úlceras de pressão

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ÚLCERAS DE PRESSÃO
“ESCARAS”: geralmente ocorre dentro do hospital, após internação prolongada, portanto deve ser evitado. Começa com
uma vermelhidão, que não se dá muito interesse.
DEFINIÇÃO:
Áreas de ulceração e necrose da pele e de tecidos moles sobre uma proeminência óssea, submetida a uma pressão
prolongada.
LOCAIS FREQÜENTES: porção trocantérica (fêmur) e ombro.
CONDIÇÕES:
Pacientes restritos ao leito:
- Idosos
- Seqüelas de enfermidades neurológicas
- PO prolongado
FISIOPATOLOGIA:
Fatores:
- Neuropático
- Atrito
- PRESSÃO
NEUROPÁTICO: maior predisposição a partir da diminuição dos reflexos periféricos.
ATRITO: estiramento e compressão dos vasos perfurantes com conseqüente isquemia.
ESSES FATORES FISIOPATOLÓGICOS FORAM DETERMINADOS COMO ADJUVANTES.
PRESSÃO:
Mais que 5 alterações histológicas no músculo, em relação ao tecido cutâneo.
Aplicada sobre uma área de proeminência óssea produz úlcera isquêmica quando:
- > 32 mmHg por tempo prolongado
- = 70 mmHg por mais de 2 horas (alterações histológicas irreversíveis)
- = 100 mmHg em 2 horas dá alterações histológicas (mais em músculo que em subcutâneo) quanto menor o tempo
menores as lesões
** O tempo prolongado em pressões menores é pior que tempo curto em pressões maiores.
ESTÁGIOS:
I
II
III
IV
Hiperemia até 30 minutos, desaparece após 1 hora da remoção da pressão
Isquemia – surge com pressão contínua por 2 a 6 horas, desaparece após 36 horas da
remoção
Necrose – pressão mantida por mais de 6 horas, cor azulada ou nódulo endurecido, é
irreversível.
Ulceração – em 2 semanas, a necrose se torna  ulcera e infecta, osso pode ser
destruído, é irreversível
PREVENÇÃO:
- Identificação de pacientes de alto risco de desenvolvê-las
- Alívio de pressão: mudança de posição de 2 em 2 horas, uso de espumas frenestradas, colchão d’água, acentos
d’água em cadeiras de rodas, elevar tronco por 60 segundos a cada 30 minutos, alterando cadeira-leito
- Cuidados com a pele (diminui o edema) – massagem (melhora o retorno venoso e reduz o edema) , evitar umidade
(transpiração, fezes e urina), uso de sabões neutros e hidratantes etc...
- Suporte nutricional adequado e balanço nitrogenado positivo
- Estimulação da circulação
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO:
A classificação clínica da úlcera e o tipo de pele do paciente vão orientar a terapêutica, que deve ser feita por uma
equipe multidisciplinar.
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CLASSIFICAÇÃO CLÍNICA (SHEA):
GRAU I
GRAU II
GRAU III
GRAU IV
Inflamação sobre a proeminência sem ulceração
Superficial
Profunda
Compromete a articulação
MEDIDAS GERAIS:
- Cuidados com a úlcera como: limpeza, desbridamento, cirúrgico, curativos diários com soro fisiológico, PVPI,
Sulfadiazina de prata, açúcar e pomadas fibrinolíticas
- Alívio do espasmo
Medicamentoso – tranqüilizante.
Cirúrgico – ablação neuro-cirúrgica, tenotomias e amputações.
- Tratamento da anemia e da hipoproteinemia, balanço nitrogenado (BN +)  cicatriz (fundamental para a
cicatrização)
- Investigação do trato urinário
- Estudo radiológico (osteomielite)
TRATAMENTO CIRÚRGICO:
2 tipos:
- Paciente com úlceras que vai voltar a deambular: retalhos simples
- Pacientes acamados crônicos: retalhos mais complexos
PRINCÍPIOS DO TRATAMENTO CIRÚRGICO:
- Prevenção de possíveis áreas doadoras de retalhos futuros
- Escarectomia e osteoctomia
- Preenchimento de espaço morto
- Reaproximação dos bordos
- Sutura sem tensão dos vários planos
- Drenagem
- Sutura fora dos pontos de apoio
- Estudo anatomo – patológico das úlceras
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