Resultado da Pesquisa sobre utilização de controle biológico na produção agrícola orgânica da Região Metropolitana de Porto Alegre Com o objetivo de verificar as possíveis espécies que atingem os produtos ecológicos foram entrevistadas 14 feiras, num total de 82 agricultores entrevistados em Porto Alegre e Novo Hamburgo. Um número relevante de insetos pragas foram relatados, num total de 311 casos. Entre esses casos, as lagartas com 76 casos, a mosca da fruta com 41 casos e o pulgão com 40 casos foram os insetos com número mais expressivo de casos prejudiciais nas culturas. O controle biológico dos insetos pragas pode ser realizado por parasitoides, por predadores e por microrganismos entomopatogênicos. Os agricultores relataram o uso de controle biológico para combater as lagartas. Os mais utilizados são combinações de linhagens de Bacilus thuringiensis que podem ser adquiridas comercialmente e vespas parasitoides. Entre as doenças mais relatadas estão a ferrugem, causada por espécies de Puccinia, a antracnose causada por espécies de Colletotrichum e a podridão por espécies de Sclerotinia afetando principalmente as culturas de hortaliças folhosas e frutas. Apesar de já estarem disponíveis formulações e a base de micro-organismos antagonistas para o controle biológico de algumas destas doenças, a utilização desta forma de controle biológico não foi muito relatada pelos agricultores. Em fórum realizado no dia 14 de dezembro foram levados à feria Mata Bacelar no Bairro Auxiliadora os resultados sistematizados das entrevistas com os agricultores, assim como o mecanismo de ação de controles já utilizados e as alternativas de controle biológico ainda não utilizadas por esses agricultores.