PNUMA, FAO e parceiros lançam campanha global contra o

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Embargado até terça-feira, 22 de janeiro
Pensar. Comer. Preservar: PNUMA, FAO e parceiros lançam
campanha global contra o desperdício de alimentos
Consumidores, indústria e governos têm papel fundamental para reduzir
as 1,3 bilhão de toneladas de comida descartadas anualmente
Genebra, 22 de janeiro de 2012 – Atitudes simples podem reduzir drasticamente as
1,3 bilhão de toneladas de comida desperdiçadas a cada ano. É o que defende a
campanha global contra o desperdício de alimentos que o Programa das Nações
Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e a Organização das Nações Unidas para
Agricultura e Alimentação (FAO) lançam hoje.
Com o temaPensar. Comer. Preservar. Diga não ao desperdício, a iniciativaestá
ligadaà SaveFood Initiative, ação organizada pela FAO e pela Messe Düsseldorf, para
combater a perda de alimentos, e com o “Desafio Fome Zero”, do Secretário Geral da
ONU, Ban Ki-moon. A campanha se dirige especialmente aos consumidores,
comerciantes e outros componentes dos setores da gastronomia e da hospedagem.
Participam também organizações como a WRAP UK – de incentivo à reciclagem – e
Feedingde 5000 – que distribui alimentos que seriam descartados –, além deoutros
parceiros, incluindo governos nacionais comampla experiência em políticas contra o
desperdício.
A campanha Pensar. Comer. Preservar. será composta por diversas ações pelo
mundo que serão reunidas em um portal, que pode ser acessado pelo endereço
www.thinkeatsave.org.
Cerca de um terço dos alimentos produzidos no mundo é perdido durante os
processos de produção e venda, um desperdício equivalente a 1 trilhão de dólares, de
acordo com informações da FAO.
“Em um mundo com uma população de 7 bilhões de pessoas, que deve chegar a 9
bilhões até 2050, o desperdício de alimento não faz sentido, seja do ponto de vista
econômico, ambiental ou ético”, afirma o Diretor Executivo do PNUMA, Achim Steiner.
“Além da perda de produção, são desperdiçados também recursos como água, terras
cultiváveis, insumos agrícolas e tempo de trabalho – sem contar a geração de gasesestufapela comida em decomposição e pelo transporte dos alimentos. Para termos
uma vida verdadeiramente sustentável, precisamos transformar a maneira como
produzimos nossos alimentos”, acrescenta.
“Nas regiões industrializadas, quase metade da comida descartada, cerca de 300
toneladas por ano, ainda está própria para o consumo. Essa quantidade é equivalente
a toda a produção de alimentos da África Subsaariana e suficiente para alimentar 870
milhões de pessoas”, informa o Diretor Geral da FAO, José Graziano da Silva. “Se as
perdas durante a colheita, estocagem e transporte de alimentos forem reduzidas, e se
fizermos alterações profundas na maneira que as pessoas compram comida,
poderemos ter um mundo mais saudável e sem pessoas com fome”, completa.
O modelo de produção de alimentos causa implicações profundas no meio ambiente.
Os excessos só torna a situação mais preocupante, como mostram os dados a seguir:
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Mais de 20% das terras cultiváveis, 30% das florestas e 10% dos pastos no mundo
estão degradados;
Pelo menos 70% da água consumida no mundo é utilizada pela agricultura;
A produção de alimentos consome, globalmente, quase 30% da energia disponível
para usuários finais;
A agricultura contribui com mais de 30% das emissões globais de gases de efeito
estufa;
Por conta da pesca descontrolada, 30% das áreas pesqueiras são consideradas
esgotadas.
A campanha é resultado da Rio+20. Na conferência, chefes de Estado aprovaram o
lançamento de uma série de iniciativas para incentivar a produção e o consumo
sustentáveis. Um dos pontosessenciaisde atuação é na produção alimentar, dada a
necessidade de alimentar uma população global em crescimento e reduzir o impacto
ambiental.
“Não há um segmento mais emblemático para se atuar por um mundo mais
sustentável e eco-eficiente. E também não há outra causa comum que possa unir
países dos hemisférios Norte e Sul, consumidores e produtores”, opina Achim Steiner.
Segundo análise da FAO, 95% da perda de alimentos nos países emdesenvolvimento
ocorre nos estágios iniciais da produção, principalmente por conta das limitações
financeiras e técnicas. Dificuldades para armazenamento, infraestrutura e transporte
também contribuem para a perda.
Já nos países desenvolvidos, o desperdício é mais significativo no fim da cadeia de
produção. Nos mercados e pontos de venda, grandes quantidades de comida são
descartadas por estarem fora dos padrões de aparência devido a práticas ineficientes
e pela expiração das datas adequadas para consumo. Por parte dos consumidores, o
desperdício está em adquirir mais do que pode ser consumido e no preparo de
grandes quantidades de comida.
Na Europa, América do Norte e Oceania, o desperdício per capita de alimento varia de
95Kg a 115Kg por ano, enquanto na África Subsaariana e Sudeste Asiático,são
jogados fora entre 6 e 11Kg anuais. De acordo com a WRAP, uma família britânica
poderia economizar 680 libras por ano (1.090 dólares) combatendo as perdas. A
hotelaria do Reino Unido poderia deixar de gastar 724 milhões de libras (1.2 bilhão de
dólares) adotando a mesma estratégia.
“No Reino Unido enfrentamos o desperdício conscientizando os consumidores e
estabelecendo acordos com comerciantes, indústria e produtores. Com o crescimento
populacional, teremos ainda mais pressão sobre os nossos recursos, e estamos
honrados em ser parceiros do PNUMA e da FAO na campanha Pensar. Comer.
Preservar., uma ótima maneira de tratar o problema de forma global”, diz a Presidente
do WRAP, Liz Goodwin.
O desperdício de alimentos também é uma questão relevante para a União Europeia,
e a Comissão Europeia já garantiu o seu apoio à campanha. “A UE estabeleceu a
meta de reduzir pela metade a quantidade de alimento despediçada até 2020. A
redução resultará em um uso mais eficiente da terra, um gerenciamento responsável
dos recursos hídricos e terá um impacto positivo nas questões climáticas. Nosso
trabalho se encaixa perfeitamente no lançamento dessa iniciativa”, comenta o
Comissário Europeu para o Meio Ambiente, Janez Potočnik.
Para que a campanha atinja todo o seu potencial, é fundamental que diferentes
públicos de interesse estejam envolvidos – famílias, supermercados, cadeias
hoteleiras, escolas, clubes, CEOs, prefeitos e líderes nacionais e mundiais. O site da
campanha oferece dicas simples, bem como uma plataforma para troca de
informações, incentivando uma cultura global de consumo sustentável.
São fornecidas algumas informações voltadas para evitar o desperdício, reduzir o
impacto ambiental e poupar recursos. Algumas delas são:
Para consumidores
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Compra inteligente: planeje quais ingredientes serão usados nas suas
refeições, faça listas, compre direto de produtores, evite comprar por impulso e
não caia em estratégias para adquirir mais do que o necessário.
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Frutas em formatos “divertidos”: muitos vegetais são descartados nos
supermercadossimplesmente porque seu formato ou cores não estão
“adequados”. Ao comprar esses alimentos em feiras livres e outros pontos de
venda, você está adquirindo comida que poderia ser jogada fora.

Compreenda as datas de validade: a frase “consumir preferencialmente antes
de” não significa que o produto não pode mais ser consumido. Avalie bem
antes de descartar.

Sem relíquias na geladeira: Sites como o www.lovefoodhatewaste.com, do
WRAP, ensinam receitas criativas para você utilizartudo o que comprou,
mesmo o que está esquecido na geladeira.
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Outras ações sugeridas: congele, peça porções menores nos restaurante, não
desperdice sobras de refeições anteriores (desde que estejam em condições
de consumo); e doe para banco de alimentos, abrigos e outras instituições.
Para comerciantes e indústria hoteleira
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Comerciantes podem oferecer descontos para produtos próximos à data de
validade, montar displays inteligentes e que evitem o desperdício, doar o
excedente de alimentos, etc;
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Restaurantes, bares e hotéis podem repensar suas opções no menu e incluir
porções menores, criar programas de conscientização para os funcionários e
outras medidas;
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Supermercados, hotéis, restaurantes e administração pública podem usar o
site para medir quanta comida é desperdiçada no dia a dia e estabelecer metas
de redução.
NOTA AOS EDITORES
Pensar. Comer. Preservar. Diga não ao desperdício.
Visite o site www.thinkeatsave.org para mais informações em inglês sobre a
campanha.
SaveFood Initiative
SaveFoodé uma iniciativa global contra o desperdício de alimentos, uma perceria entre
empresas e entidades para reduzir as 1,3 bilhão de toneladas de alimentos
descartados todos os anos.
Para mais informações, acesse: http://www.fao.org/save-food/en/
Galeria de Fotos “One Third”, de Klaus Pilcher:
A série de fotos faz uma conexão entre a perda individual de alimentos e a cadeia
global de produção:
http://www.kpic.at/index.php?option=com_content&view=category&layout=blog&id=
45&Itemid=88
WRAP UK
WRAP UK é uma organização sem fins lucrativos fundada por representantes do
Reino Unido e da União Europeia com foco no incentivo à reciclagem e combate ao
desperdício. Para saber mais, acesse: http://www.wrap.org.uk/
Feeding the 5,000
A campanha Feeding the 5,000 promove eventos onde 5 mil refeições feitasa partir de
ingredientes que seriam descartados são servidos de graça. Para mais informações,
acesse: http://www.feeding5k.org/
Documentos relacionados
Documento do PNUMA sobre as implicações do atual padrão de consumo de
alimentos na produção sustentável (em Inglês):
http://www.unglobalcompact.org/docs/news_events/upcoming/RioCSF/partner_delivera
bles/Role_of_Global_Food_Consumption_Patterns.pdf
Programa do PNUMA para o Uso Eficiente de Recursos na Agricultura:
http://www.unep.org/resourceefficiency/Home/Business/SectoralActivities/AgricultureFo
od/tabid/78943/Default.aspx
CONTATOS
Para participar da campanha, entre em contato com:
Lucita Jasmin, Chefe de Eventos Especiais, PNUMA
+254 20 762 3401
[email protected]
Para mais informações:
PNUMA
Nick Nuttall, Chefe de Mídia
+41 795965737,+254733632755
[email protected]
Centro de Notícias do PNUMA
+254 20 762 5211
[email protected]
Marcelo Tavela, Escritório do PNUMA no Brasil
+55 61 30389233
[email protected]
FAO
Erwin Northoff
+39 348 25 23 616
[email protected]
Charmaine Wilkerson
+39 06 570 56302
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