Prof. Dr. Luis Carlos Losso Medicina Torácica Cremesp 18.186 Paralisia Diafragmática O diafragma é o músculo mais importante da respiração. Esse músculo recebe estímulos do nervo frênico, logo, uma lesão nesse nervo pode reduzir ou interromper a função do diafragma, o que se denomina paralisia diafragmática. A paralisia pode ocorrer só de um lado do tórax ou dos dois, sendo irreversível em muitos dos casos. São causas comuns da paralisia diafragmática unilateral: lesões adjacentes a nervo frênico (pneumonia, derrame pleural, aneurisma vascular, compressão massas mediastinais e neoplasias), espondilose cervical, após traumas no pescoço ou tórax, as como consequências de infecções por vírus e bactérias e, também, a idiopática. Quando a lesão é bilateral além das acima incluem-se a diabetes, a esclerose múltipla, a esclerose lateral amiotrófica, a distrofia muscular e as miopatias. A falta de ar, desde leve até intensa, é a principal causa de procura por auxílio médico pelos adultos com paralisia diafragmática. Alguns deles, no entanto, podem não perceber esse sintoma por ter uma boa reserva respiratória ou pela perda da função diafragmática ter se instalado lenta e progressivamente, levando a uma adaptação do doente a sua nova alteração de saúde. Quando ocorre só de um lado, é capaz de gerar uma deficiência de até 30% na quantidade de ar que é respirado por um adulto e de até 50% em uma criança. O diagnóstico é estabelecido pela história clínica, auxiliada por exames radiológicos e estudos complementares da função pulmonar e diafragmática, como a radioscopia e o ultrassom do diafragma. A doença que desencadeia a paralisia também pode ser avaliada por meio de tomografia computadorizada de tórax e do teste eletrofisiológico. A paralisia diafragmática unilateral costuma ser bem tolerada sem Rua Conselheiro Brotero, 1539, cj.111 01232-010 - Higienópolis São Paulo – SP - Brasil +55 11 3821.5864 [email protected] www.luiscarloslosso.com.br Prof. Dr. Luis Carlos Losso Medicina Torácica Cremesp 18.186 alterações respiratórias e, na maioria dos casos, não requer tratamento; quando houver falta de ar aos médios esforços, pode-se considerar o tratamento operatório minimamente invasivo. Quando a doença é bilateral haverá insuficiência respiratória de graus variáveis e boa parte dos doentes necessitará de suporte ventilatório; se os nervos frênicos intactos e sem evidencias de miopatia (tetraplégicos) pode ser considerada a colocação de marca-passo diafragmático, com bons resultados em cerca de 50% dos casos. Rua Conselheiro Brotero, 1539, cj.111 01232-010 - Higienópolis São Paulo – SP - Brasil +55 11 3821.5864 [email protected] www.luiscarloslosso.com.br