Pronto Atendimento Unidade de Internação Unidade de Terapia Intensiva Nº Página PrDCL0001 1 de 10 PROTOCOLO DE SEPSE ADULTO PROTOCOLO Data de Emissão: 30/10/2013 Histórico de Revisão / Versões Data Versão Descrição Autor Revisões 06/11/2012 1.00 30/10/2013 2.00 Proposta inicial ST,DP,GM,JC,MS,AC,EB Revisão do protocolo de acordo com atualização do Latin Americano SEPSE Institute. 1 – Objetivo: Diagnóstico precoce da Sepse Adulto e padronização de medidas terapêuticas, objetivando redução da mortalidade e assistência adequada. 2 – Abrangência: Pronto Atendimento, Unidades de Internação e Unidade de Terapia Intensiva. 3 – Referências Normativas: Rivers E, Nguyen B, Havstad S, et al: Early goal´directed therapy in the treatment of severe sepsis and septic shock. N Engl J Med 2001; 345:1368-1377. 4 – Descrição : SIRS: É uma síndrome da resposta inflamatória sistêmica a um quadro infeccioso. SEPSE: Resposta inflamatória generalizada do organismo a um quadro infeccioso. De geral é diagnosticada quando DOIS ou mais dos critérios de SIRS estão presentes e associados a um foco infeccioso. A equipe deve estra atenta para aos critérios de Resposta Inflamatória Sistêmica que definem a presença de sepse Temperatura < 36 º C ou > 38º C; Frequência cardíaca > 90 bat/min; Frequência respiratória > 20 ipm ou PaCO² < 32 mm HG Leucócitos > 12.000 ou < 4.000 ou > 10 % bastões; Nos pacientes com os critérios acima, a presença de disfunção orgânica define o diagnostico de Sepse Grave.As principais disfunções orgânicas são: Aprovação da Médica CCIH: Marisa Salles Data: Aprovação de Enfermeira CCIH Elaine Barroso 30/10/2013 Aprovação Escritório da Qualidade: Magda Jorge Ribeiro Data: 30/10/2013 Aprovação Gerência de Enfermagem: Maria Helena Silva 30/10/2013 Aprovação da Diretoria Clínica: José Slikita Filho Data: 30/10/2013 Data: Aprovação da Diretoria Técnica: Raimundo Rebuglio Data: 30/10/2013 Data: 30/10/2013 Pronto Atendimento Unidade de Internação Unidade de Terapia Intensiva Nº Página PrDCL0001 2 de 10 PROTOCOLO DE SEPSE ADULTO PROTOCOLO Data de Emissão: 30/10/2013 Hipotensão Oligúria (< ou igual 0,5 ml/kg/h ou elevação da creatinina Relação PaO²/FiO² < 300 ou menor que 250 se o foco for pulmona Contagem de plaquetas < 100.000/mm³ ou redução de 50% no número Acidose metabólica inexplicável:déficit de bases < ou igual 5,0 mEq/L e lactato > 1,5 vezes o valor normal Rebaixa,mento do nível de consciência,agitação,delirium Aumento significativo das bilirrubinas (> 2 x o valor de referência) Choque séptico: È definido pela presença de hipotensão não responsiva a volume. Exames que devem ser coletados: Hemograma,Uréia, Creatinina, Sódio, Potássio, Glicose, PCR, Lactato arterial,Gasometria arterial,Bilirrubinas,TP,TTPA e Culturas. Rotina para atendimento: Após a identificação do paciente como portador de sepse ,deve-se seguir os passos abaixo: Registrar o diagnósoico em prontuário.Todo o sistema de coleta de dados esta baseado nos registros em prontuário.O que não estiver documentado será considerado não realizado As 03 horas e as 06 horas contam a partir do momento do registro feito acima.O paciente a partir de agora deverá ser tratado com urgência médica. Tratamento I - Pacote Inicial das primeiras 3 hs - Pacote de Ressuscitação: Mensuração do lactato sérico: a medida do lactato sérico deve ser obtida em todos os casos de pacientes sépticos ou suspeitos. Valores superiores a 4mmol/l ou 36mg/dl,devem ser incluídos na terapia precoce guiada por metas. Medidas seriadas deste parâmetros são desejáveis e possibilitarão avaliar o clearence ou depuração do lactato sérico o que tem importância no estabelecimento do prognóstico do paciente.Para orientação terapêutica é fundamental que o resultado esteja disponibilizado o mais rápido pssível,idealmente dentro de 30 minutos. Pacientes com lactato alterado ( duas vezes o valor normal),ou hipotensos (Pressão arterial sistólica abaixo de 90 mmHg,preessão arterial média < 65 mm Hg) devem receber ressuscitação volêmica.agresiva com cristalóide (30 ml/Kg na primeiras 03 horas) tendo o cuidado com a acidose hiperclorêmica por excesso de solução salina isotônica. Dosar periodicamente o lactato. Aprovação da Médica CCIH: Marisa Salles Data: Aprovação de Enfermeira CCIH Elaine Barroso 30/10/2013 Aprovação Escritório da Qualidade: Magda Jorge Ribeiro Data: 30/10/2013 Aprovação Gerência de Enfermagem: Maria Helena Silva 30/10/2013 Aprovação da Diretoria Clínica: José Slikita Filho Data: 30/10/2013 Data: Aprovação da Diretoria Técnica: Raimundo Rebuglio Data: 30/10/2013 Data: 30/10/2013 Coleta de hemoculturas antes do início do tratamento antimicrobiano.Colher cultura de todos os outros sítios pertinentes.Dentro da primeira hora. Pronto Atendimento Unidade de Internação Unidade de Terapia Intensiva Página PrDCL0001 3 de 10 PROTOCOLO DE SEPSE ADULTO PROTOCOLO Nº Data de Emissão: 30/10/2013 Introdução do antimicrobiano de largo espectro em até 01 hora da abertura do protocolo de atendimento a Sepse adulto,seguindo protocolo desenvolvido pelo CCIH. Após 48/72 hs, reavaliar o seu uso,conforme resultado das culturas. II – Pacote 06 horas: Choque Metas a serem atingidas: PVC: 08 a 12 mm HG (Pressão Venosa Central) Na PAM: > ou igual 65 mm Hg (Pressão arterial média) p r Débito urinário: > ou igual 0,5ml/kg/h e s SvcO2: > ou igual 70 % (Saturação Venosa Central de Oxigênio) e n ç a de hipotensão com ameaça à vida e após reposição volêmica para correção do nível tensional, os vasopressores devem ser empregados para atingir PAM> ou igual a 65 mm Hg. Assim que houver correção da hipotensão, o vasopressor deve ser retirado. A introdução de vasopressores deverá ser considerada em média 30 min após o início da reposição volêmica. A Noradrenalina deve ser utilizada como vasopressor na primeira escolha para corrigir a hipotensão no choque séptico,deve ser administrada em bomba de infusão, na dose inicial de 0,05 a 0,02 micrograma/kg/ min,atingindo a dose máxima vasopressora em torno de 2 micrograma/k/min; Os pacientes com choque séptico,enquanto uso de vasopressor devem ser monitorada com pressão arterial invasiva; Aprovação da Médica CCIH: Marisa Salles Aprovação Escritório da Qualidade: Magda Jorge Ribeiro Data: Aprovação de Enfermeira CCIH Elaine Barroso Data: 30/10/2013 30/10/2013 Data: Aprovação Gerência de Enfermagem: 30/10/2013 Maria Helena Silva Data: 30/10/2013 Aprovação da Diretoria Clínica: José Slikita Filho Data: 30/10/2013 Aprovação da Diretoria Técnica: Raimundo Rebuglio Data: 30/10/2013 Pronto Atendimento Unidade de Internação Unidade de Terapia Intensiva Nº Página PrDCL0001 4 de 10 PROTOCOLO DE SEPSE ADULTO PROTOCOLO Data de Emissão: 30/10/2013 Na hipotensão persistente o paciente tem indicação de acesso central para otimização hemodinâmica; Continuar reposição volêmica, orientado pela PVC,visando atingir o alvo terapêutico; Nos pacientes com lactato alterado,uma meta terapêutica é o clareamento do mesmo.Assim após duas horas da ressuscitação,nova dosagem deve ser solicitada..O objetivo é clareamento de 10 a 20% em relação aos níveis anteriores A SvO² deve estra acima de 70 dentro das 6 horas do diagnóstico.Para tanto deve ser utilizado reposição volêmica,noradrenalina,dobutamina e eventualmente concentrado de hemáceas.Os pacientes com hemoglobina < 7,0 g/dl devem receber transfusão;hemoglobina > 7,0 g/dl é recomendado o uso de dobutamina e não transfusão,com dose inicaial de 2,5 microgramas/kg,devendo ser incrementada até que se obtenha SvO² > 70 %. A dose máxima recomendada é de 20 microgramas/kg. Caso a SvO² não atinja 70 % após essas manobras,considerar intubação e sedação para redução do consumo de oxigênio. II- Observações nas primeiras 24 horas Em pacientes com choque séptico refratário,recomenda-se hidrocortisona intravenosa na dose de 200 mg/dia . Ventilação mecânica protetora observando-se baixos volumes correntes(6 ml/kg), associada a limitada pressão de platô inspiratório (< 30 cm H²O). Evitar a ventilação mandatória intermitente durante a fase aguda da doença. Ao contrário utilizar a ventilação controlada a volume ou a pressão para prevenir espontaneamente grandes volumes corrente. Manter controle glicêmico entre 80 e 180 mg/dl.Evitar hipoglicemias. Aprovação da Médica CCIH: Marisa Salles Data: Aprovação de Enfermeira CCIH Elaine Barroso 31/10/2013 30/10/201 Aprovação Escritório da Qualidade: Magda Jorge Ribeiro Data: Aprovação Gerência de Enfermagem: Data: Maria Helena Silva 31/10/2013 Aprovação da Diretoria Clínica: José Slikita Filho Data: 31/10/2013 Data: 31/10/2013 Aprovação da Diretoria Técnica: Raimundo Rebuglio Data: 31/10/2013 Pronto Atendimento Unidade de Internação Unidade de Terapia Intensiva Página PrDCL0001 5 de 10 PROTOCOLO DE SEPSE ADULTO PROTOCOLO Data de Emissão: 30/10/2013 CRITÉRIOS - SIRS 5 – Fluxograma: Não Protocolar Nº SIRS (02 CRITÉRIOS) protocolado Não Sim ENFERMEIRO - Identifica sinais de alerta - Aciona médico Temperatura < 36 º C ou > 38º C; Taquicardia (FC>90 bat/ min) Taquipneía (FR >20 ipm) Leucocitos > 12.000 cél/mm3 ou leucopenia < 400 cél/mm3 ou + 10 % de células jovens Alteração do nível de consciência Calafrios com tremores Glicemia capilar: < 70 ou >150 na ausência de diabetes MÉDICO Antibiótico de largo espectro em até 01 hora - Define sobre a abertura do protocolo - Solicita exames /prescreve antibiótico LABORATÓRIO Exames Pacote SEPSE ADULTO Lactato e gasometria arterial Hemograma completo Uréia e creatinina Glicose n PCR TTPA e TP Bilirrubinas Na , K Investigação e controle do foco infeccioso (Exames microbiológicos) Coleta do pacote de SEPSE COM RESTRIÇÃO Não protocolar Hemoculturas *APÓS COLETA DE HEMOCULTURA Antibiótico de largo espectro em até 01 hora MÉDICO Cumpre com tratamento preconizado objetivando as seguintes metas: PVC: 8 a 12 mmHG PAM: > = 65 mmHG Aprovação da Médica CCIH: Data: Diurese > 0,5 ml/kg/h Saturação de O2: > = 70 % Aprovação de Enfermeira CCIH Elaine Barroso 31/10/2013 Aprovação Escritório da Qualidade: Magda Jorge Ribeiro Data: 31/10/2013 Aprovação Gerência de Enfermagem: Data: Maria Helena Silva 31/10/2013 Aprovação da Diretoria Clínica: José Slikita Filho Data: 31/10/2013 Data: 31/10/2013 Aprovação da Diretoria Técnica: Raimundo Rebuglio Data: 31/10/2013 Pronto Atendimento Unidade de Internação Unidade de Terapia Intensiva PROTOCOLO PROTOCOLO DE SEPSE ADULTO Nº Página PrDCL0001 6 de 10 Data de Emissão: 30/10/2013 Pronto Atendimento Unidade de Internação Unidade de Terapia Intensiva Nº Página PrDCL0001 7 de 10 PROTOCOLO DE SEPSE ADULTO PROTOCOLO Data de Emissão: 30/10/2013 6– Descrição de Responsabilidades: Enfermagem unidade de internação: Detecta os sinais e sintomas de sepses; Aciona médico do pronto atendimento Médico/Enfermagem do Pronto Atendimento e UTI: Detectam os sinais e sintomas de Sepse; Médico: Indica abertura do protocolo Enfermeiro Abre impresso de Protocolo SEPSE; Colhe os exames,de acordo com o protocolo Cumpre com a prescrição médica, monitora dados vitais de meia hora em meia hora (nas primeiras 6 horas); Arquiva via do impresso de Protocolo de Atendimento a SEPSE no prontuário Médico Solicita os exames laboratoriais e de imagem se necessaío Prescreve antibiótico de acordo com o protocolo de antibióticoterapia empírica – Confirma ou não o quadro séptico. Se confirmada, classifica em : sepse,sepse grave ou choque séptico. Prescreve tratamento de acordo com protocolo . Aprovação da Médica CCIH: Data: Marisa Salles 31/10/2013 Aprovação Escritório da Qualidade: Magda Jorge Ribeiro Data: Aprovação de Enfermeira CCIH Elaine Barroso 31/10/2013 Aprovação Gerência de Enfermagem: Maria Helena Silva 31/10/2013 Aprovação da Diretoria Clínica: José Slikita Filho Data: 31/10/2013 Data: Data: 31/10/2013 Aprovação da Diretoria Técnica: Raimundo Rebuglio Data: 31/10/2013 Pronto Atendimento Unidade de Internação Unidade de Terapia Intensiva Página PrDCL0001 8 de 10 PROTOCOLO DE SEPSE ADULTO PROTOCOLO CCIH: Nº Data de Emissão: 30/10/2013 Toma ciência da abertura do protocolo através impresso de Controle de antimicrobiano.identificado como SEPSE,fornecido pela farmácia ou através de buscativa nas unidades Mensalmente tabula os dados, discutindo os resultados e ações corretivas com o grupo de Sepse OBS:Os impressos necessários para abertura do protocolo, estarão disponibilizados em kits, nos postos de enfermagem, sendo que cada um deles estará identificado com “carimbo” de SEPSE . 7 – Monitoramento: Os dados monitorados serão obtidos através da segunda via da Ficha de protocolo de atendimento a sepse adulto e auditoria em prontuário sendo registrados em Planilha de auditoria de protocolo de atendimento a sepse adulto. Coleta de lactato sério Checagem do resultado do lactato se´rico antes de 30 minutos Coleta de hemocultura Administração do antibiótico em até 01 hora após abertura do protocolo Administração de cristalóide se lactato alterado ou hipotensão Inicio de noradrenalina se mantida hipotensão após cristalóide Realizada reposição volêmica até PVC > 8 mm Hg Realizado passagem de CVC em sepse grave ou choque séptico Mortalidade por Sepse grave/ Choque séptico. Aprovação da Médica CCIH: Marisa Salles Data: Aprovação de Enfermeira CCIH Elaine Barroso 31/10/2013 Aprovação Escritório da Qualidade: Magda Jorge Ribeiro Data: 31/10/2013 Aprovação Gerência de Enfermagem: Maria Helena Silva 31/10/2013 Aprovação da Diretoria Clínica: José Slikita Filho Data: 31/10/2013 Data: Data: 31/10/2013 Aprovação da Diretoria Técnica: Raimundo Rebuglio Data: 31/10/2013 Pronto Atendimento Unidade de Internação Unidade de Terapia Intensiva Nº Página PrDCL0001 9 de 10 PROTOCOLO DE SEPSE ADULTO PROTOCOLO Data de Emissão: 30/10/2013 8– Documentos de Apoio e Registros Protocolo da SEPSE ADULTO Anexo 1 (Protocolo de Sepse- Abertura e Tratamento Anexo 2 - PA (Protocolo de Antibióticoterapia Empírica) Anexo 3 – UI e UTI (Protocolo de Antibióticoterapia Empírica) Anexo 4 (Planilha de Auditoria doProtocolo de Atendimento a Sepse Adulto) Sandra Tsukada Enfª Coordenadora UTI Daniela Paulino Enfª Coordenadora PA Giuliano Moreira Enfº Assistencial do CC Joel Cassiano Enfº Assistencial da UI Marcelo Rosauro Médico Clínico Geral Elaboração: Anunciata Colaruzo Médica do Laboratório José Slikita Filho Diretor Clínico Marisa Salles Médica CCIH: Aprovação: Raimundo Rebuglio Diretor Técnico Fernando Médico Intensivista Magda Jorge Ribeiro Gestão da Qualidade Maria Helena Silva Gerência Enfermagem Ivaldo Ney B.Paes Cirurgião Geral Marcelo Rosauro Médico Clínico Geral Nº Pronto Atendimento Unidade de Internação Unidade de Terapia Intensiva PrDCL0001 PROTOCOLO DE SEPSE ADULTO PROTOCOLO Gerente de Monitoramento: Enfª Coordenadora UTI Enfª CCIH Página 10 de 10 Data de Emissão: 30/10/2013