ANAIS DA MOSTRA CIENTÍFICA TÍFICA DO CESUCA http://ojs.cesuca.edu.br/index.php/mostrac RECURSOS DE AVALIAÇÃO EM SAÚDE MENTAL: ANAMNESE E LINHA DO TEMPO Kátia Marquísio1 Ruy Marins1 Profª. Dra. Débora S. de Oliveira2 RESUMO O presente artigo visa conhecer e aplicar alguns recursos de avaliação em saúde mental: Anamnese e Linha do tempo. Os instrumentos utilizados foram fo entrevista semiestruturadaa de anamnese e linha do tempo aplicados em uma jovem adulta de 38 anos. Verificaram-se se as especificidades de cada recurso de avaliação ação e a importância da sua escolha e sua aplicação. A anamnese como recurso de avaliação individual, apresentou dados globais do desenvolvimento do indivíduo. Já a linha do tempo enquanto recurso de avaliação familiar levantou fatos importantes importantes do histórico históri familiar. A partir dessas duas técnicas, pudemos perceber que as vivências e experiências de vida traçaram sua personalidade e suas escolhas bem como mostraram o quanto são recursos importantes na definição da terapia mais adequada ao paciente, com isso contribuindo para a melhoria de vida do mesmo. Palavras chave: recursos de avaliação; linha do tempo; anamnese. anamnese INTRODUÇÃO A entrevista clínica inicial caracteriza-se por uma técnica que visa investigar cientificamente ntificamente a vida do paciente, mas também se trata rata de um recurso de avaliação (Tavares, 2000). Segundo o autor, autor essa avaliação tem como objetivo descrever e avaliar aspectos pessoais, relacionais ou sistêmicos. Para qualquer alquer tipo de método utilizado é imprescindível uma boa relação entre terapeuta/paciente, terapeuta/paciente, entrevistador/entrevistado, entrevistador/ pois partindo da confiança e respeito mútuo os resultados na terapia serão positivos e satisfatórios. Segundo um estudo de Bleger (1972 em Cunha,, Freitas & Raymundo, 1986, p.29) “entrevista psicológica é uma relação entre uma ou mais mais pessoas e que estas interveem como tal”. Há diferentes maneiras de conduzir uma entrevista clinica inicial e de interpretar os dados oriundos da avaliação. Tais aspectos irão dependerr também da abordagem teórica que o entrevistador utiliza (Gilliéron,1996). Nesse sentido, o presente artigo buscou retratar uma experiência realizada no contexto acadêmico para a disciplina de Métodos de Intervenção em Saúde Mental II, II do curso de graduação em psicologia psic do CESUCA, com vistas a exercitar em ambiente acadêmico a realização de uma avaliação inicial em psicologia. Este trabalho consistiu então em aplicar uma entrevista de anamnese e linha do tempo em uma pessoa voluntária, com o intuito de aprender a aplicação plicação desses instrumentos de avaliação e, não, o de realizar diagnóstico. Dessa forma, não houve uma devolução do diagnóstico do paciente, até porque este não foi o 1 Acadêmicos do curso de psicologia do Cesuca-Faculdade Cesuca Faculdade Inedi, disciplina de Métodos de Intervenção em saúde mental II, profª Débora OliveiraOliveira 2013/1. 2 Professora e Orientadora. Rua Silvério Manoel da Silva, 160 – Bairro Colinas – Cep.: 94940-243 | Cachoeirinha – RS | Tel/Fax. (51) 33961000| e-mail: mail: [email protected] ANAIS DA VI MOSTRA CIENTÍFICA DO CESUCA v.1, n. 7 (2013)) 1 ANAIS DA MOSTRA CIENTÍFICA TÍFICA DO CESUCA http://ojs.cesuca.edu.br/index.php/mostrac foco do trabalho, mas o de aprender enquanto acadêmico a aplicar tais instrumentos de avaliação. Após, explicado o objetivo do trabalho e o paciente ter aceitado, solicitou-se solicitou que esse pensasse em um suposto motivo para procura de atendimento psicológico. O grupo de trabalho estava ciente de que caso houvesse no momento da avaliação a observação de questões emocionais mais difíceis de serem conduzidas pelo paciente voluntária, a professora orientadora e supervisora do trabalho faria uma intervenção psicológica e encaminhamento a um setor responsável. O objetivo deste trabalho é dar uma visão dos recursos de avaliação utilizados. Os entrevistadores optaram por uma entrevista semiestruturada, esta se baseia em perguntas já planejadas, mas o andamento da avaliação podem se acrescentar novas perguntas. Num segundo momento se utilizou da linhaa do tempo, trazendo ao artigo fatos importantes e marcantes no desenvolvimento da vida do sujeito identificado. A entrevista de anamnese nese foca a história pregressa do indivíduo e leva-se l em conta também as respostas emocionais do paciente que se coorelacionam relacionam com os comportamentos não verbais, verbais como por exemplo, postura, expressões ssões faciais. faciais Os comportamentos são de suma importância para a avaliação psicológica, além de dados pessoais, motivo da consulta, enfermidades enfermidade atuais, história pessoal. Para Gilliéron (1996), pode-se se observar o comportamento do paciente praticamente em relação a dois eixos: a anamnese e a observação do comportamento. Na anamnese se permite observar comportamentos repetitivos dando ideia real da personalidade do sujeito. Já na primeira consulta a observação do comportamento do sujeito sinaliza para organização de sua personalidade. personalidade A anamnese, assim, consiste num detalhamento da história do desenvolvimento desde a infância, tratando-se se de uma técnica de fácil estruturação. Naturalmente na anamnese o paciente não se lembrará de todas as informações que são importantes e eventualmente isso dificultará a avaliação. avaliação Nesses casos, os tipos de perguntas elaboradas pelo entrevistador devem variar e depender da habilidade deste de coletar as informações necessárias ao processo (Tavares, 2000). O tipo de pergunta pode variar conforme vão surgindo, no campo da ciência, novas informações epidemiológicas e clínicas. Assim, como por exemplo, quando se trata de um transtorno antissocial, social, hoje em dia, é costumeiro se investigar a idade de uma primeira detenção, porque agora se sabe que este é um fator importante na predição do curso do transtorno. (Detre & Kupfer,1975 como citado em em Cunha, Freitas & Raymundo,1986,p.42 Raymundo,1986,p.42). Outro aspecto extremamente importante em um processo de avaliação psicológica na área de Saúde Mental é a avaliação da história familiar do sujeito. Isso porque, segundo egundo Werlang (2000), (2000) “O homem não é um ser isolado, ele não pode ser considerado fora do seuu ambiente familiar. Cada indivíduo indivíduo está em interação intensa com os outros membros da família”. Assim, além dos aspectos do desenvolvimento do individuo conhecer a maneira como suas vivencias e experiências familiares fazem parte de sua história torna-se se fundamental em um processo de avaliação psicológica. A família é um sistema aberto em constante transformação, possuindo regras e normas que modelam cada um dos membros familiares em suas condutas, por isso a análise se faz importante na avaliação do psicólogo (Werlang, 2000). A linha do tempo caracteriza-se caracteriza se por um recurso de avaliação em que se pode perceber o individuo dentro do seu contexto familiar, ou seja, as normas da família, as Rua Silvério Manoel da Silva, 160 – Bairro Colinas – Cep.: 94940-243 | Cachoeirinha – RS | Tel/Fax. (51) 33961000| e-mail: mail: [email protected] ANAIS DA VI MOSTRA CIENTÍFICA DO CESUCA v.1, n. 7 (2013)) 2 ANAIS DA MOSTRA CIENTÍFICA TÍFICA DO CESUCA http://ojs.cesuca.edu.br/index.php/mostrac regras, a cultura passada ada de geração para geração. Segundo Cerveny (1994, em Filho & Burd, 2010), o método consiste em utilizar uma linha vertical ou horizontal onde coloca as datas e os fatos mais importantes. A experiência deste autor mostrou que as informações obtidas servem também como parte do diagnóstico da família. Com base no método escolhido verificamos uma passagem de tempo com fatos significantes na vida de nossa paciente voluntária, a qual chamaremos com o nome fictício de Ana, a fim de preservar sua identidade. identidade Blanca Guevara Werlang (2000) sinaliza que quando um psicólogo é procurado pelo paciente seja individualmente ou com a família, este deve fazer fazer uma análise do ciclo vital destas pessoas que constituem o grupo familiar, os acontecimentos mais importantes. Deve procurar no contexto familiar, onde existem pontos de conflitos, estabilidades tabilidades e instabilidades. instabilidades Por isso, avaliar a família através da linha do tempo é um recurso importante. METODOLOGIA Realizou-se se uma entrevista clínica individual semiestruturada com uma mulher que chamaremos de Ana. Todos os nomes utilizados nesse trabalho são fictícios a fim de preservar a identidade dos participantes. Ana foi convidada a participar da atividade prática, sabendo que simularia uma entrevista clínica inicial em um contexto de avaliação psicológica. Utilizou-se Utilizou se um roteiro de anamnese, realizada no dia 05 de abril de 2013, no complexo Educacional Educacional Cesuca, situado em Cachoeirinha, R.S. O instrumento usado foi uma entrevista com perguntas elaboradas elaborada pelos próprios alunos. Após uma apresentação formal, deu-se deu inicio à entrevista, que decorreu de forma tranquila. Houve colaboração por parte de Ana que respondia a todas as perguntas atenciosamente. Num segundo momento, momento fez-se se outra entrevista para avaliação familiar, na qual se usou a linha do tempo, realizada no dia 12 de abril de 2013, no mesmo local. RESULTADOS Os resultados dos recursos de avaliação serão aplicados individualmente, primeiramente, os dados oriundos da Anamnese e posteriormente da Linha do Tempo. Anamnese Ana tem 38 anos,, é professora, p solteira. Seu pai tem 60 anos, trabalha como autônomo, e sua mãe já é falecida Ana possui dois irmãos mais novos, João, de 37 anos e Joice, de 28 anos. Motivo da consulta Ao ser solicitado um suposto motivo para uma consulta psicológica, Ana relatou sentir-se se ansiosa. Segundo a paciente, paciente essa ansiedade teria tido início no momento em que decidiu casar-se.. Comentou Coment de sua falta de tempo,, apresentando na ocasião irritabilidade e dificuldadess de interação com os outros, especialmente com o noivo. Ana relatou também já ter tido outro episódio de ansiedade, e o fator desencadeante desta, foi sua mudança de cidade. Nessa ocasião, procurou assistência psicoterápica, obtendo bons resultados. História pessoal Quanto a sua gestação, relatou relat que, segundo informações da família famíl foi tranquila. Da sua infância traz boas recordações, dizendo inclusive que foi uma das fases mais felizes de sua vida. Rua Silvério Manoel da Silva, 160 – Bairro Colinas – Cep.: 94940-243 | Cachoeirinha – RS | Tel/Fax. (51) 33961000| e-mail: mail: [email protected] ANAIS DA VI MOSTRA CIENTÍFICA DO CESUCA v.1, n. 7 (2013)) 3 ANAIS DA MOSTRA CIENTÍFICA TÍFICA DO CESUCA http://ojs.cesuca.edu.br/index.php/mostrac Ana precisou parar de estudar aos 14 anos para trabalhar e ressaltou ressalt esse fato como sendo de suma importância em sua vida. Na adolescência cência e juventude, sempre teve bons relacionamentos e disse com satisfação que muitas destas amizades, preserva ainda hoje. Quanto a sua sexualidade, mencionou ser “normal”, lidando com normalidade. No que diz respeito a seus hábitos e interesses sociais, sociais Ana falou fal do seu gosto por viajar, conhecer lugares e pessoas. Mencionou ainda ter postura positiva, ser determinada e pró ativa,, buscando sempre o que almeja. Histórico familiar Seus pais foram casados até a morte da mãe de Ana. Ela perdeu três irmãos, mas não entrou em detalhes de como faleceram. Morou com os pais até os seus 19 anos, saindo de casa para trabalhar. Histórico socioeconômico e ocupacional Trabalhou desde os 14 anos e em várias funções, entre elas: babá, gerente e atualmente como professora. a. Além de estudar. Características observadas durante a entrevista Descrição física Ana veste-se se de modo esportivo casual. Apresenta cuidado pessoal de higiene e bom estado nutricional. Estados emocionais A paciente não apresentou confusão mental, foi coerente em seu relato e linguagem. A ansiedade foi observada em momentos em que demonstrou ou euforia, rindo em alguns momentos, e fazendo gestos expansivos com as mãos em outros. outr Condutas sociais durante a entrevista Demonstrou motivação e foi muito colaborativa na entrevista.. Aparentemente A teve atitudes titudes positivas em relação ao futuro. . Exploração dos estados emocionais Ana não apresentou ou estar apática na entrevista. Ao contrário foi bem expansiva. Impulsividade na paciente também não foi notada. Ana demostrou ser uma pessoa bastante afetuosa. No que diz respeito à autoestima, aparentemente,, nos pareceu em um u nível moderado. Sua fala e postura denotaram denota m euforia. Durante a entrevista, entrevista não se observou aspectos de moralidade nas atitudes de Ana. Ela possui religiosidade, mas não externalizou muito sobre esse aspecto. aspecto. Também não se observou nenhum sintoma de depressão. Quanto a fazer uso de medicações, Ana negou. Tabela 1: Dados principais ais da anamnese de Ana IDENTIFICAÇÃO Nome Idade Ana de Souza 38 Pai: Adão 60 Mãe: Eva (Falecida) 58 Irmãos (1) João 37 Irmãos(2) Joice 28 MOTIVO DA CONSULTA/ SINTOMAS APRESENTADOS Ansiedade, dificuldades de interação com os o outros Profissão Professora Autônomo não relatou não relatou não relatou ANTECEDENTES CLÍNICOS/ RECURSOS UTILIZADOS Ansiedade recorrente. Assistência psicoterápica. Rua Silvério Manoel da Silva, 160 – Bairro Colinas – Cep.: 94940-243 | Cachoeirinha – RS | Tel/Fax. (51) 33961000| e-mail: mail: [email protected] ANAIS DA VI MOSTRA CIENTÍFICA DO CESUCA v.1, n. 7 (2013)) 4 ANAIS DA MOSTRA CIENTÍFICA TÍFICA DO CESUCA http://ojs.cesuca.edu.br/index.php/mostrac CARACTERÍSTICAS GERAIS OBSERVADAS ANAMNESE Descrição física (-) 1- Apatia A (x) 2- Irritabilidade A( ) 3- Impulsividade A (x) 4- Afetividade A( ) 5- Autoestima A( ) 6- Euforia A( ) 7- Moralidade A (x) 8- Religiosidade A (x) 9- Depressão A (x) 10- Agressividade A (x) DURANTE A ENTREVISTA DE ( ( ( ( ( ( ( ( ( ( )B )B )B )B )B )B )B )B )B )B (+) C( ) C( ) C( ) C (x) C (x) C( ) C( ) C( ) C( ) C( ) ( )D (x) D ( )D ( )D ( )D ( )D (x ( )D ( )D ( )D ( )D LINHA DO TEMPO A história familiar de Ana começou com o casamento de Adão e Eva em 1971. 1971 Eles les tiveram seis filhos, sendo quatro meninos e duas meninas. O primeiro já nasceu morto em 1972. O segundo filho morreu ainda bebê, em 1973 de pneumonia. A terceira filha foi Ana, em 1974. O quarto filho nasceu em 1975. A quinta filha nasceu em 1985. O sexto filho nasceu em 1990 e veio a falecer aos 17 anos. (Não foi revelada a causa da morte). Em 1988, Ana, então com c 14 anos decidiu trabalhar, parando seus estudos na época. Em 2003, sua mãe que ainda era casada com seu pai, faleceu, falece , teve um acidente vascular cerebral, (AVC). Em 2006, Ana se mudou mud de cidade e retomou seus estudos, concluindo o ensino médio. Após, retornou para cidade onde sua família residia. Em 2012, Ana e seu companheiro decidem casar-se. Ana manteve mante contato com seu pai. Adão após a morte de sua esposa só teve um relacionamento de curta duração com outra mulher,, mas atualmente vivia sozinho em outra cidade. Ana também manteve mante contato com os irmãos,, após a morte da mãe. O irmão era casado e tinha um filho de nove anos e sua irmã, embora também casada, ainda não tinha filhos. Naquele momento da realização da entrevista, Ana se encontrava envolvida com os preparativos do casamento e apesar da ansiedade e euforia que lhe causavam causa m sofrimento, se envolvia envolv plenamente em realizar seus sonhos. 1971 1972 1973 1974 1975 1985 1988 1990 2003 2006 2012 Casamento dos pais de Ana. Nascimento do primeiro filho ”nascimorto” Nascimento do segundo filho. Faleceu c/ 1ª Nascimento da terceira filha. (Ana) Nascimento do quarto filho. Nascimento da quinta filha. Ana começa a trabalhar aos 14 anos. Nascimento do sexto filho. Falecimento aos 17anos. Falecimento da mãe de Ana. Ana se muda para outra cidade. Ana decide se casar. Rua Silvério Manoel da Silva, 160 – Bairro Colinas – Cep.: 94940-243 | Cachoeirinha – RS | Tel/Fax. (51) 33961000| e-mail: mail: [email protected] ANAIS DA VI MOSTRA CIENTÍFICA DO CESUCA v.1, n. 7 (2013)) 5 ANAIS DA MOSTRA CIENTÍFICA TÍFICA DO CESUCA http://ojs.cesuca.edu.br/index.php/mostrac CONSIDERAÇÕES FINAIS Durante a entrevista de anamnese observou-se observou se um grau de ansiedade elevada de Ana, a qual se apresentava com sintomas de stress, medo de não conseguir atender suas demandas e ao mesmo tempo apostava aposta em tudo o que fazia. Notou-se se também grande euforia com os seus novos enfrentamentos: enfrentamentos a perspectiva em relação ao seu casamento e tudo que essa mudança ça iria acarretar em sua vida. Percebeu-se se que os novos acontecimentos causavam-lhe lhe excitação ão e certa angústia, pois em determinado momento moment confidenciou que algumas vezes pensou em desistir de tudo. A linha do tempo permitiu conhecer as suas relações interpessoais e familiares. Ana teve um histórico ico de vários lutos na família. Aparentemente demonstrava demonstra ter superado todos eles, mas por outro lado, lado externalizava muita vontade em construir sua própria família, falava va inclusive em ser mãe. Pode-se P se pensar que esse desejo dese visivelmente te forte em Ana podia estar relacionado aos seus lutos familiares. familia Ana buscou reconstruir esses laços que foram “cortados”. Nos dois is encontros que tivemos com Ana, Ana falou afetuosamente dos laços de amizade que mantinha com amigos de infância, infância sentindo-se feliz por preservá-los. preserv Também falava que mantinha contato constante consta com seu pai, e seus irmãos.. Isso nos sinalizou a importância desses vínculos familiares e de amizade na vida de Ana. Como qualquer processo de avaliação psicológica, os recursos recurs de avaliação utilizados demonstraram que Ana poderia se beneficiar de um espaço terapêutico para lidar com seus conflitos intrapsíquicos, sua ansiedade e irritabilidade. Sugerimos, Sugerimos neste caso, uma psicoterapia de apoio, pois a auxiliaria na redução e até mesmo na eliminação el dos sintomas. Segundo Cordioli (1998), este ste tipo de psicoterapia pode ser de longa duração ou breve. Este tipo de intervenção é menos ambicioso e intensivo, intensivo provocando menos ansiedade nos pacientes. Devido Ana estar passando ssando por uma fase de mudanças e sabendo-se se que os momentos de transição na vida das pessoas, normalmente, normalmente são acompanhados de angustias, inquietações, ansiedades, mas também sabendo que são momentos transitórios, a psicoterapia de apoio poderia lhe auxiliar e dar suporte psicológico para àquele momento de sua vida. vida Além disso, utiliza estratégias de mapeamento nto das principais dificuldades. O foco desse tipo de intervenção é no aqui e agora. Ressalta-se que realizar uma avaliação psicológica psicológ simulada permitiu identificar os principais aspectos envolvidos nos recursos de avaliação utilizados – anamnese e linha do tempo. Destaca--se se que a aprendizagem, em contexto acadêmico, desses recursos auxiliaram os alunos, através da experiência, compreender compreender alguns dos fenômenos envolvidos em uma entrevista clínica inicial. Mais uma vez aponta-se aponta que o objetivo do trabalho não foi o de fazer diagnóstico clínico, mas o de apre aprender através da vivência subjetiva o quanto é complexo complex um processo de avaliação e extremamente importante para dar início à psicoterapia. psico REFERÊNCIAS TAVARES, M.(2000). Psicodiagnóstico-V Psicodiagnóstico A entrevista clínica. (p.45) 45) Porto Alegre: Artes médicas Rua Silvério Manoel da Silva, 160 – Bairro Colinas – Cep.: 94940-243 | Cachoeirinha – RS | Tel/Fax. (51) 33961000| e-mail: mail: [email protected] ANAIS DA VI MOSTRA CIENTÍFICA DO CESUCA v.1, n. 7 (2013)) 6 ANAIS DA MOSTRA CIENTÍFICA TÍFICA DO CESUCA http://ojs.cesuca.edu.br/index.php/mostrac CUNHA-J.A.,Freitas,N.K.,Raymundo,M.G.B.,(1986). J.A.,Freitas,N.K.,Raymundo,M.G.B.,(1986). Psicodiagnóstico: A entrevista psicológica.(p.29) psicológica. Porto Alegre: Artes médicas. GILLIÉRORN,E.,(1996). A entrevista Psicológica e suas Nuanças. Recuperado em 07 de abril, 2013, de (http://www.algosobre.com.br/psicologia/a http://www.algosobre.com.br/psicologia/a-entrevista entrevista-psicologica-esuas-nuancas.html) CUNHA,J.A.,Freitas,N.K.,Raymundo,M ,J.A.,Freitas,N.K.,Raymundo,M.G.B.,(1986).Psicodiagnóstico:Anamnese. Anamnese.(p.42 ) Porto Alegre: Artes médicas. WERLANG,B.,G.,(2000). B.,G.,(2000). Psicodiagnóstico v: Avaliação inter e transgeracional da família.(p.141) (p.141) Porto alegre: Artmed. BURD,M.& MELLO Filho, J. (2010). Abordagem familiar e psicoterapia da família. Doença e Família. São Paulo: Casa do psicólogo. CORDIOLI, A.(1998). ). As psicoterapias mais comuns e suas indicações. Psicoterapias Abordagens atuais. Porto Alegre: Artmed. Rua Silvério Manoel da Silva, 160 – Bairro Colinas – Cep.: 94940-243 | Cachoeirinha – RS | Tel/Fax. (51) 33961000| e-mail: mail: [email protected] ANAIS DA VI MOSTRA CIENTÍFICA DO CESUCA v.1, n. 7 (2013)) 7