aplicação do método de análise e solução de problemas

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XXXVI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCÃO
Contribuições da Engenharia de Produção para Melhores Práticas de Gestão e Modernização do Brasil
João Pessoa/PB, Brasil, de 03 a 06 de outubro de 2016.
APLICAÇÃO DO MÉTODO DE ANÁLISE
E SOLUÇÃO DE PROBLEMAS (MASP)
EM UMA EMPRESA DE EXPORTAÇÃO
DE PEIXES ORNAMENTAIS
eriton carlos martins barreiros (UEPA )
[email protected]
RODRIGO FERNANDO PINHEIRO (UEPA )
[email protected]
Lucas Araujo da Luz Sampaio (UEPA )
[email protected]
Bernardo Moreira Vergara (UEPA )
[email protected]
Luiz Thiago Monteiro de Oliveira (UEPA )
[email protected]
O controle da qualidade é primordial para a excelência de um
produto/serviço visando a satisfação do cliente, além de ser uma
ferramenta que dá suporte para alcançar metas pré-estabelecidas. Esse
artigo mostra a utilização do ciclo PDCA inttegrado à metodologia
MASP, por intermédio de instrumentos de controle da qualidade, com
o objetivo de solucionar o problema de perda de determinada espécie
de peixe em uma empresa de exportação situada na Região
Metropolitana de Belém - PA. A primeira ferramenta aplicada foi o
desenvolvimento do gráfico de pareto com o intuito de visar qual o
setor do processo exportação em que mais acontece essa perda de
produto, e em seguida foi desenvolvido um brainstorming com os
funcionários, do setor mais propício a perdas, para descobrir a
principal causa das mortes da espécie observada. Com isso, foi
desenvolvido um diagrama de Ishikawa, com a finalidade de mapear as
possíveis causas da prioridade encontrada no brainstorming e criar
um plano de ação para diminuir custos. A solução apresentada para o
problema além de ser implantada pela empresa se mostrou satisfatória
e ainda provou ser eficaz a outros problemas.
Palavras-chave: Controle de Qualidade, MASP, Ciclo PDCA
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1. Introdução
O controle de qualidade vem se mostrando cada vez mais importante em todos os tipos de
empresas, visto que o consumidor vem se tornando cada vez mais exigente em relação a
qualidade do produto e/ou serviços. Por esse motivo, as empresas assumem a
responsabilidade de satisfazer as necessidades e desejos dos clientes, adotando o fato que os
clientes não mudam de fornecedor quando estão satisfeitos com o produto ou serviço que lhes
é fornecido.
Slack (2009), diz que “bens e serviços de alta qualidade podem dar a uma organização
considerável vantagem competitiva. Boa qualidade reduz custos de retrabalho, refugo,
reclamações e devoluções e, mais importante, boa qualidade gera consumidores satisfeitos”.
Outro obstáculo comum para as empresas é a forma na qual cada organização lida com os
mais diversos problemas, os quais são caracterizados como processos indesejáveis. Nesse
contexto, o Método de Análise de Solução de Problemas (MASP), com base no ciclo PDCA
(Plan, Do, Check, Action), se torna uma ferramenta fundamental para a análise desses
problemas a fim de propor e implementar soluções eficientes e eficazes para equacionar e
resolver problemas (FALCONI, 2004).
Segundo o Ministério da Pesca e Agricultura (MPA), somente em 2015 foram exportados
US$ 605.706, o que corresponde a um crescimento de 29,7% se comparado a 2014, quando
registraram US$ 467.011. Sendo o estado do Pará o responsável por boa pate da fatia desse
mercado externo. Os principais mercados são China, Hong Kong, Taipei e Cingapura, que
absorvem 80% dessas exportações.
Com o crescimento cada vez maior desse mercado, o presente artigo busca o melhor
planejamento e estruturação em uma empresa líder em exportação de peixes ornamentais,
situada na Região Metropolitana de Belém - PA (RMB). Para isso se fez a aplicação do ciclo
PDCA integrado à metodologia MASP, utilizando ferramentas da qualidade, com o intuito de
constatar causas e propor soluções para os reais problemas apresentados, visando solucionar
um problema existente na empresa e, consequentemente, gerador de prejuízos.
2. Referencial teórico
2.1 Controle da qualidade total (TQC)
Atualmente, a concepção mais aceita na literatura sobre qualidade esta relacionada à
adequação ao uso, ou seja, o melhor alinhamento existente entre as necessidades associadas
aos requisitos básicos dos clientes e as ofertas de produtos e serviços pelas empresas. Apesar
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de não existirem fórmulas certas para que as empresas ganhem e consolide vantagem
competitiva, elas devem buscar implantar conceitos de qualidade na sua gestão, criando uma
filosofia direcionada para atender ou superar as expectativas do mercado (CAVALCANTI et
al, 2013).
Visando uma melhor administração de uma organização através da utilização de um conjunto
de ações, métodos, ferramentas e procedimentos, o TQC, surgiu com a proposta de integração
entre todos os setores e não somente do administrador de uma organização. Haja vista que, a
qualidade deve ser medida durante todo o processo produtivo (TOLEDO et al, 2013).
Já Segundo Falconi (2004), Para que esse sistema possua uma elevada eficiência, alguns
fatores chaves devem ser seguidos, entre elas:
 Orientação pelo cliente: produzir e fornecer serviços e produtos que sejam
definitivamente requisitados pelo consumidor;
 Qualidade em primeiro lugar: conseguir a sobrevivência através do lucro contínuo pelo
domínio da qualidade;
 Ações orientadas por prioridades: identificar o problema mais critico e solucioná-lo
pela mais alta prioridade;
 Ação orientada por fatos e dados: falar, raciocinar e decidir com dados e com base em
fatos;
 Controle de processos: uma empresa não pode ser controlada por resultados, mas
durante o processo. O resultado final é tardio para se tomar ações corretivas;
 Controle da dispersão: observar cuidadosamente a dispersão dos dados e isolar a causa
fundamental da dispersão;
 Ação de bloqueio: Tomar ação preventiva de bloqueio para que o mesmo problema
não ocorra outra vez pela mesma causa.
2.2 Metodologia PDCA
Conhecido também como Ciclo Deming, o mesmo consiste em um método gerencial de
tomada de decisões para garantir o alcance das metas necessárias à sobrevivência de uma
organização. Quando o processo está fora de controle, a necessidade de organizá-lo é
fundamental (SOUSA et al, 2014).
Sousa et al. também diz que PDCA é a sigla das palavras em inglês que designam cada etapa
do ciclo: “Plan”, planejar; “Do”, fazer ou executar; “Check”, checar ou verificar; e “Action”,
agir de forma corretiva.
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 Planejamento (P): Nesse primeiro momento é essencial consolidar as metas a ser
atingidas. Sejam longo ou em curto prazo, para planos que aparentam ser viáveis ou
muito improváveis, é de extrema importância manter o foco no ciclo, algo que se
deseja alcançarem meio ao processo trazendo benefícios na ultima etapa;
 Execução (D): Efetuar as ações necessárias, que incluem executar as tarefas
exatamente como foi previsto na etapa de planejamento e coletar dados que serão
utilizados na próxima etapa de verificação do processo;
 Verificar (C): Monitorar e medir os processos e produtos em relação às metas
definidas;
 Atuação Corretiva (A): Nessa etapa, já possuímos todos os dados e resultados
necessários para avaliar se houve ou não sucesso nas metas traçadas. Caso o objetivo
tenha sido conquistado, torna-se padrão o plano desenvolvido. Se o plano foi um
fracasso, descobrir sobre as razões de não ter alcançado a meta, e buscar corrigir as
falhas em um novo ciclo.
Na utilização do ciclo PDCA é primordial a utilização do uso de ferramentas da qualidade:
 Brainstorming: Técnica de recolha de informação com o objetivo de explorar novas
ideias ou soluções para problemas de qualquer índole;
 Estratificação: Separação de um grupo de dados em determinadas classes, dependendo
dos fatores desejados;
 Pareto: Gráfico de colunas ordenadas em ordem decrescente, apontando a frequência
com que ocorre cada categoria, auxiliando na seleção da categoria a ser estudada;
 5W2H: Plano de ações gerado através de questionamentos, objetivando a solução dos
pontos críticos de um problema.
2.3 Metodologia de análise de solução de problema (MASP)
Segundo Santos et
al.
(2010) a metodologia MASP é uma ferramenta completa para
resolução de problemas, pois é um desdobramento do PDCA, a qual busca a melhoria
continua de cada etapa do processo relacionando o conhecimento gerencial com o
conhecimento técnico, o que proporciona foco na padronização e a busca pelas causas dos
problemas até a solução destes, mantendo a organização sempre atuante em busca da
melhoria de todo o sistema.
É através da implantação do MASP que se podem identificar as causas dos problemas
levantados com base em fatos e dados que serão buscados na organização, através de etapas
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sequenciais da aplicação das ferramentas. Isso irá permitir que o problema seja resolvido no
menor tempo possível, destacando quais causas que devem ser atacadas primeiro, quais
são as causas básicas e como são identificadas através da análise dos processos e
assim permitir que o planejamento das decisões a serem tomadas seja feito de forma
criteriosa, garantindo a solução efetiva (ROCHA, 2011).
Portanto, para que não se tenha surpresas, como implantações de resoluções inadequadas e
tomada de decisões com base em opiniões e não em fatos, é necessário que se sigam uma
sequência de oito etapas, conforme ilustra a Figura 1, para aplicação do MASP na ordem
correta em que se definem, partindo do problema para a solução tendo assim uma aplicação
eficiente da ferramenta. (SANTOS et al. 2012).
Figura 1 - Etapas da metodologia MASP integrado ao ciclo PDCA
Fonte: Falconi (2004)
3. Metodologia
De acordo com o proposto por Silva e Menezes (2005) esta pesquisa é classificada como
aplicada, quantitativa, exploratória e estudo de caso. Entende-se como aplicada, pois, tem o
objetivo de produzir conhecimento e aplicar os resultados, obtidos por meio de verificação
das ferramentas da qualidade envolvidas na análise realizada em um setor especifico, porém
fundamental para o restante da empresa. É quantitativa, pois todas as informações obtidas
foram traduzidas em números relacionados a alguns custos, além da elaboração de dados
estatísticos que auxiliaram em uma melhor visualização dos problemas e consequentemente
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uma eficaz tomada de decisão. Exploratória, pois envolveu levantamento bibliográfico e
entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema pesquisado. E
finalmente, estudo de caso, pois visa analisar as formas que a empresa busca atualmente para
setor em estudo, além de propor melhorias a partir de ferramentas da qualidade (SILVA e
MENEZES, 2005).
Pretendendo organizar e esclarecer o processo presente, seguiu-se o cronograma de atividades
fundamentado pela disciplina. A construção do plano deu-se a partir de orientações periódicas
com professor, que auxiliava na estruturação do estudo.
Figura 2 - Cronograma de
atividades
MAIO
ATIVIDADE
1
2
3
JUNHO
4
1
2
3
JULHO
4
1
2
3
4
Definição do problema ou oportunidade de melhoria;
Elaborar o histórico do problema;
Mostrar perdas atuais e ganhos viáveis;
Nomear responsáveis;
Caracterizar o problema por meio da coleta de dados;
Descobrir as características do problema por meio de observação;
Elaborar um cronograma;
Definir causas fundamentais;
Escolher as mais prováveis (hipóteses);
Analisar as hipóteses;
Elaborar estratégia de ação para bloquear as causas fundamentais;
Elaborar o plano de ação e o orçamento;
Análise e aprovação por parte da empresa;
Aplicação da estratégia: pré-instalação;
Aplicação da estratégia: pós-instalação;
Análise dos resultados.
Fonte: Autores (2015)
4. Resultados e discussões
Com base na metodologia MASP, iniciou-se a identificação do problema através da
contabilização do número de perdas da espécie X por setor da empresa, por meio de
quantificação no período de duas semanas da empresa em estudo. As informações obtidas
destes registros serviram para evidenciar as hipóteses já relatadas pelos colaboradores da
empresa, hipóteses que demostram o setor do Recebimento como o mais crítico no que diz
respeitos às perdas na instalação.
Para explicitar a relevância que este setor possui no âmbito problemático, foi feita uma
estratificação de todas as perdas da espécie X em questão, com o auxilio do gráfico de Pareto,
explicitado na figura a seguir:
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Figura 3 - Diagrama de Pareto
Fonte: Autores (2015)
Através deste gráfico, evidencia-se que a área do Recebimento destaca-se pela quantidade de
perdas da espécie X.
4.1 Análise de cenários
Após a definição do setor mais critico, foram mapeadas as principais causas para as perdas do
peixe da espécie X. Com o intuito de verificar as possíveis causas de perdas na instalação,
1
2
Brainstorming
Perda de peixes, pois os mesmos saltam das basquetas (Espécie do estudo)
Queda da água contaminada das basquetas diretamente em outras basquetas
utilizou-se da ferramenta brainstorming, resultando nos seguintes tópicos:
Tabela 1 - Brainstorming
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8
9
10
11
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Falta de local adequado para depositar os peixes na chegada
Falta de local adequado para depositar os materias e resíduos utilizados no processo do recebimento
Quantidade de carga recebida por dia (alta quantidade)
Problemas com horário das chegadas
Estado das embalagens enviadas pelos fornecedores
Falta de identificação das espécies no recebimento
Falta de água no recebimento
Falta de qualificação para o classificador do recebimento
Atraso na chegada das cargas, maioria das vezes causado pela transportadora
Problemas com a quantidade de peixe recebida por saco
Fonte: Autores (2015)
Concluída a análise das possiveis causas das perdas no recebimento, foram debatidas
juntamente ao corpo técnico da empresa a quantidade de perdas mapeadas no gráfico de
Pareto (Recebimento = 1272), obtendo o parecer técnico de que a causa principal das perdas
foram em decorrência dos peixes da espécie X saltarem para fora das basquetas, priorizou-se a
causa 1 (Perda de peixes, pois os mesmos saltam das basquetas), listada no brainstorming
como a de maior importância.
Posteriormente foi construído um diagrama de Ishikawa, com a finalidade de mapear as
possíveis causas da prioridade encontrada no brainstorming, demonstrado na figura 3.
Figura 4 - Diagrama de Ishikawa
Fonte: Autores (2015)
Após a discussão das possíveis causas de pulo dos peixes, constata-se que a principal falha
encontrada é a falta de telas nas superfícies das basquetas de recebimento, as quais
impediriam o pulo dos peixes da espécie X para fora das mesmas, e consequentemente
provocando a sua perda. A partir disso, foi realizado um plano de ação, com a finalidade de
resolver o problema através da solução mais viável possível.
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4.2 Plano de ação
Para a etapa Planejamento do ciclo PDCA, utilizou-se da ferramenta 5W1H para a construção
do plano de ação, onde constarão as atividades que devem ser executadas, assim como a
justificativa da sua execução, a maneira que será implantada, quem será o responsável, qual o
período e onde deve ser executado.
Tabela 2 - Plano de ação (5W1H)
O quê?
Por quê?
Como?
Quem?
Evitar que os peixes
Para evitar as Instalação de telas Mão-de-obra
pulem das
perdas constantes protetoras nas
terceirizada
basquetas de
desse setor
basquetas
(costureira)
Recebimento
Treinamento dos
Aprendizado da Demonstração da
funcionários
correta utilização
instalação das
Setor de RH
responsáveis pelo
das telas
telas
Recebimento
Quando?
Onde?
Jun./2015
No setor de
Recebimento
Jun./2015
No setor de
Recebimento
Fonte: Autores (2015)
Através do plano de ação construído, foram definidos os custos relativos à sua aplicação,
explicitados no tópico seguinte.
4.3 Viabilidade do plano
Para analisar a viabilidade do plano de ação, é necessária a quantificação do custo da perda da
espécie X para relacionar com o custo da solução. Com isso, primeiramente realizou-se os
cálculos da solução e dos prejuízos, dispostos a seguir.
Tabela 3 - Cálculo dos custos do plano
Custo total da solução proposta para a
fabricação das 131 telas
Material/Serviço
Quantidade/Valor
Tela
131
Mão de Obra
R$
327,50
Total Gasto em Plástico R$
118,60
Total Gasto em Linha R$
15,00
Metros de Tela (m²) R$
126,00
Total
R$
587,10
Fonte: Autores (2015)
Tabela 4 - Cálculo dos prejuízos da empresa
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Prejuízos do período estudado
(1 a 15 de maio)
1272
Qtde Perdida
0,18
Preço de Compra R$
Total
228,96
Fonte: Autores (2015)
A partir das tabelas, percebe-se que a resolução do problema é bastante viável, pois o custo da
solução é compensado em aproximadamente um mês.
É importante enfatizar que a solução encontrada também é aplicável a outras espécies, as
quais por terem custos mais elevados na sua compra necessitam de vigilantes exclusivos, que
esteja disponivel durante duas horas por dia, cujo objetivo é prevenir a sua perda em caso de
pularem da basqueta. Como exemplo, o custo de um vigilante com outra espécie Y, é R$
57,28 durate o peíodo estudado, podendo o mesmo ser realocado para outros serviços.
Em relação ao treinamento dos funcionários que manejarão as telas, por pedido da empresa,
os valores dos salários não puderam ser divulgados. Portanto, o cálculo do custo para o
treinamento será definido como horas/trabalho, ou seja, horas que o funcionário deixa de
trabalhar para realizar o treinamento. Assim, como existem quatro funcionários atuantes na
área de Recebimento, e considerando que o setor de RH determinou 1h para o aprendizado, o
custo será de 4 horas/trabalho. Da mesma maneira que a fabricação das telas, este custo será
compensado posteriormente.
4.4 Aplicação do plano
Mediante o baixo custo e facilidade da solução proposta (Instalação de Telas nas basquetas), a
empresa em estudo mostrou-se empenhada e aderiu à proposta oriunda do plano de ação,
observa-se a aplicação das telas na figura 4 a baixo:
Figura 5 – Aplicação das Telas nas basquetas
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Fonte: Autores (2015)
Após a instalação das Telas nas basquetas foram observadas as perdas da espécie X em
estudo, verificou-se, mediante a comparação dos periodos estudados pré-instalação (1 a 15 de
Julho) e pós-instalação (21 a 27 de Julho), uma redução considerada no número de perdas da
mesma e valor de compra da espécie X, como demonstrado nos Gráfico 1 e 2,
respectivamente, a seguir:
Figura 6 - Redução da Qtde de Perdas da espécie X
Fonte: Autores (2015)
Figura 7 - Redução em R$ das Perdas da espécie X
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Fonte: Autores (2015)
5. Conclusão
Este artigo utilizou da metodologia MASP em conjunto ao ciclo PDCA, com a finalidade de
tratar o problema da elevada taxa de mortalidade de peixes em uma empresa do setor de
exportação de peixes ornamentais.
Através das ferramentas da qualidade, e com a correta utilização do MASP, torna-se prático
definir os passos necessários para chegar a uma solução de qualquer problema que possa
ocorrer na empresa em estudo. Com isso, se verificou que o problema era gerado por uma
falta de materiais, necessários para evitar a morte dos peixes.
Observa-se que em um curto período a solução apresentou um resultado representativo,
reduzindo em 73% as quantidades perdidas e, consequentemente o valor dessas perdas. Logo,
a solução se pagaria em aproximadamente 3,5 semanas, levando em consideração que 73% de
redução equivalem à R$ 166,32 em 1 (uma) semana de observação, como a solução custou R$
587,10, divide-se este valor pela redução (R$587,10 / R$ 166,32 = 3,53 Semanas).
Neste artigo, é importante ressaltar que a solução encontrada mostrou-se simples, com um
retorno do investimento rápido (um mês), a qual pode ser aplicada a espécies além da
estudada. No entanto, para uma contínua melhoria do processo, o estudo pode abranger outros
setores da empresa, como o setor da Área 3, o qual possui 434 perdas durante o período
estudado.
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Finalmente, é relevante a continuação da metodologia MASP na empresa, além de programala como um padrão em todos os setores, tanto do setor administrativo quanto das outras áreas,
procurando sempre a máxima eficiência operacional.
REFERÊNCIAS
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TOLEDO, J.C et al. Qualidade: Gestão e Métodos. Rio de Janeiro: LTC, 2013.
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