O ESTILO DE APRENDER E ENSINAR DA PROFESSORA ALFABETIZADORA Evelise Maria Labatut Portilho (PUCPR) [email protected] Kátia Beltrami (aluna do mestrado em Educação da PUCPR) [email protected] RESUMO Este estudo é um recorte do projeto “Aprendizagem e Conhecimento na Formação Docente”, do mestrado em Educação da PUCPR, e tem como objetivo analisar o estilo de aprendizagem da professora alfabetizadora e as conseqüências no papel de ensinante. A professora, ao tomar consciência de seu processo de aprender, com suas limitações e possibilidades, terá condições de controlar e potencializar as características necessárias para melhorar o seu desempenho como aprendente e, conseqüentemente, como ensinante. E perceber que para ser um bom mestre, antes de tudo, é preciso ser um bom aprendiz. Para que isso aconteça, é necessário que a professora ressignifique o olhar para o processo de aprender dos alunos, dando um novo sentido à sua prática pedagógica. A pesquisa, de caráter qualitativo, foi desenvolvida em três turmas de 1ª série de uma escola da Rede Municipal de Educação da cidade de Curitiba. Os dados revelam que as três professoras participantes apresentam um estilo de aprendizagem predominantemente reflexivo e uma prática de sala de aula diferente das características desse estilo. A análise dos resultados baseou-se na teoria dos Estilos de Aprendizagem de Catalina Alonso e Evelise Portilho, assim como nos estudos de Inácio Pozo, Alicia Fernández e Miguel Arroyo. Palavras-Chave: Aprendizagem; Estilos de Aprendizagem; Professora Alfabetizadora. 2904 A Professora na Sociedade Aprendente 1 O desenvolvimento das novas tecnologias da informação e da comunicação (TICs) e sua difusão influenciaram a cultura da aprendizagem. É com muita rapidez que as notícias, as informações e o conhecimento chegam ao domínio das pessoas. Diariamente, os indivíduos são envolvidos por essas informações, uma vez que elas estão presentes nos locais mais diferentes e seu acesso, além de rápido, é fácil. Essa nova cultura da informação também se difundiu entre os alunos, independente da faixa etária, e fez com que a escola deixasse de ser o único local de aprendizagem. Cabe a escola então sistematizar e integrar essas informações ao conhecimento formal. A contribuição da escola para a educação é fazer com que o ato de aprender tenha êxito, pois é na escola que se efetuam as aprendizagens fundamentais para o indivíduo. De acordo com Philippe Meirieu (1998) “A Escola tem uma missão insubstituível; garantir que um certo número de saberes e de savoir-faire sejam adquiridos por todos de maneira sistemática e organizada (p. 17 ).” Com relação ao professor, fica a difícil missão de selecionar as informações e relacioná-las à realidade de sua sala de aula e, conseqüentemente, de seus alunos. As informações estão fragmentadas e, dessa forma, carecem estar centradas ao conhecimento, fazendo com que a professoar se torne um elo entre a informação e o saber, propiciando um ambiente de pesquisa e construção. Pozo (2002), em sua obra, Aprendizes e Mestres: a nova cultura da aprendizagem, assim esclarece: “Enfim, podemos dizer que em nossa cultura a necessidade de aprender se estendeu a quase todos os rincões da atividade social. É a aprendizagem que não cessa. (...) Estamos na sociedade da aprendizagem. Todos somos, em maior ou menor grau, aluno e professores (p.32)”. A sociedade atual é conhecida como a sociedade do conhecimento, e mais especificamente como a sociedade da aprendizagem, movida e estimulada pela criatividade, flexibilidade e inventividade, logo, aprendente. As escolas da sociedade aprendente devem gerar essas qualidades, mas para que cumpram isso precisam de profissionais preparados para trabalhar nela. 1 Como foram observadas salas de aula conduzidas por professoras, optou-se por utilizar o termo no feminino, justificando a presença da mulher, quase que exclusiva, no magistério da 1ª etapa do 1º ciclo do Ensino Fundamental da Rede Municipal de Ensino da cidade de Curitiba. 2905 Este cenário da sociedade aprendente nos remete a repensar no papel do ensinante, do aprendente e da escola dentro da atual sociedade. A necessidade de aprender se estendeu a todos os setores da nossa sociedade, como o mesmo autor nos sugere a seguir: “ Realmente, a riqueza de um país ou de uma nação já não é mais medida em termos de recursos naturais de que dispõe. Já não é o ouro nem o cobre, nem mesmo o urânio ou o petróleo, o que determina a riqueza de uma nação. É sua capacidade de aprendizagem , seus recursos humanos” (2002, p.32 ). Uma outra característica da sociedade aprendente é o aumento dos campos de aprendizagem, bem como dos objetivos deles. Com isso, as pessoas passam a aprender muitas coisas diferentes ao mesmo tempo. Surge assim a diversidade de aprendizagens que nos mostra a impossibilidade de apenas uma modalidade de aprendizagem ser responsável pelas diferentes situações. Assmann (1998, p.19) assim define esse tipo de sociedade: “Com a expressão sociedade aprendente pretende-se inculcar que a sociedade inteira deve entrar em estado de aprendizagem e transforma-se numa imensa rede de ecologias cognitivas”. Na sociedade aprendente, a ação pedagógica precisa ser analisada, assim como o cenário em que esta ação acontece: a escola. A transformação da escola acontecerá no momento em que a formação e a atuação dos docentes, em sala de aula, for modificada. Partindo do pressuposto que o conhecimento modifica o indivíduo, e, conseqüentemente, influencia o ambiente onde ele está inserido, a professora aprendente deve buscar novos caminhos ou estratégias para reconstruir seu próprio conhecimento. Sendo assim, o aprender a aprender torna-se essencial nesta sociedade da aprendizagem. Para que aja domínio destas novas aprendizagens, a professora aprendente necessita acessar suas ferramentas cognitivas, e esse processo envolve mudanças no modo de agir, de ser, de pensar e, principalmente, na elaboração de novos conhecimentos. Dentro desta perspectiva, a professora percebe que o aprender não é um processo somente do aluno, mas dela também. E, para isso, é importante e necessário que ela flexibilize seu estilo de ensinar, uma vez que cada aluno tem um estilo de aprender. Como salienta Fernández (1994, p.73), “aprendente somos cada um de nós, adulto ou criança, frente a um outro como ensinante. Ensinante somos cada um de nós, adulto ou criança, frente a um outro como aprendente”. Essa prática acarretará uma nova concepção em que o aprender e ensinar devem evoluir e caminhar juntos. Isso significa criar e praticar uma nova cultura de aprendizagem que acompanhe as modificações da educação, na sociedade aprendente. As professoras são frutos de um ensino em que 2906 não se privilegiava o pensar, de certa forma, era proibido transformar a informação em conhecimento, ser criativo e autônomo. Enfim, era proibido aprender. Pedro Demo reforça essa situação quando ao se referir ao aluno, afirma que ele “não sabe descobrir a realidade, somente vêla com óculos emprestados (1995, p. 25)”. Logo, as professoras acabam por reforçar os mesmos erros a que foram submetidas, ou seja, inibem seus alunos a construírem seus conhecimentos e desenvolverem pensamentos autônomos. “Um professor só poderá ensinar se aprende e um aluno só poderá aprender se ensina (Fernández, 1994, p-73)”. Aceitando seu novo papel, a professora deve fazer o exercício de se perceber, voltar o olhar a si mesmo, com o intuito de buscar e de reconhecer suas dificuldades, limitações e facilidades com relação à aprendizagem dela. “Assim quando temos consciência do que sabemos, pensamos e sentimos tornamo-nos virtualmente aptos a exercer controle sobre a nossa experiência, processo denominado metacognição (Portilho; Tescarolo, 2006)”. Em outras palavras, é passar por um processo pessoal e interno de conversão, é a tomada de consciência de como construímos o conhecimento. A professora deve formar-se, reformar-se e educar-se para educar. Mas, para que esse processo ocorra, percebe-se que ela deve romper as barreiras relacionadas à aprendizagem dela e que é fruto de uma educação enquanto aluna. Hoje não faz mais sentido a postura do profissional de educação que apenas repassa o conteúdo. A simples reprodução da informação pelo professor não privilegia a aprendizagem. O educador atual deve ser uma pessoa com a habilidade de construir, junto com o aluno, novos caminhos, ou seja, novas estratégias de aprendizagem que possibilitem a criação de novos conhecimentos. De acordo com as novas teorias da psicologia cognitiva, “conhecer é tornar explícitas as próprias representações” (Pozo, 2004, p. 105). Assim, ao explicitar uma representação, o indivíduo está dando um novo significado à informação e mais um passo em direção ao conhecimento. A questão da representação pode ser transportada para o âmbito escolar, mais precisamente para a sala de aula. Neste caso específico, vale ressaltar que cada pessoa possui uma representação ou mapa mental, e que a professora, conseqüentemente, torna-se a cartógrafa de relevâncias: a pessoa responsável por ajudar o aluno a traçar novos mapas ou representações. Sendo assim, o reconhecimento dos diferentes estilos de aprendizagem presentes nos alunos, favorecerá uma quebra de paradigmas frente ao seu modo de ensinar e de compreender o processo 2907 de construção do conhecimento. Atitudes como essa poderá evitar o divórcio existente entre o aprender e o ensinar. Estilos de Aprendizagem Ao se pensar o processo aprendizagem/ensino, é importante também considerar como cada aluno aprende, o que ele utiliza para aprender e para que aprende. Mais especificamente, nos referimos ao estilo que cada pessoa utiliza na hora de aprender. Os estilos de aprender, conforme Alonso (1994) são “traços cognitivos, afetivos e fisiológicos que servem de indicadores relativamente estáveis de como os alunos percebem, interagem e respondem a seus ambientes de aprendizagem”. É importante que a professora conheça, primeiramente, o seu estilo de aprendizagem predominante, porque assim estará mais sensível a observar e considerar os diferentes estilos de aprender dos alunos dela. No entanto, o que se percebe, no cotidiano da sala de aula, é que a professora está mais aberta, ou seja, está mais predisposta a compreender e comparar o estilo de aprender de cada aluno com o dela. Com essa atitude, a professora acaba limitando ou até mesmo impedindo a aprendizagem dos alunos que apresentam um gosto diferente do dela para aprender. A flexibilidade na hora de ensinar, privilegiando aulas diferentes, com estratégias de ensino mobilizadoras e condizentes às diferenças dos alunos, é fundamental para um ensino que busca a qualidade e a significação. Nos estudos de Alonso e colegas (1994) e Portilho (2003) encontramos quatro estilos de aprendizagem observados em alunos universitários que nos ajudam, por meio de características específicas, a identificar qual ou quais os estilos a que, hoje, damos mais preferência na hora de aprender. • Estilo ativo - são os alunos que possuem as características de criatividade e animação; usam a improvisação e renovação em muito do que fazem; sentem prazer no risco, na novidade, na mudança, na aventura e nas situações competitivas; são predispostos à liderança. • Estilo reflexivo - são os que demonstram características de pessoa observadora, ponderada, consciente, receptiva, analítica, paciente, detalhista, elaboradora de argumentos, previsora de alternativas e, além disso, prudente. 2908 • Estilo teórico - são os alunos que aprendem em situações mais metódicas, estruturadas, ordenadas, objetivas, planejadas, que promovem a crítica, a disciplina e a sistematização. • Estilo pragmático – neste perfil, encontram-se os que buscam a utilidade e a praticidade nas coisas que fazem. São bons técnicos, experimentadores de novidades, planejadores e solucionadores de problemas. Metodologia Este estudo é um recorte feito da pesquisa “Aprendizagem e Conhecimento na Formação Docente”, do mestrado em Educação da PUCPR, cujo objetivo é entender o processo de aprendizagem de quem aprende e de quem ensina. É uma pesquisa de caráter qualitativo com ênfase no estudo de caso. Amostra A amostra foi constituída de doze alunos e três professoras da 1ª série (Ciclo I) do Ensino Fundamental de uma escola da Rede Municipal de Ensino de Curitiba, selecionada aleatoriamente entre as vinte e seis elegidas na pesquisa maior. Instrumentos Foram utilizados dois instrumentos: 1. Questionário de Estilos de Aprendizagem – Este instrumento é aplicado individualmente com cada docente. O instrumento apresenta 80 itens sobre estilos de aprendizagem, que se estruturam em quatro grupos ou seções de 20 itens correspondentes aos quatro estilos de aprendizagem: ativo, reflexivo, teórico e pragmático. Todos eles estão distribuídos aleatoriamente, formando um único conjunto. A pontuação absoluta, que o sujeito obtém em cada grupo de 20 itens, será o nível de alcance atual em cada um dos quatro estilos de aprendizagem. 2. Protocolo de Observação do Ambiente Escolar - As observações são de aproximadamente 20 minutos em cada sala de aula, sendo agendadas com antecedência, junto às professoras das turmas, com a aquiescência da equipe de coordenação da escola, e anteriormente 2909 com a autorização da equipe responsável pelo projeto na Rede Municipal de Educação da Prefeitura de Curitiba. O registro é feito no mesmo momento da observação, quando os pesquisadores anotam os dados relativos à temática desenvolvida – identificada na fala da professora e dos alunos; a dinâmica – extraída do movimento emergente. Análise dos resultados Pelo que se pôde constatar, o estilo de aprendizagem das professoras alfabetizadoras, nesta pequena amostra, predominantemente foi o reflexivo. O que nos leva as seguintes questões: As aulas promovem a reflexão? As professoras apresentam posturas reflexivas e características na sua docência pertinentes a esse estilo de aprendizagem? Percebe-se em geral, nas salas de aula observadas, que as professoras ainda centram a prática pedagógica no modelo tradicional de ensinar, no qual não é privilegiada a reflexão ou o pensar. Não cabe aqui realizarmos uma crítica a esse modelo, mas sim, à forma de como as professoras abordam a questão da aprendizagem e do ensino enquanto construção do conhecimento. A partir de algumas falas, podemos observar e confirmar esta concepção de aprendizagem e, conseqüentemente, de ensino: “Estas pessoas vieram observar vocês em sala para depois puxar a orelha de vocês. É brincadeira! Lembram que elas estão fazendo uma pesquisa sobre as crianças? Lembram que elas tiraram algumas crianças da sala para fazer umas atividades? Hoje elas vieram observar vocês”. Com tom autoritário, a fala da professora era “lembrar” aos alunos que eles deveriam permanecer quietos durante a presença das visitas. A reação da turma foi de silêncio, ao mesmo tempo que observava de forma curiosa a presença das pesquisadoras. A mesma professora discorre sobre a lição de casa. Fala em voz alta o nome dos alunos que não fizeram a atividade, ameaçandoos que terão de fazer duas folhas como tarefa de casa. Usou este assunto como estratégia controladora da situação. Ao finalizar a atividade, usa o tema trabalhado para dar uma lição de moral e aproveita para fazer uma analogia com o material da escola. Diz que ambos devem ser guardados e que sabe que tanto em casa quanto na escola eles ficam jogados. 2910 Com essa atitude, a professora demarca a distância que estabelece nas relações entre “aquele que sabe”, a professora - e “aquele que não sabe” – os alunos. Em uma outra sala de aula, a professora, ao corrigir as tarefas, fala em voz alta o erro da criança. Em outros momentos, vira-se e fala alto com os alunos que não fizeram a tarefa. Elogia em voz alta aqueles que acertam os problemas. De repente, ela levanta e dirige-se à carteira de dois alunos, avisa-os que por estarem conversando durante a atividade e não terem concluído-a, ficariam no horário do lanche fazendo as atividades na sala de aula. Percebe-se uma forma de controle e uma atitude autoritária, sem preocupação com o estilo reflexivo, característico de pessoas ponderadas, analítica e prudentes. Na terceira sala de aula observada, a professora, ao perceber que os alunos não haviam entendido o problema de Matemática que ela entregara para ser realizado em uma folha, pede para que eles leiam o problema para as visitas, reforçando em voz alta que a turma já sabe ler. Todos “tentam” ler, mas nem todos conseguem. E ela continua indiferente aos “tempos” diferentes de aprender de seus alunos. Considerações A partir das observações das três professoras alfabetizadoras, percebe-se que a relação do estilo tradicional de ensinar com o estilo de aprender está presente na postura delas em sala de aula, principalmente quando não planejam as aulas de acordo com as necessidades específicas da turma, não percebem as diferenças individuais de cada aluno, alteram o tom da voz para serem ouvidas e acabam não dando atenção às necessidades de aprendizagem dos alunos. Percebeu-se também que as aulas não são reflexivas e de forma alguma favorecem um ambiente reflexivo entre os alunos e a professora. A conduta em geral conduz a aprendizagem por meio de exercícios prontos e fechados, que não propiciavam a elaboração de argumentos, nem a autonomia dos alunos. Para uma prática de aula condizente à postura esperada da professora na sociedade aprendente é necessário que aja a vinculação e a integração da teoria com a prática. Neste caso específico, que o modo de aprender esteja presente na forma de ensinar. Dessa forma, aprendizagens significativas, tanto para o aprendente quanto para o ensinante, podem ser o resultado dessa nova prática pedagógica. 2911 REFERÊNCIAS ALONSO, C.M.; GALLEGO, D.J. e HONEY, P. (1994). Estilos de Aprendizaje. Que són. Como se diagnostican. Bilbao: Mensajero. ARROYO, M. G. Imagens quebradas: trajetórias e tempos de alunos e mestres. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 2004. ASSMANN, H. Reencantar a educação: rumo à sociedade aprendende. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 1998. BEHRENS, M. A. O paradigma emergente e a prática pedagógica. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 2005. DEMO, P. Introdução da Metodologia. 2.ed. São Paulo: Atlas, 1985. FERNÁNDEZ, A. A inteligência aprisionada-abordagem psicopedagógica clínica da criança e sua família. Porto Alegre: Artmed, 1990. _____. 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