Controle biologico e quimico aula 2016 - Esalq

Propaganda
MÉTODOS DE CONTROLE DE PLANTAS
DANINHAS: BIOLÓGICO E QUÍMICO
Prof. Dr. RICARDO VICTORIA FILHO
ÁREA DE BIOLOGIA E MANEJO DE PLANTAS DANINHAS
DEPARTAMENTO DE PRODUÇÃO VEGETAL
ESALQ/USP – PIRACICABA/SP
CONTROLE BIOLÓGICO DAS PLANTAS
DANINHAS
1. CONCEITO
2. VANTAGENS E DESVANTAGENS
3. MÉTODOS DE CONTROLE BIOLÓGICO
31. ESTRATÉGIA CLÁSSICA
3.2. ESTRATÉGIA INUNDATIVA
3.3. ESTRATÉGIA REPOSITIVA
4. CONTROLE POR AGENTES MICROBIOLÓGICOS
4.1. ASPECTOS DO DESENVOLVIMENTO
4.2. PRINCIPAIS OBSTÁCULOS
4.3. TECNOLOGIA DE FORMULAÇÃO
4.4. DESENVOLVIMENTO DE HERBICIDAS MICROBIOLÓGICOS NO
BRASIL
1.CONCEITO
Consiste no uso de inimigos naturais
(parasitas, predadores ou patógenos) para
reduzir a população das plantas daninhas e
conseqüentemente
a
sua
capacidade
competitiva.
Podem ser utilizados insetos, fungos,
bactérias, vírus, ácaros, aves, peixes e outros
animais.
População da Planta Daninha
População do Inseto
inseto
planta daninha
FIGURA 1 - VARIAÇÃO DA POPULAÇÃO DA PLANTA DANINHA
E DO INSETO COM O DECORRER DO TEMPO
K
Resistência do meio
Y = N0 * e r
Y = N0 * e r ( K-No
K
(
Preformance da população
potencial biótico
Curva logística
Tempo
Figura 2 - Curvas de crescimento populacional
RESISTÊNCIA DO MEIO
• Fatores abióticos
- naturais (climáticos e edáficos)
- promovidos pelo homem (métodos físicos
químicos de controle)
e
• Fatores bióticos
• naturais (competição, alelopatia,
parasitismo e predação)
• manipulados
pelo
homem
(competição,
alelopatia, parasitismo e predação)
Espécies reunidas
Espécies isoladas
Interação
Biótica Espécie A Espécie B Espécie A Espécie B
Predação
+
O
Parasitismo
+
O
Amensalismo
Competição
O
-
O
O
-
-
O
O
+ condição favorável para a população
- condição desfavorável para a população
o condição não afeta o desempenho da população
A predador de B
A parasita de B
A amensal de B
Figura 3 - Efeitos esperados das interações bióticas
2. VANTAGENS E DESVANTAGENS
DO CONTROLE BIOLÓGICO
CONTROLE BIOLÓGICO DAS PLANTAS
DANINHAS
VANTAGENS
a) Auto perpetuação
b) Sem necessidade de reaplicação,uma vez
estabelecido com sucesso
c) Sem efeitos tóxicos
d) O efeito é limitado a uma planta alvo
CONTROLE BIOLÓGICO DAS PLANTAS
DANINHAS
VANTAGENS
e) O controle é dependente da densidade da
planta daninha hospedeira
f) Autoperpetuação mesmo em ambiente de
difícil acesso
g) Custos não são recorrentes
h) Grandes benefícios nos programas que
apresentam sucesso
CONTROLE BIOLÓGICO DAS PLANTAS
DANINHAS
DESVANTAGENS
a) Controle lento
b) Sem garantia de resultados
c) O estabelecimento pode ter insucesso por várias
razões
d) Efeitos ecológicos podem ser desconhecidos,
com mutações para formas indesejáveis
e) Se a planta daninha alvo é próxima da planta
cultivada os agentes são limitados
CONTROLE BIOLÓGICO DAS PLANTAS
DANINHAS
Desvantagens
f) Alguns riscos não podem ser avaliados e,
portanto, não são conhecidos
g) Não funciona em culturas de ciclo curto
h) Restrição da dispersão em áreas onde a
disseminação inicial é lenta
i) Investimento inicial, tempo, e pessoal é muito
alto
j) Erradicação é impossível
3. MÉTODOS DE CONTROLE BIOLÓGICO
3.1. ESTRATÉGIA CLÁSSICA
3.2. ESTRATÉGIA INUNDATIVA
3.3. ESTRATÉGIA REPOSITIVA
Melhores alvos
 Planta daninha dominante
 Planta bastante susceptível ao agente
biológico
 Planta perene introduzida
 Planta não relacionada econômica ou
ecologicamente com as plantas nativas
importantes
Melhores locais
 Pastagens permanentes
 Áreas não agrícolas
 Florestas
 Ambientes aquáticos
CONTROLE BIOLÓGICO ESPONTÂNEO
• Ocorre naturalmente nas áreas agrícolas e outras
áreas de interesse.
• Aguapé – Eichhornia crassipes
cicatrizes foliareas devido a ação dos insetos
Neochetina eichornia e N. brucchi.
- infecções secundárias de fungos
• Amendoim-bravo – Euphorbia heteropylla – virus em
áreas de citros
• Fedegoso – Senna obtusifolia – ocorrência no plantio
direto de damping-off (Alternaria cassiae)
3.1 ESTRATÉGIA CLÁSSICA
• É utilizada para plantas exóticas recém-introduzidas e
que apresentam grande expansão populacional.
• Baseia-se na identificação e seleção de inimigos
naturais na região de origem da plantas exótica.
ESTRATÉGIA CLÁSSICA - características
• Tem sido empregada com sucesso em áreas de
pastagens extensivas, reservas florestais e
ecossistemas frágeis
• Testes de especificidade devem ser realizados com
muito rigor
• Custo inicial elevado
• Irreversibilidade do processo
• Impossibilidade de previsão de sucesso
• Não é indicada para soluções de curto prazo
ESTRATÉGIA CLÁSSICA – Espécies consideradas
de risco
• Aquelas filogeneticamente relacionadas a planta
daninha alvo
• Aquelas não expostas previamente ao organismo
• Aquelas com poucas informações sobre os seus
inimigos naturais
• Aquelas que produzem compostos secundários
semelhante a planta daninha alvo
ESTRATÉGIA CLÁSSICA – Espécies consideradas
de risco
• Aquelas
que
apresentam
similaridades
morfológicas com a planta daninha alvo
• Aquelas que são atacadas por organismos similares
ao estudado como agente de controle biológico
• Aquelas com alguma indicação de ser hospedeira
do organismo estudado
Watson (1991)
ESTRATÉGIA CLÁSSICA – exemplos
•
Opuntia sp – na Austrália – Introduzida em 1839 como
ornamental e para cerca viva. Em 1915 havia 60
milhões de acres inutilizados como pastagens.
- Ação do inimigo Cactoblastus cactorum introduzida
em 1925 que em 10 anos permitiu a recuperação das
áreas (95% em Queesland e 75% em New South Wales.
•
Lantana camara – cambara, milho de grilo. Introduzida
em 1860 como ornamental no Hawaii.
- ação de diversas espécies que foram utilizadas
FIGURA 4 - Opuntia cochinillifera
FIGURA 5 – Gaiolas utilizadas para transporte dos agentes biológicos.
FIGURA 6 – Ataque da lagarta Cactoblastis cactorum para o controle de espécies do gênero Opuntia.
FIGURA 7 - Liberação das lagartas no campo: (1927-1930)
FIGURA 8 – Alto pode de predação com destruição da planta
FIGURA 9 - Em 10 anos obtiveram uma recuperação de 95% áreas
infestadas (Pitelli et al (2003)
Lantana camara no Hawaí
• Introduzida em 1860:
propositos ornamentais
• Disseminação favorecida
por dois pássaros
– Turtur chinensis
– Acridoteres tristis
• 1900  milhões de
hectares
de pastagens inutilizados
Figura 10 – Lantana camara (Lantana ou milho de grilo
Lantana camara
Oito espécies se tornaram estabelecidas no
Hawaí
• Crocidosema lantana (Lepidoptera)
– broca do pedunculo e receptáculo floral
– predador de flores e frutos
• Agromyza lantanae (lepidoptera)
– predador de frutos e os frutos atacados eram
rejeitados pelos pássaros agentes de
disseminação
• Thecla echion e Thecla bazochi
– predador de flores
ESTRATÉGIA CLÁSSICA – exemplos
• AGUAPÉ – Eichlornia crassipes – nativa da
bacia amazônica e do pantanal matogrossense tem sido disseminada pelo
homem em várias regiões tropicais e subtropicais do mundo.
• Diversos inimigos
estudados.
naturais
tem
sido
• Três espécies de insetos associados a
fungos tem sido utilizados.
Figura 11 - Eichhornia crassipes (Aguapé)
Figura 12 – Infestação de Eichhornia crassipes (Aguapé)
Figura 13 - Inimigos naturais estudados para o controle do aguapé
Neochetina eichhorniae e N. brucchi
Figura 14 – Danos provodados pelo bicudo associado ao ataque
de fungos
Figura 15 – Treinamento em Ruanda na África para a introdução de
Neochetina spp no controle do aguapé
Área infestada (ha x 1000)
800
700
600
500
Outono
Primavera
400
300
200
100
98
96
94
92
90
88
86
84
82
80
78
76
74
0
Ano
Figura 16 - Área infestada por Eichhornia crassipes no Estado
de Louisiana. N. eichhorniae liberado em 1974 e N. bruchi em 1975.
Tabela 1 – Alguns exemplos de controle biológico clássico de plantas
daninhas com fungos e insetos
Planta daninha
Local
Agente de Controle
biológico
Natureza do Agente
Origem do
agente
Acacia saligna
África do Sul
Uromycladium
tepperiamum
Fungo(basidiomycotaferrugem
Austrália
Ageratina riparia
EUA, Hawai
Entyloma ageratinae
Fungo (Ascomycota)
Jamaica
Alternanthera
philoxeroides
EUA
Agasicles hygrophila
Inseto (Coleoptera:
chrysomelidae)
Argentina
Carduus nutans
EUA, Canadá
Rhinocyllus conicus
Inseto (Coleoptera:
curculionidae)
França
C. Mutans
EUA, Canadá
P. carduorum
Fungo (Basidiomycotaferrugem)
Turquia
Chondrilla juncea
Austrália,
EUA
P. chondrillina
Fungo (BasidiomycotaFerrugem)
Europa
Cirsium arvense
Austrália,
EUA
Puccinia xanthi
Fungo (Basidiomycota –
ferrugem
Austrália
Eichhornia
crassipes
EUA
Neochetina eichlorniae
Inseto (Coleoptera:
Curculionidae
Am. do Sul
Tabela 2 – Alguns exemplos de controle biológico clássico de plantas daninhas com fungos e insetos
Planta daninha
Local
Agente de Controle
biológico
Natureza do Agente
Origem do
agente
E. crassipes
EUA
N. bruchi
Inseto (Coleoptera:
Curculionidae)
Am. do Sul
E. crassipes
EUA
Uredo eichorniae
Fungo (Basidiomycota –
ferrugem
Argentina
Galega officinales
Chile
Uromyces galega
Fungo (Basidomycotaferrugem)
França
Hydrilla verticillata
EUA
Hydrellia balciunasi
Inseto (Diptera:Ephydridae
Austrália
Pistia stratiotes
EUA
Neohydronomus affinis
Inseto (Coleoptera:
Curculionidade)
Argentina
Rubus constrictus
Chile
Phragmidium violaceum
Fungo (Basidiomycotaferrugem)
Alemanha
R. fruticosus
Austrália
P. violaceum
Fungo (Basidiomycotaferragem)
Alemanha
R. ulmifolius
Chile
P. violaceum
Fungo (BasidiomycotaFerrugem
Alemanha
Senecio jacobeae
EUA
Longitarsus jacobae
Inseto (Coleoptera
chyrsomelidae)
Itália
S. vulgaris
EUA,
Europa
P. lagenophorae
Fungo (Basidiomycotaferrugem)
Austrália
Figura 17 – Infestação de aguapé no Lago Victoria, Africa.
Figura 18 – Resultado de controle do aguapé com agente
biológico no Lago Victoria
Figura 19 – Infestação de Eichhornia crassipes (Aguapé) no Kenya
Kisumu Yacht Club Lake Victoria e resultado do
controle biológico.
Figura 20 – Infestação de Eichhornia crassipes (Aguapé ) em Uganda
– África e resultado do controle biológico.
Figura 21 – Infestação de Salvinia spp na Austrália.
Figura 22 – Bicudo (Cyrtobagous salvinae) utilizado para o controle da salvínia.
Figura 23 -
Infestação de salvínia antes da liberação de
Cyrtobagous salvinae
Figura 24 – Resultado do controle biológico depois da
liberação de Cyrtobagous salvinae
3.2. ESTRATÉGIA INUNDATIVA
• Utilização de fungos ou bactérias fitopatogênicas
como agentes de biocontrole.
• Esses organismos devem ser
seguros para plantas não-alvo.
específicos
e
• Organismos são aplicados em altas populações
provocando expressivo e imediato impacto na
dinâmica populacional ou na competitividade da
plantas daninha
ESTRATÉGIA INUNDATIVA
• Estratégia cara, embora possa ser altamente eficaz e
comercialmente explorada
• Exemplos
– Collego  Colletotrichum gloesporioides f.sp.
aeschynomene no controle de Aeschynomene virginica em
campos de arroz - 1982
– DeVine  Phytophtora palmivora no controle de
Morrenia odorata em pomares cítricos - 1981
– BioMal  Colletotrichum gloesporioides f. sp. malvae no
controle de Malva pusilla - 1992
Agral
Herbitensil
Silwet
Figura 25 - Alternaria cassiae, agente de controle biológico de Senna
obtusifolia
Egeria densa no reservatório de Jupiá
Carregamento de Egeria spp retirada das
grades de proteção das turbinas
na Usina de Jupiá
Efeitos de concentrações de inóculo produzido em arroz sobre a
mortalidade de Egeria najas
Bioherbicida para Solanum viarum
• Solvinix
• Virus: TMGMV
• Forte reação de
hipersensibildade
33 DIAS DA APLICAÇÃO
Tabela 3 - Bioherbicidas registrados - Nachtigal, 2009 .
3.3. Estratégia repositiva
Trata-se da variação da inundativa
• Se estabelece um tamanho populacional do agente de
controle biológico que seja ideal para manter a população
da planta daninha na densidade desejada
• realizam-se avaliações periódicas da densidade do agente
de controle biológico
• repõe-se o número de indivíduos que faltam para atingir a
densidade necessária
Estratégia repositiva
Exemplo
• Ctenopharyngodon idella (carpa-capim) para o controle de Hydrilla
verticillata em lagos:
Figura 26 – Infestação antes da liberação de Ctenopharyngodon
idella
Figura 27 - Resultado do controle biológico de Ctenopharyngodon
idella após liberação
Figura 28 –Controle biológico por C. idella em canais de irrigação.
Figura 29 – Controle biológico de Pistia stratiotes (alface d´água) pela
carpa capim (Ctenopharyngodon idella )
4. Controle de plantas daninhas por agentes
microbiológicos
4.1. Aspectos do desenvolvimento e
comercialização
Patente
Registro
Comercialização
Conceito de bioherbicidas foi introduzido por
Daniel et al. (1973)
Aspecto crítico – segurança a plantas não alvo
4.2. Principais obstáculos
• eficácia
• alto grau de especificidade do hospedeiro
• incompatibilidade com os herbicidas
• considerações regulatórias
• aspectos econômicos
4.3. Tecnologia de formulação
4.4. Desenvolvimento de herbicidas
microbiólógicos no Brasil
• leiteiro ou amendoim-bravo  foi estudado o
fungo Bipolaris euphorbiae
• Tiririca – Cercospora cairicis
•Fedegoso – Senna obtusifolia  uso do fungo
Alternaria cassiae
• Aguapé – Cercospora piaropi
Figura 30 - Fedegoso – Senna obtusifolia
Figura 31 - Amendoim bravo – Euphorbia heterophylla
Figura 32 Tiririca– Cyperus rotundus
Tabela 4 - Agentes fitopatogênicos e plantas alvo identificados na série
de estudos conduzidos pelo Laboratório de Controle
Biológico de Plantas Daninhas da Universidade Federal de
Viçosa.
Fitopatógeno
Planta Alvo
Nome Vulgar
Fonte
Oidiopsis haplophylli
Vernonia scorpioides
Assa-peixe
Parreira et al. (2006)
Prospodium tuberculatum
Lantana camara
Cambará
Ellison et al (2006)
Ramularia pistiae
Pistia stratiotes
Alface d´água
Fernandes & Barreto
(2005)
Lewia chlamidosporiformans
Euphorbia heterophylla
Amendoim
bravo
Vieira & Barretp
(2005)
Cercospora alternanthera
Alternanthera phiiloxeroides
Bredo-d´agua
Barreto & Torres (1999)
Phaeotrichoconis crotalariae
Cyperus rotundus
Tiririca
Pomella & Barreto
(1999)
CONTROLE QUÍMICO DE PLANTAS DANINHAS
1. CONCEITO
Utilização de produtos químicos, sintéticos, que
em
concentrações
adequadas
inibem
o
desenvolvimento ou provocam a morte das
plantas daninhas.
TABELA 1. Evolução dos métodos de controle de plantas daninhas nos Estados
Unidos da América do Norte, comparando o tipo de energia empregada no controle
de plantas daninhas de 1920 a 1990.
Energia
Mecânica Energia
(trator) Química
Ano
Energia
Humana
Energia
Animal
1920
40
60
-
-
1947
20
10
70
-
1975
5
TR
40
55
1990
<1
TR
24
75
Fonte: ALDER et al, 1976.
Defensivos Agrícolas
Mercado Global 2009: US$ 40,162 Bi
Outros
2,61
América do Norte
9,714
24,2%
22,7%
Oriente
9,117
6,5%
Europa
9,96
24,8%
21,8%
América latina
8,755
Defensivos Agrícolas
Mercado Global 2009 : US$ 40,162 Bi
Algodão
2,49
Outras
6,878
17,10%
6,20%
Milho
6,878
Arroz
3,574
8,80%
8,90%
10,50%
32%
Frutas e hortaliças
12,850
16,50%
Cereais
6,627
Soja
4,217
VENDAS – CLASSES (2011) – US$ 1.000
US$ 8,5 Bilhões
R$ 14,1 Bilhões
Fonte: SINDAG
Mercado Global 2010
ESTIMATIVA DE CRESCIMENTO ANUAL ATÉ 2014 – 2,9%
Estimativa de crescimento anual de agrotóxicos até 2014:
2,9%
Não agrícola Mercado Global 2009 - 2010
domissanitários
Herbicidas
US
$
Bi
50
45
4,883
40
US$ Bi
35
30
US
$
Bi
Inseticidas
Fungicidas
Outros
17,872
18,265
10,201
10,558
10,241
10,518
25
20
15
10
5
0
1,847
2009
1,92
2010
TABELA 2. Venda de agroquímicos no período de 1960 a 1990, com
estimativa para 2000 em milhões de dólares (Hopkins,
1994).
Agroquímico
1960
1970
Herbicidas
160
918
4.756 12.600 16.560
Inseticidas
288
945
3.944
7.840
9.360
Fungicidas
320
702
2.204
5.600
7.560
32
135
696
1.960
2.520
800
2.700
Outros
Total
1980
1990
2000
11.600 28.000 36.000
Tabela 3 - Venda de defensivos agrícolas por classes – 2003-2007
Ingrediente ativo
2003
Herbicidas 110.215
2004
2005
2006
2007
124.060 136.853
144.986
189.101
62,19
Fungicidas
19.363
25.631
26.999
24.707
27.734
9,12
Inseticidas
24.422
33.291
36.347
33.750
42.838
14,09
Acaricidas
9.627
9.901
7.416
11.685
14.583
4,79
18.819
21.842
24.616
23.588
29.775
9,79
182.446 214.2725 232.232
238.716
304.031
Outras
Total
TABELA 4 . Evolução do mercado de herbicidas nos países do
Mercosul. Brasil, 2000 (valores em 1000 US$).
Países
95/96
96/97
97/98
98/99
99/00
Argentina
447.000
545.000
594.700
505.400
435.000
Brasil
834.976
1.004.408
1.214.819
1.369.272
1.173.600
Paraguai
-
-
44.000
46.000
45.100
Uruguai
13.700
19.900
27.000
26.600
22.300
Mercosul
1.295.676
1.569.308
1.875.519
1.947.272
1.676.000
Obs: As bases de cálculos são os preços praticados pelas registrantes dos produtos aos canais de distribuição.
MERCADO DE DEFENSIVOS
AGRÍCOLAS
Mercado Mundial de Defensivos
Agrícolas (US$)
MERCADO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS
BRASIL
Perspectivas de vendas de defensivos agrícolas 2004 - 2020
Taxa de crescimento: 4 % / ano
8,5
9,6
10,0
10,4
10,8
11,2
11,7
12,2
12,7
13,2
7,3
7,1
6,6
5,4
4,5
4,2
3,9
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
MERCADO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS
BRASIL
Vendas – Classes (2012)
US$ 1.000
US$ 9,6 bilhões – R$ 19,2 bilhões
MERCADO DE DEFENSIVOS
AGRÍCOLAS
BRASIL
Vendas – Culturas - US$ milhões
Fonte: SINDAG
TABELA 5 - PRODUTOS FITOSSANITÁRIOS UTILIZADOS NO
BRASIL
INGREDIENTES
PRODUTOS
TIPO
ATIVOS
COMERCIAIS
INSETICIDAS / ACARICIDAS
169
403
FUNGICIDAS / BATERICIDAS
138
276
HERBICIDAS
70
254
NEMATICIDAS
7
15
OUTROS*
20
54
TOTAL
404
1002
*antievaporante,
ativador, espalhante adesivo, feromônio, inibidor de
crescimento, regulador de crescimento, regulador vegetal
VANTAGENS:
•
•
•
•
•
•
controla na linha da cultura
maior espectro de ação em relação ao controle biológico
controle de plantas daninhas de propagação vegetativa
trabalha em condições adversas
permite uso de espaçamentos menores
menores danos ao sistema radicular
DESVANTAGENS:
• resíduos
• toxicidade ao homem
• problema de educação do lavrador
• desenvolvimento de resistência em algumas espécies
• Impacto ambiental - danos
Interferem com microtúbulos
Herbicidas auxinicos
CLO = clorofila
Nu = núcleo
Mt = microtúbulos
M = mitocôndrio
Pl = plastídio
Pc = parede da célula
RNA
Síntese de
Ac. graxo
VACÚOLO
CLO
Destruição
de
membranas
PC
CLO
Biossíntese
da celulose
Fotossíntese, biossíntese da clorofila,
carotenos, peroxidação de lipídeos
Metabolismo NH4
biossíntese de aminoácidos
Figura 1 – Locais de ação dos principais mecanismos de ação dos herbicidas.
2. CLASSIFICAÇÃO DOS HERBICIDAS
a) Época de aplicação
b) Seletividade
c) Translocação
d) Grupo químico
e) Mecanismo de ação
a) Época de Aplicação
• Pré-plantio incorporado (PPI)
• Pré-emergência (PRE)
• Pós-emergência inicial
• Pós-emergência tardia
• Pós-emergência dirigida
PP
PPI
H
Pós-dirigida
PRE
H
Pós-Inicial
Figura 2 – Épocas de aplicação dos herbicidas.
Pós-tardia
b) SELETIVIDADE
. Seletivos
. não seletivos
c) TRANSLOCAÇÃO
. Contato
. translocação –
simplástica
apoplástica
d) GRUPO QUÍMICO
- fenoxiacéticos – 2,4 - D
- uréias substituidas – diuron
- sulfoniluréias - nicosulfuron
c) MECANISMO DE AÇÃO
- mimetizadores de auxina
- inibidores da mitose
- inibidores da fotossíntese
- inibidores da ALS
PRINCIPAIS MECANISMOS DE AÇÃO
LOCAL DE APLICAÇÃO
Inibidores da divisão celular
Solo
Inibidores de crescimento inicial
Solo
Inibidores da fotossíntese
Solo
Inibidores da síntese de pigmentos
Solo
Mimetizadores de auxina
Folha
Destruidores de membrana
Folha/Solo
Inibidores da ALS
Folha
Inibidores da ACCase
Folha
Inibidores da EPSP
Folha
Download