Resumos Caso Clínico - Clínica Médica, Cirurgia e Terapêutica (CMCT) Clinical cases - Internal Medicine, Surgery and Therapeutics 6º Simpósio Brasileiro de Hansenologia 6th Brazilian Leprosy Symposium 24 a 26 de outubro de 2012 October 24-26, 2012 Ribeirão Preto - SP - Brasil DIAGNOSTICO DIFERENCIAL DO ERITEMA NODOSO E NEOPLASIAS VASCULARES NA AMAZONIA – RELATO DE CASO. Ragnini C1, Oliveira AN2, Romanholo HSB3, Miranda AR4. SEPSE DECORRENTE DE ULCERA PLANTAR EM PACIENTE HANSENICO NA REGIÃO AMAZÔNICA – RELATO DE CASO. Ragnini C1, Oliveira AN2, Miranda AR3. Ambulatório de Hanseníase–Prefeitura de Cacoal-RO1,3 FACIMED–Faculdade de Ciências Biomédicas/Cacoal-RO2 Pós-Graduação em Infectologia e Medicina Tropical-UFMG4 Ambulatório de Hanseníase–Prefeitura de Cacoal-RO1 FACIMED–Faculdade de Ciências Biomédicas/Cacoal-RO2 Pós-Graduação em Infectologia e Medicina Tropical-UFMG3 INTRODUÇÃO: Os estados reacionais ainda representam morbidade significativa para pacientes hansênicos. O tratamento induz efeitos adversos significativos, às vezes pouco estudados. Relatamos o caso de uma paciente que apresentou lesões atípicas durante a evolução do eritema nodoso (EN). RELATO DE CASO: Paciente feminina, 23 anos, com história de Hanseníase Virchowiana (IB=4,5), soronegativa para HIV, sem outras comorbidades, tratada com PQT-MB, encerrada em 06/2011. Após o inicio da PQT apresentou EN de difícil controle com prednisona (1mg/Kg/dia), clofazimina e pentoxifilina, acompanhado de edema nos MIs e em janeiro de 2012 surgimento de lesões vinhosas ulceradas nos pés. Internada diversas vezes por infecção secundária dessas lesões e erisipela, persistindo com exsudato amarelo-esverdeado, fétido sem cicatrização. Apresenta lesões vinhosas menores e não ulceradas nos MIs, MSs e tronco. Realizado anatomopatológico da lesão plantar constatando proliferação angio-vascular dérmica com áreas de ulceração, sem distinção entre padrão reacional (granulação) e neoplasia vascular, sendo assim, a imuno-histoquímica foi sugerida e aguardando resultado. DISCUSSÃO: O EN é um desafio em áreas onde as dificuldades técnicas para o uso de propedêutica mais avançada é restrito. A utilização de terapia imunossupressora obriga o profissional a considerar quadros habitualmente encontrados apenas em pacientes com patologias sistêmicas imunossupressoras. Nosso caso aguarda a imuno-histoquímica para definição diagnóstica. INTRODUÇÃO. A Hanseníase é um problema de saúde pública, caracterizada por várias complicações: estados reacionais, efeitos adversos do tratamento, incapacidades e ulcerações nas mãos e pés, fatores que causam morbidade em tais casos. Relatamos o caso de uma paciente que apresentou ulcerações plantares importantes durante a evolução do eritema nodoso (EN). RELATO DE CASO. Paciente feminina, 23 anos, com história de Hanseníase Virchowiana (IB=4,5), soronegativa para HIV, sem outras comorbidades, tratada com PQT-MB, encerrada em 06/2011. Após o inicio da PQT apresentou EN de difícil controle com prednisona (1mg/Kg/dia), clofazimina e pentoxifilina, e em janeiro de 2012 surgimento de lesões vinhosas ulceradas nos pés. Foi internada diversas vezes por infecção secundária destas lesões, persistindo com exsudato amarelo-esverdeado, fétido e sem cicatrização, inclusive por sepse decorrente da erisipela, com cultura da lesão plantar positiva para Pseudomonas sp. DISCUSSÃO. Ulcerações plantares são freqüentemente colonizadas por bactérias ambientais, assim amostras superficiais da lesão, por vezes, não retratam a verdadeira causa da infecção, motivo pelo qual a literatura descreve uma grande variação de colonizadores. A dificuldade em atingir os planos profundos da úlcera acarreta erros diagnósticos e falhas terapêuticas. As infecções oportunistas devem ser incluídas como possíveis diagnósticos em pacientes com imunosupressão iatrogênica, neste caso, sugestivo pelo uso contínuo de prednisona. PALAVRAS-CHAVE: Hanseníase, eritema nodoso, neoplasia vascular Hansen Int. 2012; 37(2) Supl.: 119. PALAVRAS-CHAVE: Hanseníase, ulcera plantar, Pseudomonas sp. ISSN: 19825161 (on-line) Hansenologia Internationalis | 119