1 UIVERSIDADE CADIDO MEDES ISTITUTO A VEZ DO MESTRE Motivação Humana nas Organizações Por FERADA BARBOSA DA SILVA RIO DE JAEIRO Abril - 2010 2 UIVERSIDADE CADIDO MEDES ISTITUTO A VEZ DO MESTRE Motivação Humana nas Organizações Por FERADA BARBOSA DA SILVA Monografia elaborada ao Instituto A Vez do Mestre da Universidade Candido Mendes como parte das exigências de qualificação para obtenção do certificado de Gestão de Recursos Humanos. Orientadora: Dayse Serra RIO DE JAEIRO Abril – 2010 3 DEDICATÓRIA Dedico este trabalho aos meus familiares e amigos que em todo tempo me ajudaram, dando força e não deixaram que eu desistisse, me compreendendo, e a minha orientadora, que com bastante profissionalismo me mostrou a realidade de se realizar um projeto de pesquisa para Trabalho de Conclusão de Curso I 4 AGRADECIMETOS Agradeço à professora e orientadora Dayse Serra, pelo apoio e encorajamento contínuo, aos demais Mestres da casa, pelos conhecimentos transmitidos. 5 SUMÁRIO ITRODUÇÃO .........................................................................................................................7 1. SITUAÇÃO PROBLEMA...................................................................................................8 1.1 Objetivo...........................................................................................................................................................8 1.2 Objetivo Geral.................................................................................................................................................8 1.2.1 Suposições....................................................................................................................................................9 1.2 .2 Delimitações e Escolha do Tema ............................................................................................................. 10 2. MOTIVAÇÃO HUMAA E O COMPORTAMETO ORGAIZACIOAL...........11 2.1 Motivação humana no contexto da Psicologia.............................................................................................12 2.1.1 Motivação e Comprometimento................................................................................................................12 2.1.2 Teoria da Hierarquia das necessidades, de Maslow...................................................................................15 2.2 Teoria dos dois Fatores, de Herzberg.............................................................................................................17 2.2.1 Teoria da Equidade, de Adams...................................................................................................................19 2.2.1.2 Teoria da Expectativa, de Victor Vroom.................................................................................................20 3. CULTURA ORGAIZACIOAL................................................................................................22 3.1 Gestão X Colaborador...................................................................................................................................26 3.1.1. Importância na Economia .........................................................................................................................27 3.1.1.2 Terceirização...........................................................................................................................................27 COCLUSÃO.........................................................................................................................31 REFERÊCIAS BIBLIOGRÁFIAS.....................................................................................32 6 RESUMO Este trabalho tem como intuito mostrar como podemos entender a motivação humana nas organizações e visa analisar a importância da relação Estimulo Humano. Como este percepciona a conjugalidade nos seus melhores e piores momentos e a sua influência na construção de uma Empresa. Desde a época dos behavioristas quanto os cognitivistas, e comportamentalistas ocorreram profundas transformações na sociedade contemporânea, tais como a individualização, a refletividade e a auto-estima do indivíduo. Essas transformações culturais contribuíram para transformações sociais, designadamente a redução do número de colaboradores insatisfeitos, e o afastamento do indivíduo do seu ambiente de trabalho e isolando-se e resguardando-se com medo de tentar mudar o conceito de estimulo humano, a motivação no grau mais íntimo e particular. Estas transformações culturais e sociais modificaram as empresas. Para se ter um estímulo é preciso aceitar a motivação, e sabermos que nem sempre estaremos satisfeitos, terá sempre a necessidade que não foi suprida que levará a novas áreas motivacionais. Hoje em dia, a motivação humana vem abrangendo muita atenção no cenário organizacional, por ser um assunto grande e muito complexo sobre o rendimento de cada colaborador no contexto profissional, diante de grandes transformações, a motivação humana vem se tornando de fator proeminente no cumprimento dos colaboradores nas organizações. Tanto os profissionais como as organizações estão cada vez mais exigentes, todos com seus direitos e deveres. Os colaboradores lutam por maiores benefícios, ou seja, esperam por recompensas doam seu esforço físico em troca destas, isto leva a motivação e as empresas desejam maiores lucros, e mais resultados. 7 ITRODUÇÃO O objetivo deste trabalho é abordar o tema Estímulo Humano nas Organizações, expondo as suas práticas. O desejo de alcançar um objetivo é o motivador do comportamento humano, mas nem sempre esse objetivo é explícito, pois ele está além do consciente humano. São vistos como impulsos naturais que vêm do interior de cada ser. Robbins (2002) diz que “a motivação é o esforço que temos direcionado com a intensidade e insistência para o alcance de objetivos definidos por nós mesmos, se relacionando de maneira ímpar com a situação em que estamos envolvidos”. De que modo cada colaborador sente-se motivado, podemos dizer que seja um estímulo externo, ou gerado por processos mentais do individuo? Visto ser difícil definir motivação, visando que vem sendo usado de maneiras distintas. Motivação pode ser tudo aquilo que ativa o individuo a agir de modo, que dê origem a inclinação de um comportamento específico, considerando que esta inclinação pode ser um estimulo do ambiente externo e interno, de postura, de sentimentos, valores, emoções, ou ser criado internamente nos processos mentais do individuo, como as recompensas e punições. A motivação age diante de necessidades dos indivíduos a fim de satisfazê-las para alcançar objetivos pessoais quanto profissionais. Os indivíduos são seres distintos entre si, de valores e princípios diferentes, e isto varia de pessoa para pessoa. Mesmo com todas as diferenças existentes, estudos sobre o comportamento humano, verificou que o processo que torna dinâmico este comportamento e parecido para todas as pessoas. Outro aspecto importante a ser tratado é a terceirização, está prática vem sendo aplicada como um meio que visa a eficácia das organizações empreendedoras e competitivas, e pode ser entendida como uma estratégia para a gestão empresarial pela qual são transferidas a realização de atividades meio da organização para organizações especializadas naquele tipo de serviço (SILVA, 2005, p. 89). Deste modo, e visando responder às questões formuladas, este trabalho visa estruturarse em capítulos que possam esclarecer este tipo de questão. Considerando-se o anteriormente dito, este trabalho se propõe em identificar e analisar os fatores que afetam a motivação sua importância dentro das organizações no contexto atual, sua contribuição no desempenho dos funcionários, geração de valor, dando ênfase no comprometimento do funcionário com a organização procurando mostrar que motivado e comprometido a produtividade se torna um elemento natural em qualquer função. Além de contribuir para uma maior compreensão da sociedade em geral de que a motivação influencia no comportamento, desejos, vontade de fazer e comprometimento nas variadas vertentes da vida. O primeiro capítulo será relativo ao 8 comportamento humano, e o histórico da motivação humana. O segundo, que diz respeito ao comportamento humano de acordo com seus pensadores, e às teorias comportamentais para com o indivíduo. No terceiro e último capítulo para finalizar faremos uma relação do indivíduo no seu meio particular e nas organizações assim como à relação colaborador e gestor, e a relação entre as expectativas e o confronto com a realidade. 1. SITUAÇÃO PROBLEMA Na medida em que a organização motiva seus colaboradores, proporcionando recursos para que estes atendam suas expectativas e objetivos individuais, gera maior motivação e comprometimento aos colaboradores na busca de metas estipuladas. Partindo desse conceito, a questão deste trabalho é: quais são os fatores motivacionais que estimulam o sujeito dentro da organização? 1.1 OBJETIVO 1.2 Objetivo Geral Este trabalho tem como objetivo geral identificar os fatores motivacionais que afetam o estimulo humano dentro das organizações É preciso identificar os aspectos motivacionais, pois estes influenciam diretamente no cumprimento de tarefas, na satisfação do funcionário e no seu resultado. Baseado nestes aspectos, poderá se propor melhores condições de trabalho e práticas motivacionais para os funcionários. - Pesquisar e analisar o nível de satisfação dos funcionários da empresa na organização. - A satisfação do funcionário é um dos motivos que influenciam sua motivação na organização. - Analisar o comprometimento dos funcionários da empresa na execução dos serviços. É importante saber se os funcionários estão realmente comprometidos com a organização, tendo em vista o compromisso com as tarefas atribuídas a eles. - Identificar se a empresa promove algum tipo de programa motivacional para os seus funcionários. 9 - Identificar e analisar, a partir do referencial teórico, o nível de aplicação dos conceitos relacionados à motivação na organização sob estudo. É necessário saber com que freqüência os conceitos sobre motivação utilizados no trabalho são aplicados na prática e até que ponto o conceito sobre motivação influencia na organização. - Pesquisar e analisar o nível de satisfação dos funcionários da empresa terceirizada com a organização. A satisfação do funcionário é um dos motivos que influenciam sua motivação na organização. A pesquisa ajudará a identificar as necessidades individuais dos funcionários terceirizados junto à organização sob estudo, para que a partir daí, sejam implantadas medidas que possam suprir essas necessidades. - Analisar o comprometimento dos funcionários da empresa terceirizada em sua prestação de serviços. É importante saber se os funcionários terceirizados estão realmente comprometidos com a organização, tendo em vista o compromisso com as tarefas atribuídas a eles. - Identificar se a empresa contratada promove algum tipo de programa motivacional para os seus funcionários. Visto que os recursos oferecidos aos funcionários da organização não são os mesmos oferecidos aos funcionários da empresa contratada, precisa-se saber se esta empresa promove incentivos aos seus funcionários. - Identificar e analisar, a partir do referencial teórico, o nível de aplicação dos conceitos relacionados à motivação na organização sob estudo. É necessário saber com que freqüência os conceitos sobre motivação utilizados no trabalho são aplicados na prática e até que ponto o conceito sobre motivação influencia na organização. 1.2.1 SUPOSIÇÕES A motivação e o comportamento podem contribuir na interação do indivíduo com a organização de forma efetiva pela possibilidade de formação de equipes comprometidas na busca por melhores resultados para o alcance de metas. Sendo assim presume-se que os fatores relacionados a seguir poderão contribuir ou não com melhorias: 10 a) inserção de programas motivacionais: são fundamentais para obter a motivação dos funcionários, para a realização das tarefas, buscando um nível de produtividade satisfatório e um maior comprometimento; b) inserção de programas de capacitação: devido ao surgimento de novas tecnologias e ferramentas, é necessário o treinamento e adaptação constante dos funcionários para lidar com as mudanças; c) maior autonomia na execução das tarefas: é importante para a organização e para os funcionários, pois com a autonomia na execução das tarefas a velocidade na tomada de decisão é maior e os funcionários se sentem mais comprometidos, visto que a organização tem confiança neles; 1.2.2 DELIMITAÇÃO E ESCOLHA DO TEMA Referente ao tema, a delimitação será o estimulo humano, e a motivação dentro das organizações, focando na motivação e em como ela afeta o comprometimento dos funcionários. A escolha do tema teve como base, o momento em que o país atravessa, um período de mudança constante e a informação circulando cada vez mais de forma dinâmica, as empresas são cada vez mais exigentes com seus funcionários. Nas organizações atuais, os funcionários são submetidos a diversas pressões, sendo elas por metas, por comprometimento ou pontualidade, muitas vezes sem as condições necessárias para cumpri-las, os funcionários acabam se tornando desmotivados e descompromissados para lidar com as atividades do cotidiano. Pode-se dizer que um dos fatores para se elevar a eficiência dos funcionários e, conseqüentemente, a eficácia nos resultados da organização é a motivação. Existem alguns elementos que contribuem para os fatores motivacionais, entre eles estão a promoção da aprendizagem e do desenvolvimento dos funcionários, promoção de satisfação, entre outros. Desta forma, entende-se que o trabalho se justifica pela contribuição que poderá apresentar as organizações, ao descobrirem que o estimulo humano nas empresas pode influenciar o comportamento e o comprometimento de seus funcionários. Assim, torna-se importante mostrar as causas que influenciam o comportamento organizacional, e que as medidas que podem ser tomadas para que ambas as partes realizem seus objetivos com maior eficiência e eficácia. A delimitação é a parte do trabalho que tem como objetivo apresentar 11 uma revisão crítica da literatura relacionada com o problema. O referencial teórico abordará temas como: a) o comportamento e cultura organizacional; b) motivação e comprometimento; e c) a terceirização. 2. MOTIVAÇÃO HUMAA E COMPORTAMETO ORGAIZACIOAL O estudo da motivação humana dentro das organizações sua importância em relação à eficiência e eficácia no trabalho em equipe. Identificando esse fato Robbins (2002, p. 01) diz que partindo da década passada, surgiu à conscientização de quanto é importante o entendimento do comportamento humano e sua influência na eficácia de um gestor. O autor diz ainda que a partir dessa conscientização dos professores universitários foram inseridas disciplinas que abordam o assunto nas grades curriculares das escolas. O papel do orientador nas organizações foi tomando forma, e ficando valorizado. Profissionais com poder de persuasão e com capacidade de transmitir mensagem de maneira qualificada, influência no momento de transmitir que é o melhor para organização. A respeito de importância desses funcionários, Robbins (2002, p. 01) comenta que: “ter executivos com boas habilidades interpessoais é o mesmo que garantir um ambiente de trabalho mais agradável, que, por sua vez, facilita a contratação e a manutenção de pessoas qualificadas”. Esses profissionais estão em constante interação tanto com seus subordinados quanto com a organização. Na organização é preciso um bom relacionamento entre os funcionários e a mesma, esse tipo de relacionamento é caracterizado como comportamento organizacional. Os indivíduos são as peças centrais para a fisiologia organizacional. Em uma organização o funcionário motivado tem sua capacidade produtiva bem estimulada. Segundo Wagner III, Hollenbeck (2006, p. 06) o comportamento humano nas organizacões é um campo de estudo voltado à observação de maneira atenciosa do comportamento humano no contexto da empresas. Robbins (2002, p. 06) diz que a motivação humana na organização é uma área que trata de saber a relação das pessoas e grupos e o quanto o seu comportamento influencia, sendo que esse conhecimento pode contribuir com a melhoria nas ações e resultados nas organizações. Por isso é importante que a organização moderna considere os aspectos comportamentais em seu cotidiano, ficando a parte dos seus problemas de relacionamento de indivíduos e até mesmo de grupos, a organizações pode vir a sofrer dificuldade em sua produtividade. 12 Para haver essa fluência produtiva é considerar a importância do individuo na organização. O estimulo humano depende de atitudes individuais de cada um, dando uma ênfase maior nesse fato é necessário destacar como cada indivíduo dá sua particularidade. Soto (2002, p. 8) diz que motivação humana nas organizações em seu conceito básico é o relacionamento de um conjunto que são fundamentados em torno da natureza das pessoas e das organizações. Completa com base nessas reflexões, que as pessoas têm suas naturezas e são divididas em quatro: a) diferenças individuais, a pessoa como um todo, a conduta motivada e o valor das pessoas (dignidade humana); b) os indivíduos são as células da organização, como por exemplo, o corpo humano é formado por várias células, os indivíduos são distintos, e em suas distinções, cada um possui sua personalidade, que é outro fator que diferencia as pessoas; c) os psicólogos definem que a personalidade em um indivíduo é como padrões de comportamento únicos e que são relativamente estáveis, sendo a consistência de seu passado, presente e futuro; e d) os fatores que são repensáveis pela formação da personalidade são genéticos, do ambiente e situacional. Os indivíduos são responsáveis pelas metamorfoses organizacionais, tendo um papel importante no direcionamento de suas capacidades produtivas e modos de agir no ambiente corporativo. É um corpo de conhecimentos que se aplica a todos os tipos de organizações sejam elas pequenas ou grandes lucrativas ou sem fins lucrativos. A motivação humana ajudálo a obter maior compreensão do trabalho, de si mesmo e de outras pessoas. Também pode expandir o potencial de sucesso da sua carreira nos ambientes de trabalho dinâmicos, mutantes, complexos agora e futuramente. Com base no conceito acima, é possível dizer que, para uma organização manter o funcionamento em perfeitas condições é importante que os indivíduos que fazem parte dessa organização estejam focados e alinhados com o raciocínio corporativo em um todo. Com o passar do tempo ocorreram diversas mudanças nas organizações, com isso tornou-se difícil manter os funcionários tradicionais, aumentou-se a competitividade no mercado de trabalho com a entrada das mulheres e dos membros da minoria, o grande número de trabalhadores temporários reduziu a lealdade que antes prendiam os empregados a seus 13 empregadores, e por fim, a competitividade globalizada que vem exigindo cada vez mais que os funcionários sejam flexíveis para se adaptarem a mudanças (ROBBINS, 2002, p. 12 e 13). Nessas mudanças acima citadas está incluído o contato direto com indivíduos de culturas e hábitos totalmente diferenciados dos nossos. Em um mundo que a informação circula de maneira rápida, e que está totalmente conectado é preciso gerir as diferenças. Robbins (2002, p. 13) comenta que mesmo se o funcionário trabalhar em sua terra natal ele poderá ter de trabalhar com supervisores, colegas e outros funcionários com culturas diferentes da dele, ou seja, poderá haver diferentes entendimentos devido às diferentes culturas, o que pode ser motivador para um funcionário, pode não ser para outro. Portanto, para lidar com esse tipo de diferença é necessário compreender sua própria cultura e a cultura dos outros, para à partir daí, adaptar seu estilo de gerenciamento a essas diferenças. Sendo assim é possível identificar que o estudo do CO é importante hoje nas organizações, porque no cenário atual os indivíduos são importantes elementos organizacionais decisivos. Juntamente com o comportamento organizacional a cultura organizacional é um método de auxilio para entender e compreender esses indivíduos nas organizações. E se adaptando de maneira rápida as condições culturais da organização os indivíduos vão se sentir motivados para o exercício de sua função. 2.1 Motivação humana no contexto da Psicologia Este trabalho é focado na motivação humana nas organizações, diante deste contexto a psicologia considera três principais vertentes do comportamento micro-organizacional: a psicologia experimental com suas teorias sobre aprendizagem, motivação, percepção e stress; a psicologia clinica com seus modelos de personalidade e desenvolvimentos humanos e a psicologia industrial com suas teorias sobre seleção de empregados, atitudes no local de trabalho e desempenho. O comportamento micro-organizacional estuda a parte do comportamento que destaca os indivíduos, a motivação juntamente com outros elementos do comportamento organizacional. O individuo motivado conseqüentemente fica comprometimento com a organização. 2.1.1 Motivação e Comprometimento Como a sugestão do próprio termo, motivação pode ser entendida como motivo de ação. Por sua vez, as palavras motivo e emoção compartilham a mesma raiz do latim: movere, ou seja, mover. Assim, são as emoções que impulsionam as pessoas em direção a suas metas e 14 que também influenciam a sua maneira de perceber os fatos. Segundo Gil (2001, p. 202) motivação é a força que estimula as pessoas a agir, ou seja, motivação é a conseqüência de necessidades não satisfeitas. Essas necessidades são internas às pessoas não podendo, portanto, os gerentes colocar necessidades nas pessoas. Isso significa que os gerentes não são capazes de motivar os funcionários, mas de satisfazer às suas necessidades. Já Schein (apud Rodrigues, 2003, p. 92) por sua vez comenta que no caso do ser humano adulto, o principal motivador é a necessidade de manter e desenvolver o autoconceito e a auto-estima. O indivíduo faz coisas conforme o modo que ele se vê e evita coisas que não conciliam com o seu modo de vista. Ou seja, busca sempre se sentir bem como ele mesmo. A situação ideal para um maior alcance da motivação é quando as habilidades e energias dos funcionários são suficientes para atender às expectativas da organização, e os recursos organizacionais são também devidamente adequados para que possam atender às necessidades e objetivos dos funcionários. A integração entre o indivíduo e a organização é alcançada pela satisfação de ambas as partes com objetivos individuais e organizacionais. Dessa forma os processos educacionais podem contribuir para a motivação das pessoas ensinando-lhes a descobrir formas criativas de realizar simultaneamente os objetivos organizacionais e os seus objetivos pessoais (RODRIGUES, 2003, p. 103). As unidades básicas do comportamento do ser humano são as atividades. Ele está sempre desenvolvendo uma ou mais atividades, sejam elas pessoais ou profissionais. Porém, ele pode decidir mudar de atividade, e essa mudança vem dos motivos, ou seja, são os motivos que impulsionam e mantêm o comportamento das pessoas. O comportamento, ou estimulo humano é motivado pelo desejo de alcançar algum objetivo, porém, nem sempre este objetivo é conhecido pelo indivíduo. Grande parte da motivação humana está localizada abaixo do nível do consciente, conforme a analogia de um iceberg onde só se pode enxergar apenas uma pequena camada na superfície (GIL, 2001, p. 202). A motivação é um tema de extrema importância no alcance de resultados de uma empresa. Segundo Vergara (2003), “motivação significa motivo para a ação”, ou seja, a motivação é intrínseca, cada um só pode motivar-se. Existem várias frentes de pensamento sobre a motivação. O princípio fundamental nesta visão é que os motivos para a busca dos resultados vêm diretamente do interior de cada um, todos os fatores são de emoções independentes da tentativa de motivação de terceiros. As pessoas podem gerar estímulos para a motivação intrínseca, mas nunca motivar a outras. 15 Segundo Gil (2001, p. 202) motivação é a força que estimula as pessoas a agir, ou seja, motivação é a conseqüência de necessidades não satisfeitas. Essas necessidades são internas às pessoas não podendo, portanto, os gerentes colocar necessidades nas pessoas. Isso significa que os gerentes não são capazes de motivar os funcionários, mas de satisfazer às suas necessidades. Porter (1980) afirma que a condição para maior motivação é quando as habilidades e capacitações pessoais atendem às necessidades organizacionais e a organização proporciona recursos para que as pessoas atendam às expectativas e objetivos individuais. Esta idéia complementa a idéia de motivação intrínseca de vários autores, pois os estímulos precisam estar presentes no ambiente organizacional, pois a eliminação dos estímulos podem provocar insatisfação e comportamento indesejável por parte do funcionário. Schein (1982) afirma que “para os seres humanos adultos, o motivador fundamental é a necessidade de manter e desenvolver o auto-conceito e a auto-estima”. Verifica-se nesta afirmativa, que o ponto crucial dessa visão, é que, a motivação é como as pessoas se vêem, elas fazem apenas o que acreditam poder fazer, ou seja, quanto mais acreditarem em seu potencial, maior a capacidade de produção. Para que o ser humano sinta-se realizado profissionalmente e pessoalmente é primordial que ele alcance a estabilidade emocional, precisa sentir-se bem. Existem muitas formas de motivação como nos sugere a teoria de Maslow, mas os resultados só são alcançados se o indivíduo acreditar que pode alcançá-lo e buscar a contínua melhoria e renovação de seus conhecimentos. Vergara (2003) relata que a motivação são as emoções que impulsionam as pessoas a buscarem atingir suas metas organizacionais e pessoais. Nesse ponto, as pessoas são influenciadas por acontecimentos internos e externos, que fazem com que elas se sintam motivadas ou frustradas, o que reflete diretamente na atividade organizacional. As pessoas passam por diversos tipos de emoções tanto dentro das organizações em que trabalham, quanto em sua vida pessoal. Muitas dessas emoções influenciam diretamente as pessoas na busca de resultados ou na desistência pelo crescimento. Nas organizações é preciso que todos os funcionários ocupem suas funções motivados, para obterem produtividade e cumprirem as metas estipuladas pelos supervisores hierárquicos. Em alguns casos, não só para cumprir as metas estipuladas, como para estabelecer novas metas a serem cumpridas por todos, com autonomia, que é um dos fatores motivadores. O mais importante é que as pessoas estejam realmente motivadas, ou seja, quando o motivo para que ela busque o alcance das metas seja intrínseco. Se for extrínseco, não há a motivação, há apenas a ação. Soto (2002, p. 118) define motivação como um sentimento de necessidades 16 que estimula as estruturas nervosas. Origina um estado de atividade com energia, provocando uma vontade de realizar objetivos e metas traçada. Para Robbins (2002, p. 151) há três elementos na definição de motivação: intensidade, direção e persistência, quando levamos em consideração a motivação como foco no âmbito profissional. No âmbito profissional os funcionários muitas vezes não são impulsionados por objetivos tangíveis. A visão em relação a organização pode ser avaliada como de satisfação ou de insatisfação, portanto, a outros valores envolvidos nessa relação. As organizações têm um papel muito importante na motivação dos empregados, pois agem como doutrinadores, transformando a motivação em movimento permanente com objetivos que possam ser alcançados e desafios sucessivos, para que os estímulos sejam igualmente contínuos. Robbins (2002, p. 155) acredita que os fatores intrínsecos, como responsabilidade e a realização estão relacionados com a satisfação com o trabalho. E fatores extrínsecos, tais como a supervisão, a remuneração, as políticas da empresa e as condições de trabalho, estão ligadas a insatisfação, segundo uma pesquisa realizada por Frederick Herzberg com funcionários de uma organização. Os fatores que são responsáveis pela insatisfação são chamados de fatores higiênicos. Fatores intrínsecos e extrínsecos são diretamente ligados a motivação, pois os intrínsecos definem o que o funcionário sente independente da organização e os extrínsecos são vinculados ao que a empresa pode oferecer. O funcionário, independente do que possa ser oferecido, pode se motivar por fatores intrínsecos e se desmotivar, logo após, devido aos fatores extrínsecos. Maslow (apud Robbins, 2002, p. 52) aborda que há cinco necessidades que compõem uma hierarquia, são elas: fisiológicas, de segurança, sociais, de estima e de auto-realização. Quando uma é atendida a outra tende a ser a meta. E geralmente quando uma necessidade é parcialmente atendida, mesmo que não consiga ser totalmente atendida, a outra já assume o desejo de satisfação. Para motivar um colaborador é preciso saber em que nível hierárquico sua necessidade se encontra. 2.1.2 Teoria da Hierarquia das necessidades, de Maslow A teoria da hierarquia é considerada uma referência, pois explica que a motivação humana nasce da busca da satisfação de necessidades. Para Maslow, existem cinco níveis de necessidades: sobrevivência; proteção ou segurança; necessidade de pertencer a um grupo; estima ou ego; e a auto-realização. A teoria de Maslow trás importantes contribuições, 17 permitindo identificar os grandes grupos de necessidades e estabelecimentos das prioridades organizacionais. Maslow (apud Montana e Charnov, 2000, p. 205) “afirma que existem cinco níveis responsáveis por grande parte do nosso comportamento”. A figura 1 indica a afirmação dada por Maslow sobre os níveis responsáveis pelo comportamento humano. e )Auto Realização d) Estima c) Alto Pertencer b) Segurança a) Básicas (fisiológicas) Figura 1 - Fonte: Montana & Charnov (2000). No Sentido de compreender a teoria de Maslow e as necessidades Montana e Charnov (2000, p. 206) relatam que as necessidades fisiológicas estão na base da pirâmide e são básicas para a sobrevivência; necessidades de seguranças trata da auto preservação evitando o perigo físico e as privações das necessidades fisiológicas; necessidades sociais é o tipo de necessidades que as pessoas tem em pertencer a grupos, estabelecendo relações sociais; necessidades de estima é a fase que as pessoas tem grandes necessidades da auto-estima e uma grande necessidade de ter um reconhecimento por parte dos outros e a última é a necessidade da auto-realização é onde as pessoas já acreditam que estão aptas e capacitadas em realizar tarefas, essas pessoas estão auto-realizadas. 18 2.2 Teoria dos dois Fatores, de Herzberg Frederick Herzberg, psicólogo, consultor e professor universitário americano, como base de sua teoria, afirma que o comportamento humano nas organizações é orientado por dois grupos de fatores. A Teoria de Herzberg relata que não bastam que as pessoas fiquem satisfeitas com o ambiente de trabalho, os relacionamentos, os benefícios ou mesmo os salários oferecidos para que haja um estimulo interno capaz de motivar. Sendo assim Herzberg distinguiu dois grupos de fatores que afetam o desempenho, fatores higiênicos que são aqueles que estão presentes no ambiente da empresa com em uma remuneração justa, boas relações pessoais, um ambiente com condições físicas satisfatórias os fatores podem até não levar a satisfação mais não sendo supridos pode-se levar a queda de produtividade já os fatores motivacionais são aqueles que estão relacionados ao cargo. Para Allan (2003, p. 153) a teoria de Herzberg identifica as necessidades de nível elevado e inferior, onde se verificou através de pesquisas e constatou que a intenção de melhores benefícios e maiores salários não conseguiria sustentar a motivação no trabalho. A grande contribuição de Herzberg foi mostrar que não criar políticas higiênicas ou de manutenção se não houver reformulação nos cargos e valorização efetiva das pessoas que os ocupam, assim ele propõe que as tarefas sejam revisadas e ajustadas em função do progresso de cada colaborador, como mostra a figura 2. Hierarquia das necessidades (Maslow) Necessidades Maslow e a teoria higiene-motivação Auto realizaçã o Motivadores Estima Auto realizaçã o Estima Alto Pertencer Alto Pertencer Fatores de Higiene – Fatores de Insatisfação Segurança Básicas (fisiológicas) Segurança Básicas Figura 2 - Fonte: Montana & Charnov (2000). 19 2.2.1 Teoria da Equidade, de Adams A Teoria da Equidade desenvolvida para compreender e perceber as comparações feitas pelos funcionários em seu trabalho, quando se percebe que os esforços, experiência, educação e competência resultam em remunerações, aumentos e reconhecimentos notam-se uma relação justa, a percepção de igualdade e que se justifica um estado de Equidade. De acordo com Robbins (2002, p. 167) para que os funcionários possam usar a referência de equidade é necessário usar quatro pontos de referência para essa comparação, são eles: próprio-interno; próprio-externo; outro interno e outro externo. A teoria da equidade compreende as necessidades em que os funcionários têm em se comparar com amigos, vizinhos e colegas da mesma empresa, onde o ponto de referências escolhido depende das informações que o funcionário possui desta referência. Allan (2003, p. 147) afirma que nossos sentimentos são afetados pelos que os outros recebem em valores quando desempenham as mesmas funções e em alguns casos até de funções superiores, levando à comparação e circunstância que irão afetar suas atitudes futuras. Robbins (2002, p. 166) relata através de pesquisas, que homens e mulheres preferem se comparar com alguém do mesmo sexo e que as mulheres costumam receber menos que os homens. Os funcionários com menos tempo de casa não possuem muita informação sobre as outras pessoas na organização e contam com as suas próprias experiências, já os mais antigos utilizam os seus colegas como ponto de comparação. A teoria de equidade compreende e relata que muito destes funcionários percebem as injustiças e tomam atitudes em reduzir seus esforços afetando a produtividade; distorção da imagem; comparações dentro do ambiente de trabalho e no final o abandono de emprego. Segundo Adams (apud Robbins & Finley, 1997), o sentimento de justiça resulta da comparação de nossa contribuição e de nossa recompensa com as do outros, por contribuição deve-se entender o esforço e o tempo empregados, o talento e o nível de desempenho, enquanto as recompensas incluem o reconhecimento, os pagamentos, os benefícios até as punições por parte da organização ou da chefia. 20 2.2.1.2 Teoria da Expectativa, de Victor Vroom Segundo Robbins (2002, p. 167) a teoria da expectativa sustenta que a sua atitude vai depender da força de suas expectativas do que essa ação trará em resultados, esta teoria sugere que um funcionário se sinta motivado a despender um alto grau de esforço quando levam eles a acreditar que isso vai resultar em uma boa avaliação de desempenho e que a boa avaliação vai resultar em recompensas: Relação esforço-desempenho. A probabilidade percebida pelo indivíduo de que certa qualidade de esforço vai levar ao desempenho; a) Relação desempenho-recompensa. O grau em que o indivíduo acredita que um determinado nível de desempenho vai levar à obtenção de resultados que se deseja; b) Relação recompensas-meta. O grau em que as recompensas organizacionais satisfazem as metas pessoais ou as necessidades do indivíduo, e a atração que estas recompensas potências exercem sobre ele. Muitos empregados se perguntam. Se eu der meu máximo, me esforçar será reconhecido? A expectativa muita das vezes é ruim, eles acabam não acreditando em recompensas com aumento de salários e uma melhorar qualificação profissional. Robbins (2002, p. 167) cita que a teoria da expectativa é melhor para explicar as produtividades dos empregados de cargos altos na organização, em que o trabalho é mais complexo. A teoria de teoria de Expectativa de Victor Vroom sugere três fases para gerar motivação, são eles: a) Criar um ambiente propício ao bom desempenho, oferecendo treinamento, apoio e estimulo, de modo a aumentar a expectativa; b) Garantir que o bom desempenho seja recompensado com elogios, avaliação positiva, aumentos de salários ou de contas de participação nos resultados; c) Identificar as recompensas com maiores valências. Bergamini (1980, p. 128) acrescenta que os fatores intrínsecos (interno) são os que levam alguém seguir um caminho a objetivo com motivação para alcançá-lo. Quanto aos fatores extrínsecos (externos), estes incentivam apenas o fazer, que é o movimento, ou apenas a satisfação. 21 Já Byham (1992, p. 75) relata que são três os comportamentos que podem gerar como facilitador na motivação de pessoas são eles: Mantenha a auto-estima; ouça e responda com empatia e peça ajuda para solucionar o problema. As pessoas mais motivadas, criativas e produtivas que se envolvem, cada vez mais em soluções dos problemas têm mais facilidades em trabalhar em equipe. Convém manter a autoestima das pessoas. Ouça e responda com empatia ter empatia é procurar entender o que a outra pessoa está vivendo, imaginar-se em seu lugar para melhor captar sua experiência. Mostrar ao outro que ele está sendo ouvido e compreendido, ter empatia não significa necessariamente concordar com que o outro está dizendo; peça ajuda para solucionar o problema solicitar idéias e criar um clima de cooperação que estimula a pessoa a apresentar sugestões e participar. Tamayo e Paschol (2003, p. 36) numerosas teorias tem sido elaboradas para tentar explicar a motivação no trabalho, as explicações eram simples baseadas em uma única dimensão e não levava em considerações a dinâmica entre o empregado e o seu trabalho. As teorias motivacionais nas levam a concluir que as pessoas possuem necessidades, intenções e expectativas e são influenciadas por estímulos externos. Existe a necessidade de compreender os fatores motivacionais que levam as pessoas a ter satisfação, insatisfação e necessidades de melhoria e crescimento profissional. Baseado na posição de Gil (2001, p. 202) e Schein (apud Rodrigues, 2003, p. 92) consideraremos a partir desse momento que o conceito operacional para a categoria Motivação e Comprometimento é o que “a motivação ocorre quando o ser humano visa alcançar algum objetivo, que muitas vezes não é conhecido pelo próprio indivíduo. Já o comprometimento é a maneira de como ocorre a interação do indivíduo com a organização para o alcance dos objetivos de ambas as partes”. Segundo Schwartz (apud Tamayo e Paschol 2003, p. 42) apresenta as dez motivações e suas metas específicas onde os cinco primeiros tipos motivacionais relacionam diretamente e fundamentalmente com a própria pessoa como prazer, sucesso e prestígio, conforme mostra o Quadro1 22 3. CULTURA ORGAIZACIOAL Cada organização tem uma personalidade coletiva na qual os funcionários se adaptam as regras e as vivenciam no cotidiano, mesclando as características de cada um com a cultura da empresa e formando objetivos comuns para as partes. Joahann (2004, p. 10) diz que “na cultura de uma organização, as pessoas compartilham costumes, crenças, e regras na forma de modelos mentais, cujo papel é fornecer-lhes um mapa, um modo de encarar, interpretar e adaptar-se ao mundo”. O autor dá uma idéia de que uma empresa é como se fosse uma sociedade, com uma cultura própria onde se confere identidade aos indivíduos que são membros e os mesmos compartilham do ponto de vista em comum sobre tudo que está ao redor. Segundo Freitas (2002, p. 97) cultura organizacional se dá como: a) instrumento de poder; b) como conjunto de representações imaginárias sociais que se formam e reformam nas relações diárias em uma organização e que se apresentam por meio de valores, normas, significativas e interpretações, visando um sentido de direção e unidade, dando um sentido único para a organização e seus membros. Freitas diz ainda que por meio da cultura organizacional se conhece o que é importante, as formas de conduta e pensamento no meio onde se vive, além das organizações fortalecerem a imagem de soberana perante a sociedade na qual estão inseridas. 23 Ainda sobre cultura organizacional, Barbosa (2002, p. 10) diz que cultura organizacional foi um termo pioneiro na popularização da combinação do conceito de cultura com outros elementos do universo organizacional e de negócios. Desta forma os teóricos da administração estão atentos para a importância da simbologia na esfera organizacional. É uma demonstração da influencia de alguns fatores no comportamento das pessoas, tais como crenças, valores, hábitos, símbolos e mitos, que por conseqüência impactam diretamente no desempenho econômico e nos processos de mudança organizacional. São como normas formais e informais que penetram no indivíduo no dia-a-dia e no seu relacionamento com outros indivíduos, fazendo com que o coletivo seja em si a identidade da organização. Freitas (2002, p. 97) comenta que a energia controladora do comportamento, e a sutilidade das regras informais, os parâmetros de grupos e pares e sua reprodução são exemplos de como os indivíduos são ressocializados na organização. Se espelhando nas novas configurações culturais alimentadas pela sociedade em geral, buscando criar um completeness sense, controlando a divisão de símbolos mediante a construção de heróis, que por sua vez deixam o êxito organizacional bem próximo, como por exemplo rituais de consagração, a cultura organizacional de certa forma institucionaliza a magia. Mesmo levando em consideração que as empresas tornaram a existir bem antes da Revolução Industrial, podemos verificar que a preocupação com motivação no trabalho é algo muito novo. Foi exatamente durante a Revolução Industrial que vieram os investimentos mais pesados na área de produção, e os castigos foram deixados de lado, pois nas empresas encontrava-se um lugar onde imperava o medo. (BERGAMINI, 2006). Por volta de 1930 procurou-se entender o comportamento humano nas organizações, a organização que era considerada uma máquina, substitui-se pela força da luz, com grande enfoque no indivíduo, distribuição de tarefas, espaço físico. As organizações tentam influir diretamente no comportamento das pessoas induzindo pensamentos que estejam de acordo com suas expectativas e ideais, dando a idéia de que as organizações são como sociedades, cada qual com cultura própria. Essa cultura passa a ter uma espécie de caráter religioso devido à afirmação de suas características e de seus códigos moral, ético e de conduta. 24 Nas organizações o termo motivação pode ser compreendido como o esforço de seus colaboradores, para alcançar as metas estabelecidas. Esses esforços deveriam ser observados para que fosse ganho o resultado esperado, na perspectiva das relações humanas, esses resultados deveriam ser alcançados com o empenho dos colaboradores num todo. Para Johann (2004, p. 3) quando a cultura de uma empresa tem sua gestão feita com excelência, ao passar do tempo obter a confiança dos indivíduos no ambiente corporativo, conforme o caso pode atingir o limiar da fanatização. É fato analisar que uma cultura bem administrada leva a organização a uma forte correlação com produtividade e lucro. Isto quer dizer que a cultura organizacional exerce influencia sobre os colaboradores, deixando-os mais comprometidos e ligados com a organização, trabalhando mais motivados, o que gera vantagens competitivas para a organização. Algumas facilidades têm a ver com essa relação, tais como a desburocratização na estrutura e controle, alinhamento de metas, criação de padrões para os diferentes níveis hierárquicos, mudanças no poder, fortalecimento nos níveis de motivação e comprometimento. Com tudo isso o colaborador pode se sentir valorizado e apto a contribuir de forma efetiva na organização. Cohen e Fink (2003, p. 72) mencionam duas formas de se pensar a respeito de cultura organizacional. Uma é relativa ao ambiente como um todo onde os trabalhadores desenvolvem suas tarefas, onde ocorre uma socialização. A outra forma é a de que grupos menores criam suas regras e formas de convivência, mas que se submetem às normas gerais desenvolvidas pelas organizações. Sendo assim dentro de uma organização existem diversidades nas culturas como as praticadas nas unidades, ou setores ou departamentos, que seguem paralelamente a cultura geral da organização ou que apresentam algum tipo de diferenciação ou até mesmo oposição ao que foi desenvolvida para ser padrão e para regimentar a organização de uma forma geral. Essas vertentes da cultura organizacional serão descritas a seguir. De acordo com a posição de Schein (apud Fleury, 1996, p.20) e Hofstede (1991, apud Saraiva, 2002, p.191) consideraremos a partir desse momento que “a cultura organizacional se desenvolve por meio das relações com os ambientes interno e externo, além de se propagar como se fosse um aprendizado onde os membros vão aderindo ao que é pressuposto da cultura de determinado ambiente, aderindo às formas de convivência e de princípios básicos, como normas, crenças, formas de conduta, de comunicação, relação interpessoal, tornando o ambiente onde interage em uma sociedade com características próprias”. 25 Cultura Organizacional Densa É a cultura dominante na organização, ou seja, aquela que rege os valores e princípios centrais da organização e que influencia no comportamento dos membros. Johann (2004, p. 10) diz que a cultura densa é “caracterizada por apresentar um alto grau de valores e de crenças compartilhadas entre as pessoas e pouca discórdia ou ambigüidade quanto à postura pessoal e à tomada de decisão”. Portanto existe sempre um consenso e unidade quanto às ações, detalhes e grandes estratégias dentro da organização e grande coesão entre as pessoas. Isso acontece devido ao forte envolvimento e identificação com a organização por causa da sua trajetória de altos e baixos e sua solidificação, que a caracteriza como vencedora. Subculturas Organizacionais As subculturas existem quando não há densidade na cultura da organização. Elas podem até mesmo se diferenciar do fundamento principal da cultura organizacional, apresentando discrepâncias em algumas idéias. Fleury (1996, p. 18) menciona que “em uma sociedade, a medida que aumenta a divisão do trabalho, o conhecimento vai tornando-se mais especializado: grupos restritos pretendem deter o conhecimento global e teorizar sobre ele.” São as chamadas culturas setoriais, como se dentro de uma organização existissem organizações diferentes com sua missão, visão, crenças e costumes diferentes uma das outras. Contracultura Organizacional A contracultura compõe grupos que são opositores ao que a organização vislumbra. Johann (2004, p. 11) diz que é uma oposição descaracterizada à cultura dominante na organização, onde tenta diminuir os valores afins de que se possa fazer valer as idéias de oposição. A contracultura é uma versão da subcultura, porém mais radical devido a maior diferença e resistência à cultura que prevalece na empresa, sendo uma oposição não declarada e que pode surgir em meio às grandes mudanças organizacionais. 26 3.1 Gestão X Colaborador O conceito sobre Gestão e colaborador pode ser entendido como um recurso que visa à unificação das pessoas envolvidas na tomada de decisão, dentro da organização, tendo em vista como a organização gostaria de ter seus serviços percebidos pelos clientes e colaboradores. Corrêa e Caon (2006, p. 75) abordam que a importância desse conceito em um mundo crescente e turbulento em que a mudança é a regra mais que a exceção, é de prover uma base de estabilidade dentro da qual a flexibilidade possa acontecer. Para Quinn e Paquete apud Fitzsimmons e Fitzsimmons (2005, p. 30) o serviço executado é uma atividade ou uma série de atividades de natureza mais ou menos intangível que normalmente, mas não necessariamente, ocorre em interações entre consumidores e empregados de serviços e/ou recursos físicos ou bens e/ou sistemas de fornecedor do serviço, que são oferecidos como soluções para os problemas do consumidor. Os autores abordam nesta definição temas como intangibilidade e provisão quanto às constantes mudanças. Ou seja, deverão ter sua natureza intangível e estarem atentos a possíveis mudanças que possam ocorrer no mercado. Quando este ambiente não esta harmonioso pode indicar desinteresse, insatisfação. Tudo isso pode fazer com que seus membros se revoltem com a organização, despertando brigas, que na grande maioria ficam mal resolvidas. Será que podemos despertar as pessoas para um trabalho harmonioso? Os gestores são os responsáveis pela garantia da harmonia, e satisfação de seus funcionários. Quando este gestor conseguir deixar de ser egocêntrico, e aceitar a condição de que ele é alguém que esta ali para somar junto com os demais, o mesmo estará apto a aceitar seus colaboradores para que eles possam fazer suas renúncias, e caminharem juntos para um desenvolvimento. O gestor possui uma grande influencia na motivação de sua equipe, seu estilo de liderar pode facilitar o processo de aparecimento do colaborador. O gestor precisa saber de forma clara do momento em que estamos vivendo, o imediatismo do prazer. As organizações encontram-se influenciadas por este momento e tendem a oferecer muita sorte de recompensas despertando assim, a motivação de seus colaboradores. É necessário que os gestores procurem ir alem do verbal, e ser coerentes com a rotina de seus colaboradores. 27 3.1.1. Importância na Economia É normal afirmar que os serviços estão diretamente ligados a economia, além de serem de grande importância. Como exemplo, pode-se citar os serviços de infra-estrutura que são um pré-requisito básico para uma economia evoluir para a industrialização em outras palavras, nenhuma economia pode avançar sem eles. Os serviços estão no centro da atividade econômica de qualquer sociedade. Serviços de intra-estrutura, como transporte e comunicações, formam a ligação entre todos os setores da economia, incluindo o consumidor final (FITZSIMMONS e FITZSIMMONS, 2005, p. 29). Corrêa e Caon (2006, p. 23) dizem que o setor de serviços, além de ser responsável pela maior parcela do PIB Mundial, apresenta-se, talvez, como a parcela mais dinâmica da economia, pois sua participação no PIB e o número de empregos no setor crescem a taxas mais elevadas do que nos demais setores econômicos. Do mesmo modo, as atividades de serviços exercem um papel importante no desempenho de outros setores da economia, principalmente o setor industrial. 3.1.1.2. Terceirização Histórico A terceirização surgiu durante a Segunda Guerra Mundial, quando os Estados Unidos se aliaram a países europeus para combater as forças nazistas, e posteriormente o Japão. Esse fato ocorreu já que as indústrias de armamento não conseguiram abastecer o mercado, necessitando suprir o aumento excessivo da demanda e aprimorar o produto e as técnicas de produção (CASTRO, 2000, p. 75). É certo afirmar que anteriormente a Segunda Guerra Mundial existiam atividades executadas por terceiros, mas que não poderiam ser conceituadas na época como terceirização, pois foi a partir desse fato histórico que o termo começou a ser estudados e com o passar dos anos sendo aprimorado. No Brasil os primeiros sinais de terceirização surgiram na década de 40, onde o art. 455 da CLT diz que a autorização legal de interposição de empresa na contratação de pessoas, datada em 1943, ou seja, esse art. estabelece a responsabilidade do empreiteiro principal pelas obrigações contraídas e inadimplidas pelo subempreiteiro na contratação de pessoas para a execução do contrato de subempreitada (CASTRO, 2000, p. 76). Entre as décadas de 50 e 60 as atividades secundárias começaram a ser passadas para empresas que vinham se 28 fortalecendo no mercado como fornecedores e que eram exclusivos apenas e ramo de negócios em que atuavam. As primeiras práticas de terceirização no Brasil foram adotadas por empresas multinacionais de automóveis que tinham como meta a rapidez na produção dos seus veículos. A primeira grande experiência com terceirização em informática foi feita pela Kodak em 1989, onde foi recebida com ceticismo por uns, ira por outros e surpresa por todos. A partir daí, outras empresas têm seguido o caminho aberto pela Kodak. Algumas o têm feito de uma maneira mais suave: ao invés de transferirem integralmente a responsabilidade para parceiros externos, apenas terceirizam alguns nichos e continuam mantendo uma área própria, interna, de informática (LEITE, 1997, p. 69). Hoje em dia ainda restam controvérsias sobre a conveniência ou não de terceirizar. Porém, a terceirização pode ser encontrada em praticamente todos os ramos de negócio. È muito difícil imaginar negócios seja ele em qualquer ramo de atividade, que não tenham parte dos seus serviços ou produtos sendo realizados por terceiros. Conceito A prática da terceirização pode ser entendida como sendo o repasse das atividades meio de uma empresa para terceiros, ou seja, terceirizar nada mais é do que passar a terceiros as atividades não essenciais da empresa. É contratar uma empresa para executar tarefas que não estejam relacionadas ao objetivo principal da empresa. De acordo com Silva (2005, p. 89) “terceirização é o procedimento ou a estratégia de gestão empresarial pela qual se desloca a realização de certas atividades não essenciais da empresa para outras organizações especializadas”. Este processo pode ser entendido também como uma tecnologia que é formada pela compra de bens e/ou serviços especializados, de forma que sejam integrados na condição de atividade meio à atividade fim da organização compradora, permitindo assim, a concentração de energia em sua real vocação, com o intuito de fortalecer os ganhos em qualidade e competitividade. Para Castro (2000, p. 78) a terceirização é utilizada para designar uma moderna técnica de administração de empresas que visa ao fomento da competitividade empresarial por meio da distribuição de atividades, com objetivo de que possam concentrar-se no planejamento, na organização, no controle, na coordenação e na direção da atividade principal. 29 Leite (1997, p. 66) acrescenta que Nos casos de terceirização de serviços de limpeza e segurança, a motivação básica está em reduzir custos e focar as atividades-fim da organização. Mas a terceirização em informática freqüentemente avança sobre terrenos estratégicos: os riscos são maiores e o custo assume papel secundário. Por isso, a avaliação custo-benefício perde a objetividade: os fatores que interferem são muitos e interagem segundo uma complexa e intrincada rede de interdependências. Ou seja, a terceirização nos setores de informática é diferente daquelas prestações de serviços terceirizados ligadas a serviços de infra-estrutura e serviços de apoio, tais como serviços de limpeza e segurança. Pois requer maior atenção já que os riscos em terceirizar esse setor são elevados. Vantagens e Desvantagens da terceirização Muitos dizem que terceirizar não só é positivo como também virtualmente irreversível, pelo menos em médio prazo. Enquanto outros questionam rigidamente sua eficácia, alegando inclusive que se trata de uma atitude de altíssimo risco. É nesse contexto que o trabalho descreverá as vantagens e as desvantagens encontradas na prática de terceirização. As organizações que estão terceirizando sua informática reconhecem que vêm obtendo diversos benefícios por meio desta prática. Porém a redução de custos, importante para a maioria das organizações, está longe de ser o benefício mais mencionado. A grande importância é que quatro em cada cinco empresas estão realmente conseguindo focalizar seus esforços para sua atividade principal, e delegando a terceiros o que não faz parte de seu core business. Com isso, fica possível identificar a previsibilidade de gastos, a objetividade na análise custo/benefício, a agilidade na implementação de soluções e a objetividade na definição das prioridades (LEITE, 1997, p. 75). Apesar dos benefícios alcançados, as empresas são obrigadas a conviver com algumas dificuldades. Embora em menor número que o observado nos benefícios, é citado vários problemas por Leite (1997, p. 72 e 75) tais como: a) resistência do cliente ao processo de terceirização; b) a falta de capacitação/qualificação do parceiro; c) as dificuldades com interfaces; d) o público interno não saber lidar com terceiros; e) a resistência interna dos usuários; 30 f) a perda do controle sobre a qualidade; g) a perda de controle sobre os prazos; h) a cultura do parceiro não se adapta ao padrão da organização; i) a falta de idoneidade do parceiro; j) as reclamações trabalhistas; l) a perda do controle da estratégia de informatização; m) a perda do controle sobre os custos; e por fim n) o vazamento de informações confidenciais da organização. 31 COCLUSÃO A partir do trabalho desenvolvido, buscou-se avaliar os principais fatores da motivação humana dentro das organizações, que afetam o comprometimento do serviço. Este trabalho possibilitou a identificação de variáveis que podem afetar o sucesso da absorção na organização. Todos os aspectos e resultados obtidos vêm de encontro com o objetivo inicial. Com isso, verificou-se a existência e a necessidade que as organizações tem de motivar seus colaboradores, podemos também ressaltar a questão sobre as necessidades básicas, pois grande parte acredita que a empresa não oferece condições necessárias para o trabalho. Os funcionários estão em busca de crescimento profissional e reconhecimento, e o que percebemos foi a real necessidade de motivação. Conclui-se então, que a motivação humana nas organizações é um dos pilares para que a empresa se mantenha fortalecida, motivada onde pessoas qualificadas desempenham suas funções com muita eficiência e eficácia, porém existe à necessidade de realizar mais trabalhos motivacionais sobre cultura organizacional e seus aspectos, pois é necessário compreender as culturas e seus conflitos dentro da organização, não basta incentivar e motivar, é preciso compreender cada cultura local para se aplicar as devidas medidas. Para estudos futuros os autores recomendam que seja elaborado um questionário destinado a motivação humana nas organizações e seus aspectos, para identificar profundamente os tipos de culturas existentes. É fundamental a avaliação mensal dos funcionários para evitar possíveis variáveis é importante se ter um programa motivacional periodicamente. 32 REFERÊCIA BIBLIOGRÁFICA BARBOSA, Lívia. Cultura e empresas. Rio de Janeiro: Editora Jorge Zahar, 2002. BERGAMINI Cecília Whitaker. Desenvolvimento de recursos humanos: uma estratégia de desenvolvimento organizacional. São Paulo: Atlas, 1980. BYHAM, WILLIAM C. Zapp. O Poder da energização. Rio de Janeiro, Campus, 1992. COHEN, Allan R.; FINK, Stephen L. Comportamento Organizacional: conceitos e estudos de caso. Rio de Janeiro: Campus, 2003. CORRÊA, Henrique L; CAON, Mauro. Gestão de Serviços: Lucratividade por meio de operações e de satisfação dos clientes. São Paulo: Atlas, 2006. FLEURY, Maria Tereza Leme et al. Cultura e poder nas organizações. 2.ed. São Paulo: Atlas, 1996. FREITAS, Maria Ester de. Cultura Organizacional: identidade, sedução e carisma? 3. ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2002. GIL, Antonio Carlos. Gestão de pessoas: enfoque nos papéis profissionais. São Paulo: Atlas, 2001. JOHANN. Sílvio Luiz. Gestão da cultura corporativa: como as organizações de alto desempenho gerenciam sua cultura organizacional. São Paulo: Editora Saraiva, 2004. LEITE, Jaci Corrêa. Terceirização em Informática sob a ótica do prestador de serviços.. MASLOW, A. H. (1975). Uma teoria da motivação humana. In: BALCÃO, Y.; CORDEIRO, L. L. (org.). O comportamento humano na empresa (pp. 337-366). Rio de Janeiro: FGV. 33 ROBBINS, Stephen P.. Comportamento organizacional. 9. ed. São Paulo: Editora Prentice Hall, 2002. ROBBINS, H. & FINLEV, M. Por que equipes não funcionam: o que não deu certo e como torná-las criativas e eficientes. Rio de Janeiro, Campus, 1997. RODRIGUES, Denise Ferreira; JOHANN, Maria Elizabeth Pupe; CUNHA, Neisa Maria Martins da. Aspectos comportamentais da gestão de pessoas. Rio de Janeiro, Editora FGV, 2003. SARAIVA, Luiz Alex Silva. Cultura Organizacional em Ambiente Burocrático. RAC – Revista de Administração Contemporânea. São Paulo, v. 6, n. 1, p. 187 – 207 Janeiro/Abril 2002. SCHEIN, Edgar H. Psicologia organizacional. Rio de Janeiro, Prentice-Hall do Brasil, 1982. SILVA, Paulo Renato Fernandes da. Cooperativa de trabalho, terceirização da mão-deobra e direito do trabalho. Rio de Janeiro: Editora Lumen Juris, 2005. SOTO, Eduardo. Comportamento organizacional: O impacto das emoções. São Paulo: Editora Pioneira Thomson Learning, 2002. TAMAYO, Álvaro e PASCHOL, Tatiane. A Relação da Motivação para o trabalho com as metas do trabalhador, RAE – Revista de Administração de Empresas. São Paulo, v 7, n.4, p.42 Outubro/Dezembro 2003. VERGARA. Sylvia Constant. Gestão de Pessoas. 3. ed. São Paulo: Editora Atlas, 2003. VERGARA. Sylvia Constant. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. 5. Ed. São Paulo: Editora Atlas, 2004. WAGNER III, JOHN A.; HOLENBECK JOHN R. Comportamento Organizacional. São Paulo: Editora Saraiva, 2006.