FACULDADE TECSOMA Bacharelado em Administração Luana Fagundes França Da Silva Norões QUALIDADE NO ATENDIMENTO COMO FATOR DE CRESCIMENTO EMPRESARIAL, ATRAVÉS DA FIDELIZAÇÃO E CAPTAÇÃO DE NOVOS CLIENTES – um estudo de caso na Versátil. Paracatu 2015 Luana Fagundes França Da Silva Norões QUALIDADE NO ATENDIMENTO COMO FATOR DE CRESCIMENTO EMPRESARIAL, ATRAVÉS DA FIDELIZAÇÃO E CAPTAÇÃO DE NOVOS CLIENTES – um estudo de caso na Versátil. Monografia apresentada ao curso de Administração da faculdade Tecsoma. Como requisito para obtenção do título de bacharelado em Administração. Orientador: Fernando Antônio Antunes Orientador metodológico: Geraldo B. B. Oliveira. Paracatu 2015 N03972063q Fagundes, Luana França Silva Norões, 1990. Qualidade no atendimento como fator de crescimento empresarial, através da fidelização e capitação de novos clientes – um estudo de caso na Versátil/ Luana Fagundes Franca Silva Norões. Paracatu, 2015. Orientador: Fernando Antônio Antunes. Orientador Metodológico: Geraldo Benedito Batista de Oliveira. 1. Marketing versátil. 2. Qualidade no atendimento 3. Estudo de caso na CDU: 658.8 Fonte: Elaborado pela autora Luana Fagundes França Da Silva Norões QUALIDADE NO ATENDIMENTO COMO FATOR DE CRESCIMENTO EMPRESARIAL, ATRAVÉS DA FIDELIZAÇÃO E CAPTAÇÃO DE NOVOS CLIENTES – um estudo de caso na Versátil. Monografia apresentada ao curso de Administração da faculdade Tecsoma. Como requisito para obtenção do título de bacharelado em administração. _______________________________________________________ Fernando Antônio Antunes (Orientador Teórico) _______________________________________________________ Geraldo B. B. de Oliveira (Orientador Metodológico) _______________________________________________________ Professor examinador (Banca Examinadora) Paracatu 2015 Deus é o meu refúgio, minha força e a minha fortaleza, sem ele em minha vida não teria conseguido conquistar mais essa vitória. AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus por ter me dado força e paciência para chegar até aqui, e ao meu esposo, por ter me dado apoio e motivação para conquistar mais essa etapa, que é tão importante em minha vida. . RESUMO O mercado hoje em dia está muito competitivo e os clientes cada vez mais exigentes. Isso significa que as empresas não podem ficar estacionadas, simplesmente por que já estão no mercado. Elas precisam correr atrás de novos clientes e de fidelizar-lós, garantindo a qualidade de seus serviços e produtos. Os clientes estão cada vez mais exigentes não apenas em questão dos produtos, mas como são atendidos. As empresas devem prestar bastante atenção, na sua imagem, qual a impressão que os clientes têm dela, isso envolve seu ambiente interno e externo, suas instalações e, principalmente como são atendidos. Aquele ditado que diz “a primeira impressão é a que fica” consegue expressar com clareza o que os clientes desejam, um bom atendimento, e esse atendimento não é apenas mostrar a ele o que ele deseja e sim cativar seu cliente e firmar um vínculo com ele. A qualidade no atendimento hoje se tornou-se um dos fatores mais competitivos no mercado, e requer uma atenção especial, manter o foco no cliente é o que garante a sobrevivência no mercado. Manter se uma empresa que atenda seus clientes de forma eficiente requer persistência e treinamento. Para se conseguir atingir o cliente externo, é necessário tratar bem o cliente interno, um clima agradável e com as suas necessidades básicas atendidas, apesar de não ser um fator motivacional, com certeza induz seus funcionários a trabalhar melhor. É muito importante que as empresas não pensem somente no hoje, mas também pensem no futuro, afinal cliente satisfeito é sinônimo de cliente fiel. Segundo Kotler e Armstrong “o conceito de marketing diz que, para ser bem-sucedida, uma empresa deve satisfazer as necessidades e desejos dos consumidores melhor que seus concorrentes. ”. (KOTLER e ARMSTRONG, 1993, p.39). Os clientes devem ser atendidos da melhor maneira possível, eles devem se sentir importantes, pois hoje o que faz uma empresa a cativa novos clientes e fideliza os já existentes, é prestação de um atendimento de qualidade, pois esses clientes possuem muitas opções de escolhas no mercado, portanto o atendimento de qualidade se tornará um diferencial. Palavra-chave: Qualidade no atendimento – Cliente – Mercado – Marketing. ABSTRACT Nowadays, the market is being very competitive and the clients each more exigent. That means companies can’t be stagnated just because they’re already at the market. They need to go after new costumers and retain existing customers, ensuring the quality of its services and products. Customers are increasingly demanding not only concerned the products, but how they are met. Companies should pay close attention to your image, what impression customers have of it; this involves its internal and external environment, its facilities and especially how they are met. That saying "the first impression is the one that is" can clearly express what customers want, good attendance, which is not just show him what he wants, but captivate your customer and establish a bond with him. Today, the quality of attendance has become one of the most competitive factors in the market and requires special attention. Keep the focus on the customer is what ensures survival in the market. Keep a company that serves its customers efficiently requires persistence and training. In order to accomplish the external client, you must treat well the internal customer. A pleasant climate and with their basic needs met, despite not being a motivating factor, certainly induces employees to work better. It is a very important factor that companies do not just think in today, but also think of the future, after all, satisfied customer is a loyal customer. According to Kotler and Armstrong "the concept of marketing says that to be successful, a company must meet the needs and desires of consumers better than their competitors.". (KOTLER e ARMSTRONG, 1993, p. 39). Customers must be met in the best possible way and feel important, because, nowadays, what makes a company retain new customers and the existing ones, is to provide a quality service because those customers have plenty of choices on the market therefore the quality of service becomes a differential. Keyword: Quality of service - Customer - Market - Marketing LISTA DE FIGURAS Figura 1: Os 4 p´s do marketing ............................................................................................... 44 Figura 2: Pirâmide das necessidades de Maslow...................................................................... 72 LISTA DE QUADROS Quadro 1: Cronograma das atividades...................................................................................... 35 Quadro 2: Índice de variação do volume de vendas no comércio varejista ............................. 90 Quadro 3: Classificação para o comércio varejista .................................................................. 91 Quadro 4: Média de pessoal ocupado por empresa, salário médio mensal, produtividade do trabalho e taxa de margem de comercialização, segundo as atividades do comércio varejista, Brasil – 2011 ............................................................................................................................. 91 LISTA DE TABELAS Tabela 1: Recursos Humanos ................................................................................................... 35 Tabela 2: Recursos de materiais ............................................................................................... 36 Tabela 3: Recursos financeiros ................................................................................................. 36 Tabela 4: Principais tipos de Marketing ................................................................................... 40 Tabela 5: Tipo de cliente analítico ........................................................................................... 47 Tabela 6: Tipo de cliente dominante ........................................................................................ 48 Tabela 7: Tipo de cliente expressivo ........................................................................................ 48 Tabela 8: Tipo de cliente observador ....................................................................................... 48 Tabela 9: Tipo de cliente ao contratar a empresa ..................................................................... 48 Tabela 10: Comportamento dos funcionários ........................................................................... 62 Tabela 11: Comparativo entre fatores motivadores e higiênicos ............................................. 76 Tabela 12: Teoria de Maslow e Teoria de Herzberg ................................................................ 77 Tabela 13: Fidelização dos clientes .......................................................................................... 85 Tabela 14: Treinamento .......................................................................................................... 103 Tabela 15: Estratégia de MKT................................................................................................ 104 Tabela 16: Orçamento dos brindes ......................................................................................... 105 Tabela 17: Canal de sugestão e reclamação ........................................................................... 105 Tabela 18: Utilização do CRM ............................................................................................... 106 LISTA DE APÊNDICES Apêndice I: Perguntas utilizadas para entrevistar os funcionários ......................................... 113 Apêndice II: Questionário de satisfação de clientes ............................................................... 114 Apêndice III: Gráficos ........................................................................................................... 114 LISTA DE ABREVIATURAS CNPJ – Cadastro nacional de pessoas Jurídicas IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística PAC- Pesquisa Anual de Comércio QVT- Qualidade de vida no trabalho SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 30 2 TÍTULO ............................................................................................................................... 31 3 TEMA .................................................................................................................................. 31 4 DADOS DA EMPRESA ..................................................................................................... 31 4.1 Razão Social ...................................................................................................................... 31 4.2 Nome Fantasia ................................................................................................................... 31 4.3 Endereço ............................................................................................................................. 31 4.4 CNPJ .................................................................................................................................. 31 4.5 Inscrição Estadual .............................................................................................................. 31 4.6 Quadro Societário .............................................................................................................. 31 4.7Capital Social ...................................................................................................................... 32 4.8 Organograma ..................................................................................................................... 32 5 OBJETIVOS ....................................................................................................................... 32 5.1 Objetivo Geral ................................................................................................................... 32 5.2 Objetivos Específicos ........................................................................................................ 32 6 PROBLEMATIZAÇÃO ..................................................................................................... 32 7 JUSTIFICATIVA ................................................................................................................ 32 8 RESULTADOS ESPERADOS .......................................................................................... 34 9 CRONOGRAMA ................................................................................................................ 35 9 RECURSOS ........................................................................................................................ 35 9.1 Recursos Humanos ............................................................................................................ 35 9.2 Recursos Materiais ............................................................................................................ 36 9.3 Recursos Financeiros .......................................................................................................... 36 10 MARKETING ................................................................................................................... 36 10.1 Evolução do marketing ..................................................................................................... 36 10.2 Conceitos de Marketing .................................................................................................... 38 10.3 Objetivo de marketing ...................................................................................................... 41 10.4 Tipos de marketing .......................................................................................................... 41 10.5 Estratégia de marketing .................................................................................................... 42 10.6 Marketing de relacionamento ........................................................................................... 44 10.7 Identificações do cliente ................................................................................................... 46 10.8 Tipos de clientes ............................................................................................................... 46 10.9 Estratégia empresarial....................................................................................................... 49 10.10 Funções da gestão estratégica ......................................................................................... 49 10.11 Marketing de valor.......................................................................................................... 50 10.12 Valor para o cliente......................................................................................................... 51 10.13 Serviços .......................................................................................................................... 51 10.14 Qualidade em serviços .................................................................................................... 53 11 GESTÃO DE PESSOAS ................................................................................................... 53 11.1 Conceito ............................................................................................................................ 53 11.2 Teorias administrativas e sua evolução ............................................................................ 55 11.3 Teoria de Frederick Winslow Taylor................................................................................ 56 11.4 Teoria de Henry Ford ....................................................................................................... 57 11.5 Teoria de Jules Henri Fayol .............................................................................................. 58 12 ADMINISTRAÇÃO NUMA ABORDAGEM HUMANÍSTICA .................................. 58 12.1 Teoria das Relações Humanas .......................................................................................... 58 12.2 Antecedentes histórico da Abordagem Humanística ........................................................ 59 12.3As implicações da Teoria das Relações Humanas para a Ciência Administrativa ............ 61 12.4 A experiência de Hawthorne ............................................................................................ 61 13 ABORDAGEM ESTRUTURALISTA DA ADMINISTRAÇÃO .................................. 63 13.1 Teoria Burocrática ............................................................................................................ 63 13.2 Teoria estruturalista da administração .............................................................................. 64 14 QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO .................................................................... 64 14.1 Conceito ............................................................................................................................ 64 14.2 Motivação pessoal dos colaboradores .............................................................................. 65 15 MOTIVAÇÃO ................................................................................................................... 66 15.1 Conceito ............................................................................................................................ 66 15.2 Relação entre a revolução industrial e a motivação ......................................................... 67 16 CARGOS E SALÁRIOS ................................................................................................... 70 16.1 Conceito ............................................................................................................................ 70 16.2 Motivação e recompensas................................................................................................. 71 16.3 Programas de benefícios aos funcionários........................................................................ 71 17 TEORIAS MOTIVACIONAIS ........................................................................................ 72 18 ATENDIMENTO AO CLIENTE..................................................................................... 77 18.1 Conceitos .......................................................................................................................... 77 18.2 Atrações de clientes .......................................................................................................... 79 19 QUALIDADE NO ATENDIMENTO AO CLIENTE .................................................... 80 19.1 Conceito ............................................................................................................................ 80 19.2 Satisfação total do cliente ................................................................................................. 82 19.3 Fidelização do cliente e brinde ......................................................................................... 84 19.4 Relacionamento especial com o cliente ............................................................................ 86 20 ESTUDO DE CASO .......................................................................................................... 88 20.1 Varejo no Brasil ................................................................................................................ 88 20.2 Evolução do mercado varejista no Brasil ......................................................................... 88 20.3 Estudo sobre o comércio varejista nacional .................................................................... 91 20.4 Comércio varejista de vestuário pela internet ................................................................... 92 20.5 História da loja Versátil ................................................................................................... 93 20.6 Política e conduta da empresa .......................................................................................... 93 20.7 Valores da empresa ........................................................................................................... 94 20.8 Missão da empresa............................................................................................................ 94 21 METODOLOGIA .............................................................................................................. 94 21.1 Limitação do trabalho ....................................................................................................... 95 21.2 Análise e discussão dos resultados da pesquisa................................................................ 96 21.3 Pesquisa com clientes ....................................................................................................... 96 Gráfico 1: Avaliação da qualidade no atendimento.................................................................. 96 Gráfico 2: Atendimento cordial ................................................................................................ 97 Gráfico 3: Cliente se sentindo à vontade .................................................................................. 97 Gráfico 4: Funcionários buscando atender as necessidades e objetivos dos clientes ............... 98 Gráfico 5: Cliente satisfeito ...................................................................................................... 99 Gráfico 6: Cliente se sentindo importante para a loja .............................................................. 99 Gráfico 7: Atendimento de má qualidade ................................................................................. 99 21.4 Entrevista com funcionários ........................................................................................... 100 21.5 Propostas de melhorias ................................................................................................... 100 21.6 Treinamento .................................................................................................................... 101 21.7 Estratégia de MKT ......................................................................................................... 101 21.8 Canal de sugestão e reclamação ..................................................................................... 102 21.9 Utilização do CRM ......................................................................................................... 102 21.10 Matriz 5W2H ................................................................................................................ 103 CONCLUSÃO ....................................................................................................................... 107 REFERÊNCIAS.................................................................................................................... 108 APÊNDICES ......................................................................................................................... 113 30 1 INTRODUÇÃO O atual mercado é caracterizado por grande volume de informação disponível e pela intensa globalização e como resultado o aumento da concorrência, causando o desenvolvimento de novos métodos por parte das empresas. Modificações constantes no mercado mudaram para sempre o modo de como administrar uma organização. Agora, é fundamental que as empresas passem a atuar com um sistema aberto, em constante interação com o ambiente. E todos sabem que o cliente é o principal gerador de lucros numa organização, e cada vez se tornam mais exigentes na hora de realizar uma compra, e o preço está deixando de ser o fator principal de compra. Uma empresa deve ser reconhecida não somente por ter produtos de qualidade, ou porque tem preço bom, mas também porque tem um atendimento de altíssima qualidade, proporcionando aos seus clientes a satisfação. Mas, infelizmente, hoje em dia é comum ver que muitas empresas não estão conseguindo manter um relacionamento de longo prazo com seus clientes ou até mesmo nem conseguindo cativá-los, por não proporcionar um atendimento eficaz. Para que ocorra esse bom atendimento, é necessário que haja cooperação entre as partes envolvidas, isso resultará em um relacionamento duradouro entre a empresa e o cliente. 31 2 TÍTULO Qualidade no atendimento como fator de crescimento empresarial através da fidelização e capitação de novos clientes – um estudo de caso na Versátil. 3 TEMA Gestão de Marketing. 4 DADOS DA EMPRESA 4.1 Razão Social Versátil Indústria Comércio e Serviços LTDA 4.2 Nome Fantasia Versátil 4.3 Endereço Rua Joaquim Adjuto Botelho, N: 23, Bairro: Centro, Cidade: Paracatu- MG 4.4 CNPJ 11.774.323/0001-59 4.5 Inscrição Estadual 001.575.872/0062 4.6 Quadro Societário Vinícius Jordão Botelho 10.000- Quotas 50% Virgínia Lúcia Silva Jordão Botelho 10.000- Quotas 50% 32 4.7 Capital Social R$ 20.000,00. 4.8 Organograma PROPRIETÁRIO GERENTE CAIXA VENDEDOR 5 OBJETIVOS 5.1 Objetivo Geral Medir a qualidade no atendimento, e como esse fator possibilitará o crescimento empresarial mediante aos concorrentes, através da fidelização e a capitação de novos clientes. 5.2 Objetivos Específicos Conceituar qualidade no atendimento e marketing; Demostrar qual a importância da qualidade no atendimento para o crescimento da empresa; através da fidelização e da capitação de novos clientes; Analisar o grau de satisfação dos funcionários da empresa; Analisar o grau de satisfação dos clientes, referente ao atendimento prestado pela a empresa. 33 6 PROBLEMATIZAÇÃO A base de uma empresa é o cliente, então temos que procurar satisfazer a sua real necessidade. Mas será que os funcionários sabem qual é a verdadeira necessidade do cliente, a qual o levou até a empresa? Será que os clientes se sentem à vontade ao entrar na loja, para olhar os produtos, sem se sentirem obrigados a levá-los? Os produtos da Versátil possuem valores mais altos, por trabalharem com produtos de marcas conceituadas e bem conhecidas. Seria importante um estudo sobre como a empresa é vista pelo cliente, e a partir deste momento identificar formas de solucionar tal problema, como investimentos em treinamentos para os colaboradores, por exemplo. A imagem que a empresa passa para o cliente é o que determinará seu crescimento. O funcionário é responsável por parte dessa imagem, assim a sua capacitação é muito importante na hora da venda. “A produtividade do funcionário é o resultado da combinação de suas habilidades, motivação e ambiente de trabalho, e a tecnologia com a qual eles precisam trabalhar. ” (BOHLANDER , 2009, p. 20). Afinal, até que ponto a qualidade no atendimento poderá influenciar no crescimento empresarial, através da fidelização e da captação de novos clientes? 7 JUSTIFICATIVA O cliente é o principal gerador de lucros numa organização, e cada vez se tornam mais exigentes na hora de realizar uma compra, e o preço está deixando de ser o fator principal de compra. Uma empresa deve ser reconhecida não somente por ter produtos de qualidade, ou porque tem preço bom, mas também porque tem um atendimento de altíssima qualidade, proporcionando aos seus clientes a satisfação. Como em Paracatu possui muitas lojas no ramo de vestuário, que é o caso da Versátil, os seus concorrentes muita das vezes acabam possuindo preços melhores do que a dela, então é de suma importância que ela invista cada vez mais na qualidade de seu atendimento. Proporcionando aos seus funcionários treinamentos para melhorar ou até mesmo aperfeiçoar o atendimento. Sendo assim, mesmo tendo o preço mais elevado, em comparação com os seus concorrentes, ela, com certeza, conseguirá conquistar a fidelização e até mesmo conquistar novos clientes. 34 É comum ver que muitas empresas não estão conseguindo manter um relacionamento de longo prazo com seus clientes ou até mesmo nem conseguindo cativa-los, por não proporcionar um atendimento eficaz. Para que ocorra esse bom atendimento é necessário que haja cooperação entre ambas as partes envolvidas, isso resultará em um relacionamento duradouro entre a empresa e o cliente. “A satisfação do cliente é intimamente ligada à qualidade. A qualidade tem um impacto direto sobre o desempenho do produto, portanto também afeta a satisfação do cliente”. (KOTLER E ARMSTRONG , 1999, p. 6). Uma organização que realmente se preocupa com o seu crescimento, tem que começar a investir em seus funcionários, para que possam fazer treinamentos, para poderem adquirir conhecimentos técnicos, podendo proporcionar um atendimento de qualidade aos seus clientes, pois hoje em dia o mercado anda muito competitivo, proporcionando assim mais opções de compras, não permitindo que ocorra nenhum tipo de deslizes por parte da empresa. Existem muitos funcionários despreparados, onde muitas das vezes proporcionam ao cliente um atendimento muito mecanizado e forçado, sendo que essa forma de atendimento não é o mais apropriado para se cativar e fidelizar um cliente, pois tem que passar ao cliente segurança e naturalidade ao atendê-lo. Para que uma empresa consiga conquistar e fidelizar o cliente, não basta somente se preocupar com o preço e qual a melhor forma de pagamento, mas se preocupar em descobrir quais são as verdadeiras necessidades e preferências de seu público. Em busca disso, este estudo irá direcionar ao melhor desempenho e consequentemente resultados satisfatórios para a Versátil. 8 RESULTADOS ESPERADOS Espera-se que a partir do momento que a pesquisa for realizada com os funcionários e com os clientes da empresa sobre o grau de satisfação de ambas as partes, perceberão que funcionário motivado é sinal de produtividade e bom desempenho, podendo assim proporcionar aos clientes, um atendimento de qualidade, podendo então conquistar a fidelização desses clientes e a captação de novos clientes, podendo assim ocorrer o aumento do ticket médio. 35 9 CRONOGRAMA Quadro 1: Cronograma das atividades e o mês que forem desenvolvidas-2015 Atividade/mês/2015 J F M A M J J A S O N D Leitura de livros, artigos e tcc’s pronto X X Escolha do local para fazer o estágio Realização do estágio Dados da empresa Elaboração do objetivo geral e específico Problematização Justificativa Resultados esperados Metodologia Cronograma Recursos Referencial teórico Apresentação do projeto Início da segunda etapa do estágio Visita à empresa Elaboração e aprovação do questionário de pesquisa Aplicação da pesquisa com clientes e funcionários da empresa Tabulação e discussão dos resultados Formatação do projeto monográfico Correção ortográfica do projeto monográfico X X X X X X X X X X X X X X X X X X Apresentação da monografia para a banca examinadora Fonte: Elaborada pela autora. X X X X 9 RECURSOS 9.1 Recursos Humanos Tabela 1: Recursos humanos utilizados para o desenvolvimento do projeto Descrição Pessoa Professor orientador Fernando Antônio Antunes Professor de metodologia orientador do estágio Geraldo Benedito Orientadora na empresa Virgínia Lúcia Silva Responsável pela pesquisa do projeto Luana Fagundes Norões Fonte: Elaborado pela autora Valor ___ ___ ___ ___ 36 9.2 Recursos Materiais Tabela 2: Recursos de materiais utilizados para o desenvolvimento do projeto Materiais Quantidade Valor unitário Valor total Papel A4 02 R$ 28,90 R$ 57,80 Toner preto e branco 02 R$ 60,00 R$ 120,00 Livros da biblioteca Artigos e tcc’s já prontos na internet TOTAL - R$ 41,90 04 R$ 130,80 Fonte: Elaborado pela autora ___ R$ 41,90 R$ 219,70 9.3 Recursos Financeiros Tabela 3: Recursos financeiros utilizados para o desenvolvimento do projeto Materiais Combustível automóvel Conta telefônica Impressão do trabalho TOTAL Quantidade 25 Litros Valor unitário R$ 3,09 Valor total R$ 77,25 R$ 41,90 R$ 41,90 300 R$ 0,20 R$ 45,19 Fonte: Elaborado pela autora R$ 60,00 R$ 179,15 - 10 MARKETING 10.1 Evolução do marketing Historicamente é difícil identificar quando surgiu o marketing. Existem muitas dúvidas a respeito da sua origem. O que se sabe é que a história do marketing está ligada à história da humanidade e sua evolução. Segundo Kotler (2000), “desde as civilizações antigas havia, ainda que intuitivamente, pessoas com visão de marketing, considerando que, muitos artesões conheciam bem seus clientes, suas características e necessidades, e desdobravam-se sempre no atendimento de suas encomendas”. No entanto, a produção era artesanal e muitas vezes os artesões não conseguiam vencer a toda demanda de pedidos. A partir de 1780, com a Revolução Industrial, a preocupação central passou a ser a produção em massa de produtos idênticos. Surge então a concorrência das empresas para ver quem oferecia estes produtos pelo menor preço do mercado. O desenvolvimento industrial foi mais que um salto produtivo, pois proporcionou a ampliação dos mercados e do capitalismo industrial, este foi cedendo espaço ao capitalismo financeiro, surgindo assim, as instituições financeiras bem como os bancos. A Revolução foi, portanto, um conjunto complexo de alterações em todos os setores da vida humana. 37 Segundo Ricardo Sergio (2004), Mesmo com essa revolução industrial o consumidor não estava preparado para consumir produtos sofisticados e industriais, pois já estavam acostumados em adquirir qualquer produto sem questionar a qualidade. Portanto as empresas se prosperavam nessa época devido a uma demanda pouco criteriosa e passiva em função de uma estratégia planejada de adaptação ao mercado. O foco do marketing deixou de ser vendas e passou para a propaganda, realizada quase que exclusivamente por meio de mídias eletrônicas. De forma complementar, as empresas começaram a definir seus públicos- alvos por meio de estratégias de segmentação e com o apoio de pesquisas de mercado. A ideia dominante era que diferentes grupos de consumidores possuíam diferentes perfis e interesses, e estes precisavam ser identificados e atendidos. A maneira de fazer isso era comunicandolhe a existência do produto certo, por meio da publicidade. (RICARDO SÉRGIO, 2004, p. 39). De acordo com (KOTLER, 2000), terem como foco a melhoria dos seus produtos, as empresas os aprimoravam sob o ponto de vista técnico, ainda desconsiderando as reais necessidades dos consumidores. Ele reforça que esta concepção pode levar a empresa à “miopia” de marketing. Foi exatamente o que aconteceu, não enxergaram que seus dirigentes fabricavam massivamente produtos, sem nenhum tipo de pesquisa de mercado, que comprovasse a aceitação destes pelos consumidores. Então surge uma série de clientes insatisfeitos, que percebiam não ter comprado bens que não correspondiam as suas reais necessidades. A partir de 1918, após o termino da 1° Guerra Mundial, ocorreu então um avanço industrial com proporções gigantescas, com um efetivo excedente de produção, agravado pela “Depressão Econômica” ocorrida em 1929, e que enfraqueceu a demanda do mercado. Como saída para esvaziar os estoques que se acumulavam, a ordem das indústrias era concentrar-se nas vendas. Era preciso vender a qualquer custo, aquilo que era produzido, sem necessariamente produzir o que o mercado necessitava comprar. Criando-se então táticas de venda e de instrumentos promocionais tais como: propaganda, promoção de vendas e venda pessoal. Neste período, não havia a mínima preocupação por parte das empresas em criar vínculos com os clientes, ou em prestar serviços que mantinham sua preferência a longo prazo. O raciocínio era sempre a curto prazo. Neste contexto, a área comercial era a mais valorizada nas organizações. 38 A empresa que tem a mentalidade de “vender sem se preocupar com o cliente”, tem como pressuposto, que os clientes devem ser persuadidos a consumir seus produtos. Isto gera, a longo prazo, uma série de clientes insatisfeitos, que percebiam não ter comprado bens que não correspondiam as suas reais necessidades. Decorreram desta época as ideias de que o marketing se resume a vendas, propagandas e promoções (KOTLER , 2000, p. 25). A partir de 1945, após a Segunda Guerra Mundial, houve grande desenvolvimento tecnológico proporcionando o aparecimento de novos materiais, novas tecnologias, novas fontes de energia, novos canais de comunicação e popularização do automóvel. Isto causou uma sofisticação nos produtos e processos de produção. Sendo assim as empresas passaram a buscar uma nova forma de atuação no mercado, começam a mudar seus conceitos e passam a se preocuparem com a satisfação e atender as reais necessidades e desejos dos clientes. O consumidor, por sua vez, passa a ter liberdade de escolha devido às grandes opções de consumo que lhe é oferecido. Portanto as empresas passam a ter novos desafios como redução das estruturas operacionais, procura de flexibilidade, agilidade nas soluções e constante adaptação ás necessidades do mercado. Segundo Kotler (2000), o cliente passa a exigir cada vez mais qualidade, serviços superiores além de customização. Afinal como o mercado se tornou cada vez mais competitivo depois da Segunda Guerra Mundial, as empresas começaram a se preocupar em atender os desejos e as necessidades de seus clientes, pois o cliente passaria a ter mais opções de compra. 10.2 Conceitos de Marketing O atual mercado é caracterizado por grande volume de informação disponível e pela intensa globalização e como consequência o aumento da concorrência, causando o desenvolvimento de novos métodos por parte das empresas. Modificações constantes no mercado mudaram para sempre o modo de como administrar uma organização. Agora, é fundamental que as empresas passem a atuar com um sistema aberto, em constante interação com o ambiente. Estruturada a empresa, do ponto de vista sistêmico, a área de marketing é a principal ligação entre as relações da empresa com o mercado e com os consumidores e clientes. Nos dias atuais, o marketing tem um papel vital para o desenvolvimento das organizações, pois identifica e cria modos de gerar valor aos seus clientes-alvo. Portanto, o marketing é uma atividade organizacional, associada a um conjunto de processos que envolvem a criação, a 39 comunicação e a entrega de valor para os clientes, bem como a administração de Inter relacionamentos, de forma a beneficiar a todos os envolvidos direta ou indiretamente stakeholders. Em 1960 AMA (American Marketing Association), definia marketing como desempenho que as atividades no mundo dos negócios, se dirigiam ao fluxo de bens e serviços produtor até o consumidor final. Porém com o passar do tempo, o mundo dos negócios vem evoluindo a cada dia que passa, surgindo assim a necessidade melhorar o conceito de marketing. “O processo na sociedade pelo o qual a estrutura da demanda para bens econômicos e serviço é antecipada ou a abrangida e satisfeita através da concepção, promoção, troca e distribuição física de bens e serviços. ” (COBRA, 1997, p. 23). Desde a década de 1970, a troca de valor, por exemplo, produtos físicos por dinheiro têm sido considerados o fenômeno central em marketing. Segundo essa visão, o marketing é o planejado e implementado para facilitar a troca de produtos por dinheiro. (GRONROOS, 2004, p.34). Portando o marketing tem como foco, fazer com que os clientes comprem, não importando se são clientes novos ou antigos. Segundo (SANDHUSEN RICHARD, 2003, p. 3), o conceito de marketing, que incluem necessidades, demandas, trocas, mercado e concorrência. Segundo (KOTLER, 2012, p. 3) marketing é suprir as necessidades gerando lucro. Segundo (KOTLER, 2007, P. 3), marketing é administrar relacionamentos lucrativos com o cliente. Já para (KOTLER, 2000, p. 30), marketing é um processo social por meio do qual pessoas e grupos de pessoas obtêm aquilo de que necessitam e o que desejam com a criação, oferta e livre negociação de produtos e serviços de valor com os outros, onde o seu ideal é deixar o cliente pronto para comprar através da impulsão psicológica. Portanto, é através do marketing que as empresas procuram produzir bens e serviços que atendam ao público-alvo, assim conquistando e fidelizando seus clientes. “Marketing é o processo de planejar e executar a concepção, a determinação do preço, a promoção e distribuição de ideias, bens e serviços para criar trocas que satisfaçam metas individuais e organizacionais”. (KOTLER,2000, p.30). Para Kotler e Armstrong (1998), definem os conceitos centrais de marketing, Como: Necessidades: refere-se a bens ou serviços que os consumidores ou Compradores organizacionais requerem para sobreviver; Desejos: são bens e serviços que satisfazem necessidades adicionais que Vão além da necessidade de sobrevivência; 40 Demandas: é quando seus desejos por produtos podem ser adquiridos pela compra; Produtos: necessidades, demandas e desejos levam à existência de uma “Coisa” qualquer que possa ser oferecida no mercado para satisfazê-las; ·Troca: é o conceito central de marketing, envolvendo a obtenção de um Produto desejado de alguém, oferecendo-se algo em troca. Transações: é a unidade de medida do marketing, é composta por uma Negociação de uma troca de valores entre duas partes; Mercados: um grupo de compradores reais e potenciais de um produto. O mercado pode crescer em torno de um produto, serviço ou qualquer outra. Quando se fala em marketing as pessoas já pensam só em propagandas e vendas. Mas o marketing vai muito além disso, pois busca entender e desenvolver produtos que irão atender as reais necessidades de seus clientes. Segundo (KOTLER, ARMSTRONG, 2007, p. 4) “Marketing é um processo administrativo e social pelo qual indivíduos e organizações obtém o que necessitam e desejam por meio de criação e troca de valor com os outros. E um contexto mais específico dos negócios, o marketing envolve construir relacionamentos lucrativos e de valor com os clientes”. Então o marketing pode ser definido como um processo pelo qual as empresas criam valor para os clientes e constroem fortes relacionamentos com eles para capturar seu valor em troca. De acordo com Churchill e Peter, (2000, p.10). “A visão de que uma organização deve procurar satisfazer as necessidades e desejos de seus clientes enquanto busca alcançar suas próprias metas”. As empresas devem satisfazer seus clientes e com isso conseguirá alcançar seus objetivos e obter lucro. Segundo Cobra (1997, p.31), para uma empresa ter sucesso, é preciso se voltar para os conceitos dos 4 C’s: Cliente (Necessidades do consumidor), Custo ao consumidor, Comunicação e Conveniência. Onde o foco deixa de ser o produto para ser o cliente, proporcionando ao cliente toda a facilidade para a compra. Cliente (Necessidades do Consumidor) - O cliente, sempre busca suprir da melhor maneira possível, suas necessidades e desejos através de produtos e serviços, sendo um dos pontos mais importantes, pois sem clientes não há consumo e não existem vendas. Custo do consumidor - é quando uma empresa, consegue vender um produto com um preço, que para o cliente seja vantajoso adquirir. 41 Comunicação - É necessário que o cliente tenha necessidade e saiba da existência desse produto, quais são suas características, onde pode encontrar, o que o produto traz de diferencial, e o que o cliente ganhará adquirindo esse produto e o preço que irá pagar. Conveniência - É o ponto de distribuição, ou seja, é a praça de atendimento de mais fácil acesso que lhe convenha. 10.3 Objetivo de marketing Segundo (Las Casas,1991), o marketing tem por objetivo identificar tudo o que é indispensável para lançar um produto ou serviço, apresentar o produto aos clientes em potencial, e fazer o cliente desejar o produto e depois vender o produto aos mesmos, sem deixar de lado a busca pela satisfação das necessidades e desejos dos clientes. O marketing é a área do conhecimento na qual engloba todas as atividades concernentes as relações de troca orientadas para a satisfação dos desejos e necessidades dos consumidores, visando alcançar determinados objetivos da organização ou indivíduo e considerando sempre o meio ambiente de atuação e o impacto que as relações causam no bem-estar da sociedade. “Entende-se que o marketing não cria hábitos de consumo, mais estimula a compra de produtos ou serviços que satisfaçam a alguma necessidade latente” (COBRA, 1997, p. 32). O marketing busca elaborar campanhas para desenvolver ou apoiar a imagem ou o serviço prestado pela empresa. Porém o foco principal é mais no fator de facilitar as compras e na manutenção do relacionamento já existe entre a empresa e o cliente. [...] existem mais e mais empresas que acham que conservar os clientes já existentes é tão importante quanto do que conquistar novos. (GRONROOS, 2004). Segundo (KOTLER PHILIP KOTLER, ARMSTRONG GARY, 2007, p. 3), os dois principais objetivos do marketing são: atrair novos clientes, prometendo-lhes valor superior, e manter e cultivar os clientes atuais, propiciando-lhes satisfação. 10.4 Tipos de marketing Marketing é uma ferramenta do empreendedor do futuro, pois é muito mais que propaganda e vendas, é uma atitude estratégica, holística e sistêmica que supera qualquer outra existente. É a única forma de garantir relacionamentos duradouros e lucrativos entre empresa e cliente. 42 Para Churchill e Peter (2000, p.5), “o marketing é usado para desenvolver trocas que visam ou não lucros. A maior parte dos tipos de marketing mostrados na tabela a seguir pode ser realizada para ambos os fins”. Existem diversas trocas, metas no mundo do marketing, onde lojas, indústrias e diversos que visam os lucros para cobrir os gastos e gerar receita, outros que buscam o lucro apenas para cobrir seus gastos como, por exemplo, um escoteiro e políticos. E tem as organizações sem fins lucrativos, que buscam outras metas como campanhas para doação de sangue e trabalhos voluntários. Tipo Produto Serviço Pessoa Lugar Causa Organização Tabela 4: principais tipos de marketing Descrição Marketing destinado a criar trocas para produtos tangíveis. Marketing destinado a criar trocas para produtos intangíveis. Marketing destinado a criar ações favoráveis em relação a pessoas. Marketing destinado a atrair pessoas para lugares. Marketing destinado a criar apoio para ideias e questões ou a levar as pessoas a mudar comportamentos sociais indesejáveis. Marketing destinado a atrair doadores, membros, participantes ou voluntários. Fonte: Churchill e Peter (2000, p.5) 10.5 Estratégia de marketing Estratégias de Marketing são planos desenhados para atingir objetivos do marketing. Uma boa estratégia de marketing deveria integrar os objetivos, políticas, e sequências de ação num todo coerente da organização. O objetivo de uma estratégia de marketing é colocar a organização numa posição de cumprir eficazmente e eficientemente a sua missão. Para (COBRA, 1997), estratégia, em um sentido mais amplo, é um plano pronto com o intuito de realizar o melhor uso de recursos para atingir uma meta. Estratégias de marketing, ainda de acordo com o autor, consistem em políticas, procedimentos e programas relativos às características do produto, preço, serviço e comunicação com os consumidores e outros públicos. Há muitos tipos de estratégias. (PORTER, 2002) resumiu-as em três tipos genéricos: Liderança total em custos: a empresa realiza um grande empenho para reduzir ao máximo os custos de produção e distribuição, podendo, assim, proporcionar preços menores que a concorrência e obter maior participação de mercado; Diferenciação: a empresa reúne energia para alcançar desempenho superior em uma determinada área de benefício para o consumidor, valorizada por grande parte do mercado. Por exemplo, comprometer-se para ser líder em serviços, em qualidade, em estilo, em tecnologia etc., mas não é possível liderar em todas as áreas; 43 Foco: a empresa aborda um ou mais segmentos de mercado menores, em vez de ir atrás de um grande mercado. Para tanto, tem que conhecer as necessidades dos segmentos escolhidos e obter lideranças em custos ou encontrar uma maneira de diferenciação dentro do segmento-alvo. O autor ainda diz que as empresas que adotam a mesma estratégia dirigida ao mesmo mercado ou segmento de mercado-alvo constituem um grupo estratégico. As organizações que aplicam melhor a estratégia obtêm os maiores lucros. Conforme Cobra (1997), a elaboração de estratégias depende, num primeiro momento, da avaliação das alternativas estratégicas viáveis, dependendo do binômio produto/mercado para a formulação de quaisquer alternativas estratégicas. Uma vez decidida à estratégia produto/mercado, a empresa estará apta a determinar as estratégias em cada área. Na visão do autor, são quatro os tipos estratégias: Global: operacional e funcional; Estratégia global: visa analisar as opções de ação e direcionamento para a empresa, em nível macro; Estratégia operacional: visa identificar e determinar as prioridades e escaloná- las, ao mesmo tempo em que propõe diretrizes básicas de ação, levanta necessidades de recursos e planeja a distribuição dos recursos; Estratégia funcional: é a estratégia por área funcional da empresa, ou seja, por departamentos ou divisão, quem faz o que, como faz, o que faz e quanto faz. Segundo o autor (McDonald 2004), as estratégias de marketing são baseadas nos 4P’s: produto, preço, praça e promoção. (FERREL, 2005) têm a mesma opinião de McDonald: a organização precisa desenvolver ações a respeito dos 4P’s para garantir vantagens diante da concorrência. 44 Figura 1: Os 4 p´s do marketing Mix de marketing PRAÇA Canais Cobertura Locais Estoques PRODUTO Variedade Qualidade Design Características Nome da Marca Embalagem Tamanhos Serviços Garantias Devoluções PREÇO Preço de lista Descontos Bonificações Prazo de pagamento Condições de financiamento PROMOÇÃO Promoção de vendas Propaganda Força de vendas Relações públicas Marketing direto Fonte: Kotler (2012, p. 24) Para que cada estratégia de certo é vital o conhecimento do produto, o mercado, o público-alvo e a concorrência, pois um simples descuido resulta em surpresas desagradáveis, além de ser perigoso chegar ao ponto de não existir tempo hábil para mudar a estratégia e corrigir o erro. 10.6 Marketing de relacionamento É através do marketing de relacionamento que as organizações podem projetar e lançar ações voltadas aos clientes, buscando sempre que estes tornem-se cada vez mais próximos de seus produtos e/ou serviços, de forma a utilizá-los e recomendá-los a inúmeras pessoas, pois indiretamente e imperceptivelmente, reconhecem o valor e o esforço a eles disponibilizado por aquela empresa, que a todo momento se preocupa com seu bem-estar e atende prontamente suas solicitações. 45 É de suma importância que as empresas tomem conhecimento das necessidades e desejos do consumidor, pois através disso a empresa poderá desenvolver uma vantagem competitiva que através de estratégias venham atender as necessidades do mercado. É importante destacar que o Marketing de Relacionamento exige, justamente, interações frequentes com os clientes, sendo, portanto, essencial que a empresa planeje essas interações, que se traduzem em serviços aos clientes. Pois se a empresa perde um cliente, ela estará perdendo ganhos no decorrer da vida, portanto é importante que ambos desenvolvam um relacionamento. Segundo o autor (KOTLER, 2000) perder clientes é uma tarefa extremamente fácil, o mercado é muito competitivo e inúmeras empresas estão surgindo com uma mentalidade mais avançada e com cuidado junto ao seu mercado, como um todo. Criar sistemas de fidelidade é um passo importante para que as empresas não tenham, a todo o momento, que passar por dificuldades, pois desta forma poderá planejar ações preventivas que auxiliarão em um processo organizacional constante. Para se ter sucesso no mercado competitivo de hoje, as empresas precisam voltar diretamente aos clientes. Elas devem ganhar os clientes na disputa com os concorrentes e, então, mantê-los e cultivá-los com a entrega de maior valor. Mas antes da empresa buscar a satisfazer os consumidores, ela deve se preocupar primeiramente em atender as reais necessidades e os desejos deles. Segundo (COBRA, 1997, p.85) as empresas estão cada vez mais preocupadas com as necessidades e opiniões dos consumidores para tomar decisões acerca de um produto e buscam através de pesquisa e análises entender o que influencia seu comportamento. E com esse conhecimento sobre o cliente também possam ter vantagens sobre seus concorrentes. Segundo (ZEITHAML, 2003, p.139), “O objetivo básico do marketing de relacionamento é a construção e a manutenção de uma base de clientes comprometidos que sejam rentáveis para a organização. Atingindo essa meta, a empresa deverá estar concentrada na atração, retenção e na fortificação dos relacionamentos com seus clientes ”. De acordo com (KOTLER E ARMSTRONG,2007, p.4) complementam que as empresas que se destacam por sua orientação de marketing procuram aprender a entender as necessidades, os desejos e as demandas de seus clientes. Para (NICKELS E WOOD, 1999, p.5), “marketing de relacionamento é o processo de estabelecer e manter relacionamento de longo prazo mutuamente benéfico entre organizações e seus clientes, empregados e outros grupos de interesse”. O autor comenta que a empresa que se preocupa em manter um relacionamento de longo prazo com seus clientes, terá muitos 46 benefícios, tais como: desenvolvera confiança, vínculos econômicos, técnicos e sociais entre as partes. Segundo o autor (KOTLER, 2012), o marketing de relacionamento tem como principal objetivo construir relacionamentos de longo prazo satisfatórios com os seus clientes, a fim de manter ou conquistar negócios com eles. Os quatros componentes chave no marketing de relacionamento são os clientes, os funcionários, os parceiros de marketing (Canais, fornecedores, distribuidores, revendedores, agências) e os membros da comunidade financeira (Acionistas, investidores, analistas). As empresas devem gerar prosperidade a esses componentes e equilibrar os retornos a todos os principais stakeholders. (KOTLER, 2012, P. 19). O marketing de relacionamento é uma das tendências e estratégias de negócios que visa construir relacionamentos duradouros entre a organização e seus clientes. Afinal a empresa que procura fidelizar e captar novos clientes é fundamental que tenha um relacionamento com seus clientes de longo prazo. 10.7 Identificações do cliente Segundo (RUST; ZEITHAML; LEMON, 2001), conhecer os clientes significa ter uma visão ampla do relacionamento. Ter todos os dados dos clientes disponíveis em todos os departamentos, ter a capacidade de analisar estes dados e finalmente transformar estes dados em informações úteis. Conhecer todos os tipos de clientes é fundamental para uma ação mais eficiente. Outros segmentos muitas vezes esquecidos nos projetos de Gestão de Relacionamento é o próprio público interno. Quantas vezes os funcionários são pegos de surpresa quando recebem um contato de um cliente, buscando determinada informação que ele recebeu e os funcionários nem sabiam do que estava acontecendo? Neste momento percebemos quanto é importante conhecer todos os tipos de clientes. Para uma boa gestão de relacionamento com o cliente, é necessário mapear todas as formas de contato com os clientes e definir os tipos de clientes. 10.8 Tipos de clientes O cliente é a pessoa que compra produtos das empresas para consumo próprio ou distribuição dos mesmos. É, sem dúvida, é a pessoa mais importante em qualquer tipo de negócio, pois, depende dele para permanecer no mercado. Ele é a razão do trabalho. Afinal 47 nenhuma empresa consegue sobreviver no mercado sem seus clientes, pois ele é o principal fator gerador de lucro. O cliente não significa apenas dinheiro no caixa, ele é, antes de tudo, um ser humano e precisa ser tratado com respeito e consideração. Sem clientes, as portas de qualquer empresa seriam fechadas. (BOGMANN, 2000). Podemos identificar quatro tipos de clientes: Cliente pessoal: são aqueles que influenciam nossas vidas e nosso desempenho no trabalho (cônjuge, filhos, amigos, entre outros); Cliente da concorrência: são os que compram de nossos concorrentes. Aqui é interessante fazer uma avaliação, para descobrir o que os leva a comprar da concorrência, para em seguida elaborar uma forma de conquistá-los; Cliente interno: é a pessoa que trabalha em nossa empresa e que influencia o processo produtivo. Merece também grande atenção, pois essa atitude gera um melhor clima organizacional, maior produtividade e união da equipe, bem como ajuda a atrair clientes da concorrência. É no cliente interno que começa o processo de fidelização de um cliente externo; Cliente externo: são os fornecedores e consumidores. (BOGMANN, 2000). Se a empresa que É preciso que a empresa aprenda a ser capaz de se colocar no lugar do cliente e ajudá-lo realmente com suas necessidades. O estilo de comportamento do profissional de atendimento será dirigido conforme o perfil do cliente que está sendo atendido. Tabela 5: Tipo de cliente analítico O comportamento do Atendente deve: • conduzir a um caminho direto, ater-se aos negócios. • apoiar sua lógica e método, construir sua credibilidade ouvindo os prós e contras de sua Detalhista / Técnico abordagem de serviços. • Toma decisões com lentidão • ser específico e fazer aquilo que diz poder fazer, usar o tempo necessário, mas ser persistente. • Precisa estar certo • criar uma lista de ações de serviços com datas de cada item. Assegurar que não haverá surpresas • documentar tudo Conservador e cauteloso • Faz pouca pressão • promover uma apresentação de sua posição e fazer sugestões para resolver a situação. • Preciso, crítico, lógico • Dar tempo para verificar o prognóstico de suas ações, ser preciso e realista. Fonte: Bogmann, 2000, p. 32. Se o perfil do cliente for: • Planejador / Organizador 48 Tabela 6: Tipo de cliente dominante Se o perfil do cliente for: O comportamento do Atendente deve: • orientado para resultados • ser claro, específico, breve e eficaz. • Impaciente • ater-se aos fatos e a lógica. • decidido com opinião própria • fornece fatos e números. • Controlador • convencer, fazer referência a objetivos e resultados. Fonte: Bogmann, 2000, p. 33. Tabela 7: Tipo de cliente expressivo Se o perfil do cliente for: O comportamento do Atendente deve: • Sonhador • Dar apoio aos sentimentos e valores. Ser estimulante, usar o tempo para ser sociável, mas seja rápido. • criativo, as ideias fluem • conversar sobre pessoas, seus objetivos e opiniões que elas julgam estimulantes. • Necessita de aprovação • evite detalhes minuciosos do serviço • Baixa estima • elogie, cumprimente. • generalista • pedir opinião e ideias de como melhor atende-lo • Opiniões formadas • apresentar testemunho de pessoas que são importantes / proeminentes. • impulsivo • continuar a apoiar o relacionamento, ser casual Fonte: Bogmann, 2000,p.34. Tabela 8: Tipo de cliente observador Se o perfil do cliente for: O comportamento do Atendente deve: • Precisa de pessoas • iniciar com um compromisso pessoal, ser agradável • Bom ouvinte • mostrar sincero interesse no cliente como pessoa humana • Status quo / detesta mudanças • escutar bastante, ser protetor e compreensivo • não quer riscos • trazer metas pessoais e trabalhar para atingi-las no serviço. Assegurar o mínimo de risco. • não exerce pressão • Estimular e fazer perguntas "COMO • inseguro, necessita confirmação • ser ordenado e amistoso. Oferecer soluções com garantias Fonte: Bogmann, 2000, p. 35. Tabela 9: Tipos de clientes ao contratar a empresa O consumidor for / estiver: O atendente deve ser / dar: • Objetivo e direto • Objetivo e direto • inseguro ou confuso • Apoio, compreensão. Tentar ordenar o assunto, segurança, confiabilidade a ser transmitida • irritado, hostil (sente-se lesado) • escutar, tratar com firmeza • em pânico, situação de emergência • mostrar ação • Cínico • Boa vontade e não entrar no jogo • Paquerador, fazendo convites • cortar com jeito • Chantagista • gravar e acionar o jurídico • mal-educado -educado e grosseiro • Educação, firmeza • Camarada • ser amável Fonte: Bogmann, 2000, p. 36. 49 10.9 Estratégia empresarial Segundo o autor (OLIVEIRA, 2004), a finalidade das estratégias empresariais é estabelecer quais serão os caminhos, os cursos, os programas de ação que devem ser seguidos, para que os objetivos ou resultados estabelecidos pela organização sejam alcançados. Portando, a estratégia empresarial é o ajustamento da empresa ao seu ambiente, em geral em constante mutação, quase sempre com a empresa alterando suas próprias características, tendo em vista esse ajustamento. Assim, todo processo de implantação e acompanhamento das estratégias empresariais ocorre em circunstâncias de constantes mudanças. A estratégia não deve ser considerada como um plano fixo ou determinado, mas um esquema orientador dentro de fluxo de decisões. (OLIVEIRA DJALMA, 2004, p. 5). Ainda segundo o autor (OLIVEIRA, 2004), a chave do sucesso de uma empresa é a habilidade da alta administração em identificar as principais necessidades de cada um desses grupos, estabelecer equilíbrio entre eles, e atuar com um conjunto de estratégias que permitam a satisfação de cada um. E esse conjunto de estratégias identifica o que a empresa tenta ser. Segundo (TAVARES MAURO, 2005), a gestão estratégica procura reunir o plano estratégico e sua implementação em um único processo. Também visa assegurar as mudanças organizacionais necessárias para essa implementação e a participação de vários níveis organizacionais envolvidos no processo decisório. Ainda segundo o autor, o sistema de valores compartilhados estabelece uma ligação entre o planejamento e implementação. Embora os estilos de liderança e os ambientes organizacionais possam variar, em todos os níveis nas organizações: O valor do trabalho em equipe: Conduz a abordagem interativa e multidisciplinar, facilitando a flexibilidade organizacional; A impulsão empresarial: E fazer com que as coisas acontecem; A comunicação aberta: em vez de se preservar a confidencialidade; A confiança: Por parte de todos, em grande medida, criar seu próprio futuro. 10.10 Funções da gestão estratégica Segundo (TAVARES, 2005, p. 73), a gestão estratégica possui algumas funções fundamentais, sendo elas: 50 Proporcionar maior interação da organização com o seu meio ambiente, a partir de uma prospecção em uma perspectiva sistêmica, estimulando a busca mais propositada do futuro; Estabelecer um foco e um significado na busca da visão, missão, desenvolvimento de competências essenciais e distintivas, cultivo e prática de valores; Determinar instâncias para o processo decisório e torná-la mais ágil e coerente; Definir o escopo competitivo delineando estratégias e estabelecimento dos objetivos, metas, permitindo o desenvolvimento de planos de ação mais oportunos e adequados; Viabilizar o desenvolvimento de modelos organizacionais mais adequados ás demandas ambientais, integrando pessoas, habilidades e recursos; Coordenar e otimizar a alocação de recursos, proporcionando melhores resultados operacionais e administrativos; Estabelecer mecanismo de avaliações e controles voltados para a eficácia, a eficiência e a efetividade da organização. Afinal a principal função da gestão estratégica é estabelecer um elo entre o futuro e o presente, visando assegurar as questões de sobrevivência e crescimento da organização. 10.11 Marketing de valor O Marketing de valor possui uma visão bem simples, pois é baseado pelo qual motivo que leva os clientes a comprar bens ou serviços. Por isso que o marketing de valor tem como foco principal o negócio com o consumidor. A primeira tarefa com que a empresa tem que se preocupar é em gerar clientes. Pois os clientes andam muito mais exigentes e procuram analisar o que lhe proporcionam muito mais valor, pois existem um amplo universo de produtos, marcas e concorrentes. Afinal as empresas devem buscar de forma clara e objetiva a satisfazer as necessidades e desejos de seus clientes. Segundo (KOTLER, 2000, p. 33), “Define o valor como a razão entre o que o cliente recebe e o que ele dá. O cliente recebe benefícios e assume custos. Os benefícios incluem benefícios funcionais e emocionais. Os custos incluem custos monetários, de tempo, de energia e psicológicos”. Portanto, a definição para valor é a diferença entre o conjunto de benefícios esperados de um produto e o seu custo. O autor ainda afirma que, “o custo total para o cliente é o conjunto de custos em que os consumidores esperam incorrer para avaliar, obter, utilizar e descartar um 51 produto ou serviço”. (KOTLER 2000, p.56), pois o custo total consiste na dificuldade ao efetuar o orçamento, analisando o produto, serviço, pessoal e imagem. 10.12 Valor para o cliente Segundo (KOTLER, 2012), a missão de qualquer negócio é fornecer valor ao cliente, sem abrir mão do lucro. Com um mercado cada vez mais competitivo, com compradores cada vez mais exigentes diante de uma abundância de opções, uma empresa somente pode vencer se ajustar o processo de entrega de valor e selecionar, proporcionar e comunicar um valor superior. Ainda segundo o autor, a sequência e a entrega de valor são divididos em três fases, sendo elas: Selecionar valor: Representa a lição de casa que o marketing deve fazer antes da criação de qualquer produto. Onde os profissionais de marketing devem selecionar o mercado alvo adequado e desenvolver o posicionamento do valor da oferta; Fornecer valor: O marketing deve determinar as características especificas, o preço e a distribuição do produto; Comunicar o valor: Utilizando forças de vendas para promover o produto. A tarefa da empresa é examinar seus custos e desempenho em toda a atividade que gere valor e buscar melhoras. É de suma importância que a empresa tenha todos os custos e o desempenho de seus concorrentes como padrões de referência para comparar com os seus. Para ter sucesso, uma empresa deve igualmente buscar vantagens competitivas fora de suas operações, nas cadeias de valor de seus fornecedores, distribuidores e clientes. Atualmente é comum as empresas firmarem parcerias com fornecedores e distribuidores para criar uma rede para entrega de valor, também denominada cadeia de suprimento. (KOTLER, 2012, p. 37). 10.13 Serviços Segundo (GRONROOS CHRISTIAN, 2004), tudo aquilo que não estatísticas como manufatura, setor industrial ou agrícola era considerada serviço. Existem várias definições de serviços, diversas definições e conceitos. “Um serviço é bem diferente de um produto físico. Um serviço é um resultado psicológico e fundamentalmente pessoal, ao contrário de um produto físico que é geralmente impessoal, quanto a seu impacto sobre o cliente”. (ALBRECHT, 1992, p. 67). 52 Os serviços possuem características que os diferenciam bastante dos produtos. De acordo com (TOLEDO 1991, p. 27), são: [...] Intangibilidade: os serviços têm pouca ou nenhuma materialidade. Só existem como experiências vividas. Na maioria dos casos, o cliente de um serviço só pode exprimir seu grau de satisfação depois do consumo. Perfectibilidade e demanda flutuante: a impossibilidade de estocagem e a demanda cíclica exigem planejamento e capacidade de previsão de picos. Inseparabilidade: consistem na venda, produção e consumo simultâneos. Heterogeneidade: que é a dificuldade de padronização dos serviços por serem fornecidos na maioria dos casos por pessoas. Essas características definem como os serviços são distintos dos produtos pois serviços não podem ser tocados ou sentidos, são produzidos simultaneamente existindo a interação com o cliente. “Qualidade em serviços, é a capacidade que uma experiência ou qualquer outro fator tenha para satisfazer uma necessidade, resolver um problema ou fornecer benefícios a alguém. Em outras palavras serviços com qualidade é aquele que tem a capacidade de proporcionar satisfação”. (LAS CASAS, 1999, p. 16). Para (COBRA,1997, p.221) “O serviço ao cliente é a execução de todos os meios possíveis de dar satisfação ao consumidor por algo que ele adquiriu. ” Serviço é aquilo que se faz para satisfazer a expectativa de um cliente. É o ato de servir, atuar e agir, é consumido simultaneamente, ou seja, no momento em que é produzido seguido de ações e processos, onde você não tem como prever sua qualidade, pois só depois de realizado, você saberá se conseguiu atender as expectativas ou não. Para Kotler, Hayes e Bloom (2002, p.283), a definição de serviço é: “Um serviço consiste em uma ação, desempenho ou ato que é essencialmente intangível e não acarreta necessariamente a propriedade do que quer que seja. Sua criação pode ou não estar vinculada a um produto material. ” O autor, ainda, afirma que existe três níveis de serviços, que são: Serviço Essencial – é o nível mais fundamental dos serviços e responde às perguntas básicas como: O que o cliente quer na verdade: Qual a necessidade que o serviço realmente atende? Serviço Percebido – referente à percepção do cliente quanto ao serviço prestado; Serviço Ampliado – é o serviço adicional prestado ao cliente, que vão além dos serviços percebidos, compondo consequentemente um serviço ampliado. Os serviços oferecidos por uma empresa devem ser cuidadosamente planejados e, acima de tudo, oferecidos com qualidade. Os serviços, diferentemente dos produtos, são produzidos e consumidos simultaneamente. Um produto pode passar pelo controle de qualidade e ser 53 devolvido para ser refeito ou como refugo, já o serviço não. Uma vez um serviço prestado sem qualidade aos seus clientes, a sua imagem já fica queimada, onde será difícil mudar essa situação. 10.14 Qualidade em serviços Quem determina se a qualidade do serviço é boa ou não é o cliente. Isso vai depender da expectativa do cliente, de como é atendido, e se suas necessidades e objetivos foram atendidos. A qualidade de um serviço, avaliada pelo cliente, é determinada por três fatores: Desempenho, Atendimento e Custo. Via de regra, as empresas preocupam-se, mormente com o primeiro deles, desprezando os outros dois. Esses três fatores mencionados pelo o autor está sempre interligado, em que desempenho é quando o serviço é feito com eficiência no tempo e destino certo, fazendo, assim, a diferença. O Atendimento é o ato de satisfazer as necessidades, anseios, desejos, informações ao cliente, fazer tudo o que estiver ao seu alcance para solucionar problemas e resolver questões inusitadas. E o custo é preço pago pelo produto e ou serviço, que relacionados com o atendimento e o desempenho gera o custo final, trazendo ou não satisfação ao cliente. 11 GESTÃO DE PESSOAS 11.1 Conceito Gestão de pessoas baseia-se no fato de que o desempenho de uma organização depende fortemente da contribuição das pessoas que a compõem e da forma como elas estão organizadas, estimuladas, capacitadas, e como são mantidas num ambiente de trabalho e num clima organizacional adequados. Segundo (CHIAVENATO, 1999), a gestão de pessoas é uma das áreas que mais tem passado por mudanças e transformações nestes últimos anos. Gestão de pessoas ou recursos humanos é um conjunto de métodos, políticas, técnicas e práticas definidas com o objetivo de orientar o comportamento humano e as relações humanas de maneira a maximizar o potencial do capital humano no ambiente de trabalho. Na visão de (TOLEDO, 1999), pode ser definida como a área de estudos e atividades que lida com os aspectos relativos ao elemento humano em geral, nas organizações, ou seja, a área que trata dos problemas de pessoal, de qualquer agrupamento humano organizado. 54 O contexto da gestão de pessoas é formado por pessoas e organizações, as pessoas passam maior parte de suas vidas trabalhando dentro de uma organização, onde estas dependem das outras para atingir o sucesso, seja ela individual ou organizacional. Hoje as pessoas estão deixando de serem vistas somente como funcionários, mas vistos como parceiros e como colaboradores. A gestão de pessoas é uma área muito sensível a mentalidade que predomina nas organizações. Ela é extremamente contingencial e situacional, pois depende de vários aspectos, como a cultura que existe em cada organização, da estrutura organizacional adotada, das características do contexto ambiental, do negócio da organização, da tecnologia utilizada, dos processos internos, do estilo de gestão utilizado e de uma infinidade de outras variáveis importantes. (CHIAVENATO, 2008, p.8). A Gestão de Pessoas tem enorme responsabilidade quanto à capacitação e desenvolvimento de seus colaboradores, buscando atender a demanda da empresa e a realização pessoal e profissional de seu colaborador. Deixar o discurso de lado e desenvolver políticas para promover, coordenar, planejar e controlar as atividades estabelecidas quanto à seleção, orientação, avaliação de desempenho comportamental e funcional, qualificação, capacitação, acompanhamento global na organização, bem como atividades relacionadas à manutenção da segurança e saúde no trabalho. As organizações precisam que seus colaboradores estejam por “inteiros” na empresa, somente assim poderão desenvolver com afinco através de suas inteligências, meios para que a empresa possa olhar para trás e ver com certa distância seus concorrentes e não olhar para frente e ver que não irá conseguir alcançá-los. O capital humano é sem dúvida o bem mais precioso que qualquer organização possa ter, somente ele poderá customizar estratégias de acordo com a demanda da empresa, com o intuito de projetá-la a um futuro promissor. Segundo (CHIAVENATO, 2008), nos tempos atuais as organizações estão cada vez mais ampliando sua visão e atuação estratégica. Onde todo processo produtivo somente se realiza quando ocorre a participação conjunta de diversos parceiros, onde cada um contribui com algum tipo de recurso. Como por exemplo, os fornecedores contribuem com matériaprima, serviços e tecnologias. Os acionistas e investidores contribuem com o capital e investimentos, que permitem o aporte financeiro para aquisição de recursos. Os empregados contribuem com os seus conhecimentos, capacidades e habilidades, proporcionando decisões e ações que dinamizam a organização. E os clientes são as peças mais importantes para o desenvolvimento e crescimento de uma organização, pois eles adquirem os bens e os serviços fornecidos pela a empresa. 55 11.2 Teorias administrativas e sua evolução A autora (BERGAMINI, 2006), explica que Antes da Revolução Industrial, a principal maneira de motivar consistia no uso de punições, criando, dessa forma, um ambiente generalizado de medo. Tais punições não eram unicamente de natureza psicológica, podendo aparecer sob forma de restrições financeiras, chegando até a se tornar reais sob a forma de prejuízos de ordem física. Levando em conta que as organizações passaram a existir muito antes da Revolução Industrial, onde é possível concluir que a preocupação com o aspecto motivacional do comportamento humano no trabalho é um fato bastante recente. Segundo (BERGAMINI, 2006), durante o período da Revolução Industrial, vieram os investimentos pesados na produção, com o objetivo de aumentar a eficiência dos processos industriais, os quais passaram a exigir maiores e mais retornos com isso. A autora ainda complementa, que as punições foram deixadas de lado, pois permanecia o ambiente de medo nas empresas e os administradores utilizavam como método principal em suas atividades administrativas a abordagem do tipo “tentativa e erro”. Eram práticas dispendiosas e ineficientes. Com isso, as organizações começaram, portanto, a perceber, que precisavam repensar nas estratégias administrativas de modo a trazer-lhes melhor eficiência e melhores resultados. Tomando esta necessidade uma proporção vital para a manutenção e consolidação das empresas. Faz-se importante nesse contexto, uma retrospecção histórica, uma vez que, já no séc. XVII Descartes já negava todo saber que fosse tradicional, ou seja, baseado em costumes e crenças, afirmando que esses deviam ser substituídos pelo racional e no século XVIII, o Racionalismo passou a ser aplicado às ciências naturais e sociais, porém o trabalho ainda não abandonara as antigas técnicas para adotar “a racionalização da organização e execução do trabalho”. (MOTTA; VASCONCELOS, 2002, p. 32). Com o avanço no desenvolvimento industrial americano, entre o final do século XIX e o início do século XX, proliferaram as filosofias de gerenciamento com foco na produtividade do trabalhador e na padronização das tarefas. Começou-se então a desenvolver os primeiros trabalhos relacionados à administração. As mudanças ocorridas no início do século XX, em decorrência da Revolução Industrial, exigiram métodos que aumentassem a produtividade fabril e economizassem mão-de-obra evitando desperdícios, ou seja, “a improvisação deve 56 ceder lugar ao planejamento e o empirismo à ciência: a Ciência da Administração. ” (CHIAVENATO, 2004, p. 43). Porém com a decorrência da revolução industrial ocorreram mudanças, que exigiam métodos que aumentassem a produtividade e diminuíssem os desperdícios, ou seja, a improvisação perde espaço para o planejamento e empirismo. 11.3 Teoria de Frederick Winslow Taylor Taylor era engenheiro, nasceu em 1856 na Filadélfia, desenvolveu a Escola da Administração Científica, cujo objetivo era aumentar a eficiência por meio dos operários. Propunha para a organização do trabalho a diminuição de qualquer perda de tempo na produção, baseando cada fase do processo de trabalho em passos cuidadosamente cronometrados, com o intuito de eliminar processos longos e inúteis. Segundo (GARRATY & MCCAUGHEY 1991), citado por (PILATTI, 2005), Taylor acreditava ainda que os trabalhadores possuíam disposição natural para a indolência, e apontava como extrema importância a presença de uma gerência capaz de exercer o controle total não somente sobre os processos de trabalho, mas principalmente sobre os trabalhadores, eliminando interações que pudessem atrapalhar a produção. De acordo (CHIAVENATO, 2004), Frederick Taylor, buscou o desejado aumento produtivo tomando como base a eficiência dos trabalhadores. Analisando esses e seus modos de produção, identificou falhas no processo produtivo geradoras de baixa produtividade, uma vez que, para ele, cada operário produzia um terço do que poderia produzir (processo que ele nomeou “vadiagem sistemática”). Tal fato o fez despertar para a necessidade de criação de um método racional padrão de produção em detrimento das práticas tradicionais, que ainda deixava resquícios nas fábricas. Essa teoria leva o nome de Administração Cientifica. Devido à tentativa de aplicação dos métodos da ciência aos trabalhos operacionais a fim de aumentar a eficiência industrial. Os principais métodos científicos são a observação e mensuração”. (CHIAVENATO, 2004, p. 41). De acordo o autor (MARRAS, 2007), Frederick Taylor iniciou a discussão sobre motivação, adotando a crença de que o dinheiro era o maior motivador. De acordo com ele, as pessoas eram levadas a fazer coisas apenas para obterem mais dinheiro e que deveriam ser controladas para que o trabalho rendesse o máximo possível. 57 Segundo (MAXIMIANO, 2006), ás estandardizações no processo e nas ferramentas utilizadas no trabalho, permitiram a criação do método ideal de produção (the best way), baseado no estudo de tempos e movimentos (motion-time study) e, consequentemente o surgimento da gerência cujas principais funções eram o planejamento da melhor forma de execução do trabalho e o controle do mesmo. Para possibilitar o gerenciamento efetivo, responsável também pela organização do ambiente, o trabalho foi fragmentado, centralizaram-se as decisões e a magnitude de controle de cada chefe foi diminuída, buscando estruturas e sistemas perfeitos, nos quais as responsabilidades eram bem delineadas. Taylor dissociou os princípios das técnicas, uma vez que os trabalhadores e seus supervisores imediatos deveriam ocupar-se exclusivamente da produção. Toda atividade cerebral deve ser removida da fábrica e centralizada no departamento de planejamento. O método de Taylor apoiava-se na supervisão funcional, estabelecendo que todas as fases do trabalho devem ser acompanhadas de modo a verificar se as operações estão sendo desenvolvidas em conformidades com as instruções programadas e estas instruções devem ser transmitidas a todos os empregados, por meio da descrição detalhada de cargos e tarefas. Em suma, o Taylorismo baseia-se na divisão do trabalho por meio das tarefas: “a questão não é trabalhar duro, nem depressa, mas trabalhar de forma inteligente”. (MAXIMIANO, 2006, p.41). Mesmo com esse pensamento e do plano de incentivo salarial (pagamento por produção), Taylor foi considerado o maior inimigo do trabalhador. 11.4 Teoria de Henry Ford Ford era engenheiro e empresário nascido em Springwells (1863), aperfeiçoou o taylorismo através de dois princípios adicionais: a integração das etapas do processo de trabalho (através do deslocamento, por meio de esteiras, das partes dos trabalhos individuais) e a fixação dos trabalhadores em seus designados postos de trabalho. Desta forma, o modelo administrativo de Taylor, consolidado e expandido por Ford, permeou o século passado e é ainda de grande influência, pois gerou empresas bem estruturadas, eficientes e hierarquicamente organizadas, capazes de produzir grandes quantidades de bens materiais. De acordo (GARRATY & MCCAUGHEY 1991), citado por (PILATTI, 2005), em 1925, Ford estava produzindo mais de 9.000 carros por dia, aproximadamente 1 a cada 10 segundos, a custos que a concorrência da época (General Motors e Chrysler) não podia comparar. 58 11.5 Teoria de Jules Henri Fayol Fayol era engenheiro francês, nascido em Istambul (1841), desenvolveu a Teoria Clássica, cuja preocupação era aumentar a eficiência da empresa por meio da definição das responsabilidades em todos os níveis organizacionais e da aplicação de princípios gerais da administração com uso de bases científicas sobre seis áreas: produção, comercial, contabilidade, gestão, administrativa e segurança. Henri Fayol, teórico clássico com ênfase na estrutura organizacional, segundo (CHIAVENATO,2004, p.11), a eficiência da empresa é muito mais do que a soma da eficiência dos seus trabalhadores, e que ela deve ser alcançada por meio da racionalidade, isto é, da adequação dos meios (órgãos e cargos) aos fins que se deseja alcançar. Fayol adotou alguns princípios da Administração Cientifica, como a divisão do trabalho e disciplina, abandonando outros e acrescendo os princípios de autoridade e responsabilidade, espírito de equipe e iniciativa, entre outros. Enquanto Ford e Taylor cuidaram da empresa de baixo para cima, Fayol cuidou da empresa de cima para baixo. (CHIAVENATO,2004, p.13). Fayol traz em sua teoria funcionalista a abordagem prescritiva e normativa, uma vez que a ciência administrativa, como toda ciência, deve basear-se em leis ou princípios globalmente aplicáveis. Sua maior contribuição para a administração geral foi as funções administrativas: prever, organizar, comandar, coordenar e controlar, pois essas são as próprias funções do administrador ainda nos dias atuais. A função administrativa nesse novo enfoque deixa de ser exclusiva da alta gerência, ficando difundida proporcionalmente entre todos os níveis hierárquicos, quando mais alto o cargo, mais funções administrativas apareciam, mas, ainda assim, os executivos têm maior responsabilidade administrativa, distinguindo-se das funções técnicas, isto é, ainda havia distinção entre princípios e técnicas. 12 ADMINISTRAÇÃO NUMA ABORDAGEM HUMANÍSTICA 12.1 Teoria das Relações Humanas Surge em 1930 nos Estados Unidos uma nova abordagem da Ciência administrativa. A nova abordagem administrativa denominada de humanística apresenta um novo objeto de estudo. Ocorreu então uma transformação radical e complexa, pois até então, a preocupação 59 dos estudos organizacionais recaia sobre as máquinas, com os métodos de trabalho, as tarefas e as funções a serem realizadas. De acordo com (SHIGUNOV,2005), a partir desse momento a preocupação, passou a voltar prioritariamente para análise do homem, do trabalhador e seu grupo social. Portanto o objetivo da abordagem humanística são as pessoas e o enfoque deixa de ser os aspectos técnicos desviando para os aspectos psicólogos e sociais. De acordo com os teóricos humanistas o ser humano independentemente das circunstâncias que o envolvem possui a capacidade inata de assumir o controle da sua vida e de promover o seu próprio desenvolvimento por meio de das capacidades exclusivamente humanas de escolha, criatividade e auto Realização. A Teoria das Relações Humanas, em face do desenvolvimento de ciências sociais como a psicologia e sociologia destacando-se a psicologia do trabalho. Essa Teoria surgiu num momento histórico como resposta aos novos padrões democráticos defendidos pelo povo americano. Elton Mayo, no ano de 1923, conduziu uma pesquisa em uma indústria têxtil em Hawthorne, próxima a Filadélfia e comprovou, entre outras coisas, que fatores psicológicos são altamente determinantes no comportamento e satisfação do trabalhador. A partir dessa famosa experiência novos conceitos como integração social, necessidades psicológicas e sociais, organização informal, liderança e comunicação, adentraram no mundo da Administração, deixando claro que a preocupação com a tarefa e com a estrutura dera lugar as pessoas. Assim, a teoria das Relações Humanas nasceu da necessidade de se corrigir a forte tendência à desumanização do trabalho surgida com a aplicação de métodos rigorosos, científicos e precisos, aos quais os trabalhadores deveriam forçosamente se submeter. (CHIAVENATO,2004, p.133). Administração, dando ao homem e ao seu grupo social o lugar anteriormente ocupado pelas máquinas e métodos de trabalho, sendo que ocorreu uma transformação no conceito utilizado pela teoria da administração, decorrendo daí uma verdadeira revolução na gestão de pessoas nas organizações privadas e públicas. 12.2 Antecedentes histórico da Abordagem Humanística Os principais acontecimentos históricos que antecederam a Abordagem Humanística, segundo (SHIGUNOV,2005, p. 248), tiveram implicações direta na sociedade e na vida dos 60 trabalhadores e que, também, propiciaram o surgimento da Teoria das Relações Humanas Podemos citar: A Abordagem Clássica da Ciência Administrativa e sua incapacidade de proporcionar explicações sobre o comportamento e o desempenho organizacional, A necessidade de rever os conceitos e teorias administrativas que já não conseguiam explicar o comportamento organizacional; As novas necessidades da sociedade, dos homens e dos trabalhadores; O desenvolvimento das Ciências Sociais; O desenvolvimento da psicologia do trabalho ou psicologia industrial; A grande depressão econômica de 1929; A sempre e eterna preocupação dos empresários em aumentarem a produtividade, reduzir custos e aumentar o lucro; A necessidade de humanizar e democratizar a administração; As ideias da filosofia pragmática de John Dewey e da psicologia dinâmica de Kurt Lewin. Com a Abordagem das Relações Humanas de acordo com (SHIGUNOV,2005, p. 249), novas variáveis são acrescentadas, até então inexistentes enquanto objetos de estudos, sendo elas: Homem social; Estilos de liderança e comunicação; Integração social; Comportamento social dos trabalhadores; Necessidades psicológicas e sociais; Novas formas de compensação e sanções não materiais; Grupos informais; Dinâmica de grupo; Organização informal; A preocupação com as Relações Humanas dentro das organizações; A ênfase nos aspectos emocionais e não racionais do comportamento dos trabalhadores; A importância do conteúdo dos cargos e tarefas; A nova concepção de homem, racional-emocional, em oposição ao homem econômico-racional da Abordagem Clássica. 61 12.3. As implicações da Teoria das Relações Humanas para a Ciência Administrativa A Abordagem Humanística ocorreu com aparecimento da teoria das relações humanas, onde a Ciência Administrativa passou por uma revolução conceitual, onde ocorre uma transferência da ênfase da Administração Cientifica e estrutura organizacional, para uma abordagem com ênfase nas pessoas que trabalham ou que participam nas organizações. Outro aspecto da Teoria da Relações Humanas é o estudo que influência na motivação sobre o comportamento das pessoas. Para que se possa compreender a motivação do comportamento humano, é necessário que tenha conhecimentos sobre as necessidades humanas fundamentais. Segundo (SHIGUNOV,2005), o comportamento humano é determinado por causas que, muitas vezes, escapam ao próprio entendimento e controle do homem. Essas causas são denominadas necessidades ou motivos: São forças conscientes ou inconscientes que levam o indivíduo a um determinado comportamento. A partir da Teoria das Relações Humanas passou-se a constatar a enorme influência da liderança informal sobre o comportamento das pessoas. A liderança é necessária em todos os tipos de organizações humanas, principalmente nas empresas e em cada um de seus departamentos. Existem três teorias a respeito da liderança, a saber: Teoria dos traços de personalidade; Teoria dos estilos de liderança; Teoria situacional de liderança. Portanto os subordinados devem receber continuamente dos superiores um fluxo de comunicações capaz de suprir-lhes as necessidades. Por outro lado, os superiores devem receber dos subordinados um fluxo de comunicação capaz de oferecer ideias adequada do que está acontecendo. 12.4 A experiência de Hawthorne Em 1927 a direção da Western Eletric Company, fábrica de componentes de telefones situado no bairro de Hawthorne da cidade de Chicago, Estados Unidos, contratou uma equipe da Universidade de Harvard para realizar pesquisas sobre produtividade e condições físicas de trabalho. George Elton Mayo fundador do movimento das Relações Humanas e da sociologia industrial, chefiou a experiência de Hawthorne, que iniciou com o interesse de estudar a fadiga, 62 os acidentes de trabalho e os efeitos das condições físicas do trabalho e suas relações com a produtividade. Segundo (SHIGUNOV, 2005), A Experiência de Hawthorne aconteceu no período de 1927 a 1932, na Western Eletric Company, situado no bairro de Hawthorne, visando determinar qual a relação existente entre a intensidade da iluminação e a produtividade dos operários. Em 1932 a experiência foi interrompida pelas implicações da grande depressão de 1929. A Western Eletric Company era uma fábrica de equipamentos e componentes telefônicos, considerada avançada para a época, e de acordo com (SHIGUNOV, 2005), a fábrica estava voltada para a melhoria das condições físicas de trabalho e salários satisfatórios, ou seja, voltada para o bem-estar de seus funcionários. Os estudos da experiência de Elton Mayo e seus colaboradores foram realizadas no departamento de montagem de relés de telefone, no qual trabalhavam a maioria mulheres, onde o trabalho era executado de maneira manual de montagem, dependendo intensamente de sua velocidade para a produção. De acordo com (SHIGUNOV, 2005, p. 252), a experiência foi dividida em quatro fases que objetivam detectar o comportamento dos funcionários, seu rendimento e produtividade sob determinadas condições físicas de trabalho. As quatro fases são: Fase 1 Fase 2 Fase 3 Fase 4 Tabela 10: Comportamento dos funcionários. Essa fase foi divido em dois grupos, onde o grupo de controle, manteve as condições ambientais de trabalho constante, onde o segundo grupo de observação trabalhou sob a intensidade da luz variável de forma proposital. E nessa experiência foi descoberto que o fator psicológico tem influência sobre o desempenho dos funcionários. Então como pesquisa tinha como intuito verificar a relação da modificação da iluminação sobre a produtividade no trabalho, eles voltaram a se dedicar ao seu objetivo original. Com a introdução de novas variáveis independentes (horários de descanso, lanches, reduções no período de trabalho, sistema de pagamento), pretendia-se identificar aquela que mais influenciava na produtividade do trabalho. Nesse momento, foi realizado um programa de entrevistas com os operários buscando maiores conhecimentos sobre atitudes e motivações do trabalhador. Foram avaliados os aspectos que envolvem a lealdade do grupo e a lealdade com os propósitos da empresa. Foi montado um grupo experimental, onde passaram a ser observados constantemente na sala de montagens de terminais, e essa observação permitiu os pesquisadores perceberem as artimanhas utilizadas por esses operários para reduzir seu trabalho, de acordo com os padrões que o próprio grupo considerava ideal. Aqueles trabalhadores que não fizessem eram punidos simbolicamente pelo o grupo. Nessa última experiência, foi possível o estudo das relações entre a organização informal dos operários e a organização formal da fábrica. Fonte: Elaborada pela autora. Ao término da pesquisa a conclusão foi que a qualidade do tratamento dispensado pela gerencia aos trabalhadores influencia fortemente em seu desempenho. Onde bom tratamento significa bom desempenho. 63 O sistema social formado pelos grupos determina o resultado do indivíduo, que é mais leal ao grupo do que a administração. Se o grupo resolve ser leal a administração, o resultado é positivo para a empresa. O resultado é negativo para a empresa quando o grupo resolve atender a seus próprios interesses. (MAXIMIANO, 2000, p. 67). Portanto o indivíduo precisa ser eficaz, ou seja, atingir os propósitos da organização, e buscar a satisfazer os seus motivos individuais para sobreviver nesse sistema. 13 Abordagem estruturalista da administração 13.1 Teoria Burocrática Na década de 1940, aparece a abordagem Estruturalista da Administração, vindo complementar as Abordagens Clássica e Humanística, as quais já não supriam as expectativas. Essa Abordagem está firmada em duas importantes teorias. A Teoria da Burocracia, pesadamente alicerçada nas obras de Max Weber, famoso sociólogo alemão já falecido, e a Teoria Estruturalista, a qual enfatiza não apenas a estrutura, mas as pessoas e o ambiente como também importantes. As obras de Max Weber são a grande fonte de inspiração da Teoria Burocrática. Para este sociólogo alemão a burocracia é o modelo da organização por excelência e tem conforme Chiavenato as seguintes características: Caráter legal das normas e regulamentos; Caráter formal das comunicações; Caráter racional e divisão do trabalho; Impessoalidade nas relações; Hierarquia de autoridade; Rotinas e procedimentos estandardizados; Competência técnica e meritocracia; Especialização da administração que é separada da sociedade; Profissionalização dos participantes; Completa previsibilidade do funcionamento. O foco desta Teoria é a organização considerada em seu todo, devendo ser administrada de forma racional com vistas ao alcance da eficiência. As pessoas não são consideradas como tais com suas peculiaridades e valores intrínsecos, mas apenas como meros ocupantes de cargos e funções, devendo as relações estabelecidas serem impessoais. 64 13.2 Teoria estruturalista da administração A teoria estruturalista aparece no final da década de 1950, quando do declínio da teoria das relações humanas, a qual combateu a teoria clássica, deixando um vazio, não preenchido pela teoria Burocrática. Daí é apresentada uma visão crítica da organização formal, através da teoria estruturalista. Segundo (Chiavenato,2004), ao se referir a mesma ”significa um desdobramento da Teoria da Burocracia e uma leve aproximação à Teoria das Relações Humanas”. Dentre as contribuições trazidas por essa Teoria, destaca-se o conceito do homem organizacional, prefigurado como aquele que desempenha diferentes papéis em diferentes organizações, bem como o enfoque na inter-relação das organizações com o ambiente externo. Agora, a organização passava a ser vista como um sistema aberto, dependente de variáveis externas. 14 QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO 14.1 Conceito A qualidade de vida no trabalho vem sendo um objeto de estudo e de atenção nas últimas décadas, devido à apresentação de vantagens tanto para os trabalhadores quanto para a empresa que a aplica. De acordo com CHIAVENATO,2004), a qualidade de vida no trabalho está relacionada com o comprometimento e participação com o bem-estar dos funcionários, visando um ambiente organizacional onde exista uma gestão dinâmica, tornando a vida de todos mais saudável, sendo mais propício a melhorar e aumentar a produtividade. Na maioria das vezes quando se trata da construção da QVT as empresas logo imaginam os custos que isso irá gerar, como por exemplo, aumento salarial, mudanças nas jornadas de trabalho, entre outros, o que dificulta a implementação da qualidade de vida no trabalho. A qualidade de vida no trabalho se apresenta como uma preocupação do homem deuse início da sua existência, com objetivo de facilitar ou trazer satisfação e bem-estar ao trabalhador na execução de suas tarefas. “O conceito de qualidade de vida engloba vários aspectos como físicos, ambientas e psicológicos do local de trabalho” (CHIAVENATO,2004). A pesquisa atual na área de Qualidade de Vida evoluiu de uma visão de melhoria das condições e ambientes de trabalho, visando à maior satisfação e à produtividade total, para uma 65 visão holística do homem, um ser biopsicossocial. Entre os cientistas, existe atualmente uma grande preocupação com a relação entre trabalho e bem-estar do trabalhador. O destaque está na prevenção, no desenvolvimento da qualidade de vida no trabalho e na construção de um ambiente que seja propício à produtividade das pessoas e à sua realização. A qualidade de vida no trabalho caracteriza-se por uma constante busca pelo equilíbrio entre o indivíduo e a organização, valorizando o trabalhador como ser humano e sua posição na organização, requerendo a construção de um espaço organizacional que valorize a subjetividade dos trabalhadores, considerando-os sujeitos de seu trabalho e não objeto de produção ( NASCIMENTO FÁBIO, 2005, p. 67) Na busca pela excelência as organizações procuram trabalhar com Qualidade de Vida no Trabalho dentro do Ambiente organizacional; para sanar os Conflitos no ambiente de Trabalho; e oferecendo Capacitação Profissional para os colaboradores e incentivando a Competência Profissional e a Motivação Pessoal; para a Valorização do Capital Humano. Empresas que buscam o bem-estar dos seus colaboradores vêm inovando com programas de saúde para prevenir e manter a saúde de cada um. Essas medidas além da elevação da autoestima de cada colaborador também servem para reduzir os elevados custos em saúde. Cada um desses programas desenvolvidos não pode deixar de conter orientações aos seus funcionários no que diz respeito à pressão alta, fumo, obesidade e estresse, assim como encorajá-los a mudar seus hábitos alimentares, prática frequente de exercícios para que sua produtividade seja maior no trabalho. Os programas de QVT buscam criar uma organização mais humanizada com o aumento na responsabilidade, autonomia no trabalho e constantes trocas de informação entre colaborador e organização. Esses programas são constituídos com uma das mais eficazes formas de desenvolvimento do indivíduo e atingindo um alto nível de comprometimento das pessoas no que diz respeito à qualidade. 14.2 Motivação pessoal dos colaboradores Motivação é uma das grandes forças impulsionadoras do comportamento humano. É ela que irá determinar os níveis de desempenho pessoal e profissional obtidos na empresa. Está diretamente relacionada com sentimentos de pertença, produtividade e valorização. Priorizar a motivação na empresa significa valorizar, implantar e manter um alto nível de criação e recriação, uma comunicação entre todos da equipe, sempre prezando por uma atmosfera que alimente o bom e saudável relacionamento entre todos. 66 O clima organizacional, bem como o desempenho no cargo, representa fatores importantes na hora de determinar sobre QVT (Qualidade de Vida no Trabalho). Por outro lado, a importância das necessidades humanas varia conforme a cultura de cada indivíduo e de cada organização. Portanto, a QVT não é determinada apenas pelas características individuais (necessidades, valores, expectativas) ou situacionais (estrutura organizacional, tecnologia, sistemas de recompensas, políticas internas), mas, sobretudo pela atuação sistêmica dessas características individuais e organizacionais. (CHIAVENATTO, 2004, p. 392). Já quando existe a QVT (Qualidade de Vida no Trabalho) automaticamente se iniciará um clima favorável de respeito mútuo e confiança, onde o indivíduo somente aumentará as suas contribuições para toda e qualquer organização. As práticas motivacionais compreendem todos os tipos de incentivo e recompensas que as organizações oferecem a seus empregados na tentativa de conseguir o desempenho que possibilite a realização de seus objetivos. Abrangem desde os elogios e desafios propostos pelos gerentes até a participação dos funcionários no processo decisório, nos lucros ou na propriedade da empresa, passando por benefícios, prêmios, programas de enriquecimento do trabalho e planos de carreira (MAXIMIANO, 2006, p.244). Buscando responder sobre a questão da motivação, deve-se considerar que a motivação de cada um depende da força de seus motivos. Motivos esses que impulsionam e mantém o comportamento dos indivíduos, ou seja, agem como molas de ação nas vidas de cada um. É perceptível quando se tem um colaborador motivado, sinais como uma postura tranquila, um sorriso ou um olhar confiante fazem perceber que as coisas andam acontecendo de maneira correta. Existem também os sinais claros de desmotivação como: postura displicente, cabeça apoiada e também a falta de brilho nos olhos. Estes, somados, são indícios de que o funcionário não está motivado. 15 MOTIVAÇÃO 15.1 Conceito Os administradores organizacionais contemporâneos apontam como maior preocupação nas empresas a falta de motivação das pessoas no trabalho. Porém esse problema não é atual – sempre existiu, e começou a ser identificado há muitos anos atrás. 67 Cada um de nós possuímos muitas necessidades, sendo que algumas são biogênicas, ou seja, surgem de acordo com o estado de tensão fisiológico. Outras necessidades são psicológicas, decorrentes do estado de tensão psicológicos, como por exemplo, a necessidade do reconhecimento ou estima. E essas necessidades passam a ser motivo, quando a intensidade ganha um nível que seja suficiente para levar uma pessoa a agir. “A abordagem cognitiva enfatiza que o comportamento é dirigido a metas e propósitos e a motivação é vista como uma tendência a mover as pessoas às metas desejada”. (COBRA, 1997, p. 44). Por isso é muito importante ter funcionários dentro da empresa motivados, seja porque o salário é bom, ou porque o ambiente de trabalho é gostoso de trabalhar e porque o funcionário enxerga a possibilidade de crescimento dentro da organização. Portanto funcionário motivado é sinal de cliente satisfeito. Pouco daquilo que se passa no momento com as pessoas dentro das organizações representa uma ocorrência atual. As dificuldades vêm se preparando e se estruturando ao longo dos anos para se evidenciarem hoje como tal. Assim sendo, existe sempre uma história passada que, na maioria das vezes, acumula erros e mais erros que foram se sucedendo e se avolumando sem que os próprios problemáticos desmotivados nem seus líderes os percebessem a tempo. (BERGAMINI, 2008, p. 1). Toda pessoa que inicia sua vida de trabalho em qualquer organização, ficam cheias de expectativas com relação a sua nova vida no trabalho e esse é, portanto, o momento em que as pessoas estão mais motivadas. A melhor eficácia para geri-las seria a utilização de estratégias que visam não as desmotivar. 15.2 Relação entre a revolução industrial e a motivação Um importante marco para analisarmos o crescente estudo sobre a motivação encontrase na Revolução Industrial. Antes desse período, o método mais utilizado para elevar a motivação daqueles que trabalhavam era o uso de ameaças e punições, o que causava, entre as pessoas, um ambiente impregnado de medo de não se conseguir cumprir a contento as atividades que lhes eram atribuídas. Durante a Revolução Industrial, as organizações buscaram aumento dos resultados através de grandes investimentos em máquinas e procedimentos industriais. Com a filosofia de maximizar a produção a qualquer custo, as áreas de Recursos Humanos nas empresas criaram planos salariais, benefícios extras e premiações de modo a garantir, através de uma espécie de 68 competição, que os empregados aplicassem a totalidade do seu potencial nos trabalhos sob suas responsabilidades. Dentro deste contexto, a Administração Científica de Taylor, nos idos de 1911, propõe a importância da necessidade de conforto físico e segurança no trabalho, pois se compreendia que o atendimento das necessidades básicas deveria ser a principal forma de atingir os melhores níveis de produtividade. (BERGAMINI, 2008, p. 3). Portanto as recompensas e controles desta natureza podem até acelerar a produtividade, mas também podem levar a resultados negativos como desenvolver uma tendência a fazer somente o que se é pago para ser feito, e possivelmente até se engajar em sabotagem sutil. O cientista social australiano, George Elton Mayo (1880-1949) fundou o movimento das Relações Humanas em oposição a Administração Científica de Taylor. BERGAMINI (2008) aponta que, nesta importante ótica, Mayo propôs a substituição da ênfase na estrutura e nas tarefas pela ênfase nas pessoas através da interação social. Os administradores das empresas em geral, passaram a adotar uma nova atitude a partir da qual os empregados sentissem sua utilidade e importância pessoal no trabalho. A autora acrescenta ainda que, destas orientações de Mayo, passou-se a considerar que os objetivos motivacionais mais importantes a serem conquistados eram o reconhecimento de como as pessoas eram úteis e importantes dentro das organizações e grupos sociais que pertenciam. Na década dos anos 50, o psicólogo social e especialista em comportamento humano, Douglas McGregor (1906-1964) preconiza que as pessoas têm uma necessidade psicológica de trabalhar e aspiram a ter realização profissional e responsabilidade. Com isso, propõe que a auto realização seria um novo representante dos fatores motivacionais no trabalho. Começa-se a falar de maturidade motivacional, na qual a busca do auto realização caracteriza o nível mais alto dessa maturidade, diferentemente dos fatores extrínsecos, do tipo conforto físico, segurança e interação social, que eram os fatores que formavam a base da pirâmide motivacional proposta por Maslow. (BERGAMINI, 2008, p. 7). McGregor adverte ainda que é natural a busca do trabalhador por um nível de maior maturidade motivacional e, caso não consiga atingi-lo, é porque a organização da qual faz parte não o favoreceu – a partir daí, comportam-se, com previsibilidade: Com indolência; Passividade; 69 Má vontade em aceitar responsabilidade; Resistência à mudança; Tendência a aderir aos demagogos; Exigências exageradas de benefícios econômicos. Com o tempo, essas teorias que apontavam a existência de apenas um fator motivacional, seja ele o econômico, o relacionamento social ou a auto realização tornaram-se insuficientes para a escolha da melhor filosofia administrativa de pessoas. O homem passou a ser percebido como um ser mais complexo do que os estudos motivacionais descreviam até então. Passou-se a considerar o ser humano no trabalho como pertencente a um grupo de pessoas que estão motivadas por um conjunto mais complexo de fatores que se combinam de maneira diferente em cada uma delas, para determinar assim a sua identidade pessoal e motivacional. (BERGAMINI, 2008, p. 9). Diante desta ótica, assumiu-se que cada trabalhador traria consigo uma combinação ímpar de potenciais habilidades e talentos. E, para contar com a contribuição diferenciada de cada um, seria necessário não os desmotivar e dar-lhes ainda a possibilidade de terem suas ideias e pontos de vista expostos para a apreciação das organizações. Segundo a autora (BERGAMINI 2008), o ser humano não se submete passivamente no desempenho daquelas atividades que lhe são impostas e nas quais não vê sentido algum. Nesta vê-se, portanto, as quão ineficazes eram as teorias administrativas durante a Revolução Industrial, que focavam todos os esforços nas aquisições de máquinas e desenvolvimento de processos industriais que buscavam reduzir as operações no trabalho, fracionando as atividades em seus menores movimentos dentro das linhas de produção. As ações dos trabalhadores deveriam ser o mais simples possível. Hoje, o ser humano é visto de maneira completamente diferente de qualquer outro recurso produtivo, torna-se explícito o reconhecimento da motivação como um fator interior e individual de cada pessoa. Esta motivação é uma das mais poderosas forças na medida em que as pessoas estão dispostas a se esforçar no sentido de alcançarem uma determinada meta, porque isso satisfaz uma de suas importantes necessidades. Mas estas novas conceituações sobre a motivação são relativamente recentes, começando somente agora a ser consideradas pelas organizações que, durante décadas, trataram-na também como condicionamento ou manipulação. 70 Para conseguir que os trabalhadores agissem a contento de suas administrações, as empresas utilizavam-se de artifícios que vão desde promessas de premiações por altos desempenhos até punições por comportamentos considerados inadequados. Com isso, frequentemente encontravam relacionamentos profissionais baseados em trocas entre as pessoas, sejam de cargos, posições, salários, regalias e outros que visam assegurar uma suposta fidelidade e submissão mesmo que de forma transitória e temporária. Era o obedecer pelo emprego remunerado. Porém, as pessoas que eram agraciadas com as tais premiações começaram a perceber que não havia nesta transação a satisfação de suas expectativas pessoais e de realização. Começou-se então a ruir a fórmula de sucesso que as empresas acreditaram ter descoberto. 16 CARGOS E SALÁRIOS 16.1 Conceito A atividade de cargos e salários é apresentada como foco estratégico, onde a questão central é transformar a visão usual da remuneração, como fator de aperfeiçoamento da organização, melhoria e aumento da competitividade interna. Para entender melhor, vamos conceituar separadamente o que é cargo e o que é salário. Segundo os autores (ARAÚJO, GARCIA, 2009), cargo é um conjunto atribuições e requisitos semelhantes e que tem responsabilidades específicas a serem praticadas pelo o seu cargo. Já quando se fala de salário, de acordo com (ARAÚJO, GARCIA), trata-se de uma contraprestação em dinheiro, recebida periodicamente pelo corpo funcional, em face de um trabalho desenvolvido num espaço de tempo previamente definido. O estudo de cargos e salários é um instrumento que permitirá à empresa a administração de seus recursos humanos na contratação, movimentações horizontais (méritos) e verticais (promoções) de seus profissionais e retenção dos talentos da empresa. A definição de cargos e salários estabelecerá uma política salarial eficaz que permitirá a ascensão profissional dos colaboradores de acordo com suas aptidões e desempenhos, assim como subsidiará o desenvolvimento do plano de carreiras. (ARAÚJO, GARCIA, 2009, p. 49). Porém se o profissional tiver um cargo e um salário que atenda às suas expectativas, ele será um profissional motivado, podendo então proporcionar aos clientes da empresa um atendimento de qualidade, tornando possível a fidelização e captação de novos e clientes. 71 16.2 Motivação e recompensas Muitas das vezes já ouvimos vários funcionários dizerem que não tinham mais motivação para trabalhar e que seu desempenho já não era mais o mesmo, pois acreditavam que mereciam mais e melhores recompensas e ser reconhecido pelo que faz. Sendo assim percebesse que a motivação, recompensas e reconhecimento são circunstâncias relacionadas a remuneração. Motivação: Motivação é o ato de motivar, a espécie de energia psicológica ou tensão que coloca em prática o movimento do organismo humano. Sendo assim a motivação para um trabalho dependerá do significado que cada qual atribui a uma determinada atividade. Recompensas: De acordo com (ARAÚJO, GARCIA, 2009), a organização possui várias formas de recompensar seus funcionários. Podendo ser um reconhecimento formal por uma contribuição da pessoa por meio de elogio público ou não, de uma carta pessoal ou um prêmio como viagens até mesmo um aumento salarial ou uma promoção para posições organizacionais com desafios maiores. Portanto se o funcionário for reconhecido pelo o seu bom desempenho dentro da organização e se for recompensado da melhor maneira possível, ele será um colaborador totalmente motivado, ou seja, ele sempre estará pronto e preparado para oferecer aos clientes da empresa um atendimento de ótima qualidade, podendo fidelizar e conquistar novos clientes para a organização. Baseado nas considerações da autora (LIMONGI FRANÇA et al ,2002), a prática de recompensar as pessoas pelo seu trabalho, está presente desde o sistema capitalista de produção e o padrão de recompensas surgiu somente a partir da primeira guerra mundial, com o crescimento das organizações. A lógica de remunerar conforme o cargo funcionou bem, portanto a medida que as organizações passaram a utilizar os seus profissionais de uma outra forma, com muito mais flexibilidade, autonomia e delegações. 16.3 Programas de benefícios aos funcionários Os benefícios constituem uma forma indireta de remuneração destinada a aprimorar a qualidade de vida profissional e pessoal dos funcionários. De acordo com os autores (BOHLANDER, SNELL, 2009), os benefícios representam cerca de 42% dos custos totais com a folha de pagamento das empresas. Portanto os empregadores geralmente esperam que os funcionários apoiem a empresa e sejam produtivos. Visto que os funcionários passaram a 72 esperar um número crescente de benefícios, e o seu valor motivacional depende de como o programa de benefícios é elaborado e divulgado. O programa de benefícios dos funcionários deve basear-se em objetivos bem específicos. Os objetivos que uma empresa estabelece dependerão de vários fatores, como: tamanho e localização da empresa, lucratividade e os padrões da indústria. Os principais objetivos da maioria dos programas de benefícios são: Aprimorar a satisfação do funcionário no trabalho; Atender aos requisitos de saúde e segurança; Atrair e motivar os funcionários; Reter funcionários com alto nível de desempenho; Manter uma posição competitiva favorável. Portanto se a empresa não tiver um plano de benefícios flexível é interessante que passe a ter, pois se os funcionários possuem benefícios e são recompensados pelo o seu bom desempenho dentro da organização, com certeza ele será um colaborador motivado. 17 TEORIAS MOTIVACIONAIS Vários foram os autores que discorreram sobre as necessidades intrínsecas do ser humano que culminaram no estudo da motivação. Desses estudos, nasceram várias teorias que buscavam definir o comportamento do indivíduo, principalmente dentro das organizações na realização de suas tarefas. Citaremos a seguir as principais teorias, que mais trouxeram contribuições e comentários. Existem três das maiores teorias sobre a motivação humana, sendo elas: Sigmund Freud, Abraham Maslow e Frederick Herzberg. Teoria de Freud: Sigmund Freud concluiu que as forças psicológicas que formam o comportamento dos indivíduos são basicamente inconscientes e que ninguém chega a entender por completo as próprias motivações. Além disso, estabelece que as motivações são responsáveis pela aceitação ou rejeição de determinados produtos ou serviços. “Atualmente, os pesquisadores de motivação mantêm a tradição da interpretação freudiana. Jan Callebaut identifica diferentes motivos pelos quais um produto pode satisfazer o consumidor”. (Freud Sigmund, apud KOTLER KELLER, 2012, p. 173). Teoria da Hierarquia das Necessidades, de Maslow: Segundo (CHIAVENATO, 1999), após inúmeras pesquisas e artigos a respeito do comportamento humano, em 1954 o psicólogo 73 americano Abraham Harold Maslow desenvolveu uma das mais importantes obras dentro do estudo da motivação humana: a Teoria da Hierarquia das Necessidades Humanas. Nesta, Maslow definiu como primárias as necessidades fisiológicas e as de segurança e secundárias as necessidades sociais, de estima e de auto realização. De acordo com (CHIAVENATO, 1999), Maslow supôs que, quando uma pessoa conquista esses elementos essenciais, passa ao nível das necessidades de segurança (defesa, proteção, salário, casa própria, seguro-saúde, aposentadoria, emprego). Ao atingi-lo e sentir-se segura quanto à proteção contra ferimentos e danos, a pessoa sobe ao próximo nível: o das necessidades sociais (relacionamento, amor, pertencer a um grupo). Neste terceiro nível, a aceitação e a afeição dão origem a um quarto estágio, definido como o das necessidades de estima (autoestima, reconhecimento, status, prestígio). No topo da escala, encontram as 32 necessidades de auto realização. Essa última etapa representa a realização de potencialidades e a expressão do crescimento pessoal. Para Maslow, as necessidades dos seres humanos obedecem a uma hierarquia, ou seja, uma escala de valores a serem transpostos. Isto significa que no momento em que o indivíduo realiza uma necessidade, surge outra em seu lugar, exigindo sempre que as pessoas busquem meios para satisfazê-la. Ele conclui que as necessidades humanas são dispostas em uma hierarquia, da mais urgente para as menos urgentes necessidades ficológicas, necessidades de segurança, necessidades sociais, necessidades de estima e necessidade de auto realização. (KOTLER, 2012, p. 173). As pessoas buscam satisfazer as necessidades de mais importância e depois vão à busca de satisfazer aquelas que não têm “prioridade”. E depois que as necessidades principais são realizadas, as que ficaram para segundo plano se tornam importantes. Figura 2 - Pirâmide das Necessidades de Maslow Fonte: adaptado de CHIAVENATO (1999). 74 Segundo a pirâmide de Maslow as necessidades são: Necessidades Fisiológicas: constituem o nível mais baixo das necessidades humanas, como a de alimentação (fome e sede), de sono e repouso (cansaço), de abrigo (frio ou calor), o desejo sexual, etc.; Necessidades de Segurança: (sobrevivência física) constituem a busca de proteção contra a ameaça ou privação, a fuga e o perigo; Necessidades Sociais: (a aceitação pelo meio e o sentido de importância), incluem a necessidade de associação, de participação, de aceitação por parte dos companheiros, de troca de amizade, de afeto e amor; Necessidade de Estima: (relevância, domínio, reputação, prestígio) envolve a auto apreciação, a autoconfiança, a necessidade de aprovação social e de respeito, de status, prestígio e consideração, além de desejo de força e de adequação, de confiança perante o mundo, independência e autonomia; Necessidade de Auto realização: (desejo de conhecer, compreender, sistematizar, organizar e construir um sistema de valores) são as mais elevadas, de cada pessoa realizar o seu próprio potencial e de auto desenvolver-se continuamente. Estas necessidades englobam três tipos de motivos, os físicos, interação com os outros e relacionamento com o próprio. De acordo com a pirâmide, a ordem de satisfação das necessidades acontece de baixo para cima, ou seja, os desejos mais altos da escala só serão realizados quando os que estão mais abaixo estiverem mais ou menos satisfeitos. Sempre presente quando o assunto é motivação, a teoria da hierarquia das necessidades de Maslow é unanimidade, entre os estudiosos deste tema, por ainda descrever com tamanha precisão os anseios do ser humano contemporâneo. Teoria dos dois fatores de Herzberg: Frederick Herzberg dividiu a sua teoria em dois fatores principais, sendo eles: insatisfatores e satisfatores. O Fator insatisfatores, são fatores que causam a insatisfação nas pessoas. Já o fator satisfatores é ao contrário, pois se tratam de fatores que causam a satisfação no indivíduo. Segundo Herzberg [...] os vendedores devem fazer o possível para evitar os insatisfatores, por exemplo, um manual de instruções de má qualidade ou uma política de atendimento precário. (HERZBERG FREDERICK apud KOTLER , 2012, p. 174). Para Bee (2000), é necessário que o funcionário compreenda que o seu atendimento é importante, pois pode ser que ele seja responsável por metas de vendas e atendimento, ou por uma equipe e suas metas; estar querendo obter um aumento ou apenas porque o seu superior 75 disse que se trata de um assunto muito importante. Talvez seja por perceber que seu emprego depende da sobrevivência da empresa e que o atendimento ao cliente é um elemento vital para sobrevivência da organização. Funcionários motivados contribuem para o crescimento da organização, pois os mesmos precisam perceber que podem contribuir para o fortalecimento e crescimento da empresa. Através de capacitações e estímulos o funcionário percebe que ambas as partes se complementam e que seu atendimento contribui para o desenvolvimento, satisfação e captação de clientes e fidelização de novos. Fatores higiênicos: são extrínsecos porque se localizam no ambiente que rodeia as pessoas e abrangem as condições dentro das quais elas desempenham seu trabalho. Como estas condições são administradas e decididas pela empresa, as necessidades higiênicas estão fora de controle das pessoas. Nessa categoria estão elencados: salário, benefícios sociais, tipo de chefia, condições físicas de trabalho, modelo de gestão e relacionamento com os colegas. Os fatores higiênicos, se presentes, não chegam a causar satisfação, porém se ausentes, são capazes de causar insatisfação. Bergamini (2006), afirma que é bom que se diga, logo de início, que fatores extrínsecos ao trabalhador tal como salário, segurança, políticas organizacionais, relacionamento interpessoal, condições do ambiente de trabalho, fazem apenas com que as pessoas se movimentem para buscá-los, ou se disponham a lutar por eles quando os perderam. Não é a sua presença que motiva. Conforme CHIAVENATO (1999), a expressão “higiene” possui um caráter preventivo e serve para mostrar que esses fatores se destinam a afastar as condições desagradáveis. Como exemplo de necessidades higiênicas destaca-se: Salários; Segurança no cargo; Benefícios sociais; Relações com a chefia; Condições de trabalho e conforto; Políticas e diretrizes da empresa; Clima de relacionamento entre a empresa e funcionários; Regulamentos internos. Fatores motivacionais: são intrínsecos e dizem respeito aos sentimentos de auto realizarão e reconhecimento. No trabalho, estão relacionadas com o conteúdo do cargo e com a natureza 76 das tarefas que a pessoa executa. Ao contrário das necessidades higiênicas as necessidades motivadoras estão sob controle do indivíduo, pois estão relacionados com aquilo que ele faz e desempenha. Envolvem sentimentos de crescimento individual, reconhecimento profissional e auto realização, e dependem das tarefas que o indivíduo realiza no seu trabalho. Se presentes, causam satisfação. Se ausentes, deixam de causar satisfação, mas não chegam a causar insatisfação. Ainda conforme (CHIAVENATO, 1999), o termo “motivação” envolve sentimentos de realização, de crescimento e de reconhecimento profissional, manifestados por meio de exercícios das tarefas e atividades que oferecem suficiente desafio e significado para o trabalho. Como exemplo de necessidades motivacionais destacam: Delegação de responsabilidade; Liberdade de decidir como executar o trabalho Promoção; Uso pleno das habilidades pessoais; Estabelecimento de objetivos e avaliação relacionadas com eles; Simplificação do cargo pelo próprio ocupante; Ampliação ou enriquecimento do cargo (horizontal ou verticalmente). A partir das definições destes dois fatores, faz-se entre eles uma análise comparativa: Tabela 11 - Comparativo entre Fatores Motivadores e Fatores Higiênicos Fatores Motivadores Fatores Higiênicos Sentimento de realização Relação com o chefe Reconhecimento Relação com os colegas Trabalho variado e desafiante Supervisão técnica Desenvolvimento pessoal Condições de trabalho Fonte: adaptado de TEIXEIRA (2005). A teoria de Herzberg coincide com a teoria de Maslow de que os níveis mais baixos de necessidades humanas têm pequeno efeito motivacional quando o padrão de vida é elevado. E apresentam, ainda, pontos de concordância e diferenças que permitem uma visão mais ampla sobre a motivação do comportamento humano. 77 Tabela 12 - Teoria de Maslow X Teoria de Herzberg Maslow Herzberg Auto Realização Autoestima Social Segurança O trabalho em si; Responsabilidade; Progresso; Crescimento. Realização; Reconhecimento; Status. Ser aceito por outros; Pertencer a grupos. Políticas Administrativas e Empresariais; Segurança no cargo. Fonte: adaptado de TEIXEIRA (2005). 18 ATENDIMENTO AO CLIENTE 18.1 Conceito O cliente é o principal gerador de lucro na empresa, é necessário que fiquem satisfeitos através dos produtos ou serviços adquiridos na empresa, para que possam continuar comprando e, assim, conquistando o sucesso no negócio. O nível de atendimento precisa ser constantemente aprimorado nas organizações, o cliente interno precisa estar sempre se preparando, investindo, buscando conhecimentos e recursos para melhorar o atendimento, pois os consumidores estão buscando novidades, ficando mais exigentes, e com isso é necessário satisfazer suas necessidades e objetivos. No negócio, o atendimento ao cliente é um dos aspectos mais importante, sendo que o cliente é o principal objetivo do negócio, [...] que todo negócio deve ser voltado ao cliente, sendo que só permanecera se o cliente estiver disposto a continuar comprando o produto/serviço. (CHIAVENATO, 2005, p. 209). Um dos principais responsáveis pelo sucesso e futuro de uma empresa é o atendente, pois é o atendimento que liga a organização ao cliente. O cliente sendo bem tratado, conquistada sua simpatia, levará uma boa impressão da empresa, podendo voltar outras vezes, e até divulgando o bom atendimento. 78 O atendimento está diretamente ligado aos negócios que uma organização pode ou não realizar, de acordo com suas normas e regras. O atendimento estabelece dessa forma uma relação de dependência entre o atendente, a organização e o cliente. (CARVALHO, 1999, p. 233). Segundo (KOTLER,2000, p.462), Clientes cujas reclamações são resolvidas de modo satisfatório acabam se tornando mais fiéis à empresa do que aqueles que nunca ficaram insatisfeitos. O autor afirma que é necessário ter sempre em mente as seis regras do bom atendimento: 1. Crie um relacionamento com o cliente; 2. Escute as necessidades do cliente; 3. Resolva os problemas rapidamente; 4. Conheça a fundo os produtos e serviços oferecidos; 5. Evite o "Eu não sei"; 6. Supere as expectativas do cliente. O cliente gosta de ser tratado com delicadeza e atenção no atendimento, objetivando a satisfação e o encantamento, podendo estabelecer vínculos de amizade e respeito. De acordo com (KOTLER,2000), para realizar um bom atendimento é necessário o perfeito conhecimento do cliente, suas necessidades, desejos, problemas e expectativas é ponto indispensável. Quando um cliente fica insatisfeito com o atendimento recebido é a imagem da organização que fica comprometida e não a sua. Diante desse fato, apresentamos quatro grandes oportunidades, onde os clientes percebam a qualidade do atendimento, são elas: Entrada: Quando o cliente chega à empresa, sua primeira impressão é: Analisar se a empresa é organizada; Verificar se os funcionários são receptivos; Averiguar se os funcionários demonstram disposição em resolver as dificuldades apresentadas. Abordagem - Quando se aproximar do cliente para abordá-lo: Deverá cumprimentar com um sorriso; Abordar de maneira gentil e educada; Utilizar palavras como: Bom dia, boa tarde sempre olhando para ele. Atendimento - Quando prestar um atendimento ao cliente, deverá se assegurar que: · Passou informações corretas e de forma clara; 79 · Se o cliente compreendeu suas explicações; · Se o cliente foi bem orientado e suas dúvidas foram resolvidas. Despedida - Que sensação o cliente se despede da empresa: · Se suas necessidades foram/irão ser resolvidas; · Se suas expectativas foram/irão ser atendidas; · Se poderá contar com uma forte parceria nos negócios. Um atendimento fica melhor a cada dia, onde você pode utilizar vários aspectos que o ajude a ter mais desempenho e, assim, melhorar sua percepção perante aos clientes. Evitando alguns tipos de atitudes, para não comprometer a qualidade no atendimento e consequentemente gerar a insatisfação ao cliente. Os setes pecados no atendimento ao cliente são: 1. APATIA – ocorre quando os funcionários não demonstram que se importam com o cliente, levando as pessoas ficarem zangadas e ofendidas; 2. MÁ VONTADE – é quando os funcionários tentam se livrar do cliente, sem dar uma solução ao problema; 3. FRIEZA – quando o cliente é tratado de forma distante, até desagradável; 4. DESDÉM – há funcionários que se dirigem ao cliente com arrogância como se este não soubesse nada ou fosse uma criança. Isso enfurece as pessoas. 5. ROBOTISMO – o funcionário passa a agir mecanicamente e repete sempre a mesma coisa, da mesma maneira, com os mesmos movimentos, como se estivesse em outro lugar. 6. DEMASIADO APEGO ÀS NORMAS – acontece com o funcionário que diz “sinto muito, mas não podemos ser flexíveis”. 7. JOGO DE RESPONSABILIDADE – Há funcionários que mandam o cliente de um lugar para outro, sem resolver nada. No entanto, é necessário manter sempre uma postura que mostre disposição e interesse, pois ninguém gosta de se relacionar com uma pessoa que parece estar cansada, desinteressada, mal-humorada ou com baixo-astral, portando é bom saber separar os problemas pessoais dos profissionais focando em seu melhor desempenho. 18.2 ATRAÇÃO DE CLIENTES As empresas têm que buscar sempre a melhor relação com seus parceiros na cadeia de suprimentos, tendo assim vínculos mais sólidos com seus clientes finais. 80 No passado, muitas empresas achavam que seus clientes eram garantidos, porque não tinham muitas diversidades, e hoje em dia os clientes são mais conscientes em relação aos preços, mais inteligentes, mais exigentes onde são abordados por mais concorrentes com ofertas iguais ou até melhores. De acordo com (KOTLER, 2000, p.68), “empresas em busca do crescimento de seus lucros e de suas vendas devem investir tempo e recursos consideráveis na busca por novos clientes”. É importante que as empresas invistam em seus funcionários internos, através de treinamentos e ferramentas de trabalho adequadas, para que possam ser motivados a fazer seu papel com eficiência e também deve investir em equipamentos para que seu produto traga ao cliente o que ele deseja e necessita. No entanto, atração de clientes é a busca de novos clientes, exigindo assim técnicas, tais como: Geração de indicações, em que você chama os clientes; Qualificação de indicações, é a busca dos perfis para a compra; Conversão dos clientes, é quando você “muda” moralmente para melhor. 19 QUALIDADE NO ATENDIMENTO AO CLIENTE 19.1 Conceito Qualidade é quando não existe defeito na produção de bens ou serviços, ou seja, a qualidade passa a existir a partir do momento que os bens e serviços da empresa correspondem ou superam as expectativas. Sem qualidade, os produtos de uma empresa ficam sem credibilidade, o que significa que os clientes não pensam neles como opção viável. Na verdade, os clientes não vão cogitar comprar um produto enquanto não acreditarem que ele possa satisfazer pelo o menos as suas expectativas básicas em termos dos aspectos de qualidade que são importantes para eles. (MICHAEL; DUANE; ROBERT, 2008, p.138). Nos dias atuais o mercado anda muito competitivo, passando a exigir mais atenção das empresas, referente à qualidade no atendimento prestado aos clientes. E quando se fala em prestar um atendimento com qualidade, não basta que o funcionário da organização possua apenas um belo sorriso no rosto. “Um bom atendimento aos clientes é uma combinação entre os elementos: qualidade, eficiência, custo do produto, distribuição e rapidez”. (DALLEDONE, 81 2008, p. 63). Isto significa que estes elementos tornam-se possíveis a fidelização e conquistas de novos clientes para a empresa. O conceito de qualidade evolui historicamente do foco do produto para o foco do cliente. Basta ver que aos 14 pontos da filosofia Deming, nos 10 pontos de Juran e nos 14 de Crosby a palavra cliente não aparece uma única vez. Neste novo foco no cliente o conceito de qualidade se encontrou com a definição de marketing em que Drucker, Kotler e Levitt já diziam, há muitos anos, que cada cliente tem uma necessidade especifica para ser atendida e que o cliente não compra produto ou serviço e sim o valor que aquele produto ou serviço representa para ele. (MILLET, 1997, p. 198). Para que a empresa se torne competitiva perante aos seus concorrentes e consiga a fidelização e captação de novos clientes, é necessário identificar o que o cliente realmente espera da organização, sendo preciso saber quem são os clientes e qual o seu perfil e qual sua real necessidade que levou até empresa. “As empresas que visam tornam-se competitivas em relação aos concorrentes necessita criar e manter clientes satisfeitos sem deixar de lado a obtenção de lucro”. (SHETH, MITTAL E NEWMAN, 2001, p. 35). Isso não significa que a sociedade ira lhe sustentar mas sim mantê-lo, pois o seu principal objetivo é buscar a suprir as necessidades de seus clientes. Portanto se esse fato não acontecer, a empresa deixará de ter seus clientes, podendo extinguir em curto espaço de tempo. Por esse motivo que a satisfação dos clientes é identificada como a chave para o sucesso da organização. Qualidade tem um amplo significado, ela pode ser interpretada de diversas maneiras, ou seja, ela pode representar busca da satisfação, a excelência e a fidelização, agregando valores aos produtos e serviços adquiridos e destinados. A busca pela qualidade é muito intensa, ela não é mais uma estratégia de diferenciação no mercado e, sim, uma necessidade de sobrevivência. Para a empresa ganhar confiança no mercado, ela precisa produzir e oferecer produtos e serviços com qualidade, ganhando, assim, durabilidade. “Um produto ou serviço de qualidade é aquele que atende perfeitamente, de forma confiável, de forma acessível, de forma segura e no tempo certo às necessidades do cliente”. (CAMPOS, 1999, p.2). Portanto a qualidade no atendimento é um fator que pode determinar o sucesso ou fracasso de um negócio. Se a relação entre funcionários e clientes for satisfatória a empresa será bem-sucedida. 82 Qualidade é um atributo de produtos, de serviços, mas pode se referir a tudo que é feito pelas pessoas. Quando se fala que alguma coisa foi feita com qualidade; entretanto não é fácil definir com presteza o que seja essa qualidade. É costume falar em: Qualidade de conformação (maior ou menor grau em que um produto, serviço ou atividade é feito com um padrão ou especificações estabelecidas; ausência de defeitos em relação ao padrão ou à especificação); Qualidade de projeto (diz respeito às características particulares do projeto de um produto). (DEMING, 1990, p. 26). Conforme o autor cita acima, podemos entender que a qualidade é claramente e totalmente voltada para o cliente, onde os produtos e serviços atendam as expectativas e as necessidades dos mesmos. Afinal atendimento ao cliente não é apenas mostrar e vender aquilo que ele pede. É muito mais intenso que isso: é compreendê-los, saber suas necessidades, suas expectativas, escutar o que ele tem a dizer, ou seja, fazê-lo sentir-se importantes. Os clientes é a peça mais importante que as empresas possuem. Elas dependem deles para sua sobrevivência e, assim, precisam compreender as suas demandas presentes e futuras. Devem procurar atender suas exigências e lutar para superar as suas expectativas. Falar em uma organização focada no cliente, significa definir as estratégias da empresa e influenciar toda a cultura da mesma para tal atendimento. Como existem diferentes tipos de clientes e todos precisam estar satisfeitos, assim, tanto os externos quanto os internos e os intermediários precisam ser escolhidos e mantidos e este parece ser o grande desafio para as empresas. 19.2 Satisfação total do cliente Atualmente, a satisfação do cliente é fundamental para o sucesso da empresa, e essa consciência em oferecer um bom atendimento é primordial para permanecer no mercado. Um cliente pode ter vários níveis de satisfação. Se o desempenho ficar abaixo dessa expectativa, o cliente ficará insatisfeito. Se o produto preencher as expectativas, ele ficará satisfeito. Se o produto exceder essas expectativas, o cliente ficará altamente satisfeito ou encantado. (KOTLER,2000, p.142). A satisfação requer compreender a demanda e expectativa dos clientes, fazendo com que os objetivos internos da empresa se voltem exatamente para essa questão. Para tanto, é importante avaliar constantemente o nível de satisfação, procurando agir tanto de forma preventiva quanto corretiva. Um primeiro ponto para se considerar em relação ao consumidor é a motivação. Podese considerar que, com raras exceções, o ser humano não irá consumir nada, se não estiver 83 devidamente motivado a comprar. Assim, é de fundamental importância a realização das necessidades dos clientes e, para tanto, os funcionários devem estar atentos às características dos mesmos. Em outras palavras, perceber tanto nos clientes introvertidos quanto nos extrovertidos as suas características fundamentais e procurar atendê-los de modo que sejam satisfeitas as suas necessidades. A satisfação é uma sensação momentânea, podendo ficar satisfeito com o desempenho de um produto, de um serviço ou de uma ação de atendimento neste momento; entretanto, no momento seguinte, o mesmo produto, serviço e/ou atendimento podem não atender as expectativas ou, por outro lado, superá-las (LOVELOCK, 2001, p. 123). A satisfação reflete os julgamentos comparativos de uma pessoa sobre o desempenho percebido de um produto em relação as suas e suas expectativas. Se o desempenho no atinge expectativas, o cliente fica decepcionado. “Se o desempenho alcança as expectativas, o cliente fica satisfeito. Se o desempenho supera as expectativas, o cliente fica encantado”. (KOTLLER, 2012, p. 9). Empresa inteligente e que se preocupa em manter no mercado, mede a satisfação de seus clientes de forma frequente. Pois se algum cliente ficar insatisfeito pelo o serviço prestado por algum funcionário da organização, terá tempo de corrigir o erro e buscar a ter novamente a confiança e a satisfação de seu cliente. “Um cliente altamente satisfeito permanece fiel por mais tempo, compra mais à medida que a empresa lança produtos ou aperfeiçoa aqueles existentes, fala bem da empresa e de seus produtos, da menos atenção Marcas e propagandas concorrentes e é menos sensível ao preço”. (KOTLLER, 2012, p. 134). Por isso é muito importante que a empresa passe a conhecer melhor os seus clientes, através de um sistema de qualidade que possa fornecer o máximo de informações importantes. Sendo assim a empresa poderá entrar em contato com o cliente, após a venda, verificando o grau de satisfação, se possui alguma reclamação, sugestão ou elogio a fazer sobre o atendimento prestado pelos funcionários. Isso será uma maneira de demostrar aos seus clientes o quanto são importantes, conhecidos e valorizados. “A moderna tecnologia de informação provê á empresas amplas oportunidades para desenvolver maneiras de mostrar a um cliente que ele é conhecido e valorizado”. (CHISTIAN, 2004, p. 47). A empresa tem que se preocupar em atender as necessidades de seus clientes, e consequentemente desencadeando a satisfação do mesmo. Afinal cliente insatisfeito não terá piedade em denegrir a empresa que não se preocupou em lhe prestar um atendimento de qualidade, muito pelo ao contrario ele irá falar muito mal da empresa, não se preocupando em 84 momento algum em difamar a imagem da organização. “Um alto nível de satisfação e encantamento cria um vínculo emocional com a marca ou empresa, não apenas uma preferência racional”. (KOTLLER, 2012, p. 135). 19.3 Fidelização do cliente e brinde Fidelidade corresponde ao grau em que os clientes estão predispostos a permanecer com sua empresa e resistirem às ofertas dos concorrentes. Segundo (LOVELOCK, WRIGHT, 2002), fidelidade, no contexto empresarial, corresponde à vontade do cliente de continuar prestigiando a empresa, por um período prolongado de tempo, comprando e recomprando seus produtos de maneira preferencialmente exclusiva e recomendando o produto e a marca as outras pessoas. A fidelidade do cliente é o resultado real de uma organização criando benefícios para um cliente, para que ele mantenha ou aumente suas compras junto à organização. A fidelidade do cliente é criada, quando ele se torna um defensor da organização, sem incentivo para tal. (BROWN 2001, p.53). O cliente se tornará fiel, se a marca, produto e serviço, conseguirem encantar e satisfizer suas necessidades e desejos, agregando valor para sua empresa. Qualquer empresa e profissional sonha em criar com os clientes uma relação estreita, forte e a longo prazo. Como ponto de partida, uma organização deve perceber que seus relacionamentos com seus clientes devem evoluir assim como um namoro. A fidelidade mútua e a confiança devem ser conquistadas gradual e seletivamente. A empresa que constrói um relacionamento duradouro, ou noivado, vence a batalha por clientes. (BROWN, 2001, p.55). Para isso acontecer é necessário que o cliente receba um atendimento de grande qualidade. Na verdade, quem não gosta de entrar em uma empresa e se sentir importante? Ser recepcionado com muito entusiasmo e educação? Afinal quem não gosta de ser bem atendido? Infelizmente há muitas empresas, que só se preocupam em dar aos seus clientes brindes e promoções, e se esquecem de que agrados materiais não são suficientes para conquistar a fidelização e a captação de novos clientes. É preciso que a organização vá além, é necessário que haja um gerenciamento de forma responsável e proativa, principalmente, possuir um relacionamento mais abrangente e ter colaboradores motivados e que sentem prazer no que fazem. A organização conseguirá identificar se está conseguindo fidelizar seus clientes, no decorrer de sua trajetória, através de pesquisas de satisfação e relatórios que identifiquem se os 85 clientes continuam mantendo vínculos com a empresa, podendo também influenciar outras pessoas a comprarem na empresa. Sendo assim a satisfação pode ser conquistada em uma única transação, em que a fidelidade só acontecerá com passar do tempo. E nada garante que um cliente satisfeito resistira às ofertas dos concorrentes, porém o cliente fiel pensará mais de duas vezes antes de trair. Infelizmente existem muitas empresas que acreditam que oferecer serviços e produtos de qualidade, brindes ou preços baixos, será suficiente para fidelização e captação de novos clientes. Segundo (JONES,2010, p 54), quando uma empresa quer manter um alto nível de fidelização de seus clientes, será preciso a elaboração de algumas lições muito importante, tais como: Tabela 13: Fidelização dos clientes Um bom produto ou serviço será sempre a base para o desenvolvimento da fidelidade do cliente. Sem ele, nenhum programa para fortalecer o relacionamento de uma empresa com seus clientes será bem-sucedido; As empresas devem desenvolver produtos e serviços personalizados de acordo com o que os clientes individuais querem e não de acordo com o que as empresas estão atualmente preparadas para oferecer ou de acordo com aquilo que acham que os clientes querem; Desenvolver a fidelidade do cliente deve ser um compromisso de toda a empresa. Todas as atividades da organização devem servir ao objetivo de criar valor para o cliente; Reunir informações sobre os clientes não é tudo. Por mais sofisticada que seja a tecnologia da informação é simplesmente um instrumento para melhorar a qualidade do produto e do serviço para atender às necessidades individuais dos clientes; O impacto econômico do foco de uma empresa na fidelidade do cliente torna-se evidente apenas após um longo período de tempo. Portanto, a avaliação em longo prazo do comportamento do cliente é essencial para se compreender o retorno sobre o investimento em iniciativas de fidelização. Sem avaliação, uma empresa pode perder prematuramente o seu foco na fidelidade do cliente; Nunca percam de vista as atividades dos seus concorrentes. Portanto se o cliente sair da empresa, com as suas necessidades atendidas, satisfeitos e se sentindo importantes, se tornara fiel aos produtos e serviços prestados pela empresa, não se importando diretamente com o preço. Afinal a fidelidade tem que ser agregada é com valor, e não com brindes. Fonte: JONES, 2010. Adaptado pela autora Embora a satisfação dos clientes seja primordial para qualquer empresa bem-sucedida, percebe-se que a satisfação isolada não é suficiente para a conquista de clientes fiéis. Segundo (KOTLLER,2012), ser fiel é ser digno de fé, ser leal aos seus compromissos, é aquele que não falha e é seguro. O objetivo da fidelização é reter os clientes, evitando que migrem para a concorrência, aumentando o valor dos negócios que elas proporcionam. Hoje em dia a satisfação dos clientes é a palavra de ordem das empresas. Todo mundo deve ser preocupar em encontrar forma de deixá-los felizes, atendendo as expectativas e até mesmo superando-as. Acreditava-se que, se eles estivessem satisfeitos, comprariam mais e com maior frequência. A fidelidade de um cliente é determinada pelo seu comportamento habitual. Consiste numa relação duradoura, em que sua manutenção e participação são vitais para o contínuo relacionamento fiel. 86 A fidelidade de um cliente é determinada pelo seu comportamento habitual. Consiste numa relação duradoura, em que sua manutenção e participação são vitais para o contínuo relacionamento fiel. É conquistada em longo prazo, através de atitudes que transmitam confiança, respeito, cuidado, atenção e carinho. Evidentemente, a manutenção da fidelidade e da satisfação depende da capacidade da empresa em identificar rapidamente a insatisfação e dar uma resposta imediata. Se a empresa ignorar o problema de um cliente com ela, haverá poucas chances de o problema ser corrigido, antes de ele optar pela concorrência. A monitoração constante e a solicitação do feedback dos clientes são essenciais para a manutenção de uma clientela fiel. 19.4 Relacionamento especial com o cliente Clientes insatisfeitos frequentemente cessam de usar ou comprar os serviços sem dar informações que permitam que ações corretivas sejam tomadas. A confiança nas reclamações dos clientes como uma medida da satisfação, pode levar a conclusões incorretas. O relacionamento é baseado na informação que se obtém antes, durante e após qualquer contato. Não somente os dados da venda e o cadastro do cliente geram níveis de lealdade à marca, o relacionamento reduz o investimento na busca de novos clientes. Quando o cliente confia mais na empresa, sabe que ela reconhece suas necessidades e entrega produtos e serviços compatíveis com as suas características, mas dá informações a seu respeito. Quanto mais informações a empresa tem, maior a capacidade de reconhecer e privilegiar os clientes lucrativos. Atender bem o cliente é mais do que abordá-lo de forma correta e agradá-lo. E ter sensibilidade para detectar o que ele sente naquele momento, procurando agir da forma em que ele quer. Em alguns momentos o cliente só quer permanecer em silêncio e ficar à vontade. Aí está necessidade dos funcionários terem sensibilidade é necessário estar conectado emocionalmente com o mesmo. (FREEMANTLE, 2001, p.22). Sendo mais interessante, é bem provável que se consiga oferecer um atendimento personalizado, fazendo com que o cliente retorne. Não existe uma receita para personalizar o atendimento. Isto poderá ser conseguido, se ficar explícita a autenticidade como pessoa em si e com os clientes. Existem algumas atitudes que podem indicar sua disponibilidade em ouvir o cliente, tais como: o olhar sincero, o sorriso discreto e o cumprimento cordial. Pode-se, sem perder a autenticidade, treinar os funcionários. Algumas dessas atitudes são convenientes, a menos que 87 já se possua alguma intimidade, pode-se tratá-lo por senhor ou senhora, seguido do nome do mesmo. Muitos clientes procuram não demonstrar sua insatisfação e saem calados e até mesmo sem reclamar. Isto, no mundo dos negócios, é bastante delicado, uma vez que o cliente não perde seu tempo nem mesmo para reclamar. Neste caso, a atenção do bom funcionário deve estar voltada para este tipo de situação e procurar contorná-la. Proporcionar um serviço de qualidade ao cliente é muito mais do que zelar pelas suas necessidades ou encaminhar suas reclamações. Superar suas expectativas e encantá-lo requer uma preparação prévia. Um ótimo atendimento passa pela antecipação dos problemas. 88 20 ESTUDO DE CASO 20.1 Varejo no Brasil O mercado do varejo vem crescendo continuamente no Brasil e no mundo, tomando um espaço extraordinário e "sem fronteiras". Ao longo dos anos a tecnologia, a informação a forma de gerir vem crescendo juntamente com este mercado. Segundo (PARENTE, 2000, p.15) “Se viajássemos pelo túnel do tempo e desembarcasse em uma metrópole brasileira no início da década de 60, ficaria surpreso ao descobrir que a maioria dos atuais formatos de loja não existia naquela época. ”. As empresas acompanharam o movimento de evolução e mudaram sua forma de abordar o cliente e de atrai compradores. 20.2 Evolução do mercado varejista no Brasil Não existia mercado para os hipermercados, lojas de conveniências, supermercados, lojas de confecções quem dirá os “shoppings center”. Mas se a procura aumenta, a oferta cresce junto, o que acontece é que antes dessa "revolução", o mercado era dominado penas pelos vendedores pracistas. Concordando com isso (MORGADO E GONÇALVES, 1999, p. 33), diz: "Até então, as vendas em exercidas por mascates que percorriam os povoados e vilas negociando artigos diferenciados”. Quando a população e suas necessidades aumentavam o mercado se viu obrigado a crescer juntamente, os mascates não conseguiam mais atender os grandes centros e as vezes não tinham os produtos que agradavam a todos ou todos os mascates teriam se mudado para as grandes cidades ou se achava uma nova solução, como nas maiorias das coisas no Brasil "nada se cria e tudo se copia", ou melhor nesse caso não foi cópia e sim implementado. Foi o caso da famosa Casa Maçom, estabelecida no Rio de janeiro em 1.871 e exemplo de luxo e bom gosto para s classes dirigentes da época. Já na virada do século, com a República e modernização trazida pela indústria, destacaram se a Casas Pernambucanas, em 1.906 (...), e a Mesbla, em 1.902, no Rio de janeiro; assim como o Mappin Stores, em 1.913, em São Paulo. ” (MORGADO, GONÇALVES, 1999, p.33). Apesar de serem totalmente novas no Brasil estas empresas adotavam modelos já existente em outros países como os Estado Unidos e na Europa. Mesmo com este grande salto o mercado ainda se via em condições de melhoras. Daí surge à figura do balconista ou vendedor, dentre diversas modificações neste setor. 89 Fica claro que no Brasil o varejo é um setor ao qual passa por diversas transformações e torna cada vez mais competitivo. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que faz uma pesquisa mensal do comercio a qual “produz indicadores que permitem acompanhar o comportamento conjuntural do comércio varejista no país, investigando a receita bruta de revenda nas empresas formalmente constituídas, com 20 ou mais pessoas ocupadas, e cuja atividade principal é o comércio varejista”. (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2015). Esta mesma pesquisa revela dados surpreendentes sobre este setor. Que são relatados na tabela que segue: 90 Quadro 2: Índice e variação do volume de vendas no comércio varejista por Unidades da Federação Índice e variação do volume de vendas no comercio varejista, por Unidade da Federação – julho. Variação Unidade da Federação Mensal (2) Acumulada (3) Índice de volume (1) Mai/15 Jun/15 Jul/15 No ano 12 meses Brasil 112,0 4,4 1,7 6,0 3,5 5,4 Rondônia 120,7 12,2 6,9 10,9 9,3 8,1 Acre 115,8 3,1 -0,4 -1,7 1,5 5,3 Amazonas 108,0 -0,7 0,6 4,2 1,4 1,2 Roraima 129,4 13,4 6,2 1,9 7,0 13,9 Pará 113,2 5,3 4,7 6,5 5,2 5,3 Amapá 128,6 2,0 4,7 7,9 4,8 10,8 Tocantins 119,0 2,8 3,7 1,6 4,8 8,9 Maranhão 124,5 9,0 4,8 10,4 6,9 8,7 Piauí 117,7 0,9 2,1 10,1 2,3 3,3 Ceará 115,5 5,3 -0,5 2,6 3,6 6,6 Rio G. do Norte 118,9 11,3 4,3 10,9 9,5 9,1 Paraíba 119,9 8,0 7,5 13,8 9,8 10,1 Pernambuco 118,6 4,4 2,7 10,7 5,1 7,5 Alagoas 111,9 6,7 4,6 7,6 4,4 6,2 Sergipe 105,4 3,9 2,1 4,1 3,3 4,2 Bahia 110,8 6,2 -1,8 2,5 0,8 4,3 Minas gerais 106,7 1,6 -2,6 1,0 0,1 2,1 Espírito Santo 111,3 3,2 -2,9 3,9 2,6 6,7 Rio de Janeiro 107,3 5,8 1,5 6,4 4,4 4,5 São Paulo 112,6 3,7 2,3 5,7 3,3 6,0 Paraná 116,3 4,4 5,0 8,8 4,4 5,4 Santa Catarina 108,0 3,8 0,1 8,0 1,7 3,5 Rio grande do Sul Mato Grosso do Sul Mato Grosso 111,0 4,7 0,3 7,9 3,9 5,9 132,5 10,7 6,8 15,7 12,3 15,1 114,9 13,2 7,4 5,0 6,4 6,6 Goiás 114,4 5,4 1,7 4,8 3,4 5,4 Distrito Federal 106,5 1,8 1,6 4,1 1,6 2,0 Fonte: IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística Nota: Adaptado pela autora. São dados relevantes e que provam o continuo crescimento neste setor comercial chamado Varejo. 91 20.3 Estudo sobre o comércio varejista nacional O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulga na presente publicação, os resultados da Pesquisa Anual de Comércio (PAC) referentes ao ano de 2011. A PAC representa a principal fonte de dados sobre a estrutura e o funcionamento do setor comercial, fornecendo informações relevantes para os planejamentos público e privado, bem como para a comunidade acadêmica e o público em geral. A pesquisa Anual de Comércio (PAC), tem por objetivo descrever as características estruturais básicas do segmento empresarial do comércio atacadista e varejista no País e suas transformações no tempo. Quadro 3: Classificação para o comércio varejista Denominação Código Comércio de tecidos, artigos de armarinho, vestuário 47.55-5 e calçados Artigos do vestuário e complementos 47.81-4 Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio,2011. Nota: Adaptado pela autora. A PAC optou-se por não distinguir, no comércio varejista, a atividade segundo a forma de comercialização em loja ou fora de loja (catálogo, domicílio, Internet, entre outras), mas sim por tipo de produto e mercado atingido. Tal opção resultou da constatação de sub-numeração de empresas comerciais varejistas de grande porte que exercem atividades fora de loja, classificadas em função dos produtos comercializados no varejo especializado, não priorizando, portanto, a forma de comercialização; e não perdendo a identificação do tipo de produto e mercado de atuação da empresa. Quadro 4: Média de pessoal ocupado por empresa, salário médio mensal, produtividade do trabalho e taxa de margem de comercialização, segundo as atividades do comércio varejista - Brasil - 2011 Atividade do Média de pessoal Salário médio Produtividade do Taxa de margem comércio varejista ocupado por mensal (em trabalho (R$) de empresa salários mínimos) comercialização (%) Tecidos, artigos de vestuário e 5 1,4 21.898,00 74,3 calçados Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio,2011. Nota: Adaptado pela autora. 92 De acordo com o quadro 4, a atividade no segmento de tecidos, artigos do vestuário e calçados, alcançaram as maiores taxas de margem de comercialização de 74,3% no ano de 2011. O setor varejista brasileiro manteve bom nível de crescimento decorrente, sobretudo, do desempenho favorável do mercado de trabalho, marcado pelo crescimento da população ocupada e dos rendimentos reais, no período de 2007 a 2011. O varejo de moda no Brasil nunca vendeu tanto como nos últimos dez anos. Prova disso é que o País saltou da sétima para a quinta posição no ranking dos maiores consumidores mundiais de roupas, com US$ 42 bilhões em vendas, conforme revela estudo recente realizado pela consultoria norte-americana AT Kearney. O resultado não poderia ser outro, pois o segmento de vestuário tornou-se um dos mais importantes para a economia nacional. O comércio de roupas e acessórios, de acordo com dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) de 2011, totaliza mais de 365 mil empresas e tem se firmado como primeiro colocado em número de negócios no território brasileiro. Detentor de mais de 679 mil postos de trabalho, movimenta R$ 9,3 bilhões em salários. As cifras do Estado de São Paulo são consideráveis. Segundo o Sebrae-SP, o segmento reúne 92.354 empresas (99,6% delas são micro e pequenas). No total, elas empregam mais de 197 mil pessoas e geram uma massa salarial de R$ 3,4 bilhões, entre 2006 e 2011, o setor cresceu a uma taxa média de 4% ao ano. Segundo (LUCAS MOTAS, 2013, p. 17), O Brasil é o quinto país mais atrativo para multinacionais do varejo de confecções. Isso se deve a maior percepção de valor à moda que a classe média passou a ter nos últimos anos. 20.4 Comércio varejista de vestuário pela internet O vigor do varejo de vestuário não se limita às lojas físicas. Vender roupa pela internet também virou moda. Maior mercado do comércio eletrônico, a categoria Moda e Acessórios totalizou 4,87 milhões de pedidos online no primeiro semestre de 2013, alcançando 13,7% dos 35,54 milhões de compras previstas para o ano. No mesmo período do ano anterior, elas representaram 11% do total. Benefícios como a possibilidade de troca sem custo e a padronização nas referências de tamanho e numeração vêm conquistando a confiança do consumidor nas compras via web. O uso das redes sociais como canais estimuladores do consumo online de roupas já tem sido frequente entre os varejistas. As mídias sociais se tornaram importantes meios de propagação de tendências e 93 motivadores de compras da categoria. As vendas não são necessariamente efetivadas nas redes, mas elas são responsáveis pela maior geração de tráfego às lojas virtuais. Assim como outros segmentos, o varejo de vestuário acompanhou atentamente a variação cambial registrada nos últimos meses, pois a alta do dólar afeta toda a cadeia têxtil, desde o fornecedor até o varejista. Por isso que os produtores nacionais se esforçam para não repassar para o consumidor o aumento de custos no preço final. 20.5 História da loja Versátil A Versátil Boutique foi fundada em Paracatu no ano de 2010, pela empresária Maridalva Vaz. E em apenas dois anos, a versátil já era líder de vendas no segmento de roupas femininas. No entanto, no dia 17 de novembro de 2012, por motivo de mudanças, a empresa foi vendida para o casal Dr. Vinícius Jordão e sua esposa, Virgínia Gontijo. A partir daí, nasce uma nova Versátil Boutique. Virginia Gontijo, administradora da empresa, fazendo uso apenas das instalações e da estrutura física, começa então uma nova era e um novo perfil em suas marcas, abrangendo um público agora mais exigente e sofisticado. As grifes mais desejadas do país, inspiradas nas tendências de Milão, Paris, Nova iorque e São Paulo, como Vida Bela, Divina Pele, Maria Filó, Limelight, dentre outras que são as preferidas das atrizes globais e são de exclusividade da Versátil Boutique. Tudo se fez novo, o perfil, o público e a política da empresa. Além das marcas e da exclusividade dos modelos e estampas, o nosso diferencial é o atendimento. Praticamos e buscamos excelência. 20.6 Política e conduta da empresa A Versátil respeita e cumpre todas as suas obrigações trabalhistas em acordo com a CLT vigente no país. Seus empregados têm gozo de seus benefícios, como férias, 13º salário, licença maternidade, auxilio doença (INSS), dentre outros previstos pela lei, que ampara o empregado assegurado. A empresa não admite a prática do bullying, preconceito ou qualquer tipo de discriminação, esteja ela relacionada às questões socioeconômicas, raciais, étnicas ou a qualquer outro fator. Envolvimentos em atos de vandalismo ou escândalos públicos são atos intolerantes e inadmissíveis. 94 20.7 Valores da empresa A empresa preza a satisfação de seus clientes. O cliente é o mais importante, sem ele não existiríamos, nossos clientes são prioridades, devemos encantá-los, fazer com que se sintam especiais, indiferentes do seu potencial financeiro. Nunca em quaisquer circunstâncias, devemos discute-se com eles, sempre são educados com os clientes, tratam-lhes e respeito, honestidade, sinceridade e ética profissional sustentam os nossos valores. 20.8 Missão da empresa A missão da Versátil é fidelizar os que já são, e buscar novos clientes, crescer cada vez mais e torna-se um referencial no segmento, por sua originalidade, bom gosto e atendimento de ótima qualidade. A empresa conta com os funcionários da organização para que a missão seja cumprida da melhor maneira possível. 21 METODOLOGIA Esse trabalho foi desenvolvido por meio de algumas pesquisas, sendo elas: amostragem, quantitativa, bibliográfica, documental e de campo. Esses métodos utilizados foram fundamentais para verificar o grau de satisfação dos funcionários e dos clientes da empresa em estudo. A empresa Versátil possui mais de mil clientes cadastrados em seu sistema, não tornando possível uma pesquisa ampla com todos eles. Por esse motivo um dos meios utilizado, para obter informações que foram fundamentais para o avanço dessa pesquisa, foi pesquisa por amostragem. Esse método permitiu um estudo de um pequeno grupo retirado de uma população que se pretende obter informações. “Quando se deseja colher informações sobre um ou mais aspectos de um grupo grande ou numeroso, verifica-se, muitas vezes, ser praticamente impossível fazer um levantamento do todo”. (LAKATOS E MARKONI, 2002, p. 41). A pesquisa quantitativa abrange a coleta sistemática de informação numérica, geralmente mediante condições de controle, além da análise dessa informação, utilizando métodos estatísticos. “As investigações de cunho descritivo têm por finalidade informar sobre a distribuição de um fato, na população e em termos quantitativos” (PEREIRA, 1995, p. 134). 95 Na pesquisa bibliográfica, foram utilizados materiais como livros, artigos e trabalhos acadêmicos já existentes. A bibliografia pertinente “oferece meios para definir, resolver, não somente problemas já conhecidos, como também novas áreas onde os problemas não se cristalizaram suficientemente”. (LAKATOS, 2002, p. 32). É considerada pesquisa documental, pois foram utilizados materiais da empresa como fator de estudo. Exemplo, documentos internos da empresa (fichas dos clientes da Versátil), e informações fornecidas pelos funcionários da instituição. A pesquisa documental assemelha-se muito à pesquisa bibliográfica. A diferença essencial entre ambas está na natureza das fontes. Enquanto a pesquisa bibliográfica se utiliza fundamentalmente das contribuições dos diversos autores sobre determinado assunto, a pesquisa documental vale-se de materiais que não receberam ainda um tratamento analítico, ou que ainda podem ser elaborados de acordo com os objetos da pesquisa. Já a pesquisa de campo, é quando foram utilizados questionários para buscar o grau de satisfação dos clientes e dos funcionários da empresa em estudo. “O formulário enquanto técnica de coleta de dados encontra-se entre a entrevista e o questionário”. (GIL, 1991, p. 88). Foi elaborado um questionário para os funcionários da Versátil, com o objetivo de detectar qual o nível de satisfação e motivação, e para os clientes foi elaborado questionário com perguntas voltadas para verificar o grau de satisfação correlacionado a qualidade no atendimento prestado pelos funcionários da empresa em estudo. Ao final dessas pesquisas com ambas as partes, os resultados foram apresentados em gráficos, sendo capaz de constatar o grau de motivação por parte dos funcionários da empresa e o nível de satisfação e insatisfação por parte dos clientes, em relação ao atendimento proporcionado pelos empregados da versátil. Desta forma, foi possível avaliar de maneira mais ampla o grau de satisfação e insatisfação das duas partes envolvidas na pesquisa, onde foi verificado qual a verdadeira importância de ter funcionários motivados dentro da empresa, para que possam propiciar aos clientes um atendimento com qualidade, podendo fidelizar e captar novos clientes e consequentemente esse fator poderá influenciar no crescimento da organização. 21.1 Limitação do trabalho O trabalho realizado com os clientes da empresa Versátil apresenta uma limitação na sua quantidade. Em função de um custo mais elevado que inviabiliza sua realização, acatou-se como metodologia de pesquisa a do tipo “não probabilística” por julgamento; o pesquisador 96 utiliza seu julgamento para selecionar membros da população que apresentam informações precisas” (KOTLER; AMSTRONG, 1993, p, 70). Sendo assim, foram ouvidos 50 (cinquenta) clientes escolhidos pelo pesquisador a fim de se obter as informações contidas no questionário de pesquisa. 21.2 Análise e discussão dos resultados da pesquisa Foram elaboradas duas pesquisas uma para medir a satisfação dos clientes e outra dos funcionários para que sejam avaliadas e propostas melhorias dentro da loja visando a melhoria no atendimento, conforme anexo. A seguir serão apresentados os resultados dessas pesquisas. 21.3 Pesquisa com clientes Gráfico 1: Avaliação da qualidade no atendimento Como você avalia a qualidade no atendimento da empresa? 0% 10% 36% 54% Péssimo Ruim Bom Ótimo Fonte: Elaborado pela autora A empresa realiza treinamento e capacitação através de consultoria interna representado pela Eliane, onde foi elaborado um livro que mostra a melhor maneira que os funcionários devem atender os seus clientes, pois a filosofia da empresa é que o cliente é razão da existência da organização. Portanto 54% dos clientes entrevistados consideram que o atendimento prestado pelos funcionários é de qualidade. Os gráficos abaixo ratificam tal afirmação. 97 Gráfico 2: Atendimento cordial O atendimento é cordial? Gráfico 3: cliente se sentindo à vontade Você se sente à vontade ao entrar na loja? 14% 30% 70% 86% Sim Não Sim Não Fonte: Elaborado pela autora Quando o cliente entra na loja ele tem que se sentir bem à-vontade para escolher o produto que irá atender as suas necessidades e expectativas. Portanto o funcionário tem que ficar atento e buscar identificar quais os desejos, que fizeram com que o cliente buscasse a loja, e consequentemente o funcionário apresentará um produto compatível com as expectativas do cliente. Cerca de 86% dos clientes da Versátil considera o atendimento prestado pelos colaboradores da organização cordial, pois os funcionários se preocupam em serem educados, gentis e prestativos com os clientes, de maneira a realizar uma abordagem apropriada, visando especialmente a total satisfação do cliente e consequentemente conquistando a sua fidelização. Porém a empresa não deve se acomodar perante esse resultado, pois é muito importante que a organização busque alternativas que possam melhorar o resultado, sendo assim é fundamental que os diretores busquem aperfeiçoar os conhecimentos dos seus colaboradores, através de treinamentos, podendo assim melhorar a sua capacidade de oferecer aos clientes um atendimento de ótima qualidade. 98 Gráfico 4: Funcionários buscando atender as necessidades e objetivos dos clientes As funcionárias sempre buscam atender as suas necessidades e objetivos? 80% 70% 60% 68% 50% 40% 30% 32% 20% 10% 0% Sim Não Sim Não Fonte: Elaborado pela autora O cliente é a peça principal e mais importante para uma empresa, por isso é muito importante que o funcionário saiba qual é o verdadeiro motivo que o levou a escolher a sua loja como opção de escolha e quais são as suas reais expectativas e objetivos. Se o funcionário não tiver essa capacidade de percepção, o cliente sairá da loja totalmente insatisfeito e não voltará. E, para que isso não aconteça é fundamental que os funcionários saibam ouvir os seus clientes e que deixem expor a sua opção de escolha. Mesmo tendo 68% positivos com relação a percepção dos clientes os 32% devem ser considerados, pois eles julgam que os funcionários não buscam atender os seus objetivos. É necessário entender, portanto, o que internamente está levando a esse resultado. Além da consultoria que está acontecendo propõe-se que coloca o estudo do clima da empresa. 99 Gráfico 5: Cliente satisfeito Gráfico 6: Cliente se sentindo importante para a loja Você é um cliente satisfeito? Você se sente um cliente importante para a empresa? 100% 90% 88% 10% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 12% 10% 0% Sim Sim 90% Não Não Sim Não Fonte: Elaborado pela autora Gráfico 7: Atendimento de má qualidade Você já recebeu um atendimento de má qualidade alguma vez nesta loja? 90% 84% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 16% 10% 0% Sim Não Sim Não Fonte: Elaborado pela autora Quando o funcionário oferece aos seus clientes um atendimento de qualidade, esse cliente se sentira importante para a empresa e consequentemente se tornara satisfeito. Na realidade todo cliente espera que ao entrar em uma loja, ele seja recepcionado da melhor maneira possível. Mesmo assim 16% dos clientes entrevistados já receberam um atendimento 100 de má qualidade, portanto é muito importante que os funcionários passam a rever a maneira que está abordando estes clientes. Para que a empresa alcance 100% de satisfação de seus clientes referente aos gráficos citados a cima, o funcionário tem que buscar ser o mais natural possível na hora de atender, tem que saber ouvir, tem que saber identificar qual o tipo de perfil daquele cliente, pois qualquer expressão exagerada e até mesmo errada, pode significar uma ofensa para o cliente e ser motivo para considerar o atendimento de má qualidade. 21.4 Entrevista com funcionários A empresa versátil possui apenas quatro funcionários, portanto o método utilizado para verificar o grau de motivação dos mesmos foi a entrevista. Ao concluir a entrevista percebesse que todos os colaboradores ficaram um pouco tenso durante a entrevista, porém todos disseram que sentem satisfação e motivação em trabalhar na empresa, mesmo tendo que trabalhar com metas de vendas, metas cobradas pela dona da loja. Todos alegam que a loja possui um ambiente agradável de se trabalhar, e quando uma tarefa é realizada com êxito existe o reconhecimento por parte do gestor e existe um bom relacionamento entre colegas e chefe. Afirmam também que é muito importante para eles buscarem vender muito, pois no fim de cada mês ganham o salário e a comissão, além disso ganham o reconhecimento por parte da gestora e principalmente porque passa a ter um sentimento de mais uma tarefa cumprida com êxito. Afinal é muito importante ter dentro de uma empresa colaboradores motivados, pois quando se é motivado tende a trabalhar de maneira melhor e principalmente, passa a oferecer aos clientes um atendimento de ótima qualidade. 21.5 Propostas de melhorias Através da pesquisa realizada com os clientes e através da entrevista realizada com os funcionários da loja versátil, observa-se que existem pequenas falhas quanto ao atendimento prestados aos clientes. E essas falhas podem estar ocorrendo por parte da organização, por não fornecer aos seus colaboradores treinamentos adequados. 101 21.6 Treinamento A primeira proposta é de realizar um treinamento específico para todos os funcionários, voltado para o atendimento ao cliente. Ao finalizar a entrevista com todos os colaboradores da loja, nota-se que não existe um processo de treinamento adequado que garante um bom atendimento e um bom trabalho. A loja versátil possui uma pessoa que presta serviço de consultoria, onde a mesma oferece um “ treinamento” de apenas um dia para o novo funcionário contratado, e o material utilizado para esse estudo, é a apostila criada pela proprietária da loja, em que consta a história, missão, valor e visão da empresa e a maneira que o funcionário deve tratar o cliente. Portanto esse dia de “ treinamento “ não é o suficiente para que o funcionário se torne capacitado para prestar um atendimento de qualidade aos clientes da loja. Sendo assim, é muito importante que a empresa comece a oferecer aos seus funcionários, um treinamento externo, porém mais intenso, possibilitando assim a capacidade intelectual dos mesmos. Este treinamento será muito importante, pois possibilitara aos funcionários desenvolver melhor suas habilidades, e principalmente saberá identificar de maneira correta quais são as reais necessidades e objetivos do cliente que o fez escolher a loja como opção de compra, ou seja, o atendimento prestado será de ótima qualidade, podendo assim cativar novos clientes e fidelizar os já existentes. 21.7 Estratégia de MKT Todo cliente ama a palavra “desconto”, uma loja que não observa este fator, acaba perdendo clientes. Mesmo porque não basta facilitar a forma de pagamento sendo que o preço do produto continua congelado. É muito importante que a empresa seja bem flexível na hora de negociar o preço de um produto, podendo assim lançar descontos como por exemplo, o cliente que realizar uma comprar acima de 300 reais ganha um desconto de 10%, as grandes promoções relâmpagos em produtos que estão há mais tempo parado em estoque também é uma maneira de atrair clientes. Sendo assim tanto a organização quanto o cliente saem ganhando nessa negociação, pois além de o cliente estar comprando o produto que desejava ele se tornará satisfeito e consequentemente a empresa estará conquistará ou até mesmo fidelizará esse cliente. 102 21.8 Canal de sugestão e reclamação É muito importante que a empresa passe a oferecer aos seus clientes canais que possibilitam expressarem de forma clara a sua satisfação ou insatisfação pelo atendimento prestado. Sendo assim, a cada quinze dias a empresa vai pegar todos os clientes que foram atendidos nesse período, vai entrar em conta através de ligação, ou caso o cliente não atenda ao telefone enviara um e-mail perguntando se está satisfeito com o atendimento prestado pelos funcionários? Se voltaria a loja para comprar outra vez? E qual nota daria pelo o atendimento? A partir do momento que a empresa faz esse contato pós-venda com o cliente e passa a ouvi-lo, o mesmo vai se sentir importante para a organização, podendo assim se tornar um cliente fiel. Segundo (KOTHER E KELLER, 2012), existe uma outra forma mais rápida e barata de se saber os que os clientes têm a dizer sobre o estabelecimento, é o uso da “caixinha de sugestões”, onde os mesmos podem deixar suas ideias sem gastar muito tempo e sem se identificarem. Isso significa que mesmo aquelas sugestões que são dadas aos funcionários que atendem aos clientes, devem ser ouvidas e repassadas aos responsáveis para que se possam tomar as providências cabíveis. 21.9 Utilização do CRM A implantação do sistema de CRM é muito importante para que os clientes se sintam importantes e principalmente para sentirem que fazem parte da empresa. Portanto é necessário que a organização tenha dados específicos de cada cliente, como, por exemplo, nome completo, data de nascimento, telefone para contato, se é casado ou não, endereço completo entre outras informações que serão fundamentais para garantir um bom relacionamento entre cliente e empresa. Não esquecendo que é fundamental que a empresa busque sempre estar atualizando os dados cadastrais de cada cliente, podendo assim facilitar o contato assim que necessário. Como por exemplo, se os dados do cliente estão sempre atualizados, quando chegar a data de aniversário desse cliente, a loja poderá entrar em contato e oferecer um desconto especial em qualquer produto, devido a comemoração de uma data tão especial e importante e fornecer brindes personalizados (canetas, canecas e chaveiros), assim que finalizar a compra. São esses 103 pequenos agrados que fazem com que o cliente nunca se esqueça da empresa, podendo tornar um cliente fiel. A loja versátil possui cadastro dos clientes, porém o cadastro possui apenas dados básico, e não é realizado de maneira frequente a atualização desses dados, impossibilitando muita das vezes um contato quando necessário for. 21.10 Matriz 5W2H 21.10.1 Treinamento Tabela 14: Treinamento O Que? Quem? Por que? Treinamento voltado ao atendimento ao cliente. Funcionários do SEBRAE-MG. Sempre buscar aperfeiçoar o atendimento; Necessidade de capacitação intelectual dos funcionários; Sempre buscar a satisfação total dos clientes. Quando? Fevereiro de 2016. Onde? SEBRAE-MG. Como? Custo orçado Treinamento com todos os funcionários da loja; Treinamento com os novos funcionários; Realização de duas consultorias de 90 minutos cada. A carga horária do treinamento será de 16 horas, onde será cobrado um valor de R$ 200,00 (duzentos reais) por empresa, podendo participar 2 colaboradores, e ganha uma consultoria com duração de 90 minutos, podendo ser realizada na empresa ou no próprio Sebrae. No caso da loja versátil são 4 funcionários, então o valor cobrado será de 400 reais, e terá direito a duas consultorias. Fonte: Elaborado pela autora. 104 21.10.2 Estratégia de MKT Tabela 15: Estratégia de MKT Descontos, promoções e brindes. O Que? Gerente. Quem? Por que? Necessidade de chamar mais clientes; Aumentar as vendas; Clientes mais satisfeitos; Maior popularidade da loja; Maior interação entre cliente e empresa. Quando? Fevereiro de 2016. Onde? Versátil. Como? Descontos para os clientes que fizerem uma compra acima de 300 reais; Promoções relâmpagos para acabar com o estoque parado; Descontos para os aniversariantes. Custo orçado O gerente juntamente com a dona da loja, se juntaram para tomar as devidas decisões para a elaboração das promoções. E os custos dos brindes estão detalhados logo abaixo. Fonte: Elaborado pela autora. 105 Tabela 16: Orçamento dos brindes MATERIAIS PERSONALIZADOS QUANTIDADE PREÇO VALOR TOTAL Caneta 200 0,88 172,00 Caneca 100 12,99 1.299,00 Chaveiro 200 1,46 292,00 TOTAL 600 - 1.664,00 Fonte: Elaborado pela autora 21.10.3 Canal de sugestão e reclamação Tabela 17: Canal de sugestão e reclamação O Que? Canal de sugestões reclamações. Quem? Gerente. Por que? Conhecer melhor o cliente; Avaliar o desempenho da loja; Ouvir novas ideias. Quando? Janeiro de 2016. Onde? Versátil. Como? Custo orçado Deixando uma caixinha de sugestões (junto com uma caneta e papel), para que os clientes possam depositar ali suas ideias. A caixinha será confeccionada pelos próprios funcionários da loja, onde eles utilizarão uma caixinha de sapato e embrulhara com um papel decorado. A caneta e os papeis já possui na loja. Então não haverá ocorrência de gastos extras para a confecção da caixa de sugestão e reclamação. Fonte: Elaborado pela autora. 106 21.10.4 Utilização do CRM Tabela 18: Utilização do CRM Adoção de práticas de CRM. O Que? Gerente. Quem? Aumentar vínculo com os clientes; Facilitar comunicação entre empresa e Utilizar para realizar pós-venda. cliente; Por que? Março de 2016. Quando? Versátil. Onde? Como? Custo orçado Elaboração de uma planilha no Excel com todos os dados atualizados de todos os clientes que costumam a comprar com mais frequência, para facilitar o contato assim que necessário for, como por exemplo: Entrar em contato com cliente para informar assim que chegar novidades na loja; Informar ao cliente aniversariante que ele terá descontos especiais e além disso ganhará brinde ao final da compra e; Informar sobre promoções relâmpagos. Não terá nenhum tipo de custo adicional, pois a planilha será elaborada através do Excel, pelo gerente. Fonte: Elaborado pela autora. 107 CONCLUSÃO As empresas estão cada vez mais preocupadas em se manterem vivas nesse mercado tão competitivo. Por isso é fundamental que busquem fornecer aos seus clientes um atendimento de boa qualidade, não esquecendo que um bom atendimento não se resume apenas em um belo sorriso no rosto, mas em um conjunto de comportamentos e habilidades positivas que influenciarão diretamente na total satisfação do cliente. Portanto para que a empresa se torne competitiva perante aos seus concorrentes e consiga a fidelização e captação de novos clientes, será necessário identificar o que o cliente realmente espera da organização, sendo preciso saber quem são os seus clientes, qual o seu perfil e qual sua real necessidade e que o levou até a empresa. Porém as empresas têm que ser competitiva e manter os seus clientes totalmente satisfeitos sem deixar de lado a obtenção de lucro. No entanto, é muito importante que as empresas tenham funcionários totalmente motivados e satisfeitos com o seu trabalho, que tenham uma boa qualidade de vida no trabalho e que tenham acessos a treinamentos que serão fundamentais para o seu desenvolvimento intelectual. Sendo assim, esses colaboradores sempre buscaram descobrir quais as necessidades e objetivos dos clientes, saberá ouvir e falar no momento certo, deixará o cliente mais à vontade para escolher o produto que lhe satisfará. E todos esses comportamentos por parte dos funcionários, possibilitará esses clientes atingirem o grau máximo de total satisfação e realização. Respondendo à questão levantada, afinal até que ponto a qualidade no atendimento influenciará no crescimento empresarial, através da fidelização e captação de novos clientes? Hoje em dia o cliente anda muito mais exigente por ter mais opções de escolha para comprar, portanto ele não se importa em pagar mais caro por um produto ou serviço, ele na verdade se importa sem em ser bem atendido. Por isso a qualidade no atendimento além de ter o poder para fidelizar e captar novos clientes, ela possibilita a empresa chegar ao ponto máximo de sucesso que qualquer empresa almeja chegar, como por exemplo, ser famosa por oferecer produtos e serviços de ótima qualidade, possuir um ambiente agradável de se comprar, ter os melhores e os mais capacitados profissionais trabalhando na sua empresa e, principalmente, por proporcionar aos seus clientes um atendimento de ótima qualidade. 108 REFERÊNCIAS ALBRECHT, Karl. Vocação para serviço. São Paulo: HSM Management, 1992. ARAÚJO César Luiz, GARCIA Amadeu Adriana. Gestão de pessoas. Estratégias e integração organizacional. 2. Ed. São Paulo: Atlas, 2009. BOHLANDER, George. Administração de recursos humanos. 14 Ed. São Paulo: PC, 2009. BOGMANN, Itzhak Méier. Marketing de relacionamento: estratégias de fidelização e suas implicações financeiras. São Paulo; Nobel, 2000. BROWN, Stanley. Customer Relationship Management. 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O seu trabalho é algo que lhe dá total satisfação? 3. Você enxerga possibilidade de crescimento dentro da organização? 4. Existe um convívio saudável entre funcionária e a gerência da empresa? 5. Você se considera um funcionário motivado? 6. Existe treinamento adequado para cada funcionário? 7. Ao finalizar determinado trabalho existe alguma forma de gratificação? 8. Existe reciclagem de treinamento quando é necessário? 9. Você considera que seu trabalho possui um ambiente agradável? 10. Existe alguma forma de recompensa que o motive a dar seu melhor? 114 APÊNDICE II: Questionário de satisfação de clientes 1 – Como você avalia a qualidade no atendimento da empresa? ( ) PÉSSIMO ( ) RUIM ( ) BOM ( ) ÓTIMO 2 – O atendimento é cordial? ( ) SIM ( ) NÃO 3 – Você se sente à vontade ao entrar na loja? ( ) SIM ( ) NÃO 4 – Você já se sentiu obrigado a comprar algum tipo de produto da loja? ( ) SIM ( ) NÃO 5 – As funcionárias sempre buscam atender as suas necessidades e objetivos? ( ) SIM ( ) NÃO 6 – Você é um cliente satisfeito? ( ) SIM ( ) NÃO 7 – Você alguma vez já foi avisada pelas funcionárias da empresa, quando chega coleção nova na loja? ( ) SIM ( ) NÃO 8 – Você se sente um cliente importante para a empresa? ( ) SIM ( ) NÃO 9 – Você já recebeu um atendimento de má qualidade alguma vez nesta loja? ( ) SIM ( ) NÃO 10 – A empresa alguma vez já entrou em contato com você para te parabenizar por algum motivo especial? ( ) SIM ( ) NÃO 115 11- Você encontra tudo o que precisa na loja? ( ) SIM ( ) NÃO 12- Se não, o que você precisaria? ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ APÊNDICE III: Gráficos Gráfico 8: Você já se sentiu obrigado a comprar algum tipo de produto da loja? 38% 62% Sim Não Fonte: Elaborada pela autora 116 Gráfico 9: Se os clientes são avisados pela empresa quando chega coleção nova na loja? Você alguma vez já foi avisada pelas funcionárias da empresa, quando chega coleção nova na loja? 14% 86 Sim Não Fonte: Elaborada pela autora Gráfico 10: Se a empresa lembra dos clientes em datas especiais A empresa alguma vez já entrou em contato com você para te parabenizar por algum motivo especial? 70% 60% 60% 50% 40% 40% 30% 20% 10% 0% Sim Não Sim Não Fonte: Elaborada pela autora 117 Gráfico 11: Se o cliente encontra tudo que precisa na loja Você encontra tudo o que precisa na loja? 80% 70% 70% 60% 50% 40% 30% 30% 20% 10% 0% Sim Não Sim Não Fonte: Elaborada pela autora Gráfico 12: Quando o cliente não encontra o que precisa na loja Se não, o que você precisaria? 18% 16% 14% 12% 10% 8% 6% 4% 2% 0% 16% 6% 4% 4% 2% Colam Produtos mais em Bermudas jeans Vestido de crochê Mais opções de conta femininas roupas masculinas Colam Produtos mais em conta Bermudas jeans femininas Vestido de crochê Mais opções de roupas masculinas Fonte: Elaborada pela autora