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O AGITADO CORAÇÃO ADOLESCENTE
CIP-Brasil. Catalogação na fonte
Câmara Brasileira do Livro, SP
Oliveira, José Fernandes de, 1941.
047a O agitado coração adolescente / Pe. Zezinho. — São Paulo:
Paulus, 1980.
(Coleção compromisso; 10)
1. Adolescência — Conduta de vida 2. Adolescência — Vida
religiosa I. Título.
ISBN 978-85-349-0213-7
CDD-170.20223
-242.63
80.0987-248.83
Índices para catálogo sistemático:
1. Adolescentes: Conduta de vida: Ética 170.20223
2. Adolescentes: Prática religiosa: Cristianismo 248.83
3. Cristianismo para adolescentes: Prática religiosa 248.83
4. Reflexões para adolescentes: Religião cristã 242.63
Coleção COMPROMISSO
• O agitado coração adolescente, Pe. Zezinho
• Esta juventude magnífica e seus namoros nem sempre maravilhosos, idem
Pe. Zezinho, SCJ
o agitado
coração
adolescente
Capa
Denise Tadei
Editoração, impressão e acabamento
PAULUS
1ª edição, 1980
27ª reimpressão, 2014
© PAULUS – 1980
Rua Francisco Cruz, 229
04117-091 São Paulo (Brasil)
Fax (11) 5579-3627
Tel. (11) 5087-3700
www.paulus.com.br
[email protected]
ISBN 978-85-349-0213-7
O agitado
coração adolescente
Para início de conversa, recordo o caso
de uma senhora angustiada que, não sabendo mais o que fazer com sua filha adolescente, outra vez com problemas na escola, deixou-se cair desanimada no sofá,
depois de longa discussão com a filha.
Porta bate, porta se tranca e lá vai a menina morder sua raiva no quarto, enquanto
a mãe chora, lamenta e já não sabe mais o
que fazer lá embaixo.
E dizia:
— Não. Não posso, não devo, eu não
quero! Não vai adiantar nada essa explosão e essa raiva! Minha filha vai melhorar!
Um dia ela vai entender! Não pode ser
assim! Essa crise não há de durar para
sempre!...
A filha terminava os catorze e entrava
para os quinze. E era sem dúvida uma
adolescente rebelde. Livre e desbocada,
achando que o mundo inteiro lhe devia pedágio enquanto passava por seu caminho
único e exclusivo de ser quem era.
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De repente, a angustiada mãe olha para
o piano (era uma família de classe média
...) e vê ali a garrafa que momentos antes
andara agitando com areia e água para
limpá-la. Pouco a pouco aquela água que,
enquanto agitada, parecia turva e suja, foi
se assentando com a areia ao fundo, até
que a garrafa com o seu conteúdo ficou
transparente e limpa...
E a desconsolada mãe começou a chorar, agora de alegria. Começava a encontrar uma explicação para o agitado coração adolescente de sua filha! Foi ela quem
me contou. E desde então concordo com
ela e, creio, com muitas mães e pais, que
o coração dos adolescentes é como aquela garrafa. Enquanto agitado parece turvo.
Mas se lhe dermos tempo e descanso reagirá, mostrando o quanto é puro e o quanto
quer ser puro...
E aqui começa meu livro!
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Segunda introdução
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Tenho escrito alguns livros para jovens
e para adolescentes. Não os considero
obras-primas de literatura nem de pedagogia. Não é, aliás, o que pretendo com
eles. Considero-os, contudo, sem fingida
humildade nem falsa modéstia, instrumentos de comunicação que possam levar — e
em muitos casos levam — ao diálogo os
jovens destinatários de meus livros.
Este foi escrito depois de muitos encontros com adolescentes, que me pediram
que pusesse em livros aquelas ideias expostas em grupo com eles. Não me é difícil fazê-lo, razão por que o faço. Tentei ser
pessoal, porque os primeiros capítulos tiveram que ser refundidos. Havia escrito de
maneira impessoal, não usando a primeira
pessoa, nem o tratamento “você”. A turma
consultada reagiu, pedindo que escrevesse como falamos quando estamos juntos.
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E aí vai meu livrinho: O agitado coração adolescente. Fará algum bem? Terá
falhas? Será considerado superficial? Receberá críticas de pessoas mais experientes? Será aceito e recomendado? Será
lido? Fará algum bem?
Não sei, não sei e, outra vez, não sei. O
que sei é que se a minha não é a melhor
qualidade de semente, pelo menos é a semente de que disponho e que pretendo não
fique guardada em algum compartimento
de meu ego por medo de que seja muito
fraca. Diria muito mais do que isso que digo
neste livro, se não soubesse o que sei dos
costumes de meus jovens leitores. Quem
sabe um dia a gente escreva para gente
moça de treze, catorze ou quinze anos, livros mais profundos. E os há. Caso este
não fale claro e não seja acessível, é sinal
de que, para você, a idade da adolescência trouxe preocupações maiores do que
estas que abordo neste livro de maneira
leve. Os adolescentes me ensinaram que
profundidade é a arte de ser simples sem
cair no simplório. É o que tento nos meus
livros. Palavra que me esforço!
Espero que você complete as ideias que
julgar incompletas e corrija as que julgar
fora da realidade. Aliás, quem escreve um
livro com o intuito de levar a fazer perguntas não pode esperar de seus leitores senão essa atitude. Acrescente ao meu livri8
á
nho as páginas que não consegui captar
quando estive perto de vocês.
Bom proveito, caso encontre aqui, alguma coisa de bom! É tudo o que pretendo
com estas páginas.
Pe. Zezinho, scj
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