Ensino Médio Pré-vestibular MOGI GUAÇU Gabarito da 1ª Avaliação de Português Prof.ª: Morgana Donegá Data: 18/09 Nome: 2ª Série EM Valor: 3º Trimestre 2013 10,00 Nº: Literatura 1) Característica que opõe parnasianos a simbolistas: parnasianos negam o subjetivismo, adotam a postura antirromântica; simbolistas aderem ao retorno do subjetivismo romântico. Características que os aproximam: ambos adotam a postura de se distanciar da vida, dos compromissos com as questões mundanas, além de terem preocupação formal, predileção pelo soneto e cultuarem a rima. 2) O soneto apresentado é uma expressão do Simbolismo, movimento do qual o seu autor, o poeta catarinense Cruz e Sousa, é um dos expoentes. Esse movimento literário marca-se pela exploração de imagens repletas de referências a ambientes etéreos (celestiais) ou religiosos. No poema, isso pode ser notado em “És do Luar o claro deus eleito, / das estrelas puríssimas nascido”. Outra típica característica simbolista é a sinestesia, entendida como o cruzamento de percepções sensoriais. O texto explora a visão, em “rosas brancas”, “claro deus”, “alvo”, “ar nevado” ou “sonho branco”; o olfato, em “caminho aromal”; a audição, em “as aves sonorizam-te o caminho”; o tato, em “vestes frescas do mais puro linho”. O forte jogo de cores, conhecido como cromatismo, pode ser notado nas referências à cor branca acima citadas. Para acentuar a atmosfera de mistério e sugestão, é comum no Simbolismo o emprego de maiúsculas sem necessidade gramatical, como em “Luar” e em “Sonho branco”. A conjunção de todos esses elementos faz do Simbolismo uma estética marcada pela vagueza, que pode ser notada ainda em expressões como “sonho virgem”, “esplendor indefinido” ou “Sonho branco de quermesse”. 3) Segundo o dicionário Houaiss, uma das acepções de “etéreo” é “pertencente à esfera celestial, divino”. Assim, os substantivos que contribuem para a “atmosfera luminosa e etérea” do poema são: “Luar”, “deus”, “estrelas” e “esplendor”. Vários adjetivos do texto estão associados a esse ambiente celestial e divino: “brancas”, “virgem”, “claro”, “puríssimas”, “alvo”, “sereno”, “límpido”, “direito”, “radiante”, “perfeito”, “nevado”. Os versos do último terceto estabelecem tensão na progressão do poema. A locução conjuntiva adversativa “No entanto” introduz uma ideia contrária à de pureza e vida que se vinha desenvolvendo. Essa oposição se concretiza na associação das vestes de linho branco puríssimo e de rosas da mesma cor a uma mortalha, ou seja, a um pano com que se envolvem os cadáveres. 4) Alternativa D. 5) Fabiano chega a afirmar que se sente resistente como um bicho, por sobreviver à seca, do mesmo modo que Baleia; ele também tem enorme dificuldade para se expressar, fazendo-o por meio de gestos e de sons guturais como “Hum!”, “An!”, o que poderia ser comparado aos latidos de Baleia. Fabiano também tem dificuldades para elaborar ideias mais complexas; quase sempre fica confuso, o que pode se relacionar à irracionalidade de Baleia. 6) a) Sinha Vitória, uma mulher marcada pela busca da realização concreta das suas aspirações, sente-se incomodada quando comparada a um bicho pelo marido, o que ela entende como um índice de seu rebaixamento. A comparação lhe é especialmente dolorosa porque evoca o episódio, narrado no capítulo “Mudança”, em que a família fugia da seca pelo sertão e, para não morrer de fome, comera o papagaio de estimação. b) O nome da personagem vem ironicamente antecedido do pronome de tratamento “sinha”, geralmente associado à elite proprietária de terras no Nordeste, condição muito distinta daquela vivida por Sinha Vitória. Verifica-se ainda um trocadilho com a expressão “sim à vitória”, o que também pode ser considerado uma ironia, já que a personagem e a sua família são marcadas pela condição de derrotados: castigados pela seca, explorados pelo patrão, oprimidos pelo soldado amarelo e pelo fiscal da prefeitura. A ironia também se apresenta no nome de Baleia, já que a cadelinha esquálida do sertão semiárido é designada pelo nome de um animal aquático de grandes proporções. Gramática 1) A conjunção mas compõe a locução conjuntiva “não só… mas (também)”, que promove o paralelismo sintático no trecho: “Camilo, não só o estava, mas (também) via-a estremecer…”. A correlação “não só… mas (também)” exprime adição enfática. 2) Um exercício metalinguístico auxilia a construção do sentido pretendido porque o autor relaciona a função das vírgulas no texto escrito, separar termos e orações, com a pausa necessária para o descanso de todo trabalhador, que será muito mais garantida se o cliente aderir aos serviços oferecidos pelo banco. São orações coordenadas assindéticas. 3) a) O período deve ser entendido da seguinte maneira: numa manifestação,parte dos manifestantes usavam máscaras e esse grupo foi surpreendido com o ataque de balas de borracha, bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo da polícia. b) Sim, o sentido altera-se, porque a informação “que usavam máscaras” passa a referir-se a todos os manifestantes. Dessa forma, o período adquire este sentido: todos os manifestantes usavam máscara e todos eles foram surpreendidos pelo ataque da polícia. 4) a) O Mar Vermelho banha Israel. b) Oração subordinada adjetiva explicativa.