CONSTRUÇÃO CIVIL DEFENDE AJUSTE FISCAL COM

CONSTRUÇÃO CIVIL DEFENDE AJUSTE FISCAL COM RETOMADA DO
INVESTIMENTO
Para empresários é possível, e necessário, enxugar a máquina pública e
deslanchar projetos estruturantes
Empresários da construção civil apoiam o ajuste fiscal, e o necessário reequilíbrio das
contas públicas, mas alertam para a urgência da retomada do investimento para que a
economia brasileira possa recuperar seu desempenho. Dirigentes das 81 entidades que
formam a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) esperam que haja um
ponto de equilíbrio entre medidas restritivas, essenciais para o controle de gastos, e
aquelas que favoreçam a execução de projetos estruturantes, especialmente no
segmento da infraestrutura. O setor tem cobrado ações que melhorem o ambiente de
negócios no Brasil, especialmente no que se refere aos marcos regulatórios e acesso ao
crédito. “A construção responde por mais de 50% do investimento. É preciso recriar as
bases para retomar a atividade, com confiança e previsibilidade”, dizem os
empresários.
Para a CBIC, o ajuste fiscal deve agregar medidas que melhorem o gasto público e
enxuguem a máquina, caminhando na direção da eficiência, da meritocracia e redução
da burocracia. A construção civil defende um debate consistente e profundo sobre o
tamanho do Estado e o manejo das despesas obrigatórias, com a formulação de um
novo planejamento estratégico para o país – esse posicionamento foi externado em
manifesto publicado em agosto de 2015, quando o setor assumiu publicamente a
bandeira da responsabilidade fiscal, e tem pautado o setor.
A construção civil também é favorável à implantação de reformas constitucionais,
especialmente a trabalhista e a da Previdência. Na agenda, a adoção da idade mínima
para homens e mulheres e a desvinculação dos benefícios previdenciários da política de
salário mínimo. A construção civil também defende o aperfeiçoamento da legislação
trabalhista, com a adoção de premissas que protejam e garantam os direitos do
trabalhador, mas também favoreçam a criação e manutenção do emprego, abrindo um
espaço permanente de negociação entre o trabalhador e o empregador.
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