PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO POP CTI ADULTO- 012 TÍTULO: PROCEDIMENTO DE ENFERMAGEM MONITORIZAÇÃO DA PRESSÃO INTRACRANIANA (PIC) I - CONTROLE HISTÓRICO REVISÃO 00 DATA JULHO/2013 Nº PÁGINAS 05 HISTÓRICO ALTERAÇÃO EMISSÃO INICIAL ELABORAÇÃO VERIFICAÇÃO Afonso Henrrique Campolino Lela de Jesus Ferreira Ana Carla Moreira Lima Lúcia Maciel de Castro Franco APROVAÇÃO Silvana Maria Lage Soares 1. Introdução A maioria dos quadros neurológicos de urgência requer intervenções cirúrgicas ou tratamento de suporte. A monitoração da pressão intracraniana (PIC) fornece informações importantes que precedem o aparecimento de sinais e sintomas de descompensação, permitindo um tratamento mais precoce e eficaz. 2. Objetivo ●Obter valores de PIC, para orientar e racionalizar o emprego das medidas terapêuticas e realizar drenagem de líquor quando necessário. 3. Campos de aplicação Este POP se aplica a todas as áreas envolvidas com a assistência de enfermagem prestada ao beneficiário / servidor do HGIP. 4. Referências normativas COREN- MG. Lei 7.498. 25 de Junho de 1986. Dispõe sobre a regulamentação do exercício da Enfermagem e dá outras providências. Em específico o que diz das competências privativas do enfermeiro, em especial, no que concerne ao manejo de beneficiários graves com risco de vida e cuidados de maior complexidade (art.11) 5. Responsabilidade/ competência Compete ao enfermeiro a montagem do circuito para a monitoração da PIC Compete ao enfermeiro e/ou auxiliar/técnico de enfermagem a manutenção do sistema e anotação dos valores nos horários de rotina 6. Definições Não se aplica 7. Conteúdo do padrão 7.1 Recursos necessários Kit para monitorização de pressão invasiva com transdutor de pressão (dome) Suporte para transdutor de pressão 53 PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO POP CTI ADULTO- 012 TÍTULO: PROCEDIMENTO DE ENFERMAGEM MONITORIZAÇÃO DA PRESSÃO INTRACRANIANA (PIC) I - CONTROLE HISTÓRICO REVISÃO 00 DATA JULHO/2013 Nº PÁGINAS 05 HISTÓRICO ALTERAÇÃO EMISSÃO INICIAL ELABORAÇÃO VERIFICAÇÃO Afonso Henrrique Campolino Lela de Jesus Ferreira Ana Carla Moreira Lima Lúcia Maciel de Castro Franco APROVAÇÃO Silvana Maria Lage Soares Suporte de soro Módulo e cabo para pressão invasiva, no caso do monitor da Dixtal e cabo em “Y” no caso de monitor da Dräger Gaze estéril Seringa de 20 ml ( se sistema totalmente vedado) 01 frasco de soro fisiológico 0,9%2 50 mL Luvas de procedimento Kit para monitoração de pressão invasiva com transdutor de pressão (dome) Suporte para transdutor de pressão Suporte de soro Luva de procedimento Régua de nível para zerar o sistema Monitor com entrada para pressão invasiva Módulo e cabo para pressão invasiva, no caso do monitor da Dixtal e cabo em “Y” no caso de monitor da Dräger Bandeja de pequena cirurgia Gorros, máscaras, campos estéreis 7.2 Principais passos Higienizar as mãos conforme PRS ENF 32 Reunir todo o material necessário Identificar-se ao beneficiário Explicar ao beneficiário o procedimento e seu propósito Friccionar as mãos com álcool gel por 30 segundos Abrir o kit monitoração Calçar as luvas de procedimento Verificar se as conexões estão adequadamente fixadas Abrir o SF 250 ml Conectar o kit monitoração ao SF Preencher o equipo do kit com SF, certificando de que todo o ar foi retirado Fechar a roldana do soro com esparadrapo para evitar introdução de soro ao cérebro 54 PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO POP CTI ADULTO- 012 TÍTULO: PROCEDIMENTO DE ENFERMAGEM MONITORIZAÇÃO DA PRESSÃO INTRACRANIANA (PIC) I - CONTROLE HISTÓRICO REVISÃO 00 DATA JULHO/2013 Nº PÁGINAS 05 HISTÓRICO ALTERAÇÃO EMISSÃO INICIAL ELABORAÇÃO VERIFICAÇÃO Afonso Henrrique Campolino Lela de Jesus Ferreira Ana Carla Moreira Lima Lúcia Maciel de Castro Franco APROVAÇÃO Silvana Maria Lage Soares Conectar o dome ao suporte de soro Conectar o cabo do monitor ao dome Nivelar o transdutor com o ponto estabelecido entre a linha do ouvido médio Fazer desinfecção na tampinha do three way da DVE com álcool 70% e posteriormente conectar a ponta do kit monitoração Fechar no three way do transdutor de pressão a via referente ao beneficiário; abrir a via que dá acesso ao ar ambiente Zerar o sistema no canal de pressão invasiva do monitor Chamar no monitor o canal de PIC Clicar no botão de zerar ou auto zero Esperar aparecer o número zero no monitor no canal de PIC Fechar no three way a via que dá acesso ao ar ambiente; abrindo a que dá acesso ao paciente; Aguardar o aparecimento e a estabilidade da curva, observando se a curva da PIC está adequada (curva mais lenta, sincrônica com a respiração) e proceder à leitura Retirar as luvas Higienizar as mãos conforme PRS ENF 32 Friccionar as mãos com álcool gel por 30 segundos ● Registrar o valor encontrado na folha de balanço hídrico e no PEP. 7.3 Cuidados especiais Caso a curva não apresente morfologia adequada, pesquisar: obstrução do cateter; presença de ar ou sangue no sistema; extensões longas; extensões complacentes Se valor de PIC maior ou igual a 20mmHg manter o sistema de DVE aberto para drenagem e comunicar ao médico Atentar para o preenchimento completo de todo o sistema A manipulação do beneficiário com monitoração intracraniana deve ser restrita A cabeça deve ser mantida alinhada ao tórax porção neutra com cabeceira elevada a 30 graus, exceto se contra-indicado Os valores normais de pressão intracraniana variam em torno de 3 a 15 mmHg. A PIC deve ser medida e anotada de 1/1h e o médico e a enfermeira devem ser comunicados sempre que o valor superar 20 mmHg, para que seja avaliado a necessidade da drenagem do líquor; que 55 PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO POP CTI ADULTO- 012 TÍTULO: PROCEDIMENTO DE ENFERMAGEM MONITORIZAÇÃO DA PRESSÃO INTRACRANIANA (PIC) I - CONTROLE HISTÓRICO REVISÃO 00 DATA JULHO/2013 Nº PÁGINAS HISTÓRICO ALTERAÇÃO 05 EMISSÃO INICIAL ELABORAÇÃO VERIFICAÇÃO Afonso Henrrique Campolino Lela de Jesus Ferreira Ana Carla Moreira Lima Lúcia Maciel de Castro Franco APROVAÇÃO Silvana Maria Lage Soares deve ser realizada abrindo o dispositivo de 3 vias até atingir o valor desejável. Após a drenagem do líquor deve-se fechar o dispositivo e anotar o valor obtido O sistema de monitoração de PIC não pode ser lavado, a não ser em casos extremos e com avaliação médica No caso de monitoração por fibra óptica (monitor), o sistema de monitoração é exclusivamente instalado pelo médico neurologista e geralmente o beneficiário já vem monitorizado do BC. No CTI devemos evitar tracionar ou dobrar o sistema, pois este é muito sensível Comunicar ao médico e ao enfermeiro de plantão sempre que a PAM ( pressão arterial média) estiver abaixo de 70 mmHg Registrar os dias de permanência do cateter a fim de promover remoção precoce A PPC (pressão de perfusão cerebral) pode ser calculada através da fórmula: PAM (pressão arterial média) – PIC (pressão intracraniana) e seu valor de referência é maior ou igual a 70 mmHg Assegurar a funcionalidade dos materiais utilizados 8. Siglas POP – Procedimento Operacional Padrão PRS- Procedimento Sistêmico PEP- Prontuário Eletrônico do Paciente HGIP – Hospital Governador Israel Pinheiro PIC – Pressão Intra Craniana DVE – Derivação Ventricular Externa AE – Auxiliar de Enfermagem TE – Técnico de Enfermagem PPC – Pressão de Perfusão Cerebral PAM – Pressão Arterial Média ● % – por cento ● ml – mililitros (unidade de medida) ● mmHg – miligramas de Mercúrio 56 PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO POP CTI ADULTO- 012 TÍTULO: PROCEDIMENTO DE ENFERMAGEM MONITORIZAÇÃO DA PRESSÃO INTRACRANIANA (PIC) I - CONTROLE HISTÓRICO REVISÃO 00 DATA JULHO/2013 Nº PÁGINAS 05 HISTÓRICO ALTERAÇÃO EMISSÃO INICIAL ELABORAÇÃO VERIFICAÇÃO Afonso Henrrique Campolino Lela de Jesus Ferreira Ana Carla Moreira Lima Lúcia Maciel de Castro Franco APROVAÇÃO Silvana Maria Lage Soares 9. Indicadores Não se aplica 10. Gerenciamento de riscos Categoria de Falhas potenciais risco geradoras de riscos Evento Ações de prevenção Ações frente ao evento 11. Referências CINTRA, Eliane A. C; NISHIDE, Vera M; NUNES, Wilma A. Assistência de enfermagem ao paciente gravemente enfermo. 2 edição. São Paulo: Atheneu, 2001. HUDAK, Carolyn M; GALLO, Bárbara M. Cuidados Intensivos de Enfermagem – Uma abordagem Holística. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S. A. 1997. KNOBEL,Elias. Terapia intensiva – Enfermagem. São Paulo: Atheneu, 2006. NETTINA, m.s, et al. Prática de Enfermagem. 6 edição. São Paulo: Guanabara Koogan. 12. Anexos Não se aplica 57