XVII Encontro de Iniciação Científica XIII Mostra de Pós-graduação VII Seminário de Extensão IV Seminário de Docência Universitária 16 a 20 de outubro de 2012 INCLUSÃO VERDE: Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável EPB1262 INFLUENCIA DA SÍNDROME METABÓLICA E INFLAMAÇÃO NA QUALIDADE DA DIÁLISE PERITONEAL GABRIEL DE ALMEIDA FERREIRA PEDRO HENRIQUE DE LARA LEITE [email protected] MEDICINA INTEGRAL UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ ORIENTADOR(A) GILSON FERNANDES RUIVO UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ RESUMO Introdução: A Doença Renal Crônica consiste em perda progressiva e irreversível da função renal. Uma forma de mantê-la é através da Diálise Peritoneal (DP). A solução com glicose utilizada na DP pode descompensar Diabetes Mellitus (DM), aumentar o depósito de gordura e a necessidade de insulina em DM, propiciando a uma Síndrome Metabólica. Objetivo: Avaliar a relação entre Marcadores de Inflamação e Síndrome Metabólica em Pacientes em Diálise Peritoneal. Casuística e Métodos: Estudou-se 33 pacientes em DP, sendo avaliados exames laboratoriais (glicose, insulina, fibrinogênio, PCR, lípides, entre outros) e o KTV/PET. Os pacientes foram analisados quanto ao tipo de transporte de membrana, KTV, risco cardiovascular pelo Escore de Framingham e à associação com DM. Resultados: Analisou-se 13 mulheres e 20 homens com uma média de idade de 66,3±15,1 anos, sendo 64% da raça branca, 12% eram tabagistas e 40% com DM. Quanto ao tipo de transporte de membrana (KTV/PET) encontrou-se: Alto (n=1), Médio-Alto (n=8), Médio-Baixo (n=10) e Baixo (n=12). A média do KTV-Total foi de 2,4±0,9. Avaliaram-se marcadores inflamatórios e metabólicos em 16 pacientes, encontrando-se: fibrinogênio 539,2±135,8 mg, colesterol 177,8±34,7 mg, HDL 36,5±6,3 mg, LDL 104,0±28,0 mg, PCR 20,0±33,6 mg, Triglicérides 190,5±99,5 mg e HOMA 5,8±5,7. Quando correlacionado os marcadores inflamatórios e metabólicos com o KTV, foi encontrada correlação positiva significativa (p<0,05) com cálcio, insulina, HOMA e Escore de Framingham e negativa com a creatinina (p<0,05). O HOMA possuiu uma correlação positiva com Triglicérides (p=0,029), o HDL possuiu uma correlação positiva com a Glicemia (p=0,010) e a PCR possuiu uma correlação negativa com o potássio (p=0,002). O Escore de Framingham correlacionou-se negativamente com o fósforo (p=0,014). Estratificando-se quanto à presença de DM, encontrou-se: DM com correlação positiva (p<0,05) entre Fibrinogênio e Triglicerídeos e Fibrinogênio e Cálcio e de forma negativa (p<0,05) entre PCR e HOMA e Fósforo e Fibrinogênio. Já entre Não-DM, observou-se correlação positiva (p<0,05) entre HOMA e Triglicérides, KTV e Cálcio e Insulina e Triglicérides e negativa (p<0,05) entre HOMA e LDL e Fibrinogênio e KTV. Conclusões: Marcadores metabólicos como o Índice de HOMA e insulina podem influenciar a qualidade da diálise peritoneal, assim como o risco cardiovascular. Já o fibrinogênio, como marcador inflamatório, pode promover impacto sobre o KTV em não diabéticos.