Lavar as mãos ainda é o método mais eficaz para prevenir infecções nas UTIs A AMIB (Associação de Medicina Intensiva Brasileira) promove nos 1° e 2 de junho, na cidade de Florianópolis (Hotel Majestic Palace Av. Beira Mar Norte, 2746 – Centro), o I Simpósio Internacional AMIB de Infecções em UTI. O encontro traz em sua grade científica os temas mais relevantes sobre o tema, que serão apresentados pelos principais especialistas no assunto no país. E para somar aos palestrantes nacionais, foram convidados os pesquisadores internacionais Dominique Benoit, da Bélgica, e o português Pedro Póvoa. Para os profissionais que tratam pacientes críticos, as infecções preocupam muito, pois depois do trauma, são responsáveis por altos índices de mortalidade. Os estudos revelam que 70% dos pacientes internados nas unidades de terapia intensiva recebem tratamento para algum tipo de infecção. Nesse ambiente, o risco de infecção é de 5 a 10 vezes maior do em outros ambientes hospitalares e podem chega a representar 20% do total de casos registrados de infecção em um hospital. “Muitos são os fatores que contribuem para o desenvolvimento de infecções, temos que pensar que, hoje, o perfil do paciente que chega à UTI é muito diferente de 20 anos atrás. Devido à evolução da medicina que promoveu a sobrevida de pacientes com doenças graves, esses, quando são tratados nas UTIs, são mais velhos e, por terem passado por tratamentos radicais, são mais suscetíveis a um processo infeccioso. Por isso, é muito importante a atenção e a prevenção nesses pacientes”, disse o Dr. Fernando Machado, presidente do Simpósio. Mas o médico intensivista alerta que qualquer paciente que está em uma UTI pode sofrer um processo infeccioso. Portanto, alguns pontos devem ser observados pelos profissionais que cuidam do doente crítico. “A assistência em unidade de terapia intensiva é constantemente desafiada por infecções relacionada aos procedimentos invasivos. Precisamos analisar caso a caso e determinar se realmente tais procedimentos são necessários no paciente”, explica o Dr. Fernando. Outro ponto levantado pelo médico intensivista é o uso indiscriminado e, às vezes, desnecessário de antibióticos e antimicrobianos. “Esse é um tema muito complexo e que depara com o fato da resistência dos microorganismos e não desenvolvimento de novos fármacos”, disse. No entanto, o Dr. Fernando Machado reforça que ainda o método mais eficaz e barato de prevenir as infecções é a lavagem das mãos. Para saber mais sobre o evento, acesse: www.amib.org.br/simposio-infeccao. Fonte para entrevistas: Dr. Fernando Machado, professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e presidente do I Simpósio AMIB de Infecções em UTI (Santa Catarina) Dr. Thiago Lisboa – Presidente do Comitê de Infecção, Sepse e Disfunção de Múltiplos Órgãos e Sistemas (DMOS) Informações à imprensa: Teca Pereira – teç[email protected] Fones: 11-5098.1111 / 11-9214.7117 / 11-9114.3724