Artigo de Revisão Nara Vilma Lima Pinheiro1 Maria Sylvia de Souza Vitalle2 65 Quando o ensino-aprendizagem de matemática se torna um desafio When teaching and learning mathematics becomes a challenge > RESUMO Introdução: Entender por que alguns alunos têm dificuldade em aprender matemática tem se caracterizado como um dos maiores desafios enfrentados por educadores. Na área médica, problemas associados à aquisição de habilidades matemáticas por crianças e adolescentes constituem a discalculia. Objetivo: Realizar uma revisão bibliográfica com a intenção de verificar o que está sendo disponibilizado, em termos de informações e esclarecimentos, junto a bancos de dados disponíveis na internet. Fonte e síntese dos dados: Como metodologia utilizaram-se artigos publicados nas bases de dados PubMed e Scientific Electronic Library Online (SciELO), no período de 2006 a 2011. Conclusão: Os resultados mostraram escassez nos artigos que tratam de discalculia no âmbito brasileiro. Além disso, faltam trabalhos direcionados especificamente ao professor, tratando-se da área da educação, e a médicos e psicólogos, na área da saúde, que são os profissionais que recebem as famílias que trazem esta queixa de seus adolescentes. > Palavras-chave Transtornos de aprendizagem, matemática, adolescente, saúde do adolescente. > ABSTRACT Introduction: To understand why some students have difficulties in learning mathematics has been characterized as one of the main challenges faced by educators. In the medical field, difficulty in acquiring mathematical skills by children and adolescents is called dyscalculia. Objective: To conduct a review of the literature in order to ascertain what information and clarifications are available in internet databases on this problem. Data source and synthesis: As a methodology, papers published in the PubMed and Scielo databases between 2006 and 2011 were used. Conclusion: The results showed that publications dealing with dyscalculia are scarce in Brazil, with few studies are directed specifically at teachers, for education, and at doctors and psychologists, for healthcare, who are the practitioners seeing families presenting this complaint about their teenagers. > Key words Learning disorders, mathematics, adolescent, adolescent health Licenciada em Matemática pela Universidade Sant’Anna; Mestranda do Programa de Pós-Graduação Educação e Saúde na Infância e Adolescência da Universidade Federal de São Paulo (INIFESP). São Paulo, SP, Brasil. 2 Doutora em Medicina; professora permanente do Programa Educação e Saúde na Infância e Adolescência da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP); chefe do Setor de Medicina do Adolescente do Departamento de Pediatria da UNIFESP. São Paulo, SP, Brasil. 1 Maria Sylvia de Souza Vitalle ([email protected]) - Programa de Pós-Graduação Educação e Saúde na Infância e Adolescência da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) - Rua Botucatu, 715 - São Paulo, SP, Brasil. CEP: 04023-062. Recebido em 11/7/2012 - Aprovado em 25/08/2012 Adolescência & Saúde Adolesc. Saude, Rio de Janeiro, v. 9, n. 3, p. 65-71, jul/set 2012 Quando o ensino-aprendizagem de matemática se torna um desafio > Introdução Na sociedade do século XXI, a educação desempenha importante papel no processo de formação dos futuros cidadãos. Para exercer plenamente a cidadania é preciso ter, entre outros conhecimentos, conteúdos básicos de matemática, essenciais a qualquer cidadão, como, por exemplo, contar, medir, calcular, argumentar, resolver problemas, organizar, analisar e interpretar informações. No entanto, frequentemente nos deparamos com alunos perguntando quem inventou a matemática ou para que estudar matemática. Talvez isto seja uma dificuldade da disciplina. Quando estas dificuldades persistem e não podem ser associadas a fatores extrínsecos, como déficits intelectuais neuromotores ou neurossensoriais, tampouco a dificuldades emocionais, falta de estímulo ou experiências educacionais inadequadas, é realizado o diagnóstico de transtorno específico de aprendizagem matemática ou discalculia1. De modo geral, estudos recentes revelam que de 15% a 20% dos indivíduos em idade escolar (de 6 a 14 anos) apresentam dificuldades de aprendizagem. No entanto esta porcentagem pode aumentar de 30% a 50% se considerados os primeiros seis anos de escolaridade2- 4. Em se tratando da matemática, o índice de dificuldade é de 3% a 6,5% da população escolar, frequência similar à da dislexia e do transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH)5. No âmbito da saúde, pesquisas sobre as dificuldades de aprendizagem apontam a discalculia (ou discalculia do desenvolvimento [DD]) como sendo um dos principais diagnósticos. Mas o que vem a ser discalculia? Trata-se de um distúrbio neurológico Adolesc. Saude, Rio de Janeiro, v. 9, n. 3, p. 65-71, jul/set 2012 Pinheiro e Vitalle que afeta o desenvolvimento das habilidades numéricas. Sua origem pode estar associada a desordens genéticas ou congênitas, especificamente nas partes do cérebro que são um substrato anatômico fisiológico de maturação das habilidades matemáticas. O indivíduo com discalculia apresenta desempenho para a realização de operações aritméticas, cálculo e raciocínio matemático abaixo da média esperada para a idade cronológica, capacidade intelectual e nível de escolaridade do individuo6. Quando não tratada na infância, a discalculia apresenta-se na adolescência com “maior frequência de transtornos externalizantes (hiperatividade, comportamento antissocial) e internalizantes (sintoma de ansiedade, depressão, baixa autoestima) de comportamento”1. Apesar de não ser o professor quem faz o diagnóstico da criança com discalculia, poderá ser ele o primeiro a perceber que as dificuldades de aprendizagem podem ter como causas imaturidade e problemas psicológicos e sociais, justificando, assim, o porquê de a criança não aprender. Entretanto, antes de diagnosticar a discalculia, é preciso eliminar outras possibilidades de dificuldade, como o ensino inadequado ou incorreto e problemas com visão ou audição6. Diante do exposto justifica-se a realização de revisão bibliográfica sobre o tema com a intenção de verificar o que está sendo disponibilizado, em termos de informações e esclarecimentos, nos bancos de dados PubMed e SciELO. MÉTODOS O estudo consistiu numa revisão da literatura sobre discalculia. Para tanto foi realizada uma busca nas bases de dados Adolescência & Saúde > 66 Pinheiro e Vitalle eletrônicas PubMed e Scientific Electronic Library Online (SciELO) no período de 2006 a 2011. Os descritores em português foram “discalculia” e “transtorno de matemática” e em inglês: “dyscalculia” e “mathematics disorder”. Inicialmente, a pesquisa resultou em 86 artigos indexados no PubMed e dois no SciELO. Na base de dados do PubMed a busca foi refinada usando-se os seguintes critérios: resumo disponível – resultado: 85 artigos; texto completo disponível e gratuito – resultado: 23 artigos. Em seguida foram selecionados apenas os artigos publicados em revistas disponíveis na internet e aqueles nos quais as pesquisas tenham sido realizadas no Brasil. Tal opção se justifica por acreditar-se que estudos desenvolvidos em outros países, ainda que contribuam para a compreensão sobre o assunto, podem não se aplicar à população brasileira, pois refletem uma realidade sociopolítica-econômica diferente da nossa. Dessa forma, a análise preliminar resultou em duas publicações no PubMed e duas no SciELO. Foram utilizadas, ainda, quando pertinentes, algumas referências citadas por estes artigos e que ajudaram a compor a discussão. A aprendizagem sob a ótica da saúde No âmbito da saúde, a aprendizagem é considerada “um processo que ocorre por meio da integração de diversas funções do sistema nervoso, promovendo melhor adaptação do indivíduo ao meio” 4. Tal adaptação ocorre mediante experiências. O cérebro recebe, registra e responde às informações provenientes do meio. O recebimento (input) se dá pela percepção sensorial (visão, audição) e somatossensitiva (tato, gustação, olfato). O Adolescência & Saúde Quando o ensino-aprendizagem de matemática se torna um desafio 67 registro/processamento ocorre nas áreas corticais perceptivas (gnósicas) e motoras (práxicas), o que exige a integração de áreas corticais e subcorticais. Já a resposta, ou output, ocorre pelas vias eferentes motoras. O funcionamento deste mecanismo cerebral justifica a importância da motivação para a aprendizagem; em outras palavras, quanto mais interessante se apresenta uma informação, mais facilmente será registrada e recuperada quando necessário4, 7. Na infância, a aprendizagem apresenta particularidades relacionadas com a neuroplasticidade e a maturação neurológica (sinaptogênese e mielinização). Concomitantemente ao crescimento vão se desenvolvendo áreas e funções perceptivas e motoras que tornam possível a execução de habilidades cada vez mais complexas. Diante disso percebe-se que “para aprender é preciso maturação e integração de diversas áreas cerebrais envolvidas no processo” de aprendizagem3, 4. Em se tratando da matemática para se resolver uma simples operação aritmética, o cérebro necessita de vários mecanismos cognitivos, entre eles: pensamento verbal e/ou gráfico da informação, reconhecimento e produção dos números, representação do número/símbolo, discriminação visuoespacial, memória de curto e longo prazos, raciocínio sintático e atenção8. Neste contexto, torna-se fundamental que profissionais da educação e da saúde tenham pleno conhecimento, ainda que básicos, sobre o funcionamento cerebral e das etapas do desenvolvimento da criança e do adolescente e suas particularidades para que possam identificar indivíduos com transtorno de aprendizagem. As estratégias pedagógicas fundamentadas nos estudos das neurociências, sobre os mecanismos cerebrais responsáveis por funções Adolesc. Saude, Rio de Janeiro, v. 9, n. 3, p. 65-71, jul/set 2012 68 Quando o ensino-aprendizagem de matemática se torna um desafio mentais importantes na aprendizagem, tendem a ser mais eficientes9. Principais características da discalculia Antes de apontarmos as principais características da discalculia, é necessário dizer o que se entende por habilidades matemáticas e aritméticas. A primeira refere-se à capacidade de compreensão conceitual de quantidades e ao raciocínio lógico necessário à resolução de problemas. A segunda se relaciona com o entendimento de fatos numéricos como contagem, classificação ordinal, leitura e manipulação dos símbolos e conhecimento das regras subjacentes às quatro operações básicas2. Estudos sobre as habilidades numéricas verificaram que, nos primeiros anos de vida, há uma capacidade inata para habilidades quantitativas (compreensão implícita de numerosidade, ordinalidade, contagem e aritmética simples) 2, 10- 12. A discalculia pode apresentar-se pura, e, neste caso, representa cerca de 1% dos portadores deste distúrbio. Ou pode vir acompanhada de outros transtornos, como, por exemplo, TDAH e dislexia. No caso da dislexia estima-se que, em 60% dos casos, há dificuldades com números e as relações entre eles13. Mas o que causa a discalculia do desenvolvimento? Alguns estudos indicam que o DD seja um agravo cerebral com predisposição genética, sendo um obstáculo cognitivo mais comum no sexo feminino do que no masculino5. > PRINCIPAIS DIFICULDADES Antes da avaliação diretamente com os profissionais da saúde é necessário que o educador tenha identificado as principais Adolesc. Saude, Rio de Janeiro, v. 9, n. 3, p. 65-71, jul/set 2012 Pinheiro e Vitalle dificuldades de indivíduos com discalculia6: •dificuldades na identificação de números: o aluno pode trocar os algarismos 6 e 9, 2 e 5, dizer dois quando o algarismo é quatro; •incapacidade para estabelecer correspondências recíprocas: dificuldade na execução mental e concreta de cálculos numéricos; •escassa habilidade para contar compreensivamente: decorar rotina dos números, ter déficit de memória, nomear de forma incorreta os números relativos ao último dia da semana, estações do ano, férias; •dificuldade na compreensão dos conjuntos: compreender de maneira errada o significado de um grupo de coleção de objetos. Dificuldades na conservação: não conseguir identificar que os valores 6 e 4 + 2 ou 5+1 se correspondem; para eles somente significam mais objetos; •dificuldades no cálculo: o déficit de memória dificulta essa aprendizagem; •confusão na direcionalidade ou apresentação das operações a realizar; •dificuldade na compreensão do conceito de medida: não conseguir fazer estimativas acertadas sobre algo quando necessitar dispor das medidas em unidades precisas; •dificuldade para aprender a dizer as horas: aprender as horas requer a compreensão dos minutos e segundos e o aluno com discalculia quase sempre apresenta problemas; •dificuldade na compreensão do valor das moedas: dificuldade na aquisição da conservação da quantidade, relacionada com moedas, como, por exemplo: 1 moeda de 15 = 3 moedas de 5; •dificuldade na compreensão da linguagem matemática e dos símbolos: adição (+), subtração (-), multiplicação (x) e divisão (:); Adolescência & Saúde •dificuldade em resolver problemas orais: o déficit de decodificação e a compreensão da leitura impedirão a interpretação correta dos problemas orais. > DISCUSSÃO Nos artigos pesquisados percebe-se que a DD é tema ainda pouco divulgado no sistema escolar. No âmbito brasileiro, a literatura acadêmica existente no idioma português é de modo geral escassa, sendo a maioria dos artigos encontrada em língua inglesa. Portanto, se o desejo é o aprofundamento maior sobre o tema, é preciso que se tenha certa habilidade com o idioma inglês. Além disso, poucos são os artigos que tratam especificamente de DD, pois normalmente o tema central dos trabalhos é a dislexia. Quando os trabalhos tratam da DD, fazem-no em termos da concepção clínica, o que dificulta a exploração das informações por aqueles que não tenham conhecimentos básicos sobre as funções cerebrais. Apesar da escassez de trabalhos, na análise dos artigos, foi possível perceber que este transtorno de aprendizagem consiste fundamentalmente na dificuldade de se aprender aritmética básica. A demora em detectar indivíduos com discalculia tende a agravar a situação, pelo fato de a matemática ser organizada de modo que a aquisição de cada novo conhecimento necessite da aprendizagem de um conceito anterior. É importante observar que a DD é um transtorno de difícil diagnóstico, pois pode se confundir com as dificuldades característica da própria disciplina. Portanto é importante que o indivíduo passe por uma avaliação clínica, a qual deverá considerar o relato dos pais e professores, além Adolescência & Saúde 69 Quando o ensino-aprendizagem de matemática se torna um desafio da entrevista de diagnóstico. Entretanto, antes de se fazer o diagnóstico de indivíduos com discalculia, cabe lembrar que é necessário cuidado ao descrever sintomas sem compreender a origem da dificuldade da aprendizagem. Tal procedimento pode acarretar sérios problemas, causando diagnósticos em excesso ou, pior ainda, podendo-se deixar de tratar quem realmente precise, vindo a agravar a situação. De posse do diagnóstico, é preciso que ele seja entendido como um ponto de partida para a superação da dificuldade e de modo algum deve ser utilizado como forma de rotular crianças e adolescentes. O diagnóstico não deve servir de reforço para frases do tipo “ela não aprende por que tem tal dificuldade”. Não se trata disso, absolutamente. O que se espera é que ele sirva como recurso para a identificação do problema e que a partir dele o processo ensino-aprendizagem resulte em mudanças neurobiológicas que propiciem a aprendizagem efetiva. ORIENTAÇÕES PARA PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO E DA SAÚDE > Pinheiro e Vitalle Como a discalculia se apresenta na escola, cabe ao professor fundamentarse sobre o assunto e procurar estratégias para auxiliar o aluno. Além do professor, seria interessante que o profissional da saúde, principalmente aquele que recebe crianças e adolescentes encaminhados aos ambulatórios, por apresentarem problemas de aprendizagem, tivessem conhecimento sobre os métodos de intervenção pedagógica. Alguns dos métodos de intervenção são sugeridos pela Associação Brasileira de Dislexia (ABD)13, podendo ser utilizados Adolesc. Saude, Rio de Janeiro, v. 9, n. 3, p. 65-71, jul/set 2012 Quando o ensino-aprendizagem de matemática se torna um desafio na sala de aula para melhorar o desempenho do aluno com DD: •permitir o uso de calculadora e tabela de tabuada; •adotar o uso de caderno quadriculado; •quanto às provas, devem-se elaborar questões claras e diretas, reduzindo-se ao mínimo o número de questões, sem limite de tempo, aplicando-as de tal sorte que o aluno esteja acompanhado de um tutor para se certificar de que entendeu o enunciado das questões; •estabelecer critério em que, por vezes, o aluno poderá ser submetido a prova oral, desenvolvendo as expressões mentalmente, ditando para que alguém as transcreva; •moderar na quantidade dos deveres de casa. Passar exercícios repetitivos e cumulativos; •incentivar a visualização do problema com desenhos para que posteriormente o indivíduo possa abstraí-lo; •prestar a atenção no processo utilizado pela criança para a resolução de um Pinheiro e Vitalle dado problema. Que tipo de raciocínio ela usa para resolvê-lo? CONSIDERAÇÕES FINAIS Para que se obtenha êxito na aprendizagem se faz necessário que o assunto seja levado para profissionais tanto da educação quanto da saúde, não para ser tratado como algo pontual, mas para ser discutido em uma perspectiva mais ampla, de modo a proporcionar meios para que se possa conhecer, ainda que basicamente, o funcionamento do cérebro. Tal iniciativa tanto possibilitaria identificar aqueles com dificuldades resultantes dos transtornos de aprendizagem quanto contribuiria para o desenvolvimento de estratégias pedagógicas mais adequadas para realizar as intervenções necessárias. Estas medidas resultariam em menos indivíduos sub ou superdiagnosticados. Além disso, a parceria entre diagnóstico e intervenção adequados beneficiaria o desempenho do indivíduo com DD. > REFERÊNCIAS 1. 2. 3. 4. 5. Haase VG, coord. Discalculia do desenvolvimento em crianças de idade escolar: triagem populacional e caracterização de aspectos cognitivos e genéticos moleculares. Projeto de Pesquisa. Agências Financiadoras: FAPEMIG, CAPES, DAAD e CNPq. [Internet]. 2008. [citado 2011 Nov 21]. Disponível em: http://discalculiadodesenvolvimento.blogspot.com.br/. Santos FH. Recomendações para professores sobre o “transtorno da Matemática”. Revista Sinpro-Rio/ Sindicato dos Professores do Município do Rio de Janeiro e Região [Internet]. 2010 Mai [citado 2011 Nov 21];5:18-33. Disponível em: http://www.sinpro-rio.org.br/download/revista/revista_desafio.pdf. Rotta NT, Ohlweiler L, Riesgo RS. Transtornos de aprendizagem: abordagem neurobiológica e multidisciplinar. Porto Alegre: Armed; 2006. Siqueira CM, Gianneti JG. Mau desempenho escolar: uma visão atual. 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