EVENTRAÇÃO DIAFRAGMÁTICA SIMULANDO PNEUMONIA BOER N. I.¹; CAVALHERO, L. F.²; SANTOS, C.E.F.³ ¹ Acadêmica de medicina da Faculdade Ingá, ² Acadêmica de medicina da Faculdade Ingá, ³ Professor de Pneumologia Pediátrica do Departamento de Pediatria da Faculdade Ingá, Maringá – PR. Introdução: eventração diafragmática é uma condição rara definida como uma elevação anormal de parte ou de todo o hemidiafragma, cuja incidência é de 1:10.000 nascidos vivos. O quadro clínico varia de assintomático a infecções de repetição e sintomas gástricos, podendo ser confundida com pneumonia, como acontece neste caso. Objetivo: relatar o caso de uma criança do sexo masculino de 3 meses de idade portadora de eventração diafragmática direita. Método: o estudo realizado é uma descrição de caso cujas informações foram obtidas através de revisão do prontuário, registro de exames que o paciente foi submetido, entrevista com os pais e revisão de literatura. Resultados: lactente de 3 meses com quadro de resfriado leve, avaliado no pronto socorro com coriza e pouca tosse, sem febre, sem desconforto respiratório ou queda do estado geral. No atendimento foi realizado Rx de tórax que mostrou elevação da cúpula diafragmática a direita. Interpretado como pneumonia de lobo inferior direito foi indicada internação com administração de antibiótico - Ceftriaxona. Após 7 dias de antibiótico terapia, sem alterações clínicas com aspecto radiológico mantendo a imagem, recebeu alta onde foi avaliado ambulatorialmente com a suspeita de eventração diafragmática, que foi confirmada pela tomografia de tórax, a qual mostrou elevação importante da cúpula diafragmática direita. Discussão: A forma congênita da eventração resulta de uma falha da transformação mioblástica do diafragma ou de uma falha de crescimento do músculo durante a embriogênese. As queixas apresentadas pelos pacientes incluem fatigabilidade, pneumonias, infecções respiratórias superiores recorrentes, dor torácica, dispneia e alterações do trânsito gastrointestinal. Neste caso, o paciente foi encaminhado para avaliação do cirurgião pediátrico e realizou-se o acompanhamento periódico, com radiografia para controle. Após 2 meses, a criança se apresentou com bom ganho ponderal e sem queixas pulmonares. Conclusões: a importância de fazer o diagnóstico diferencial desta enfermidade com outras patologias, destacando neste caso a diferença com um quadro de pneumonia, que é uma ocorrência muito frequente em todas as idades. Bibliografia KULKARNI, M. L.; et al. Eventration of Diaphragm and Associations. Indian Journal of Pediatrics, Karnataka State-India, v. 74, p. 202-205, fev. 2007. KUMAR, K.J.; et al. Eventration of Diaphragm Presenting with Recurrent Chest Infections. Pediatric Oncall, v.8, ed.2, p. 43-44, jun. 2011. MCHONEY, M.; LAKHOO,K. Congenital Diaphragmatic Hernia And Diaphragmatic Eventration. In: AUTOR DO LIVRO. TITULO DO LIVRO. LOCAL DE PUBLICAÇÃO: EDITORA, DATA DE PUBLICAÇÃO. p. 291-297. PORFIRIO, H.; et al. Eventração Diafragmática Congênita. Dois casos de apresentação tardia. Acta Pediatr. Port., Coimbra, n.3, v.28, p. 241-245. 1997. RAVISAGAR, P.; et al. Eventration of diaphragm presenting as recurrent respiratory tract infections – A case report. Egyptian Journal of Chest Diseases and Tuberculosis, v. 64, p. 291-293, 5 jan. 2015. SADEGHIAN, N.; KIELY, E.M. Eventration of the diaphragm: a 10-year experience. Medical Journal of the Islamic Republic of Ira, London-England, n.2, v.11, p. 81-86, aug 1997. Contato: [email protected]