a 2 Observando que: 2 a = − 0 = 0; 0 2.25 = 0. ambos os lados de 2.3 no intervalo de Integrando e multiplicando por 0, a ∥ a a ∥ =a ∙ ∙ 2 a =a ∙ ∙ 0, de 2.21 . − , de 2.19 ; 0 = 0; 34 ∀ ∈ ℕ. Logo: a 2.26 ambos os lados de 2.3 no intervalo Integrando e multiplicando por de 0, , têm-se: a 2 a 2 Observando que: a ∀ − 2 a a ∈ ℕ. Logo: ∥ − = 0, de 2.21 ; b ∙ 2 ∙ a − ∙ ∙ 2.27 0 = 0; , de 2.20 . Até aqui, não houve uma preocupação em relação aos passos do conceito da Série de Fourier apenas ficou definido que é uma série do tipo 2.3 e que as integrais para os cálculos dos coeficientes a , a e existem, para isto é suficiente que exceto para um número finito de saltos entre – contínua. e , ou seja, seja contínua é seccionalmente 35 CAPITULO 3 3•1 FUNÇÃO SECCIONALMENTE CONTÍNUA POR PARTES 3•1•1-Definição: Uma função é seccionalmente contínua por partes em um intervalo a, se ela é contínua em todo o intervalo, exceto em um número finito de pontos: a≤ < < <⋯< ≤ seja contínua em cada subintervalo aberto De modo que Obviamente toda função contínua é seccionalmente contínua por partes. < < ,∀ ℕ. %Programa 08 - Função Seccionalmente Contínua clear all; % ==> Limpa área de trabalho close all; % ==> Fecha todas as janelas de figuras x1=-2*pi:0.001:-pi;y1=-0.5*cos(x1); x2=-pi:0.001:0;y2=0.5*cos(x2); x3= 0:0.001:pi;y3=-0.5*cos(x3); x4= pi:0.001:2*pi;y4=0.5*cos(x4); plot(x1,y1,'ob',x2,y2,'ob',x3,y3,'ob',x4,y4,'ob') axis([-7 7 -1 1]) xlabel( ' X ' ); ylabel( ' Y ' ); % Rótulos dos Eixos title( 'Função Seccionalmente Contínua' ) grid hold on Função Seccionalmente Contínua 1 0.8 0.6 0.4 Y 0.2 0 -0.2 -0.4 -0.6 -0.8 -1 -6 -4 -2 0 X 2 4 6 3•2 TEOREMA 1 Figura 12 - Função Seccionalmente Contínua A soma de uma série uniformemente convergente de funções contínuas é contínua; isto é; se cada é contínua em a ≤ ≤ que a série convirja uniformemente em a ≤ ⇒ ≤ . ∑ é contínua, contanto 36 3•3 DEMONSTRAÇÃO DO TEOREMA 1 a, e 0⇒∃ 0 tal que | Dados suficientemente grande para que: ⊛ | Fazendo ≥ |< ⋯ , onde: quando | |< . Assim a função ,∀ a, |< . com é a soma de um número finito de funções contínuas, logo é contínua. Portanto, ⊛⊛ | De ⊛, tem-se: | | | − ≤| < | 1 3 − − − − 1 3 | ∑ Logo: |< |< 1 3 , ∀ e| | | − , para | − − − |< | − |< . |< | . De modo que: − − a, b é contínua e converge para |≤ |< . 3•4 COROLÁRIO 1 a≤ Se ≤ ∑ ∑ e e são contínuas em a, são uniformemente convergente para . Então a série: É contínua e uniformemente convergente, ∀ a ≤ ≤ . 3•5 TEOREMA 2: ESTIMATIVA DE ERRO Se | |≤ em a, ⇒ a ≤ −a . 37 3•6 DEMONSTRAÇÃO DO TEOREMA 2 Aplicando a desigualdade triangular inúmeras vezes, conclui-se que: Como | | | ∆ |∆ , por hipótese têm-se no máximo que: | |∆ ∆ ∆ − a) Logo: ( )∆ lim → ∆ → ( − a) ⇒ ( − a) a 3•7 TEOREMA 3 Uma série uniformemente convergente de funções contínuas pode ser integrada é contínua em a, termo a termo, isto é, se cada a + a ( ) a + . Então: ( ) a É contínua e converge uniformemente ∀a + ⋯+ a = a Logo, ∀ > 0∃ Escolhendo um ( ) ∈ ∈ + ( ) a tal que a a +⋯ . 3•8 DEMONSTRAÇÃO DO TEOREMA 3 Faça ( ) ser a − é soma parcial da série ∑ ( ) ( ) + ( ) a − ( ). Então: + ⋯+ a suficientemente grande de modo que: a , ∀ ( ) . 38 | |< − −a ;∀ ≥ a ≤ x ≤b Portanto, usando o TEOREMA 2, encontra-se: − a a a Assim, a → − a a a − ≤ < ;∀ ≥ −a ∙ −a . , converge e é contínua em a, . 3•9 TEOREMA 4 Toda série trigonométrica uniformemente convergente é uma Série de Fourier. Mais precisamente, se a série 2.3 converge uniformemente a ,∀ ℝ ⇒ é contínua ou seccionalmente contínua, tem período 2 e a série 2.3 é a Série de Fourier de . 3•10 DEMONSTRAÇÃO DO TEOREMA 4 Visto que a série 2.3 converge uniformemente para todo , sua soma pelo TEOREMA 1 é contínua para todo . A série permanece uniformemente convergente se os seus termos são multiplicados por cossenos ou senos, pelo COROLÁRIO 1 do TEOREMA 1. Desse modo a integração termo a termo é justificada pelo TEOREMA 3, segue previamente que a série 2.3 em questão é uma SÉRIE DE FOURIER de e sua periodicidade é uma consequência da periodicidade dos termos da série como observado no CAPÍTULO 2, TÓPICO 2•2. 3•11 COROLÁRIO 2 Se duas ou mais série trigonométricas convergem uniformemente ∀ e têm a mesma soma ∀ , ou seja: 39 a 2 a à 2 b Logo, as séries são idênticas. Assim: a à ; a à e à . ,∀ ℕ. 3•12 DEMONSTRAÇÃO DO COROLÁRIO 2 Se é a Soma de ambas as Séries. Então, pelo TEOREMA 4, têm-se: a a à à 1 1 ; e 1 E assim sucessivamente. Embora a série de Fourier seja bem definida para funções contínuas, esse conceito pode ser extentido para funções seccionalmente continuas por partes e funções que contenham saltos verificando que pouco é necessário para também asseguar a é periódica com período 2 e convergência das mesmas para . Em particular, se convergirá uniformemente para . O resultado por si só é notável quando se considera o têm derivadas primeira e segunda contínuas ∀ , então a série de Fourier de fato de que a expansão de em uma série de potências requer derivadas contínuas de todas as ordens para sua convergência. Pode-se ainda ir mais longe e garantir a convergência uniforme da série de Fourier para pontos em que ′ quando tem descontinuidade de saltos, tem "cantos", isto é, os tem derivadas primeira e segunda contínuas entre esses cantos, como está ilustrado na Fig. 4.4. Na verdade, pode-se expandir o conceito de canto para incluir saltos de descontinuidades de , como ilustrado na Fig. 4.1. Dificilmente pode-se esperar convergência da série de Fourier para nos pontos de descontinuidade, onde pode até ser definida de forma ambígua. Entretanto a série de Fourier faz essa convergência naturalmente e de forma razoável 40 levando a convergência para a média entre os limites à esquerda e à direita, isto é, para o . número na descontinuidade 1 lim 2 → lim → Não se pode esperar que a série de Fourier convirjá uniformemente numa vizinhança de descontinuidade, mas irá convergir uniformemente em todo intervalo fechado que não contenha descontinuidade. Embora tenha sido considerado até este ponto apenas funções periódicas com períodicidade 2 , deve ser observado que as fórmulas para os coeficientes de Fourier 2.7 , 2.8 e 2.9 utiliza somente os valores de entre − e . Assim, se for dada apenas nesse intervalo, e for, por exemplo, contínua, então a série de Fourier correspondente pode ser formada e chamar-se-á série de Fourier de entre – converge para . Se a série e , então ela irá convergir para fora do intervalo da função que é a extensão periódica de . Deve ser observado que, a menos que o processo de extensão introduzirá descontuidades de salto em a série convergirá para um número médio entre os dois valores. e − , − , nesse caso Uma funçaõ seccionalmente contínua por partes no intervalo como definida na seção 3.1 tem limites finitos nas extremidades do subintervalo. Por conseguinte, no interior do i-ésimo subintervalo a função é contínua em cada subintervalo fechado, se, além disso, a função possuir primeira derivada contínua, o termo é uma função por partes suave. Se, além disso, a função possuir derivadas segundas contínuas, diz-se-á que é uma função muito suave por partes. Se muito suave por partes no intervalo − converge a . Então a Série de Fourier de em todo ponto interior em que convergirá para: 1 lim 2 → é uma função é continua. Assim, a série de Fourier lim → Em todo ponto de descontinuidade interior ao intervalo para: em 1 lim 2 → lim → . A convergencia é uniforme em cada intervalo fechado que não contenha descontinuidades. 41 CAPITULO 4 4•1 APLICAÇÃO 4•1•1 FUNÇÃO PULSO Determinar a representação em Série de Fourier da função pulso de período por: −1, − < ≤0 4.1 1, 0< ≤ . %Programa 09 - Função Pulso clear all; % ==> Limpa área de trabalho close all; % ==> Fecha todas as janelas de figuras x1=-3*pi:0.001:-2*pi;y1=-1; x2=-2*pi:0.001:-pi;y2=1; x3= -pi:0.001:0;y3=-1; x4= 0:0.001:pi;y4=1; x5=pi:0.001:2*pi;y5=-1; plot(x1,y1,'ok',x2,y2,'ok',x3,y3,'ok',x4,y4,'ok',x5,y5,'ok') axis([-3*pi 2*pi -2 2]) xlabel( ' X ' ); ylabel( ' Y ' ); % Rótulos dos Eixos title( 'Função Pulso' ) grid hold on Função Pulso 2 1.5 1 Y 0.5 0 -0.5 -1 -1.5 -2 -8 -6 -4 -2 0 2 4 6 X Figura 13 - Função Pulso ou Quadrática. Calculando os coeficientes de Fourier, têm-se: a 1 2 1 2 −1 1 1 − 2 0; , dada 42 1 a = 1 1 1 − 1 2 4 ; −1 1 1− −1 − 1− ⇒ 4 ; 3 0; Logo: 4 3 1 0; 1 −1 − 1 2−2 −1, 1, 0; 2 −1 2 −1 5 4 ; 5 ,∀ ℕ éí é 7 0; ⇑ ⇐ 4.2 %Programa 10 - Série de Fourier da Função Pulso clear all; % ==> Limpa área de trabalho close all; % ==> Fecha todas as janelas de figuras x=-3*pi:0.001:2*pi; y=(4/pi)*sin(x)+(4/3*pi)*sin(3*x)+(4/5*pi)*sin(5*x); plot(x,y,'og') xlabel( ' X ' ); ylabel( ' Y ' ); % Rótulos dos Eixos title( 'Série de Fourier da Função Pulso' ) grid hold on 4 ;… 7 9 ⋯ 43 Série de Fourier da Função Pulso 8 6 4 Y 2 0 -2 -4 -6 -8 -10 -8 -6 -4 -2 0 2 4 6 8 X Figura 14 - Representação da Série de Fourier Fazendo a sobreposição gráfica da Função Pulso em sua Série de Fourier, observa- se a aproximação limite da série, multiplicando 4.1 por −1 não altera a Onda Quadrática apenas modifica sua pulsação, i.e., se o nível for alto ficará baixo e quando for baixo ficará alto, ou vice-versa. Para { ∈ ℝ ∕ 0+ , ∀ ∈ ℤ} em 4.2 , cada soma parcial vale zero de modo que a série de fato converge para o valor médio dos saltos que é zero. Sendo essa aproximação pior nas vizinhanças imediatas a esquerda e a direita dos pontos de saltos. %Programa 11 - Superposição da Função Pulso com sua série de Fourier clear all; % ==> Limpa área de trabalho close all; % ==> Fecha todas as janelas de figuras x=-3*pi:0.001:2*pi; x1=-3*pi:0.001:-2*pi;y1=1; x2=-2*pi:0.001:-pi;y2=-1; x3= -pi:0.001:0;y3=1; x4= 0:0.001:pi;y4=-1; x5=pi:0.001:2*pi;y5=1; y=(4/pi)*sin(x)+(4/3*pi)*sin(3*x)+(4/5*pi)*sin(5*x); plot(x,y,'g',x1,y1,'b',x2,y2,'b',x3,y3,'b',x4,y4,'b',x5,y5,'b') axis([-3*pi 2*pi -7 7]) xlabel( ' X ' ); ylabel( ' Y ' ); % Rótulos dos Eixos title( 'Superposição da Função Pulso com sua Série de Fourier' ) legend('Série de Fourier','Função Pulso') hold on 44 Superposição da Função Pulso com sua Série de Fourier Série de Fourier Função Pulso 6 4 Y 2 0 -2 -4 -6 -8 -6 -4 -2 0 2 4 6 X Figura 15 - Superposição da Função Pulso – Série de Fourier 4•1•2 ONDA TRIANGULAR Determinar a representação em Série de Fourier da Onda Triangular de período , dada por: − , −1< <0 4.3 , 0≤ <1 %Programa 12 - Onda Triangular clear all; % ==> Limpa área de trabalho close all; % ==> Fecha todas as janelas de figuras x1=-2:0.001:-1;y1=x1+2; x2=-1:0.001:0;y2=-x2; x3= 0:0.001:1;y3=x3; x4= 1:0.001:2;y4=-x4+2; plot(x1,y1,'ok',x2,y2,'ok',x3,y3,'ok',x4,y4,'ok') axis([-2.5 2.5 -0.5 1.5]) xlabel( ' X ' ); ylabel( ' Y ' ); % Rótulos dos Eixos title( 'Onda Triangular' ) grid hold on Onda Triangular 1.5 Y 1 0.5 0 -0.5 -2.5 -2 -1.5 -1 -0.5 0 X 0.5 1 Figura 16 – Onda Triangular 1.5 2 2.5 45 Calculando os coeficientes de Fourier, têm-se: a = a = a =− 1 2 1 2 1 4 − 0−1 1 1 1 2 4 − 2 1 1 1+1 = ; 4 2 − −1 ⇒ ;a = 0;a = − Logo: 1−0 1 − 2 2 0, é −2, é −1 4 4 4 ;a = 0;a = − ;a = 0;a = − ;… 9 25 49 − − 3 − 5 ∙ 0 1 − 1 1 ∙ 0 − 1 7 1 1 −⋯ 46 1 1 1 = = = = − = = = = 1 4 − 2 − ∙ 0+ = 0 + = + ∙ = + = 0 + 2 −1 2 −1 = ,∀ +0= ℕ %Programa 13 - Série de Fourier da Onda Triangular clear all; % ==> Limpa área de trabalho close all; % ==> Fecha todas as janelas de figuras x=-2:0.001:2; y=(1/2)-(4/(pi^2))*cos(pi*x)-(4/9*(pi^2))*cos(3*pi*x)(4/25*(pi^2))*cos(5*pi*x)-(4/49*(pi^2))*cos(7*pi*x)(4/81*(pi^2))*cos(9*pi*x)-(4/121*(pi^2))*cos(11*pi*x); plot(x,y,'og') xlabel( ' X ' ); ylabel( ' Y ' ); % Rótulos dos Eixos title( 'Série de Fourier da Onda Triangular' ) grid hold on +0= ⇑ ⇐ 4.4 47 Série de Fourier da Onda Triangular 10 8 6 4 Y 2 0 -2 -4 -6 -8 -2 -1.5 -1 -0.5 0 X 0.5 1 1.5 2 Figura 17 - Série de Fourier da Onda Triangular Fazendo a sobreposição gráfica da Onda Triangular em sua Série de Fourier, observa-se a aproximação limite usando apenas dois termos da série. Espera-se convergência por toda parte, inclusive converge para o valor médio quadrático dos saltos 1⁄2, exceto nos pontos de inflexão onde a convergência é mais fraca devido aos saltos. %Programa 14 - Superposição da Onda Triangular com sua Série de Fourier clear all; % ==> Limpa área de trabalho close all; % ==> Fecha todas as janelas de figuras x=-2:0.001:2; x1=-2:0.001:-1;y1=x1+2; x2=-1:0.001:0;y2=-x2; x3= 0:0.001:1;y3=x3; x4= 1:0.001:2;y4=-x4+2; y=(1/2)-(4/(pi^2))*cos(pi*x); plot(x,y,'g',x1,y1,'b',x2,y2,'b',x3,y3,'b',x4,y4,'b') axis([-2.5 2.5 -0.5 1.5]) xlabel( ' X ' ); ylabel( ' Y ' ); % Rótulos dos Eixos title( 'Superposição da Onda Triangular com sua Série de Fourier') legend('Série de Fourier','Onda triangular') hold on Superposição da Onda Triangular com sua Série de Fourier 1.5 Série de Fourier Onda triangular Y 1 0.5 0 -0.5 -2.5 -2 -1.5 -1 -0.5 0 X 0.5 1 1.5 2 2.5 Figura 18- Superposição da Onda Triangular - Série de Fourier 48 4•1•3 DENTE DE SERRA Determinar a representação em Série de Fourier da Onda “Dente de Serra” com período 2 , dada por: , ∀ , 4.5 %Programa 15 - Função "Dente de Serra" clear all; % ==> Limpa área de trabalho close all; % ==> Fecha todas as janelas de figuras x1=-3*pi:0.001:-pi;y1=x1+6; x2=-pi:0.001:pi;y2=x2; x3= pi:0.001:3*pi;y3=x3-6; plot(x1,y1,'ok',x2,y2,'ok',x3,y3,'ok') axis([-10 10 -6 6]) xlabel( ' X ' ); ylabel( ' Y ' ); % Rótulos dos Eixos title( 'Dente de Serra' ) grid hold on Dente de Serra 6 4 Y 2 0 -2 -4 -6 -10 -8 -6 -4 -2 0 X 2 4 6 8 10 Figura 19 - Onda Dente de Serra Calculando os coeficientes de Fourier, têm-se: a 1 2 1 2 1 2 2 1 2 − − 2 0; 49 1 a ∙ ∙ 0; = = ∙ + = = 1 − − 2; 2 0 1 ∙ Logo: 1 2 −1; − 2 2 ∙ − ∙ 2 2 2 ; 3 2 2 3 + 0 = =0 ∙ ∙ 2 − , ∙ ∙ 1 − ; 2 3 −1 2 − − 2 4 − − 2 2 ; 5 4 1 − ; 3 2 5 5 ⇑ ⇐ 4.6 , − 2 2 2 ; 7 − − , , 2 6 1 − ;… 4 6 ⋯ %Programa 16 - Fourier da "Dente de Serra" clear all; % ==> Limpa área de trabalho close all; % ==> Fecha todas as janelas de figuras x=-3*pi:0.001:3*pi; y=2*sin(x)-(2/2)*sin(2*x)+(2/3)*sin(3*x)-(2/4)*sin(4*x)+(2/5)*sin(5*x)(2/6)*sin(6*x); plot(x,y,'og') 50 % axis([-10 10 -6 6]) xlabel( ' X ' ); ylabel( ' Y ' ); % Rótulos dos Eixos title( 'Fourier da Dente de Serra' ) grid hold on Fourier da Dente de Serra 4 3 2 Y 1 0 -1 -2 -3 -4 -10 -8 -6 -4 -2 0 X 2 4 6 8 10 Figura 20 - Série de Fourier da Dente de Serra Fazendo a sobreposição gráfica da Onda Dente de Serra em sua Série de Fourier, observa-se a aproximação limite usando seis termos da série. Novamente, para { ∈ ℝ ∕ 0+ , ∀ ∈ ℤ} em 4.6 , cada soma parcial dessa série vale zero de modo que a série converge para o valor médio dos saltos que é zero. Sendo essa aproximação piora nas vizinhanças imediatas a esquerda e a direita dos pontos de saltos. : %Programa 17 - Superposição da Função "Dente de Serra" com sua Fourier clear all; % ==> Limpa área de trabalho close all; % ==> Fecha todas as janelas de figuras x1=-3*pi:0.001:-pi;y1=x1+6; x2=-pi:0.001:pi;y2=x2; x3= pi:0.001:3*pi;y3=x3-6; x=-3*pi:0.001:3*pi; y=2*sin(x)-(2/2)*sin(2*x)+(2/3)*sin(3*x)-(2/4)*sin(4*x)+(2/5)*sin(5*x)(2/6)*sin(6*x); plot(x,y,'g',x1,y1,'b',x2,y2,'b',x3,y3,'b') legend('Série de Fourier','Onda Dente de Serra') axis([-10 10 -6 6]) xlabel( ' X ' ); ylabel( ' Y ' ); % Rótulos dos Eixos title( 'Superposição da Dente de Serra com sua Série de Fourier' ) hold on 51 Superposição da Dente de Serra com sua Série de Fourier 6 Série de Fourier Onda Dente de Serra 4 Y 2 0 -2 -4 -6 -10 -8 -6 -4 -2 0 X 2 4 6 8 10 Figura 21 - Superposição da Onda Dente de Serra - Série de Fourier CAPITULO 5 5•1 MINIMIZAÇÃO DO ERRO QUADRÁTICO Nas aplicações foram feitas o procedimento formal, calcula-se os coeficientes e mostra-se graficamente que a série converge para . Agora, verificando esse processo com mais cuidado, tem-se que o termo constante a ⁄2 da série é dado pela fórmula: a 2 1 2 5.1 O segundo membro de 5.1 é simplesmente a média de intervalo − ≤ ≤ , de outra maneira. Observa-se que: Isto é, a reta reta. Assim a reta − a 2 0 e escrevendo essa no 5.2 a é tal que a área entre essa reta e a curva a é uma espécie de reta de simetria para o gráfico Outro ponto a considerar é o erro quadrático total da função , definida como: , abaixo da . em relação à 52 Esse erro é zero quando − 5.3 ou quando exceto num número finito de pontos e é sempre positivo. Quer-se calcular uma função constante seja o menor possível. Ou seja, quer se aproximar do erro quadrático mínimo por uma constante 2 2 e De modo que o melhor possível, em termos . Assim, 2 Onde: 5.4 são constantes. tem um mínimo quando: 2 +4 0⇒ tal que esse erro = 2 = 1 2 ⁄ a 2 Como observado nas alíneas 4.1.1 , 4.1.2 e 4.1.3 . 0. Logo: 5.5 CAPITULO 6 6•1 SÉRIE DE FOURIER COSSENOS E SENOS 2 A série de Fourier até agora, tem sido considerada apenas paras funções de período ou, mais restritamente, para funções definidas entre – . Tais procedimentos podem ser ampliados para o engrandecimento dessa teoria. Se entre ≤ ≤ é uma função de período 2 , pode se usar um intervalo básico qualquer 2 , isso é, um intervalo de comprimento 2 . Para tal intervalo, o mesmo raciocínio acima leva a uma série de Fourier, dada por: a Onde a cos b sen 5.1 53 1 a f x cos 1 5.2 f x sen 5.3 é dado ∀ , com período 2 , isso é meramente um caminho análogo para o Se cálculo dos coeficientes a e . Se neste intervalo; então se converge ela representa a extensão ser utilizado para representar periódica de fora desse intervalo. O intervalo − simétricas. Faça tem certas vantagens para a utilização de propriedades ser definida neste intervalo e seja: − , para − Então é chamada uma função par de = Então = a a no intervalo dado. Se, por outro lado: ≤ , para ≤ 5.5 0,se éimpar 2 , se épar a Faça agora ser par no intervalo 5.4 é chamada uma função ímpar de . Além disso, que 2 , a série pode é dada apenas para 5.6 . Então é impar, ver tópico 1.6. Portanto por 5.6 , obtêm-se: a 2 0,para cos ,para 1, 2, 3, … é par, enquanto 0, 1, 2, 3, … 5.7 Similarmente, se é ímpar, então: a 0,para 0, 1, 2, 3, … 5.8 54 2 1, 2, 3, … Assim, a expansão para uma função secionalmente contínua muito suave por partes é: ∑ a 2 a E ∑ 2 a cos sen Agora 5.9 só usa os valores de toda função ≤ (5.9) ⇒ (5.10) sen entre 0 e . Portanto para dada sobre este intervalo, forma a série 5.9 . Esta é chamada a série de Fourier Cossenos de 0≤ cos ⇒ . Segue que a série de Fourier convergirá para e fora deste intervalo para a função periódica que coincide com no intervalo em 0 ≤ ≤ . Por um caminho análogo, 5.10) define a série de Fourier Senos para uma função ( ) definida apenas entre 0 e . Esta série representa uma função periódica impar que coincide com ( ) em 0 . 55 CONCLUSÃO É possível partir de uma ideia, de uma vontade conseguir atingir uma meta, partindo de conceitos preliminares, edificar o produto final com definições, demonstrações complexas e construir um trabalho digno dos melhores assim essa monografia foi realizada. Começando de definições elementares como periodicidade, ciclo trigonométrico, função seno, cosseno, tangente, função par e impar e suas integrais correspondentes e usando proposições, estas todas demonstradas no trabalho e culminando seu ápice. Devido a necessidade de compreensão de áreas afins procura-se neste descrever e fazer a diferença entre frequência e frequência angular muito úteis em aplicações eletromagnéticas por exemplo. Para introduzir as séries trigonométricas fez-se um histórico mostrando todas as séries e seus coeficientes por Jean Batiste Joseph Fourier (1768-1830), esses assuntos vinculados em seu livro “Teoria Matemática de Condução do Calor”. Empregando os conceitos de funções ortogonais, determina também os coeficientes de Fourier e aplicando as identidades trigonométricas para resolver as integrais necessárias para instituir os mesmos coeficientes, porém de outra maneira, depara-se os valores de a , a . A continuidade e a convergência das Séries de Fourier são corroboradas através de vários teoremas e alguns corolários. Inclusive da própria série para funções continuas, onde depara com os problemas de funções seccionalmente contínuas por partes suaves, muito suaves e com saltos. Até, encontrar funções que apresentam cantos e é desenvolvida uma teoria para instruir os menos capacitados para o assunto em pauta. Foram feitas aplicações utilizando esta fundamentação para tornar transparente e claro este tema tão fascinante e importante em muitas áreas das Ciências Exatas e da Terra. Sendo prepara a expansão de Série de Fourier para fora do intervalo dado e mostrando a convergência usando o método do erro quadrático mínimo dentro do intervalo dado. Um detalhe imprescindível é que este Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) procura estabelecer uma relação teórica com sua praticidade e para tal é manipulado um software 56 denominado MATLAB que é um laboratório de matrizes, utilizando uma linguagem e um sistema interativo de programação com facilidades de gerar gráficos e torna a interface homem máquina muito fácil, por esta razão vem sendo adotado nas áreas tecnológicas do Brasil e do mundo. 57 BIBLIOGRAFIA [1] FIGUEIREDO, Djairo Guedes. - Análise de Fourier e Equações Diferenciais Parciais. Rio de Janeiro, IMPA, Projeto Euclides, 1977. [2] GUIDORIZZI, Hamilton Luiz, Um Curso de Cálculo - vol. 1, Livros Técnicos e Científicos Ed., 1997. [3] HANSELMAN D., B. Littlefield. MATLAB 6 -- Curso Completo. Pearson Education do Brasil, 2003. [4] IEZZI, Gelson. Fundamentos da Matemática Elementar – Conjuntos e Funções. Vol. 1, Vol. 3. São Paulo: Atual, 1998. [5] KAPLAN, Wilfred Advanced Calculus, Fifth Edition. Wilfred Kaplan. Publishing House of Eletronics Industry. [6] KIUSALAAS, Jaan. Numerical Methods in Engineering with . Cambridge University Press. [7] LITTLEFIELD, Bruce e HANSELMAN, Duane. Curso Completo. Editora Prentice Hall. São Paulo, 2003. [8] MATLAB, The Language of Technical Computing - Version 5.0.0.4069, License number 108479 Pcruz, 1996. [9] MORAES, Pedro Cruz. Dicas e Truques do – Apostila. Belém-Pa., 2010.