Hospital Baleia participa de pesquisa mundial sobre pé torto congênito O Serviço de Ortopedia do Hospital da Baleia começou a funcionar em 1946, sob a orientação do médico José Henrique Matta Machado. Ao longo de mais de seis décadas milhares de crianças foram atendidos. Atualmente, cerca de 400 pacientes fazem tratamento de pé torto e outras patologias ortopédicas. O ortopedista Gustavo Alves de Mendonça é o médico que tem maior número de atendimentos em pé torto congênito no país. Estima-se que, no Brasil, a patologia atinja uma criança em 500 partos. O tratamento do pé torto congênito no Hospital da Baleia vai desde a imobilização com gesso até cirurgias. Após o tratamento, o paciente continua sendo acompanhado por médicos. Um dos métodos usados no hospital é o Ponsetti, desenvolvido pela Universidade de Iowa. Os resultados obtidos são comparáveis aos melhores relatados na literatura ortopédica mundial. Essa excelência conferiu ao Hospital da Baleia participação no estudo mundial. As informações levantadas serão enviadas à universidade americana a partir de setembro. A expectativa é que o trabalho resulte no conhecimento das causas do pé torto congênito. A parceria pode dar outros frutos. No dia 12 de junho passado, representantes da Miracle Feet, instituição parceira da Universidade de Iowa, visitaram o Hospital da Baleia. Eles avaliaram sua estrutura e número de pacientes atendidos, visando a obter financiamento de empresas privadas para o hospital. Hospital da Baleia completa 65 anos Inaugurado em 1944 pelo industrial Benjamin Guimarães, o Hospital da Baleia é mantido pela fundação que leva o nome do seu criador. Benjamin Guimarães, que morreu em 1948, aos 87 anos, foi um grande empresário mineiro, com atuação em diversos ramos de negócios. Ele dá nome a uma praça de Belo Horizonte (também conhecida como praça ABC) e ao famoso vapor que faz passeios turísticos no Rio São Francisco. Paralelamente a sua arrojada vida empresarial, Benjamin Guimarães se dedicou à filantropia, criando e apoiando orfanatos e hospitais. Seu maior e mais duradouro legado foi a fundação do Hospital da Baleia, construído na fazenda de mesmo nome. Originalmente sanatório para tuberculosos, o hospital diversificou seu atendimento e hoje oferece 35 especialidades médicas. Sua atual diretora-presidente, Tereza Guimarães Paes, é bisneta do fundador. O complexo hospitalar é formado por três prédios erguidos nas décadas de 1940 e 1950 – unidades Maria Ambrosina (que homenageia a esposa do fundador), Baeta Viana e Antônio Mourão. Ele está cercado por uma área verde de 3 milhões de metros quadrados, que, desde 1988, constitui o Parque Estadual Mata da Baleia. Além de um excelente ambiente de trabalho e tratamento de saúde, o lugar é um verdadeiro oásis de natureza na aridez urbana da capital, que abriga três nascentes e 11 espécies ameaças de extinção. A clientela do Hospital da Baleia é formada em 94% por pacientes do Sistema Único de Saúde e o restante de planos de saúde – para estes é reservada uma ala com 11 confortáveis apartamentos. Ao todo, o hospital possui 237 leitos, dos quais 91 pediátricos. Em 2008 realizou aproximadamente 500 mil procedimentos médicos, sendo 27 mil atendimentos infantis, 24,7 mil hemodiálises, 111,8 mil exames laboratoriais, 11 mil procedimentos quimioterápicos e 10,8 mil cirurgias. O hospital conta com cerca de 1.000 colaboradores, sendo 239 médicos. Diariamente, 1.300 pessoas em média circulam por suas instalações. O Hospital da Baleia é credenciado como hospital de ensino pelos ministérios da Saúde e da Educação, o que o qualifica para pesquisas e atendimentos de alta complexidade. Ele foi o primeiro hospital mineiro a oferecer residência médica. Atualmente, oferece também internato em medicina e estágios para estudantes de biomedicina, enfermagem, farmácia, fisioterapia, fonoaudiologia, medicina, nutrição e psicologia. Para atender com qualidade sua clientela, 56% da qual proveniente do interior do estado, o Hospital da Baleia não conta apenas com os recursos insuficientes do SUS. Em 1982, a Fundação Benjamin Guimarães começou a formar a Rede de Amigos do Hospital da Baleia – da qual a Araujo é um dos mais destacados participantes. Além de realizar campanhas e captar recursos para o hospital, a Rede de Amigos zela pela transparência das contas da instituição, pela melhoria das condições de atendimento e da humanização do tratamento dos pacientes e seus familiares. Com essas finalidades, o Hospital da Baleia desenvolve os projetos Arte com amor e Viva! A cultura, que consideram que a alegria de viver é parte do processo de cura. Criado em 2000, o projeto Arte com amor conta com o trabalho voluntário de artistas, que levam música, pintura, teatro e outras artes para os doentes. O projeto Viva! A cultura proporciona aos pacientes o prazer de ouvir a narração de histórias, feita também por voluntários. O Hospital da Baleia também recebe recursos provenientes do programa Adote um leito e do Fundo da Infância e Adolescência (FIA). As doações feitas ao FIA são dedutíveis no Imposto de Renda, tanto de pessoas jurídicas (até 1%) quando de pessoas físicas (até 6%). Resultado parceria do Hospital da Baleia com a Araujo - campanha “Adote o Hospital da Baleia – Doe o seu troco” - Período: dezembro de 2004 a 13 de julho de 2009 - Arrecadação total no período: R$ 4,2 milhões - Arrecadação em 2009: R$ 1 milhão (primeiro semestre) Doações ate 13 de julho de 2009: 8 milhões 571 mil 429 Melhorias alcançadas nos últimos anos: os recursos são aplicados na manutenção de leitos, modernização e aquisição de equipamentos do hospital, beneficiando milhares de pacientes. Confira alguns destaques: - ampliação do CTI pediátrico; - forma da Ala 5 (Internação Cirúrgica) e CTI II (CTI Pós-operatório); - equipamentos (dez monitores multiparâmetros completos e um eletrocardiógrafo para o setor de alta complexidade) Hospital da Baleia - Entidade Filantrópica em níveis estadual, municipal e federal; - Complexo hospitalar localizado em uma área de reserva ambiental de 3 milhões de m² (Mata da Baleia) com quatro unidades hospitalares - Maria Ambrosina, Baeta Vianna, Antônio Mourão Guimarães e Antônio Chagas Diniz; - Hospital de ensino credenciado pelos Ministérios da Educação e da Saúde (Programas de Residência Médica, internato de medicina e estágios curriculares na área de saúde e complementar); - no dia 4 de julho passado completou 65 anos de funcionamento; - é o maior prestador filantrópico de serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) em Minas Gerais, proporcionalmente ao número de leitos; - O hospital é referência em nefrologia, neurocirurgia, oncologia, ortopedia e tratamento de fissura labiopalatal e deformidade craniofacial, e oferece ao todo 35 especialidades; - Incentivo e realização de projetos de Humanização Hospitalar. Balanço 2008: - Realizou cerca de 500 mil procedimentos - médicos, paramédicos e ambulatoriais -, sendo 94% pelo SUS. 56% dos pacientes do Hospital são do interior do estado; - 10,8 mil sessões de quimioterapia; - 24 mil sessões de hemodiálise.