PRIMEIRO CAPÍTULO DA ESTRUTURA DAS REVOLUÇÕES CIENTÍFICAS Marcos Aurélio Corsini (Bolsista PROIC/UEL), Marcos Rodrigues da Silva (Orientador), e-mail: [email protected] Universidade Estadual de Londrina/Centro de Letras e Ciências Humanas/Londrina, PR. Área: Ciências Humanas. Sub-área: Filosofia. Palavras-chave: paradigma, ciência normal, comunidade científica. Resumo Na Estrutura das Revoluções Científicas, Thomas Kuhn (1922 – 1996) apresenta um quadro, para a progressão das ciências, com uma nova visão de ciência. Trabalha, principalmente, com os termos: paradigma, pré-ciência normal, ciência normal e comunidade científica. Para Kuhn, um paradigma é uma teoria científica que foi aceita pela comunidade científica. Um paradigma permite a maturidade do campo científico. A comunidade científica tem uma importante função no desenvolvimento das ciências. É a comunidade quem decidirá quais teorias serão vigentes. Ela é responsável por aderir, por exemplo, a uma teoria x (tornando-a paradigma) e não a uma y. No período em que não há, propriamente falando, um paradigma, Kuhn chama de pré-ciência normal – pois a ciência que se desenvolve aqui ainda é desorganizada e imatura. A pré-ciência normal é um período marcado pela existência de muitas escolas, muitos homens que pesquisam a mesma coisa. Quando a comunidade científica adere a uma teoria e essa passa a ser considerada um paradigma, então, para Kuhn, a ciência passa para o período da ciência normal – no qual há um paradigma guia para todos os cientistas e para as suas pesquisas subseqüentes. Na pré-ciência normal os cientistas não possuem ainda um paradigma formado, já na ciência normal, um paradigma é aceito e toda a pesquisa científica dali em diante é sustentada por esse paradigma. Introdução Este trabalho será centrado no primeiro capítulo do livro A Estrutura das Revoluções Científicas de Thomas Kuhn. No qual Kuhn apresenta os conceitos de ‘pré-ciência normal’, ‘comunidade científica’, ‘paradigma’ e ‘ciência normal’. Ele tem o objetivo de oferecer os principais aspectos e problemas para a introdução de um estudo em filosofia da ciência. O quadro, que Kuhn apresenta para a progressão da ciência, começa com a pré-ciência (o que Kuhn chama também de ‘ciência imatura’); período em que estão sendo construídas as bases para um paradigma (período de intensa pesquisa); passa pela ciência normal (quando uma teoria, isto é, Anais do XIX EAIC – 28 a 30 de outubro de 2010, UNICENTRO, Guarapuava –PR. quando um paradigma é aceito pela comunidade), quando esse entra em crise, pode acontecer a revolução (quando a comunidade adota um novo paradigma); por conseguinte, a nova ciência normal; e uma nova crise. Revisão de literatura O primeiro capítulo, da obra de Kuhn, já fornece os principais elementos para o estudo, tanto da própria obra em questão (mais aprofundada), quanto de outros temas e outros autores da filosofia da ciência. Este trabalho, portanto, tem o objetivo de limpar o texto de Kuhn e trazer à tona os principais conceitos tratados nesse capítulo. Resultados e Discussão Obtivemos como resultado do trabalho realizado, um importante material para estudantes que queiram se iniciar em filosofia da ciência. Como resumos das principais obras da filosofia da ciência, relatórios – como resultado de pesquisas – e aulas expositivas sobre temas específicos. Temas esses como o próprio livro de Thomas Kuhn em questão, e outros temas dos principais filósofos da ciência, como: Karl Popper, Rudolf Carnap, George Berkeley entre outros. Conclusões O presente trabalho foi altamente importante para a compreensão dos principais problemas da filosofia da ciência, bem como uma importante introdução nos seus conceitos fundamentais. Com a leitura de Kuhn, mudados quase radicalmente a nossa visão do fazer ciência. A ciência, em Kuhn, é inserida dentro da sociedade – ela não tem caminho paralelo. Vemos que, na maioria das vezes, uma teoria é substituída por outra, por pura e simplesmente vontade da comunidade cientifica, e não devido à qualidade de uma teoria. Esse sem dúvida é um dos aspectos mais interessantes, que quebra a nossa visão de ciência anterior a leitura de Kuhn. Referências Kuhn, Thomas S. A estrutura das revoluções científicas. São Paulo: Perspectiva, 2006. Chalmers, Alan F. O que é ciência, afinal?. São Paulo: Brasiliense, 1993. Anais do XIX EAIC – 28 a 30 de outubro de 2010, UNICENTRO, Guarapuava –PR.