10.11.2007 Sexta lista de exercı́cios — Álgebra linear Depto. de Matemática – UnB 1. Verifique se existem transformações lineares cartesianas T : Rm → Rn tais que satisfaçam as condições abaixo. Se não existirem, justifique porquê. Se existir somente uma, forneça-a, se existir mais de uma, forneça pelo menos duas. a) T (1, −1, 1) = (1, 0) T (1, 1, 1) = (0, 1) b) T (1, −1) = (1, 0) T (2, −1) = (0, 1) T (−3, 2) = (1, 1) c) T (2, −1) = (1, 3) T (1, 1) = (2, 3) T (−1, −4) = (−5, −6) d) T (2, −1) = (2, 3) T (1, 1) = (1, 3) T (−1, −4) = (−5, −6) e) T (2, −1) = (1, 3) T (1, 1) = (2, 3) T (−1, −4) = (5, −6) f) T (1, 2, 2) = (2, 2, 2) T (3, 4, 1) = (6, 6, 6) 2. Forneça uma matriz associada, o núcleo e a imagem das transformações lineares cartesianas do exercı́cio anterior. 3. Para cada um dos espaços vetoriais cartesianos V abaixo, forneça um operador linear cartesiano T : V → V tal que ele tenha mesmo núcleo e imagem: a) V := R4 1 0 := S 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1 b) V c) V := ⊥ (0, 1, 0, 0, 0) d) V := ⊥ (1, 1, 1, 1, 1) 4. Para V := S −1 0 −1 1 1 1 −2 0 , forneça uma base para o seu espaço ortogonal V ⊥ e também dois operadores lineares cartesianos R, S : R4 → R4 tais que Ker(R) = Im(S) = V e Ker(S) = Im(R) = V ⊥. Forneça também as matrizes associadas a estes operadores. 5. Para V um espaço vetorial cartesiano sobre o Rn, T : V → V um operador linear cartesiano e k ∈ N∗ , defina T k := T | ◦ T ◦{z· · · ◦ T}. Para os dois conjuntos de cada item abaixo, decida (e depois k vezes demonstre) qual dos casos ocorre: um está obrigatoriamente condito no outro, ou vice–versa, ou são ambos iguais, ou nenhuma destas alternativas. a) Ker(T ) e Ker(T k ) b) Im(T ) e Im(T k ) 1 6. Forneça um operador linear cartesiano T : R3 → R3 e a sua matriz associada tal que satisfaça cada um dos casos abaixo: a) Im(T ) = S (−1, 1, 0)(0, 1, 2) e Ker(T ) = S (2, 1, 2) b) Tenha a imagem como sendo o espaço vetorial cartesiano ortogonal à reta r passando pela origem e de direção (1, 1, 1) e o núcleo igual a r. c) Tenha agora o núcleo como sendo o espaço vetorial cartesiano ortogonal à reta r do item anterior e a imagem igual a r. 7. Descreva o operador linear cartesiano T : R2 → R2 tal que T (1 ~e) = (a, b) e T (2 ~e) = (c, d). Forneça (e justifique) condições necessárias e suficientes para que: a) Im(T ) = R2 b) Ker(T ) = R2 8. Para o operador linear cartesiano T : R2 → R2 definido por T (x, y) := (5x + 4y, −3x − 2y), ache vetores não–nulos ~v , w ~ ∈ R2 tais que T (~v ) = ~v e T (w) ~ = 2w. ~ Seria possı́vel achar outro vetor 2 não–nulo ~u ∈ R tal que T (~u) = z~u, com z ∈ R, z 6= 1, 2? Dica: Faça um sistema sobre as coordenadas dos vetores. 9. Sejam V ⊆ Rm e W ⊆ Rn dois espaços vetoriais cartesianos e T : V → W uma transformação linear cartesiana. Mostre que são equivalentes: a) T é injetora ou seja, ∀~v , ~u ∈ V, T (~v ) = T (~u) =⇒ ~v = ~u b) Ker(T ) = {~0} (i.e., dim(Ker(T )) = 0) c) T leva conjuntos L.I.’s em conjuntos também L.I.’s. (ou seja, A ⊆ V é L.I. =⇒ T [[A]] é L.I.) d) Se B ⊆ V é uma base, então T [[B]] ⊆ Im(T ) também é uma base e de mesma cardinalidade que B. (lembrando que V tem dimensão finita) e) dim(Im(T )) = dim(V ) 10. Se V é um espaço vetorial cartesiano sobre Rm de dimensão no mı́nimo (≥) 2, mostre que uma função f : V → Rn é uma transformação linear cartesiana sse todo sub–espaço vetorial cartesiano W ⊆ V de dimensão 2 tem que f↾W é uma transformação linear cartesiana. 11. a) Fixando-se m ∈ N∗ , mostre que uma função f : Rm → R é uma transformação linear cartesiana (chamada de funcional linear cartesiano n–ário) sse existe um único ~a ∈ Rm tal que f (~v ) = T~a (~v ) := h ~a, ~v i , ∀~v ∈ Rm. b) Estabeleça uma relação biunı́voca entre todos os funcionais lineares cartesianos m–ários e o espaço vetorial cartesiano Rm. Em outras palavras, mostre que a relação definida acima é bijetora. 12. Demonstre uma relação biunı́voca entre todas as transformações lineares cartesianas T : Rm → Rn (note que o domı́nio é todo V := Rm ) e todas as matrizes (associadas) A ∈ Mn×m (R). Dica: Vide exercı́cio anterior. 13. Mostre dois exemplos, um satisfazendo a afirmação abaixo e outro não satisfazendo: I. Se T : Rn → Rn é um operador linear cartesiano, A := ( 1~a 2~a · · · k ~a ) é uma base de . Ker(T ) e B := ( 1~b 2~b · · · ℓ~b ) é uma base de Im(T ), então A ∪ B é uma base do Rn. 2 14. Descreva (justificando a resposta) todas os(as) possı́veis: a) transformações lineares cartesianas do tipo T : R → Rn . b) funcionais lineares cartesianos f : Rm → R. 15. Se V ⊆ Rm é um espaço vetorial cartesiano e T : V → Rn é uma transformação linear cartesiana, demonstre ou dê contra–exemplo: a) Se X ⊆ V é um conjunto L.I., então T [[X]] ⊆ Rn também é L.I.. b) Se Z ⊆ Im(T ) é L.I., então T (−1) [[Z]] ⊆ V também é L.I.. c) Se X ⊆ V é um conjunto com T [[X]] ⊆ Rn L.I., então X também é L.I.. d) Suponha agora que os conjuntos X e Z dos três itens anteriores sejam finitos. e) Refaça os quatro itens anteriores utilizando L.D. ao invés de L.I.. f ) Se T é um operador linear cartesiano (i.e., n = m e Im(T ) ⊆ V ), então Im(T ) ∩ Ker(T ) = {~0} ⇐⇒ Ker(T 2 ) ⊆ Ker(T ). g) Se dim(Im(T )) = n, então T é injetora. h) Se T é injetora, então dim(V ) ≤ n. i) A imagem inversa de um conjunto L.D. contido na Im(T ) é L.D.. j) Temos que T leva conjuntos L.D.’s em conjuntos L.D.’s. k) Se T é injetora, leva conjuntos L.I.’s em conjuntos L.I.’s. l) A imagem de um conjunto convexo é convexo. m) Se ~v é gerado por 1~a, 2~a, . . . , k ~a ∈ V , então T (~v ) é gerado por T (1~a), T (2~a), . . . , T (k ~a) ∈ Im(T ). n) Se T (~v ) ∈ Im(T ) é gerado por T (1~a), T (2~a), . . . , T (k ~a) ∈ Im(T ), então ~v ∈ V é gerado por a, 2~a, . . . , k ~a ∈ V . 1~ o) Se U ⊆ Rn é um espaço vetorial cartesiano, então T (−1) [[U ]] é um sub–espaço vetorial cartesiano de V . p) Se B gera V , então T [[B]] gera Im(T ). q) Se A gera Im(T ), então T (−1) [[A]] gera V . r) Se W ⊆ V é um sub–espaço vetorial cartesiano, então dim(W ) ≥ dim(T [[W ]]). s) Se U ⊆ Im(T ) é um sub–espaço vetorial cartesiano, então dim(T (−1) [[U ]]) ≥ dim(U ). t) Troque a desigualdade dos dois itens anteriores por ≤. u) Se T é um operador linear cartesiano (i.e., n = m e Im(T ) ⊆ V ), então T 2 = 0 ⇔ T = 0. (Aqui 0 : V → Rn é transformação linear cartesiana nula, que leva todo mundo à origem.) v) Se B ⊆ V é base e T é injetora, então T [[B]] é um base de Im(T ) de mesma cardinalidade que B. w) Se B ⊆ V é base e T é sobrejetora, então T [[B]] é um base de Im(T ) de cardinalidade no máximo (≤) a cardinalidade de B. x) Temos que T é injetora sse dim(Ker(T )) 6= dim(V ). y) Temos que T é sobrejetora sse dim(Im(T )) = dim(V ). z) Se T é um operador linear cartesiano (i.e., n = m e Im(T ) ⊆ V ), A uma base de Ker(T ) e B um base de Im(T ), então existem dois exemplos, um em que A ∪ B é uma base de V e outro em que A = B não é base de V . 3 16. Se V ⊆ Rm é um espaço vetorial cartesiano e T : V → Rn é uma transformação linear cartesiana com matriz associada A, então demonstre que Ker(T ) = V ∩ n \ {A(i)T }⊥ = ⊥ V ∩ AT . i:=1 Atenção: Certifique-se que você está justificando tudo, absolutamente tudo, com muita precisão e cuidado. Claus 4