Artigo

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A ESTÉTICA DA RECEPÇÃO: UM OLHAR CRÍTICO E REFLEXIVO NA CRÔNICA A
COR DOS NOSSOS RINS DE MOACYR SCLIAR.
Kézia Matias dos Santos1
[email protected]
Maria Andreia Eduardo da Silva2
[email protected]
Tayane da Silva Lima3
[email protected]
RESUMO:
O presente trabalho situa-se na área da Literatura Brasileira, especificamente a
Contemporânea. A pesquisa analisa aspectos relevantes como: o contexto histórico da Estética
da Recepção, a relação autor/texto/leitor e a análise da crônica A cor dos nossos rins do autor
Moacyr Scliar à luz da Estética da Recepção, objetivando compreender o contexto histórico
da Teoria Literária, bem como sua conjectura, investigar como se dá a interação da tríade
citada acima, investigar o papel do leitor no processo sócio-interacional na crônica em estudo,
assim reconhecer a importância desse sujeito na construção de sentido no texto. O trabalho
pautou-se no levantamento de dados bibliográficos. Alguns autores imprescindíveis
embasaram a fundamentação teórica: Compagnon (2003), Geraldi (1996), Jauss (1994), Koch
e Elias (2013), Magalhães (2010) Zappone (2005), e Zilberman (2004).
PALAVRAS-CHAVE: Estética da recepção. Literatura. Interação
INTRODUÇÃO
Esse estudo busca contribuir para melhor compreensão da Estética da Recepção na
crônica A cor dos nossos rins de Moacyr Scliar, o autor é considerado um dos escritores mais
representativos da Literatura Contemporânea.Nascido no dia 23 de março de 1934 na cidade
de Porto Alegre (RS) tem grande influência familiar pelo hábito da leitura e
consequentemente essa afinidade como os livros resultam na louvável forma de escrever do
gaúcho. As temáticas abordadas em suas obras direcionam-se a realidade social da classe
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Graduanda em Licenciatura plena em Letras Português pela UESPI.
Graduanda em Licenciatura plena em Letras Português pela UESPI.
Graduanda em Licenciatura plena em Letras Português pela UESPI.
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média brasileira, atentando respectivamente para os aspectos da Medicina e do Judaísmo, já
que o autor é oriundo de família judia e é médico.
Respeitado pela genialidade de suas criações, o escritor ganha um estilo humanista
diante de seus leitores, pois contempla em suas obras quer ensaios, contos, romances ou
crônicas, temas de caráter universal, que ganham valorização no mundo inteiro, rendendo-lhe
prêmios dignos de merecimento. Renomado pela sátira e ironia presente em suas obras, Scliar
demonstra de modo artístico as denúncias de uma sociedade pós-moderna, onde a ambição
exacerbada e a respeito ao próximo se intensificam constantemente.
A crônica a ser analisada faz parte do livro O imaginário cotidiano do referenciado
autor cujas histórias que o compõem, foram escritas baseadas do jornal Folha de São Paulo.
Percebemos a crítica social contra a prática do racismo, trata-se de uma suposta equipe de
médicos em busca de um receptor de rins, e ao chegarem ao hospital restringem o transplante
única e exclusivamente as pessoas de pele branca, ignorando subitamente as de pele negra.
Desse modo constrói sua repugnância pelo racismo.
O interesse por essa pesquisa surgiu de início com o fim de direcionar os leitores ao
entendimento do processo interacional á luz da Estética da Recepção postulada porHans
Robert Jauss em1967 na Alemanha. A partir dessas reflexões o autor do texto não é visto
restritamente como detentor do conhecimento e o leitor como mero receptor das informações,
antes estabelece a chamada competência interacionista: autor, texto e leitor. Temos o contexto
histórico de quem faz a leitura, a releitura de uma obra, por exemplo, também devemos
atentar para os aspectos dessa releitura que se faz, pois o contexto que o leitor está inserido é
de extrema importância para sua compreensão.
Desse modo, os objetivos que nortearam nossa pesquisa foram de maneira geral:
Apresentar a crônica A cor dos nossos rins embasada na Estética da Recepção. E específicos:
Compreender o contexto histórico da Teoria Literária, bem como sua conjectura, investigar
como se dá a interação da tríade citada acima, investigar o papel do leitor no processo sócio
interacional na crônica em estudo, assim reconhecer a importância desse sujeito na construção
de sentido no texto.
Assim, a pesquisa foi de cunho bibliográfico que segundo Lakatos e Marconi trata-se
de um tipo de procedimento metodológico que oferece ao pesquisador possibilidades de
buscas e soluções para o problema a ser pesquisado fazendo o uso de diversas fontes.
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A pesquisa bibliográfica, ou de fontes secundárias abrange toda a
bibliografia já tornada pública em relação ao tema de estudo, desde
publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas,
monografias, teses, material cartográfico etc., até meio de comunicações
orais: rádio, gravações em fita magnética e audiovisuais: filmes e televisão.
Sua finalidade é colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que já
foi escrito, dito ou filmado sobre determinado assunto inclusive conferências
seguidas de debates que tenham sido transcritos por alguma forma, quer
publicadas, quer gravadas.(2003, p. 183)
CONTEXTO HISTÓRICO: A ESTÉTICA DA RECEPÇÃO
Surgida em 13 de Abril de 1967 na Alemanha, em uma conferência ministrada por Hans
Robert Jauss na Universidade de Constança intitulada “o que é e com que fim se estuda
História da Literatura?”, a Estética da Recepção entra no palco literário com o intuito de
quebrar os paradigmas vigentes da época voltados ao Estruturalismo e ao Formalismo.
Hauss fez crítica ao Ensino de Literatura que se pautava à limitação de um passado
acabado, assim propõe uma nova perspectiva de ensino, que agregasse valor ao aspecto
histórico e recepcional do leitor. No que tange a figura analisada não mais será a estrutura ou
a forma do texto, mas a entrada do papel do leitor e do seu mundo subjetivo. Sob essa nova
visão, Zappone postula:
O texto, por sua vez,desvencilhou-se das amarras estruturalistas/funcionalistas que
atribuíam exclusivamente à textualidade as chaves para a interpretação de uma obra.
A partir de novas abordagens da linguagem (pragmática, teoria da enunciação,
análise do discurso), que passaram a considerar mais enfaticamente a relação
linguagem-sociedade, o texto deixou de ser mera organização linguística que
“carrega” ou que “transmite” pensamentos, informações ou idéias de seu produtor.
(2005, p. 153)
Conseguinte, esse ramo da Teoria Literária possibilitou uma abertura significativa para a
construção da autonomia do leitor perante a leitura literária e tem como meta recuperar a
vitalidade da História da Literatura e a relevância do leitor, como sujeito responsável pela
dinamicidade da obra literária, bem como sua concretude histórico-social.
Essa corrente literária tem o leitor como elemento valorativo e transformador da obra
literária, sendo de grande valia os seus aspectos inteligíveis e as características que lhe são
peculiares, o leitor passa a ser visto como um agente construtor de sentidos e transformador
epistemológico da obra de arte. Como enfatiza Geraldi:
Ao ler um texto, o leitor trabalha com dois tipos de informação: aquelas que se
constituem em suas experiências de vida, seu conhecimento de mundo e aquelas que
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o autor lhe passa através do texto lido. Neste sentido, a leitura é um “encontro” de
sujeitos, enquanto tais, sujeitos situados numa sociedade e por ele influenciados,
mas não como resultados mecânicos de suas condições, mas como sínteses destas
condições históricas e suas ações sobre elas. (1996, p. 125)
Diante dessa nova concepção, a Literatura oferece grandes subsídios para a percepção
e reflexão acerca da natureza social, histórica e ideológica do homem, constituindo-se como
elemento dotado de discursos que se justapõem, e concomitantemente se confrontam. Visto
que o leitor possui diferentes conhecimentos para discernir e julgar sobre possíveis inferências
em relação à obra literária, através do processo de leitura. Segundo Magalhães (2010, p. 17):
“A Estética da Recepção é uma teoria que considera de modo específico, o aspecto
recepcional do texto, privilegiando o leitor e a leitura como elementos fundamentais nos
estudos literários”.
Com base nessa postura, a Estética da Recepção focaliza o leitor como elemento
principal e como instância responsável por atribuir sentido àquilo que lê. Desta maneira o
projeto metodológico dos principais autores da Estética da Recepção seria ligar a qualidade do
texto literário com a presença do leitor:
O leitor, portanto, coincide com o horizonte de recepção ou acolhimento de uma
obra. Essa, por sua vez, destaca-se quando não se equipara a esse horizonte, pois, se
o fizesse, nem seria notada. Com efeito, cada obra procura se particularizar diante do
universo para o qual se apresenta, particularização que se evidencia quando ela
rompe com os códigos e as normas predominantes. Assim, ela estabelece um
intervalo entre o que se espera e o que se realiza, a que Jauss denomina "distância
estética". (ZILBERMAN, 2012, p. 183)
Em suma, a Estética da Recepção e as ideias de Jauss contribuíram significativamente
para o ensino de Literatura, ao propiciar uma reorganização das percepções de mundo,
fazendo-se possível ao leitor a experimentação de novas experiências existenciais por meio da
obra literária. Como bem explicita Zappone:
Enfim, embora enfatizando um leitor especializado em detrimento de leitores reais,
as idéias de Jauss introduzem, de forma mais sistemática, a discussão sobre o
aspecto recepcional dentro dos estudos literários, abarcando uma instância
fundamental do circuito autor/obra/público sobre o qual a literatura se erige. Por
isso, a Estética da Recepção e suas vertentes modelos providenciam um espaço, não
novo, mas mais amplo, para que se pense a literatura como categoria histórica e
social e, portanto, em contínua transformação. (2005, p. 162)
RELAÇÃO: AUTOR, LEITOR E OBRA
Os estudos literários voltados para a Estética da Recepção vislumbram de modo
enfático, a natureza cognitiva do receptor. No entanto a interação da tríade: autor, texto e
leitor, são fundamentais para a construção de sentido, ou seja, o autor não é mais visto
restritamente como detentor do conhecimento, o texto como produto e o leitor como mero
receptor das ideias do autor. Koch e Elias estabelecem definições pertinentes no que diz
respeito a esses aspectos:
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“[...] representação do pensamento e de sujeito como senhor absoluto de suas ações
e de seu dizer, o texto é visto como um produto – lógico – do pensamento
(representação mental) do autor, nada mais cabendo ao leitor senão “captar” essa
representação mental, juntamente com as intenções (psicológicas) do produtor,
exercendo, pois um papel passivo. (2013, p. 9)
ANÁLISE DA CRÔNICA A LUZ DA ESTÉTICA DA RECEPÇÃO
Na crônica A cor dos nossos rins, o autor utiliza-se de mecanismos próprios de seu
fazer poético para construir sua crítica social e por meio desta denunciar as mazelas da
sociedade como o racismo. Diante da função social e instigante que a Literatura promove na
vida de seus leitores, a crônica citada acima desperta anseios universais no tocante a
problemática abordada, pois a questão do racismo é algo a ser combatido constantemente em
todos os ambientes de socialização, pois essa prática usurpa o direito de igualdade que todos
os seres humanos têm, independente de cor de pele.
A literatura quando voltada para o fator social encontra-se contextualizada em
elementos históricos, conforme as mudanças sócio-culturais, nas quais os sujeitos se inserem.
Nessa perspectiva a função e o papel do leitor adquirem grande relevância para a formação de
um leitor ativo, capaz de produzir suas próprias impressões através das inferências que
possuem e também das que o texto disponibiliza.
Diante dessa nova possibilidade de conceber o texto, Zilbermam explicita:
A valorização da experiência estética, que se refere ao leitor um papel produtivo
resulta da identificação desse com o texto lido, enfatiza a ideia de que uma obra só
pode ser julgada do ponto de vista do relacionamento com seu destinatário. Os
valores não estão prefixados, o leitor não tem de reconhecer uma essência acabada
que preexiste e prescinde de seu julgamento. Pela leitura ele é mobilizado a emitir
um juízo, fruto de sua vivência do mundo ficcional e do conhecimento transmitido.
Ignorar a experiência aí depositada equivale a negar a literatura enquanto fato social,
neutralizando tudo que ela tem condições de proporcionar. Porque ela produz
efeitos, Jauss pode atribuir-lhe índole formadora. Quando age sobre o leitor,
convida-o a participar de horizonte, que pela simples razão de provir de um outro,
difere do seu.(2004, p. 110)
Desse modo a leitura é concebida como ato social sendo resultado da interação entre
autor e leitor, cumprindo propósitos e atendendo a necessidades culturalmente estabelecidas.A
construção de sentido do texto requer conhecimentos enciclopédicos da parte do leitor, pois
sem esse repertório e bagagem cultural não é possível a compreensão das ideias implícitas e
explicitas no texto como Compagnon afirma:
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Em todo caso, as normas e os valores são modificados pela experiência da leitura.
Quando lemos, nossa expectativa é função do que nós já lemos, não somente no
texto que lemos, mas em outros textos, e os acontecimentos imprevistos que
encontramos no decorrer de nossa leitura obrigam-nos a reformular nossas
expectativas e reinterpretar o que já lemos. A leitura procede, pois, em duas direções
ao mesmo tempo, para frente e para trás, sendo que um critério de coerência existe,
garantindo uma significação totalizante a nossa experiência. (2003 p. 148-149)
A princípio a crônica intitulada A cor dos nossos rins remete ao leitor uma carga de
subjetividade e, por conseguinte a diversas linhas de interpretação, que segundo a teoria da
Estética da Recepção no campo literário, privilegia os aspectos cognitivos racionais e
empíricos que se constituem na arte da leitura.
A partir das concepções citadas acima mostraremos alguns trechos da crônica para
caracterizar a importância do leitor no processo de construção de sentido do texto, por meio
da leitura literária proposta por Moacyr Scliar (2006, p. 67): “De posse do rim a ser
transplantado, eles foram imediatamente ao hospital, em busca do receptor adequado. Que
teria de preencher várias condições. A mais importante: só poderia ser branco.”
Para melhor compreensão do título, o leitor necessariamente precisa ter conhecimentos
prévios do que seja o racismo, pois os espaços vazios e as lacunas a serem preenchidas
comprometem a retenção das informações. Mediante a isso, consideramos o texto um veículo
essencial e dinâmico que se dá no ato de recepção. Por meio do gênero lemos a ideia central
do autor, e não obrigatoriamente nos limitamos a criar e recriar a realidade por ângulos
diversos, já que o a concepção de sujeito psicológico interage com as partes que integram o
texto.
O autor ainda narra: “O último paciente era branco. Inegavelmente branco. Mas aí o
faxineiro do hospital que estava por ali, fez uma grave denúncia: branco, sim mas a avó dele
era uma mulata, do Caribe. O paciente foi rejeitado.” (IDEM, 2006, p.68) Ao entrar em
contato com tais textos, o leitor automaticamente ativa seu portfólio linguístico, fazendo uso
de conhecimentos internalizados que servirão de base para seu embasamento, ou seja, pode
posicionar-se contra ou a favor do racismo, vai depender das suas concepções de mundo.
Algo importante a ressaltarmos é a crítica que Scliar também faz a classe média alta,
principalmente na passagem em que narra, os médicos indo em busca de um novo receptor de
rins, se dirigindo a um quarto particular na expectativa de encontrar um paciente “puramente
branco.”
Já de início cometeram um erro. Foram à enfermaria onde estavam os pacientes mais
pobres, alguns dos quais esperavam o transplante havia anos antes. Os três primeiros
foram eliminados de saída: eram pretos retintos, vindos de antigas colônias na
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África. Constatação que fez suspirar um dos membros do grupo: “Bom era quando
eles ficavam lá na terra deles.” (Ibidem, 2006, p.67)
É pertinente atentar para esse trecho, elencando um ponto fundamental presente na
crônica. Trata-se, justamente, da questão da escravidão sobre um modo árduo que se
concebeu desde o tempo da colonização da África e vigoram até os dias atuais. Moacyr retrata
essas concepções de forma descontraída, sem demonstrar implicitamente a carga de
negatividade e de denúncia que permeiam a passagem.
A narrativa acontece numa perspectiva que o leitor consegue abstrair das temáticas
enfatizadas tanto o sarcasmo, a ironia, bem como a sensibilidade do leitor ao ler e entrar em
contato com essa leitura de modo mais profundo. Moacyr Scliar consagra suas obras por
alcançar todos os tipos de leitores, sejam eles renomados doutores ou simples cidadãos, sua
estética de escrever vai além de mero embaralhado de frases e sentenças, permite ao leitor o
engajamento com temas frequentes do cotidiano.
Em suma, a crônica abrange questionamentos que nos direcionam a repensar nossa
posição enquanto leitor autônomo, capaz de estabelecer relações entre o dito e o não dito,
implicitamente ou explicitamente, assim imprimindo suas percepções acerca da obra literária,
tal como o enfoque primordial do enredo, que se constrói por meio das intenções do autor, e
as abstrações do leitor.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante da pesquisa apresentada observamos a importância da Estética da Recepção
como vertente fundamental para a formação de um sujeito-leitor, capaz de compreender o
contexto que está inserido, tanto quanto a época que determinada obra foi escrita.
Ressalvamos que o leitor a luz desse ramo da Teoria Literária, contribui efetivamente para o
entendimento das particularidades do público leitor, pois este é visto como uma instância de
elevada significância para a construção de sentidos, mediante a obra literária.
Algo interessante a destacarmos é o grande impulso que Jauss provocou nos estudos
literários, sobretudo principalmente no que diz respeito à nova concepção do ensino de
Literatura, que se criou a partir da sua inserção no meio científico e acadêmico do século XX.
Novas percepções são colocadas no cenário literário bem como, a principal delas, o leitor
como elemento central do processo da leitura, aliando Literatura e História ao um
determinado contexto social. De acordo com essa corrente destaca-se a liberdade
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interpretativa do leitor, onde o receptor interage com o texto seja ele literário ou não. Por
conseguinte atribuindo novos sentidos ao confrontar-se com os enunciados lexicais.
Procurou-se compreender acrônica e sua contribuição no plano estético, tal como se
constitui a produção de significados, assim formulando uma ideia de co-produção tanto por
parte do autor, como do leitor.
Dessa forma percebemos os efeitos de sentido se
caracterizados no leitor objetivando sua subjetividade, impressões e emoções que constituem
as bases preconizadas por Jauss. A crônica possibilitou entender o valor receptivo que o texto
como processo dinâmico promove na constituição do leitor, enquanto sujeito ativo
transformador do conhecimento por meio do texto literário.
ABSTRACT: THE AESTHETIC RECEPTION: A CRITICAL LOOK AT CHRONIC
AND REFLECTIVE COLOR OF OUR MOACYR SCLIAR.
This work is in the area of Brazilian literature, specifically the Contemporary. The research
analyzes relevant aspects: the historical context of the Reception Aesthetics, the relationship
author / text / reader and chronic analysis The color of our kidneys author Moacyr Scliar the
light of Aesthetics of Reception, aiming to understand the historical context of the Theory
literary, and his conjecture, investigate how the interaction of the triad mentioned above,
investigating the role of the reader in social-interactional process in chronic under study, thus
recognizing the importance of this subject in the construction of meaning in the text. The
work was marked in the survey of bibliographic data. Some authors essential embasaram the
theoretical foundation: Compagnon (2003), Geraldi (1996), Jauss (1994), Koch and Elias
(2013), Magellan (2010) Zappone (2005), and Zilberman (2004).
KEYWORDS: Reception Aesthetics. Literature. Interaction
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REFERÊNCIAS
COMPAGNON, Antonie.Demônio da teoria: literatura e senso comum. Belo Horizonte:
UFMG, 2003.
GERALDI, João Wandelley. Linguagem e ensino: exercício de militância e divulgação.
Campinas: Mercado de Letras. 1996.
KOCH, Ingedore Villaça ; ELIAS, Vanda Maria. Lere compreender: os sentidos do texto. 3ª.
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LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de metodologia
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SCLIAR, Moacyr. O imaginário cotidiano. 4.ed. São Paulo: Gaia, 2006.
ZAPPONE, Mirian Hisae Yaegashi Zappone. Teoria Literária: Abordagens históricas e
tendências contemporâneas/organização. Tomas Bonnici, Lúcia OzanaZolin. 2ª ed. rev. E
ampli. Maringá: Eduem, 2005.
ZILBERMAN, Regina. Estética da Recepção e História da Literatura. 2ª impressão. São
Paulo: Ática, 2004.
Contato:
Tayane Lima
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8163-5254
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