Qualidade no Cuidado e Segurança do Paciente-Monalisa

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Curso Internacional de Gestão da
Ética e da Biossegurança para
Profissionais e Pessoal da Saúde
Qualidade no Cuidado e
Segurança do Paciente
Enfa. Monalisa Viana Sant’Anna
Objetivos
• Compreender sobre a Segurança do Paciente e Histórico;
• Conhecer os documentos que instituem Ações para a
Segurança do Paciente nos Serviços de Saúde;
• Conhecer as orientações para criação e funcionamento do
Núcleo de Segurança do Paciente;
• Conhecer as ações e estratégias do Plano de Segurança do
Paciente.
Segurança do Paciente
Histórico da Segurança do
Paciente
Linha do Tempo
460 AC
1818 - 1865
1820 – 1910
Semmelweis
Hipócrates
1869 – 1940
1919-2000
Codman
Nightingale
Donabedian
Linha do Tempo
Anos 70
Anos 80
Rand
Corporation
Wennberg
Anos 90
Cochrane
Anos 2000
Antecedentes
Antecedentes
Marco Regulatório de Segurança do Paciente
Portaria Nº 529/2013
Instituição do PNSP
RDC Nº 63/2011
Requisitos de Boas
Práticas de
Funcionamento para
os Serviços de
Saúde
2011
NSP
e PSP
Portarias 1377/13 e
2095/2013
6 Protocolos Básicos
de Segurança do
Paciente
2013
RDC Nº 36/2013
Institui ações para a
segurança do
paciente em serviços
de saúde e dá outras
providências
RDC Nº 51/2014 e
IN Nº 8/15
Estabelecem os
requisitos e condições
necessárias para
composição e
funcionamento da Rede
Sentinela
2014
RDC Nº 53/2014
Prorroga prazos da
RDC 36/2013
MODERNO MOVIMENTO DE SEGURANÇA DO PACIENTE
RELATÓRIO ERRAR É HUMANO
Construindo um sistema de saúde
mais seguro
1999
Esses casos eram apenas a ponta de um iceberg.
Estudos à época estimavam que no mínimo 44.000 estadunidenses morriam por
ano em decorrência do cuidado em saúde.
“ERA DA SEGURANÇA” SECULO XXI
OMS - Aliança Mundial para a Segurança do Paciente
BRASIL - Ministério da Saúde – ANVISA - Programa Hospitais Sentinela
REBRAENSP - Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente
Portaria nº 529, 1º abril de 2013
Institui o Programa Nacional de Segurança
do Paciente
Definições:
Segurança do Paciente: redução, a um mínimo aceitável, do
risco de dano desnecessário associado ao cuidado de saúde;
Dano: comprometimento da estrutura ou função do corpo e/ou
qualquer efeito dele oriundo, incluindo-se doenças, lesão,
sofrimento, morte, incapacidade ou disfunção, podendo
assim, ser físico, social ou psicológico;
Incidente: evento ou circunstância que poderia ter resultado, ou
resultou, em dano desnecessário ao paciente;
Definições:
Evento Adverso: incidente que resulta em dano ao paciente;
Gestão de risco: aplicação sistêmica e contínua de iniciativas,
procedimentos, condutas e recursos na avaliação e controle
de riscos e eventos adversos que afetam a segurança, a saúde
humana, a integridade profissional, o meio ambiente e a
imagem institucional;
Definições:
Cultura de Segurança: configura-se a partir de cinco características
operacionalizadas pela gestão de segurança da organização:
1. Cultura na qual todos os trabalhadores, profissionais e
gestores, assumem a responsabilidade pela sua própria
segurança, de seus colegas, pacientes e familiares;
2. Cultura que prioriza a segurança acima de metas financeiras e
operacionais;
3. Cultura que encoraja e recompensa a identificação, notificação
e a resolução dos problemas relacionados à segurança;
4. Cultura que, partir dos incidentes, promove o aprendizado
organizacional;
5. Cultura
que
proporciona
recursos,
estrutura
e
responsabilização para a manutenção efetiva da segurança.
O Programa Nacional de Segurança do
Paciente
OBJETIVO GERAL
• Contribuir para a qualificação do cuidado em saúde em
todos os estabelecimentos de saúde do território nacional.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
 Implantar a gestão de risco e os Núcleos de Segurança
do Paciente nos estabelecimentos de saúde;
 Envolver os pacientes e familiares nas ações;
 Ampliar o acesso da sociedade às informações
 Produzir, sistematizar e difundir conhecimentos; e
 Fomentar a inclusão do tema segurança do paciente no
ensino técnico e de graduação e pós-graduação na área da
saúde.
Protocolos de Segurança do
Paciente
Seis protocolos vão orientar profissionais na ampliação da
segurança do paciente nos serviços de saúde:
Portaria nº 1.377, de 9 de julho de 2013
• Cirurgia segura;
• Prática de Higiene das mãos em serviços de saúde;
• Prevenção de úlceras por pressão;
Portaria nº 2.095, de 24 de setembro de 2013
• Prevenção de quedas;
• Identificação do paciente;
• Segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos.
Resolução da Diretoria Colegiada nº
36, de 25 julho de 2013 - ANVISA
• Obriga a implantação dos Núcleos de
Segurança do Paciente (NSP) nos serviços de
saúde – públicos, privados, filantrópicos, civis
ou militares;
O que é o Núcleo de Segurança
do Paciente?
• É a instância do serviço de saúde criada para
promover e apoiar a implementação de ações
voltadas à segurança do paciente
RDC nº 36
 O NSP deve adotar os seguintes princípios e diretrizes:
• A melhoria contínua dos processos de cuidado e do uso de tecnologias
da saúde, por meio de fomento às ações de gestão de risco,
amparados por processos investigatórios delineados de acordo com
cada objeto;
• A disseminação sistemática da cultura de segurança;
• A articulação e a integração dos processos de gestão de risco;
• A garantia das boas práticas de funcionamento do serviço de saúde
dentro de seu âmbito de atuação.
• Segundo o artigo 13 da RDC nº 36/20137, a não estruturação do NSP
constitui-se em uma infração sanitária, e nos termos da Lei nº 6.437,
de 20 de agosto de 19778, sem prejuízo das responsabilidades civil,
administrativa e penal cabíveis.
RDC nº 36
 Ao NSP compete:
• Promover ações para a gestão de risco no serviço de saúde;
• Desenvolver ações para a integração e a articulação multiprofissional no
serviço de saúde;
• Promover mecanismos para identificar e avaliar a existência de não
conformidades nos processos e procedimentos realizados e na utilização
de equipamentos, medicamentos e insumos propondo ações preventivas
e corretivas;
• Elaborar, implantar, divulgar e manter atualizado o Plano de Segurança do
Paciente em Serviços de Saúde;
• Acompanhar as ações vinculadas ao Plano de Segurança do Paciente em
Serviços de Saúde;
• Implantar os Protocolos de Segurança do Paciente e realizar o
monitoramento dos seus indicadores;
• Estabelecer barreiras para a prevenção de incidentes nos serviços de
saúde;
RDC nº 36
 Ao NSP compete:
• Desenvolver, implantar e acompanhar programas de capacitação em
segurança do paciente e qualidade em serviços de saúde;
• Analisar e avaliar os dados sobre incidentes e eventos adversos
decorrentes da prestação do serviço de saúde;
• Compartilhar e divulgar à direção e aos profissionais do serviço de
saúde os resultados da análise e avaliação dos dados sobre incidentes
e eventos adversos decorrentes da prestação do serviço de saúde;
• Notificar ao Sistema Nacional de Vigilância Sanitária os eventos
adversos decorrentes da prestação do serviço de saúde;
• Manter sob sua guarda e disponibilizar à autoridade sanitária, quando
requisitado, as notificações de eventos adversos;
• Acompanhar os alertas sanitários e outras comunicações de risco
divulgadas pelas autoridades sanitárias.
RDC nº 36
Elaborar Plano de Segurança do Paciente (PSP) que estabelece estratégias e
ações de gestão de risco:
• Identificação, análise, avaliação, monitoramento e comunicação dos riscos
no serviço de saúde, de forma sistemática;
• Integrar os diferentes processos de gestão de risco desenvolvidos nos
serviços de saúde;
• Implementação de protocolos estabelecidos pelo Ministério da Saude;
• Identificação do paciente;
• Higiene das mãos;
• Segurança cirúrgica;
• Segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos;
• Segurança na prescrição, uso e administração de sangue e
hemocomponentes;
• Segurança no uso de equipamentos e materiais;
RDC nº 36
Elaborar Plano de Segurança do Paciente (PSP) que estabelece
estratégias e ações de gestão de risco:
• Manter registro adequado do uso de órteses e próteses quando este
procedimento for realizado;
• Prevenção de quedas dos pacientes;
• Prevenção de úlceras por pressão;
• Prevenção e controle de eventos adversos em serviços de saúde,
incluindo as infecções relacionadas à assistência à saúde;
• Segurança nas terapias nutricionais enteral e parenteral;
• Comunicação efetiva entre profissionais do serviço de saúde e entre
serviços de saúde;
• Estimular a participação do paciente e dos familiares na assistência
prestada;
• Promoção do ambiente seguro.
Como deve ser elaborado o Plano
de Segurança do Paciente?
• Devem ser identificadas as condições e situações que geram
ou que poderiam gerar mais risco para os pacientes, os
acompanhantes e os trabalhadores do serviço para
posteriormente serem implementadas ações de controle e
monitoramento desses riscos.
• Periodicamente, o PSP deve ser revisto e atualizado e sempre
que houver mudanças locais substanciais ou de evidências
clínicas. Todas as revisões e atualizações devem estar
devidamente registradas (documentadas).
• O PSP deve ser amplamente divulgado e estar disponível para
consulta de todos os profissionais da instituição.
Quais as etapas de elaboração
do Plano de Segurança do
Paciente?
• O PSP deve descrever os componentes e recursos a serem
aplicados à gestão desses riscos, incluindo definição de metas
e objetivos, procedimentos que serão realizados, plano de
ação e monitoramento, bem
como atribuição de responsabilidades.
• O processo de gestão de risco consiste na aplicação
sistemática de procedimentos para identificação, análise,
avaliação, tratamento, comunicação e monitoramento dos
riscos.
Análise de falhas das defesas
Modelo do queijo suiço
RDC 36
• O monitoramento dos incidentes e eventos adversos será
realizado pelo NSP.
• A notificação dos eventos adversos, para fins desta Resolução,
deve ser realizada mensalmente pelo NSP, até o 15º (décimo
quinto) dia útil do mês subsequente ao mês de vigilância, por
meio das ferramentas eletrônicas disponibilizadas pela ANVISA.
• Os eventos adversos que evoluírem para óbito devem ser
notificados em até 72 (setenta e duas) horas a partir do
ocorrido.
• Prazo 120 dias para a estruturação do NSP e elaboração do PSP e
o prazo de 150 dias para iniciar a notificação mensal dos eventos
adversos, a partir da data da publicação.
99,9% é um padrão de segurança?
0,1% de erro significa:
20 mil prescrições erradas de remédios/ano
15 mil quedas acidentais de recém-nascidos
em hospitais/ano
500 cirurgias incorretas/semana
2 mil documentos perdidos/hora
PARA O PACIENTE = 100%
Medical Error. What do we know? What do we do? EUA: Jossey – Bass; 2002. p. 3-34.
Segurança do Paciente
• www.anvisa.gov.br
• http://www.anvisa.gov.br/hotsite/segurancadopacien
te/index.html
• www.saude.gov.br/segurancadopaciente
• www.ismp-brasil.org
• http://www.rebraensp.com.br
• www. proqualis.net
Segurança no Sistema
Educação
Definição
de
Processos
Tecnologia
Cultura de
Segurança
Identificar Pontos
Críticos
no Sistema
Fator Humano
Ambiente/
Condições de
Trabalho
Favorecer a
Comunicação
santannamonalisa@gmailcom
Bibliografia
• ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução –
RDC N 36, de 25 de julho de 2013. Brasília (DF).
• BRASIL. Portaria N 529, de 1 de abril de 2013. Ministério da
Saúde. Instiui o Programa Nacional de Segurança do Paciente
(PNSP). Brasília (DF); 2013
• BRASIL. Portaria N 1.377, de 9 de julho de 2013. Ministério da
Saúde. Aprova os Protocolos de Segurança do Paciente.
Brasília (DF); 2013
• Compreendendo a segurança do paciente [ Robert M.
Wachter; tradução: Laura Souza Berquó.- Porto Alegre:
Artmed, 2010.
Bibliografia
• Enfermagem dia a dia: segurança do paciente[ organizadores
Mavilde da Luz Gonçalves Pedreira, Maria de Jesus Castro
Sousa Harada. – São Caetano do Sul, SP: Yendis Editora, 2009.
• Farmacovigilância : gerenciamento de riscos da terapia
medicamentosa para a segurança do paciente [ organização
Helaine Carneiro Capucho, Felipe Dias Carvalho, Silvia Helena
De Bertoli Cassiani. – São Caetano do Sul, SP : Yendis Editora,
2011
• Hospitais e Medicamentos [ organizadora Silvia Helena De
Bertoli Cassiani. – São Caetano do Sul, SP : Yendis Editora,
2010
• O Erro Humano e a Segurança do Paciente[ editoras Maria de
Jesus C. S. Harada [ et al.[. – São Paulo: Ediora Atheneu, 2006.
Bibliografia
• Padrões de Acreditação da Joint Comission International para
Hospitais [ editado por [ Consórcio Brasileiro de Acreditação
de Sistemas e Serviços de Saúde – Rio de Janeiro: CBA: 2010
• Segurança do paciente: orientações para evitar eventos
adversos[ Charles Vincent; tradução de Rogério Videira. – São
Caetano do Sul, SP: Yendis Editora, 2009
• Qualidade em Saúde e indicadores como ferramenta de
gestão[ organizadores Eliseth Ribeiro Leão...`[et al[.- São
Caetano do Sul, SP : Yendis Editora, 2008
• Qualidade e Acreditação em saúde [ Marcus Vinícius
Rodrigues... [et al [. – Rio de Janeiro: Editora FGV, 2011.
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