instituto brasileiro de terapia intensiva

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INSTITUTO BRASILEIRO DE TERAPIA INTENSIVA – IBRATI
ROBERTO XAVIER DE ARAUJO
ESTRATEGIAS PARA A PREVENÇÃO DE INFECÇÃO DE CATETER
VENOSO CENTRAL DE INSERÇÃO PERIFÉRICA EM UNIDADE DE
TERAPIA INTENSIVA NEONATAL
SÃO PAULO
2016
ROBERTO XAVIER DE ARAUJO
ESTRATÉGIAS PARA A PREVENÇÃO DE INFECÇÃO DE CATETER
VENOSO CENTRAL DE INSERÇÃO PERIFÉRICA EM UNIDADE DE
TERAPIA INTENSIVA NEONATAL
Trabalho apresentado como exigência
para conclusão do curso de Mestrado em
Terapia Intensiva pelo Instituto Brasileiro
de Terapia Intensiva
Orientadora: Profª. Mestre Janici Th.
Santos
SÃO PAULO
2016
ESTRATÉGIAS PARA A PREVENÇÃO DE INFECÇÃO DE CATETER
VENOSO CENTRAL DE INSERÇÃO PERIFÉRICA EM UNIDADE DE
TERAPIA INTENSIVA NEONATAL
BANCA EXAMINADORA
Aprovado em:
________/________/__
SÃO PAULO
2016
Agradeço a Deus pela oportunidade de estar aqui encerrando esta etapa em minha
vida.
Agradeço ao Universo que esteve a meu favor e fez com este dia pudesse existir.
Dedico este trabalho a todos que compartilharam comigo os momentos de desafios
e de lutas e que nunca deixaram com que o desânimo ou o cansaço superasse
minha vontade de vencer !
RESUMO
INTRODUÇÃO: Cateteres venosos centrais de Inserção Periférica (PICC) são
dispositivos de fundamental importância e os mais utilizados em todo o mundo no
tratamento de neonatos e crianças internados em unidades críticas, porém
representam uma fonte potencial para complicações infecciosas locais ou
sistêmicas. OBJETIVOS: Identificar as complicações relacionadas a inserção do
cateter
PICC; melhorar a qualidade do profissional de enfermagem diante do
procedimento de inserção do PICC. MÉTODO: Revisão Sistemática da literatura. A
coleta de dados foi realizada utilizando-se as bases: Scientific Electronic Library
Online (SciELO) e Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde
(LILACS). RESULTADOS E DISCUSSÃO: Vários estudos evidenciaram a
importância dos indicadores de qualidade na manutenção da assistência em
pacientes com
cateteres centrais.
O manuseio, principalmente a enfermagem
podem levar a contaminação dos cateteres centrais, portanto as intervenções de
enfermagem para evitar a infecção são: Técnica adequada de higienização das
mãos, curativos transparentes para visualização do sitio de inserção, com trocas de
acordo com protocolos da instituição, uso de luvas para o manuseio, capacitação
dos profissionais de enfermagem para o manuseio adequado do dispositivo, entre
outros. CONCLUSÃO: É importante ressaltar o papel do enfermeiro na educação e
conscientização dos profissionais de enfermagem, para alertar que as barreiras
contra infecção, estas estratégias mantém a qualidade na assistência ao paciente e
devem ser seguidas rigorosamente, associadas ao conhecimento do quadro clinico e
tempo de uso de cateter.
Palavras chave: Cateter central de Inserção Periférica; Infecção; Enfermagem;
Qualidade.
ABSTRACT
INTRODUCTION: Venous Catheters central Peripherally Inserted (PICC) devices are
extremely important and the most widely used worldwide in the treatment of neonates
and children hospitalized in critical units, but represent a potential source for local or
systemic infectious complications. OBJECTIVE: The literature for which the
strategies used by nurses to reduce infections in Central Venous Catheter Insertion
of Peripheral (PICC) in neonatology and expand the nurse's level of knowledge about
the PICC catheter. METHODS: Sistematyc review. Data collection was performed
using the bases: Scientific Electronic Library Online (SciELO) and Latin American
and Caribbean Health Sciences (LILACS). RESULTS AND DISCUSSION: Many
studies have shown the importance of quality indicators in the maintenance of care in
patients by central catheters Handling, mainly nursing can lead to contamination of
central catheters, so the nursing interventions to prevent infection are: Proper
Technique hand hygiene, transparent dressings for insertion site view, with trade in
accordance with the institution protocols, use of gloves for handling, training of
nursing professionals for the proper handling of the device, among others.
CONCLUSION: It is important to emphasize the role of nurses in education and
awareness of nursing professionals, to warn that the barriers against infection, these
strategies keeps the quality of patient care and must be followed carefully, associated
with the knowledge of the clinical picture and time use of a catheter.
Keywords: Central Catheter Peripherally Inserted, Infection, Nursing, Quality.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .. .................................................................................................. 9
1.1 Historico e evolução do PICC .. .................................................................... 12
1.2 Sistema cardiovascular – Anatomia e Fisiologia
.. ...................................... 13
1.3 Vasos Sanguineos Indicados para a Passagem do PICC
1.4 Complicações Potenciais durante a Inserção do PICC
.. ....................... 14
.. ............................ 15
1.5 Complicações Pós inserção do catater PICC .. ............................................ 18
1.6 Complicações que Originam os Indicador de Qualidade .. .......................... 22
2 OBJETIVO
...................................................................................................... 26
3 MÉTODO
....................................................................................................... 27
4 RESULTADOS
................................................................................................ 29
5 DISCUSSÃO ..................................................................................................... 34
6 CONCLUSÃO
............................................................................................... 35
7 REFERENCIAS ................................................................................................. 38
9
1. INTRODUÇÃO
As últimas duas décadas têm testemunhado mudanças significativas no papel
e nas funções de enfermeiros em muitos países. O trabalho de enfermagem tornouse mais técnico e mais especializado e o enfermeiro passou a ter maior destaque
como membro da equipe multidisciplinar, com conhecimento mais amplo, melhor
direcionado para a prestação de cuidados ao paciente (OGUISSO; FREITAS, 2007).
Portanto, Bezerra et al (2008) diz que, hoje não se fala apenas em curar
doenças, mas também há a preocupação em tratar o paciente com qualidade e
segurança, procurando assim, prevenir e evitar os erros e para tanto, a qualidade é
encarada como essencial à sobrevivência das organizações de saúde.
O resultado da assistência para Feldman; Cunha (2006) está presente nas
mudanças observadas no estado de saúde do paciente e para se medir essa
qualidade, é preciso que todos os membros da equipe de saúde realizem a
assistência com técnica e conhecimentos fundamentados cientificamente.
Para Junior; Vieira (2002), como a qualidade está diretamente ligada aos
profissionais que prestam assistência, estes têm que estar bem preparados e
treinados para que realizem seu trabalho corretamente. Para que os resultados
desse trabalho sejam verificados, existem os indicadores que ajudam a mensurar
dados sobre a assistência prestada.
De acordo com Oguisso;Freitas (2007) os indicadores de qualidade
possibilitam a criação de parâmetros, sejam eles internos ou externos, que em uma
organização em saúde são vitais para verificar assistência isenta de erros e com
segurança.
Um indicador é uma chamada que identifica ou dirige a atenção para assuntos
específicos de resultados dentro de uma organização de saúde e um indicador pode
ser uma taxa ou coeficiente, um índice, um número absoluto ou um fator (TOMA,
2004).
Como os indicadores podem e devem quantificar a qualidade da assistência
através de padrões pré-estabelecidos, temos que, dentro da área da enfermagem,
existem alguns itens considerados importantes para mensurar a qualidade da
assistência prestada, estes itens podem estar relacionados à infecção e perda de
10
dispositivos passíveis de serem quantificados como indicadores assistenciais (BELO
et al, 2012).
Lima et al (2007) comenta que, praticamente, tudo que resulta da assistência
deve ter sua qualidade medida, como, úlcera por pressão, índices de queda, flebites,
erros de medicamentos e principalmente taxas de infecção nas Unidades de Terapia
Intensivas (UTIs), tanto adultas como neonatais, incluindo entre eles a infecção em
cateter venosos mantidos em via central, como por exemplo, o Cateter Venoso de
Inserção Periférica o PICC.
Assim, Freitas & Nunes (2009) comentam que, a neonatologia é uma das áreas
que tem exigido atenção na assistência de enfermagem para que todos os
procedimentos sejam realizados com qualidade evitando eventos adversos, em
especial os procedimentos que envolvem a terapia intravenosa no neonato. Sabe-se
que, o neonato internado em Unidade de Terapia Intensiva poderá apresentar a
indicação de receber drogas vasoativas, hiperosmolares, antibióticos e também
nutrição parenteral. Estas condutas exigem uma via pérvea, de localização central
como o PICC.
O PICC é considerado uma via de acesso venoso seguro e duradouro, sua
manutenção exige cuidados especiais por parte dos profissionais que o manipulam e
considera-se que é uma alternativa de acesso venoso estável e eficaz para
neonatos criticamente doentes (BEZERRA et al, 2008).
Segundo Baggio, Bazzi e Bilibio (2010) o cateter tem como uma das
características o seu comprimento, pois é longo, e sua flexíbilidade, e deve ser
inserido através de uma veia periférica que, por meio de uma agulha introdutora,
durante sua passagem ele tem a finalidade de fazer a progressão ate o terço distal
da veia cava superior ou veia cava inferior, adquirindo dessa forma propriedades de
acesso venoso centra, esta progressão até a localização final se dá por meio da
ajuda do fluxo sanguíneo do vaso.
A utilização do cateter possui algumas vantagens como por exemplo a
introdução à beira leito, dor mínima, entre outras. Há determinadas peculiaridades
práticas, que vão desde a escolha do vaso sanguíneo à manutenção do acesso
(RODRIGUES et al, 2005).
Além dos médicos neonatologistas habilitados, o enfermeiro tem competência
técnica e legal para inserir e manipular o PICC no Brasil, amparado pela Resolução
11
nº258/2001 do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) desde que qualificado
e/ou capacitado profissionalmente (BAIOCCO e SILVA, 2010).
As potencias complicações do PICC podem ser classificadas como: locais,
sistêmicas ou circunstanciais, ocorrendo com menor frequência do que os outros
cateteres centrais, mas merecendo atenção especial por parte dos enfermeiros e
outros profissionais responsáveis pela indicação do uso do dispositivo (BAGGIO,
BAZZI e BILIBIO, 2010).
Anjos(2010) comenta que, as infecções em cateter estão propensas a
acontecer com crianças, pela fragilidade de rede venosa, pela quantidade de
terapias medicamentosas via endovenosas à opção acaba sendo pelo cateter
venoso central para evitar múltiplas punções na criança, diminuindo os traumas
gerados pelo procedimento
O papel do enfermeiro é imprescindível para que ocorra um melhor
desempenho na manutenção do cateter (CHAVES et al, 2012).
Cabe ao enfermeiro o cuidado direto aos pacientes graves, incluindo os
cuidados de maior complexidade que exijam conhecimento científico, capacitação
técnica e capacidade de tomar decisões. Sendo assim, observa-se que o enfermeiro
possui legitimidade para a indicação do PICC (FREITAS; NUNES, 2009).
A rotina das unidades de terapia intensiva neonatais predispõe os pacientes a
períodos
muitas
vezes
prolongados
de
tempo
internados,
especialmente
considerando os prematuros extremos, sendo assim, o uso de nutrições parenterais
e antibióticos permitem escolher o PICC como dispositivo seguro para a infusão de
soluções e manutenção do tratamento (CAVALCANTE ; SILVA , 2010).
Para Toma (2004) na atualidade e realidade hospitalar, inúmeros enfermeiros
inserem o PICC, e para isso se baseiam em conhecimentos técnicos e científicos e
cabe o enfermeiro
desenvolver estratégias para a manutenção do dispositivo,
prevenindo complicações e infecções, sendo de sua responsabilidade o diagnóstico
e a intervenção de enfermagem.
Tendo em vista que é de extrema importância que a equipe de enfermagem
tenha conhecimento em relação às técnicas do manuseio de cateteres venosos
centrais, e que a assistência deve ser de qualidade, os focos do estudo serão as
maneiras de prevenção de infecção em Cateter Central de Inserção Periférica
(PICC) devido aos riscos de complicações que as crianças estão expostas e mostrar
como maneiras de prevenção pode influenciar na qualidade da assistência.
12
1.1 História e Evolução do PICC
O PICC foi descrito na literatura pela primeira vez em 1929, como uma
alternativa de acesso venoso central por via periférica, quando um médico alemão
chamado Forssman se auto-cateterizou com uma sonda uretral através de uma veia
da fossa cubital. Pela precariedade dos materiais, o procedimento não foi
implementado na época. Na década de 1970 foi desenvolvido o cateter de silicone,
utilizado inicialmente nas unidades de terapia intensiva neonatal; mas foi a partir de
1980 que se observou a expansão de seu uso, pela facilidade de inserção à beira do
leito por enfermeiros e pelo surgimento de programas de capacitação profissional
(BAIOCCO e SILVA, 2010).
Câmara et al (2007) relatam que, nos Estados Unidos, na década de 80, surgiu
os programas de capacitação profissional de enfermeiros para a prática da
instalação do PICC, que, associados aos avanços tecnológicos, tornou possível a
expansão dessa técnica em ambientes hospitalares e, posteriormente, no cuidado
domiciliar.
No Brasil, o PICC passou a ser empregado a partir de 1990, primeiramente em
neonatologia, devido ao seu pequeno diâmetro e à sua flexibilidade; seu uso em
adultos teve início em 1995 e por ser um dispositivo intravenoso inserido através de
uma veia superficial da extremidade e que progride com a ajuda do fluxo sanguíneo,
até o terço médio distal da veia cava superior ou da veia cava inferior, pode possuir
um ou dois lumens. Quanto ao calibre, pode variar de 14 a 24 Gauge ou 1 a 5
French (Fr). Além de ser flexível, é radiopaco, de paredes lisas e homogêneas, feito
com material bioestável e biocompatível, como o silicone, poliuretano ou polietileno
(CHAVES et al, 2012).
A partir então da década de 90 os cateteres PICC passam a serem
confeccionados com materiais mais biocompatíveis, menos trombogênicos,
constituídos de poliuretano ou elastômeros de silicone, oferecendo maiores
vantagens e benefícios aos pacientes e apresentando menores riscos de
complicações ( Oliveira, et al, 2014)
Frente a sua importância para o tratamento do paciente em qualquer faixa
etária, principalmente em neonatologia, considera-se que para a manutenção do
PICC e no intuito de minimizar os riscos a que ficam expostos os neonatos, torna-se
necessária a elaboração e aplicação de protocolos de inserção, manejo adequado,
13
cuidados e intervenções frente às complicações detectadas, visando à garantia da
qualidade do atendimento prestado (WHALEY; WONG, 2005).
1.2 Sistema Cardiovascular – Anatomia e Fisiologia
Conforme Dangelo; FattinI (2007) o coração é um órgão que apresenta quatro
cavidades: duas superiores, denominadas átrios e duas inferiores, denominadas
ventrículos. O átrio direito comunica-se com o ventrículo direito através da válvula
tricúspide. O átrio esquerdo, por sua vez, comunica-se com o ventrículo esquerdo
através da válvula bicúspide ou mitral. A função das válvulas cardíacas é garantir
que o sangue siga uma única direção, sempre dos átrios para os ventrículos.
O coração é o principal órgão do sistema cardiovascular e é ele quem bombeia
o sangue , de forma que ele possa chegar até as extremidades do organismo e
voltar ao ponto de origem (coração) (NETTER,2008).
De acordo com Sobotta (2006) o sangue sai do coração carregado de oxigênio,
passa pelas artérias, veias e capilares, pelo pulmão e então retorna para o coração.
O tempo médio para que o sangue complete um ciclo de circulação é de um minuto.
Os canais usados pelo sangue para circula segundo Netter (2008) são
denominados de vasos sanguíneos que são divididos nas artérias, veias e os
capilares. Conforme o autor as artérias são os canais usados pelo sangue quando
ele sai do coração em direção ao restante do organismo, sendo estas mais
calibrosas. As veias são canais menores, mas tão resistentes quanto as artérias.
Recebem o sangue procedentes dos capilares ( vasos menores que as veias e que
servem para a transição de sangue entre as artérias e as veias) e levam o sangue
em direção ao coração, para serem encaminhadas para o pulmão (Figura 1).
14
Figura 1 – Ilustra a Anatomia do Coração
Fonte: Atlas interativo de anatomia humana - Artmed Editora – 2013
A segunda passagem do sangue pelo coração é para que seja realizada a
circulação pulmonar. Nesta circulação, o sangue está oxigenado, pois percorreu o
corpo o organismo e nutriu todas as células e tecidos. Quando chega ao pulmão, o
sangue é oxigenado e então volta ao coração pela segunda vez, terminando o ciclo
do sangue. Será novamente bombeado para todo o organismo oxigenando às
células (ZORZETTO, 2003).
1.3 Vasos Sanguíneos Indicados para Passagem do PICC
Recomenda-se como primeira escolha região antecubital: (Basílica; cefálica e
cefálica acessória; cubital mediana e antebraquial mediana); estruturas associadas:
tendão do bíceps (centro da fossa antecubital; localize o tendão e evite-o durante a
punção; ponto de diferenciação entre os sistemas venosos basílica e cefálico);
artérias: (artéria branquial; artéria radial; artéria ulnar); nervos: (nervo cubital
mediano; nervo radial; nervo lateral cutâneo) (SECOLI et al, 2006)( Figura 2).
15
Figura 2- Locais para passagem do PICC.
Fonte: hcursoslivres.com.br - 2015
Toma (2004) comenta que, a terminação do cateter e o fio guia não devem
entrar ou serem deixados no átrio direito, na impossibilidade de utilização das veias
da região antecubital avaliar a possibilidade de utilizar veias retroauriculares
(Neonatal Pediátrico); veia temporal (Neonatal Pediátrico); veias jugulares externas
(Neonatal Pediátrico e Adulto) veias auxiliares (Neonatal Pediátrico); veia safena
(Neonatal Pediátrico) veia poplítea (Neonatal Pediátrico); ainda é necessário avaliar
risco benefício juntamente com a equipe médica.
Na avaliação da rede venosa é importante considerar as condições do
paciente: idade, diagnóstico e nível de atividade; estruturas assiciadas; integridade
cutânea; tipo e duração de terapia; ambas as extremidades; membro dominante
versus não dominante. As contraindicações: condições que possam impedir a
inserção na subclávia ou jugular; flebotomias anteriores. Ótima veia: não tortuosa,
elástica, apoiada por pele intacta e elástica, facilmente estabilizada e livre de
válvulas (REIS, 2011).
1.4 Complicações Potenciais durante a Inserção do PICC
1.4.1 Complicações relacionadas à inserção nas abordagens antecubital e
torácica (CAMARGO, 2007):
16
ANTECUBITAL
TORÁCICA
Tromboflebite
Pneumotórax
Hematoma
Hemotórax
Danos a nervos ou tendões
Hidrotórax
Plexo branquial
Quilotórax
1.4.2 Complicações relacionadas à inserção em ambas as abordagens (
CAMARGO, 2007).
Ambas Abordagens
Penetração da parede posterior
Mau posicionamento da terminação do cateter
Contaminação/Infecção
Punção arterial
Trombose
Embolia aérea
Perfuração do Átrio Direito
Arritmia Cardíaca
Embolia do cateter
1.4.3 Dificuldade de progressão:
Quando o cateter apresenta dificuldade de progressão os sinais e sintomas
são: resistência do cateter; o cateter “enrola” externamente. Isso ocorre devido ao
posicionamento do paciente e por mau posicionamento do cateter, também por
venoespasmo, ou calibre inadequado do cateter, ou cicatriz, esclerose, também
válvulas e bifurcação (BITTAR et al, 2004).
A intervenção de enfermagem envolve o cuidado rigoroso para não utilizar de
força para tentar progredir o cateter, o enfermeiro deve observar, avaliar, e reiniciar,
começando pelo reposicionamento do braço, fazer uma leve rotação no braço,
solicitar para tentar abrir e fechar a mão, lavar o cateter com SF 0,9%, retrair o fio
guia, remover o fio guia, aplicar calor sem comprometer o campo estéril.
Para
prevenir esta intercorrência é recomendado que o enfermeiro posicione o paciente
17
com o braço formando um ângulo de 45º e 90º com o corpo, avançando o cateter
suavemente e massageando delicadamente o percurso do cateter se necessário
(CHAVES et al, 2012).
1.4..4.- Mau posicionamento do cateter
Os sinais e sintomas são: resistência ao avanço, desconforto do paciente,
ângulos e dobras observáveis e ausência de retorno de sangue. Ocorre devido à
anatomia venosa aberrante – variação anatômica, cirurgia ou lesão prévia
posicionamento do paciente e medida incorreta Deve haver a verificação por da
radiografia do cateter (BAGGIO et al, 2007).
1.4.5 - Hemorragia e hematoma
Os
sinais
e
sintomas
são:
sangramento
pela
inserção,
síndrome
compartimental, dor severa, edema, dormência, formigamento e vasoconstrição
periférica. Ocorrem devido ao calibre da agulha/cânula introdutora, aos distúrbios de
coagulação, a terapêutica anticoagulante e a inserção traumática. A reversão se dá
através do conhecimento da terapêutica prévia, do conhecimento dos resultados
laboratoriais e da punção cuidadosa. Para intervir aplique pressão, faça curativo
compressivo, curativo com gaze nas primeiras 24 horas e agentes hemostáticos
(TAVARES et al, 2009).
A intervenção de enfermagem envolve a aplicação de pressão, a realização
de curativo compressivo com gaze nas primeiras 24 horas e administração de
agentes hemostáticos prescritos pelo médico (CAMARGO, 2007).
Para prevenir o enfermeiro deve conhecer a terapêutica prévia, conhecer os
resultados dos exames laboratoriais e realizar técnica de punção criteriosa e
cuidadosa (BELO et al, 2012).
1.4.6 - Arritmia cardíaca
Os sinais e sintomas são: ritmo cardíaco irregular, dispneia, palpitações e
hipotensão arterial. Ocorre devido à irritação do miocárdio, migração da terminação
18
pelo átrio e movimento do braço deslocando o cateter para o átrio direito
(LOURENÇO, 2010).
A prevenção se dá a partir da avaliação do pulso e a frequência cardíaca de
base, meça cuidadosamente, apare o cateter atentamente e verifique a localização
da terminação pelo RX (LOURENÇO et al, 2010).
1.4.7 - Embolia do cateter
Nos casos de embolia, os sinais e sintomas são: perda visível do cateter ou
fragmentos no interior da veia. (Ocorre devido ao dano do cateter, retração co
cateter pela agulha introdutora e retirada agressiva do fio guia (CHAVES, 2012).
Para a prevenção tenha cuidado ao retirar o cateter pela agulha, introdutores
não metálicos reduzem o risco, evite usar clamps ou tesouras e utilize fitas adesivas
para fixação, retenha o fragmento para prevenir migração, aplique pressão direta
(mão ou arrote) acima do local de inserção, notifique o médico e observe a radiologia
intervencionista (TAVERNA, 2007).
1.5. Complicações Pós-inserção do cateter PICC
1. 5.1 - Flebites
Entende-se por flebite como sendo a inflamação das células endoteliais da
parede venosa por fatores mecânicos, químicos ou infecciosos. É uma complicação
que pode prolongar a hospitalização, caso não seja tratada precocemente, e cuja
incidência varia de 5 e 26% nos cateteres. Essa taxa é considerada baixa, se
comparada àquela verificada nos cateteres periféricos, cuja incidência é de 65%. A
flebite mecânica é a complicação mais observada com PICC, ocorrendo em resposta
a um trauma durante a inserção, retirada ou movimentação do dispositivo no interior
do vaso, e torna-se evidente de 48 a 72 horas após a inserção ou retirada do
dispositivo (LOURENÇO et al, 2010).
As flebites podem ser mecânicas: quando são causadas pelo material e
tamanho do cateter, técnica de inserção, característica da veia, posicionamento de
terminação, fatores inerentes ao paciente, dominante versus não dominante e veia
cefálica. O enfermeiro poderá intervir notificando o médico, iniciando o tratamento
19
imediatamente, colocando o membro em repouso, e elevar o membro (braço) para
evitar edemas. Além disso, deve realizar aplicação de calor local e continuar o
tratamento até a interrupção dos sintomas e remover o cateter (após 72 horas). Os
sinais e sintomas são: dor, eritema, edema, endurecimento da veia e drenagem pela
inserção. Para prevenir este evento o enfermeiro deve ter cuidados a partir da
técnica de inserção, evitar contaminar o cateter, escolher o cateter de forma
apropriada de acordo com o paciente (BAIOCCO, SILVA , 2010).
Já, as flebites químicas são causadas por medicações irritantes, extremos de
PH ou osmolaridade, diluição inadequada, infusão rápida e localização da
terminação. Para prevenir assegure hemodiluição adequada, calibres menores
adequam fluxo sanguíneo, infunda medicações no tempo adequado, dilua
medicações adequadamente e utilize filtros. A intervenção do enfermeiro é notificar o
médico, remover o cateter e inserir em outro local (LOURENÇO et al, 2010).
A flebite bacteriana é causada pela lavagem de mão de forma incorreta, preparo
inadequado da pele, técnica inadequada, contaminação do cateter durante inserção
e progressão da flebite mecânica. O enfermeiro deve notificar o médico, e assim
entrar com tratamento de acordo com o agente etiológico e tipo de cateter, a
identificação do agente etiológico pode incluir culturas, antibióticos e remoção do
cateter e nova inserção. Para prevenir este evento se faz necessário adesão da
equipe de enfermagem às técnicas e procedimentos de controle e infecção.
(SECOLI, 2006).
1.5.2 - Infecção no Local de Inserção
Pode acontecer a infecção no local da inserção do cateter e os sinais e sintomas
são: eritema, edema dor e ausência de sintomas sistêmicos, devido à contaminação
do local de inserção, pelo preparo inadequado da pele, manutenção inadequada do
local da inserção, condições clínica, lavagem de mão inadequada e técnicas
inapropriadas (LOURENÇO et al, 2010).
1.5.3 - Infecção Sistêmica Relacionada ao Cateter
Pode correr durante a permanência do cateter e os sinais e sintomas são: febre
calafrios, leucocitose, culturas positivas e sepse. Há à colonização do cateter,
20
múltiplos lumes, bainha de fibrina, condições do paciente, local de inserção,
infecções prévias e técnicas inadequadas. Para prevenção deste evento é
necessário que se utilize as técnicas e procedimentos de controle de infecção (
CHAVES et al, 2012).
1.5.4 - Sepse
A sepse conforme Siqueira, Batista (2009) é definida como um conjunto de
manifestações graves generalizadas, resultante de uma infecção. Vários tipos de
bactérias podem causar choque séptico. Fungos e (raramente) vírus também podem
causar essa condição. As toxinas liberadas pelas bactérias ou fungos podem causar
danos nos tecidos e podem resultar em pressão arterial baixa e função reduzida dos
órgãos. Alguns pesquisadores acreditam que os coágulos sanguíneos em pequenas
artérias causam a falta de fluxo sanguíneo e a redução da função dos órgãos. O
organismo também produz uma forte resposta inflamatória às toxinas. Essa
inflamação pode contribuir para que ocorram danos nos órgãos.
O choque séptico pode ocorrer, e são frequentes, em unidades de terapia
intensiva, pelos os fatores: idade: idosos (maio que sessenta e cinco anos); a maior
sobrevida de diversas doenças debilitantes; o emprego mais frequente de técnicas
invasivas (cateteres vesicais, tubos endotraqueais, cateteres intravasculares etc); o
cuidado de maior número de pacientes imunossuprimidos e as infecções
hospitalares. Nosso organismo possui a capacidade de nos proteger e responder
rapidamente a qualquer estimulo estranho, que pode ser um microorganismo, suas
toxinas ou alterações endógenas decorrentes do mesmo (ANJOS et al, 2010).
Sinais e sintomas de sepse citados por Boechat; Boechat (2010) são febre ou
hipotermia, Taquipneia, alcalose respiratória, acidose respiratória, edema, reação
inflamatória e hematológica, leucocitose ou leucopenia, baixa resistência vascular
sistêmica, saturação venosa central baixa, hipoxemia (lesão pulmonar aguda),
estado mental alterado, alterações inexplicadas da função renal, hiperglicemia,
trombocitopenia, alterações Inexplicadas da função hepática.
1.5.5 – Trombose
21
Na trombose os sinais e sintomas são: impossibilidade de aspiração, lentificação
da infusão, edema périorbitral, desconforto no ombro ou pescoço, taquicardia e
dispneia. Ocorre devido a resíduos no cateter, inserção traumática, estados de
hipercoagulobilidade, soluções hipertônicas, mau posicionamento do cateter,
tamanho do cateter e estase venosa. Para a prevenção é necessário assegurar
posicionamento adequado do cateter, devidos cuidados de manutenção e baixas
doses de anticoagulantes. A intervenção do enfermeiro ocorre a partir da notificação
do médico, trombólise, remoção do cateter, material de emergência disponível e
monitorização de sinais vitais (SECOLI, 2006).
1.5.6 - Migração do Cateter
Os sinais e sintomas são: infusão lentificada, alarmes frequentes das bombas,
impossibilidade de aspirar sangue, exteriorização do cateter, dor durante infusão,
distúrbios neurológicos e dispneia. Ocorrem devido à movimentação vigorosa da
extremidade, alterações da pressão intratorácica e fixação inadequada do cateter.
A intervenção do enfermeiro é manter a observação dos sinais de funcionamento do
cateter, notificar se migrou e reconsiderar nova inserção se necessário. Para
prevenir que isso ocorra deve ser realizada a fixação adequada do cateter, e
checagem do posicionamento adequado na terminação em veia cava superior.
(BELO et al, 2012).
1.5.7 - Quebra do cateter
Os sinais e sintomas são: quebra visível e embolia do cateter. Ocorre devido à
força excessiva na lavagem, ficará inadequado do cateter, dano ao corpo do cateter
e injetores de pressão. Para a prevenção nunca use força ao lavar, use seringas de
5 ml (pediatria e neonatal) ou 10 ml ou mais (adulto), fixe o cateter seguramente, não
suture o corpo do cateter e evite o uso de cortantes próximo ao cateter. O enfermeiro
frente esta complicação deve comunicar o médico e realizar uma, pressão direta em
região alta, identificando e localizando os fragmentos por meio da radiologia
intervencionista (BELO et al, 2012).
1.5.8 Oclusão do Cateter
22
Os sinais e sintomas são: resistência e dificuldades de infusão, impossibilidade
de lavar cateter e de aspirar sangue e lentificação ou interrupção da infusão. Ocorre
devido à bainha de fibrina “válvula” infunde e não reflui e ao coágulo intraluminal,
não infude e não reflui.O enfermeiro deve intervir avaliando a oclusão do cateter, por
meio da coleta de sangue, transfusão, refluxo, “flush” inadequado, medicações
incompatíveis, baixa solubilidade (CHAVES et al, 2012).
.
1.6 Indicadores de Qualidade
Os indicadores são criados para contemplar as três questões básicas que
envolvem a melhoria da qualidade nos serviços de saúde: resultado, processo e
estrutura. Esses indicadores devem ser específicos para expressar riscos definidos.
Para as infecções de corrente sanguínea, o maior risco definido é a presença de
acesso venoso central, portanto, os indicadores de Infecções relacionadas ao
acesso vascular central (IAVC), deverão ser calculados para pacientes com acesso
venoso central no momento do diagnóstico, ou até 48 horas após a sua retirada
(ANVISA, 2009).
Segundo estudos, um terço de todas as bacteremias intra-hospitalares são
decorrentes da administração de soluções parenterais. Essas bacteremias são
resultados da contaminação de soluções ou das próteses de acesso venoso. Os
cateteres
venosos
centrais
podem
contaminar-se
pela
invasão
direta
de
microrganismos, existentes na pele e no local de penetração do cateter, por sua
contaminação endógena, a partir de bacteremias oriundas de infecção a distancia e
pela contaminação através de manipulação inadequada da solução a ser infundida e
de suas conexões (GUILARDE et al, 2007).
Além disso, a inserção de um cateter venoso central pode associar-se a
complicações
como:
punção
arterial,
pneumotórax,
lesões
nervosas,
mau
posicionamento do cateter, tamponamento e arritmia cardíaca e outras complicações
estão relacionadas a manutenção, como: deslocamento e migração do cateter,
formação de fibrina, trombose venosa, síndrome da veia cava superior, infecção
local e erosão da pele, entre outras. Em crianças, a trombose venosa e a infecção
local e de corrente sanguínea são consideradas as complicações mais freqüentes
(MESIANO; HAMANN, 2007).
23
Se os cateteres forem manipulados de maneira incorreta proporcionam ao
paciente pediátrico o risco de contaminação direta na corrente sanguínea. Quando
isso acontece, há uma grande possibilidade de infecção e conseqüente
prolongamento da internação, que, além de comprometer a recuperação, gera
custos importantes e comprometimento da qualidade na assistência, sendo então a
infecção do cateter um indicador de qualidade na assistência (OGUISO, FREITAS
2007).
1.6.1 Vantagens da utilização do Ultrassom como Recurso para Melhor
Qualidade na Assistência em pacientes com PICC.
A aplicação do US para guiar a punção venosa periférica pode contribuir para o
aprimoramento da passagem do PICC e pode ser realizado pela enfermagem. O uso
do US para direcionar a punção intravenosa periférica é uma inovação e pode
alcançar melhores resultados na terapia intravenosa, em especial quando se
realizam punções de veias periféricas em pacientes que apresentam acesso venoso
difícil cateteres intravenosos são utilizados para várias finalidades terapêuticas
(PEDREIRA et al, 2008).
Os estudos realizados na área de enfermagem contribuíram para melhorar a
efetividade da terapia intravenosa, reduzir complicações infecciosas e não
infecciosas, promover alívio da dor, e ajudar a desenvolver materiais e
equipamentos que se adaptam as necessidades do paciente aos objetivos
terapêuticos planejados (GOLDESTEIN ; 2006).
Os equipamentos de US da atualidade segundo Goldestein (2006) tem
conversores digitais de sinais ecográficos, esta função torna as imagens de retorno
cada vez mais definidas, sendo possível a análise espectral, pela aplicação do
método Doppler.
O equipamento de ultra-som vascular com Doppler pode possibilitar a
visualização do da velocidade de fluxo sanguíneo produzida pelo ultra-som ao
coincidir com um vaso. Tais ondas são formadas por variações da freqüência do
ultra-som refletido pelas hemácias contidas no sangue em movimento. O método
utilizado pelo ultrassom poderá prevenir vários eventos, entre eles a má progressão
do cateter, a quebra entre outros (COSTANTINO et al, 2005).
24
1.6.2 Técnica correta de lavagem de mãos para manipulação do PICC e
manutenção da Qualidade da Assistência.
A lavagem das mãos é, sem dúvida, a rotina mais simples, mais eficaz, e de
maior importância na prevenção e controle das infecções, devendo ser praticada por
toda equipe de enfermagem, sempre ao iniciar e ao término de um procedimento
(CHAVES et al, 2012) (Figura 3 ).
Figura 3 – Ilustra a Técnica de Higienização das Mãos
Fonte: www.delicat.com.br – 2014
A técnica de lavagem de mãos acima consta de: A- ) Retirar anéis, pulseiras e
relógio, B-) Abrir a torneira e molhar as mãos sem encostar na pia, C-) Colocar nas
mãos aproximadamente 3 a 5 ml de sabão. O sabão deve ser, de preferência,
líquido
e
hipoalergênico. D-)
Ensaboar
as
mãos
friccionando-as
por
aproximadamente 15 segundos. E-) Friccionar a palma, o dorso das mãos com
movimentos circulares, espaços interdigitais, articulações, polegar e extremidades
dos dedos (o uso de escovas deverá ser feito com atenção( ANVISA, 2009).
F-)Os antebraços devem ser lavados cuidadosamente, também por 15
segundos,G-) Enxaguar as mãos e antebraços em água corrente abundante,
retirando totalmente o resíduo do sabão,H-) Enxugar as mãos com papel toalha,I)Fechar a torneira acionando o pedal, com o cotovelo ou utilizar o papel toalha; ou
ainda, sem nenhum toque, se a torneira for fotoelétrica. Nunca use as mãos
(RODRIGUES et al, 2005).
25
A técnica correta da lavagem de mãos praticada diariamente em todos os
procedimentos de enfermagem poderá reduzir o indicador de infecção em cateter
PICC (COSTANTINO et al, 2005).
26
2. OBJETIVO GERAL
Identificar na literatura quais as estratégias utilizadas pela enfermagem para
redução de infecções em Cateter Venoso Central de Inserção Periférica (PICC) em
neonatologia.
2.1 Objetivos específicos
 Ampliar o nível de conhecimentos dos enfermeiros sobre o cateter PICC;
 Identificar as complicações relacionadas à Inserção do cateter PICC;
27
3. METODO
3.1 Tipo de Pesquisa
Trata-se de um estudo de revisão Sistemática da literatura que visa alcançar o
objetivo proposto, com a finalidade de reunir o conhecimento científico já produzido
sobre o tema proposto, permitindo buscar, avaliar as evidências disponíveis. Esse
tipo de método de pesquisa consiste no exame da literatura científica, para
levantamento e análise do que já se produziu sobre determinado tema em bases de
dados nacionais, revistas por pesquisadores e indexadores de produção científica
(NASCIMENTO et al, 2005).
O estudo seguiu as seguintes fases: a-) Identificação do tema, b) Amostragem
ou busca na literatura, c-) Categorização dos estudos, d-) Avaliação dos estudos, e-)
Interpretação dos resultados.
3.2 Coletas de Dados
As bases de dados para a pesquisa serão: Literatura Latino-Americana e do
Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), e Scientific Eletronic Library Online
(SciELO) e livros da área médica e de enfermagem. Para o levantamento dos artigos
utilizou-se as palavras – chave “Cateter Venos Central de Inserção Periférica- PICC”,
combinado com os termos “ Infecção” , “ Cuidados de Enfermagem” e “Qualidade”,
utilizados para o refinamento da amostra. A coleta de dados foi realizada entre os
meses de janeiro a setembro de 2014.
3.3 Critérios de Inclusão e Exclusão
Na base de dados da Scielo foram encontrados 66 artigos, e na Lilacs foram
encontrados 23 artigos, totalizando 89 publicações relacionadas as palavras –
chave, destes foram selecionados 44 artigos que foram analisados de acordo com o
objetivo proposto.
Como critérios de inclusão utilizou-se a seleção de amostra de artigos que
abordassem a temática em questão, escritos na língua portuguesa, abrangendo as
áreas do conhecimento, ( medicina e Enfermagem) publicados entre os anos de
28
2002 a 2014, periódicos indexados nas bases de dados LILACS, SciELO que
possuíam textos completos disponibilizados on-line.
Como critérios de exclusão utilizou-se: artigos que não abordassem
a
temática em questão.
3.4 Análises dos Dados
Para a análise dos dados foi realizada primeiramente, uma leitura criteriosa dos
artigos selecionados, num primeiro momento pelos resumos dos mesmos, para que
possa ser reconhecido o conteúdo dos artigos, em seguida uma leitura mais rigorosa
do texto completo, buscando compreender os principais achados dos estudos. Os
resultados da busca conforme as bases de dados serão fundamentados com as
referências selecionadas e serão organizados de forma que possam atender aos
objetivos da pesquisa.
29
4. RESULTADOS
Para compor os resultados do estudo, foram reunidas as produções e
organizadas conforme os anos de publicação, expostas a seguir .
Gráfico 1 – Demonstra as produções de acordo com os anos de publicação
2002 a 2014
Número de Produções conforme os anos de
Publicação
25
20
15
produções
34%
21
produções
47,7%
15
8 produções
18,1%
10
5
0
2002 a 2006
2007 a 2010
2011 a 2014
O gráfico acima demonstra as publicações selecionadas. Temos que, entre os
anos de 2002 a 2006 foram selecionadas 34% das produções ( n= 15) , enquanto
entre os anos de 2007 a 2010 selecionou-se para o estudo 47,7%
produções, e entre os anos de
2011
2014
foram
(n= 21)
18,1% ( n=8) estudos.
Portanto entre os anos de 2007 a 2010 foram encontradas maior número de
produções sobre o assunto. Um artigo utilizado no estudo foi de 1987, por se
tratar de relevância para a presente pesquisa.
Abaixo estão organizados os números de publicações por categorias
profissionais.
30
Gráfico 2 – Demonstra os artigos produzidos de acordo com a categoria
profissional, selecionados para o estudo entre os anos de 2002 a 2014.
Numero de Publicações por Categorias
30
Axis Title
25
20
15
10
5
0
1
24
20
Enfermagem
Outras categorias
2
54.50%
45.40%
Nota-se nos resultados acima que, as publicações dos enfermeiros estiveram
em maior número em relação às outras categorias (análises clinicas, medicina,
manuais, entre outros). Sendo assim temos que de enfermagem são 24
produções ou 54,50% e de outras categorias 20 ou 45,40%.
Gráfico 3 – Distribuição segundo as temáticas estudadas – 2014
Axis Title
TEMÁTICAS ABORDADAS NO ESTUDO
45
40
35
30
25
20
15
10
5
0
CUIDADOS COM A
MANIPULAÇÃO
NORMAS
REGULAMENTADOR
AS/OUTROS
1
2
39
88.60%
5
11.40%
31
Acima o gráfico demonstra que, quanto as temáticas abordadas no estudo,
temos que os cuidados com a manipulação do cateter foram encontrados em 39
estudos ou 88,60% das publicações e quanto as normas regulamentadoras, e outros
focos que complementaram o estudo como anatomia, fisiologia, microbiologia,
estiveram em 5 estudos ou 11,40% das produções selecionadas para o estudo.
Assim, são várias as intervenções que poderão contribuir para o controle das
infecções por corrente sanguínea em UTI na população de neonatos.
As Intervenções do enfermeiro conforme Costa; Paes (2012) frente às
complicações citadas no decorrer do desenvolvimento estão destacadas a seguir e
os diagnósticos de enfermagem para pacientes com PICC.
Conforme a Lei nº7498/86 “é privativo ao enfermeiro o cuidado direto de
enfermagem a pacientes graves, incluindo os cuidados de maior complexidade que
exijam conhecimento científico, capacitação técnica e capacidade de tomar decisões
(BRASILIA, 1987)”.
Neste contexto, o enfermeiro possui legitimidade para a indicação do PICC, e
em sua dimensão técnica, de organização e sistematização do cuidado, deve
fundamentar suas ações de maneira teórico-científicas. Para tanto levantou-se os
principais diagnósticos de enfermagem para os paciente portadores de PICC.
Quadro 1 - Principais diagnósticos de Enfermagem para portadores de PICC - 2014
DIAGNÓSTICO
INTERVENÇÃO
RISCO PARA INFECÇÃO
Avaliar locais de inserção do cateter,
(Garcia; Nóbrega 2009)
avaliar à presença de sinais de infecção
(dor, calor, rubor, edema); controlar os
líquidos e eletrólitos infundidos pelo cateter;
monitorar
temperatura
respiratória;
utilizar
e
técnicas
freqüência
assépticas
apropriadas antes e depois da manipulação
do cateter, utilizar técnica acética para
realização do curativo e utilizar curativos
transparentes
que
permitem
visualização da inserção.
melhor
32
RISCO DE SANGRAMENTO
Observar
e
(BITTAR et al, 2006)
sangramento
registrar
na
presença
inserção,
de
comparar
exames de coagulograma; orientar a equipe
quanto
a
observação
sangramentos
e
constante
realizar
de
curativos
compressivos na inserção do cateter.
Scielo - 2014
Abaixo as principais intervenções do enfermeiro e sua equipe para manter a
qualidade da assistência de enfermagem ao paciente portador de PICC descrito por
vários autores.
a-) Educação Contínua de Enfermagem: As medidas que visam minimizar o
risco de infecção associada à terapia intravascular devem propiciar um equilíbrio
entre a segurança do paciente e o custo-benefício. Capacitar o profissional para
prestar assistência segura ao paciente em uso de CVC (AGENCIA NACIONAL DE
VIGILÂNCIA SANITÁRIA, 2009).
b-) Local da Inserção do Cateter: O local em que um cateter é colocado
influencia em um risco subseqüente de infecções locais, sistêmicas, os vasos devem
ser rigorosamente selecionados para o procedimento (COSTA; PAES, 2012).
c-) Tipo de Material de Cateteres:Cateteres de material de teflon® ou
poliuretano foram associados a complicações infecciosas menores do que cateteres
feitos de cloreto de polivinil ou polietileno, portanto
o tipo de material deve ser
levado em conta na escolha do cateter (ANJOS et al, 2010).
d-) Higiene das Mãos e Técnica Asséptica: Para qualquer manipulação, a
higienização das mãos é imprescindível, uso de luvas nas manipulações das
conecções e técnica asséptica para realização de curativos (BAGGIO et al, 2010).
e-) Anti-sepsia Cutânea: Fazer uso da clorexidina aquosa 2% no preparo da
pele para inserção
do cateter e nos curativos de rotina. Uso de paramentação
adequada na inserção do PICC (BELO et al, 2012)
f-) Regimes de Curativos no Local do Cateter: Os curativos transparentes
semipermeáveis de poliuretano fixam o dispositivo de forma confiável, permitindo
uma inspeção visual contínua do local do cateter. Também requer trocas menos
33
frequentes do que com gaze padrão e curativos de fita; a utilização de tais curativos
economiza tempo e oferece qualidade ao curativo ( ANVISA, 2009).
g-) Desinfecção dos Conectores: Fazer uso de álcool a 70% nas conexões (
plugs, torneirinhas) antes de infundir qualquer solução via cateter ( ANVISA, 2010).
O mercado atual oferece também os a cateteres PICC que contêm produtos
com ação antimicrobiana e que se destacam entre eles os que são recobertos com
antissépticos como, por exemplo: sulfadiazina de prata e clorexidina ou os
impregnados por antimicrobianos, como minociclina e rifampicina (JUNIOR;VIEIRA,
2002).
Portanto, encontram-se os dispositivos recobertos apenas na face extraluminal
(primeira geração) e os que apresentam os antissépticos na superfície extraluminal e
intraluminal (segunda geração) ou seja mais atuais ( LIMA, 2009).
Para Feldman ; Cunha (2006) todos os recursos abordados acima para evitar a
contaminação do cateter, de nada tem valor, se a enfermagem ao manipular o
cateter diariamente não estiver conscientizada sobre a importância de manter o
máximo cuidado e conhecimento técnico sobre o PICC. Estes princípios devem estar
fundamentados em bases cientificas comprovadas. O enfermeiro é o responsável
pela organização, sistematização e gerenciamento do cuidado ao neonato com
PICC para que possa manter a assistência e garantir bons indicadores de qualidade.
34
5. DISCUSSÃO
A prevenção de infecção do PICC também está relacionada à manipulação do
sistema de infusão (conectores) do PICC pelos profissionais de saúde. Os
microrganismos utilizam - se de vias principais de acesso para colonizar o cateter,
sendo elas: migração da microbiota da pele ao longo da superfície externa do
cateter, contaminação intraluminal do cateter por manipulação pelos profissionais de
saúde; administração de fluidos ou medicamentos contaminados e focos infecciosos
à distância (BLATT; PIAZZA,, 2004).
É imprescindível a prevenção da infecção de cateter nos pacientes críticos
devido às consequências que implicam em óbitos e ou aumento significativo do
período de internação, sendo fundamental estabelecer corretamente o diagnóstico e
a conduta terapêutica a ser adotada (CARRARA, 2004).
Os profissionais de saúde, que estão diretamente relacionados com a prática
do cuidado e manuseio dos cateteres PICC, têm um espaço privilegiado na garantia
da qualidade da assistência prestada, pois eles interferem na evolução clínica do
paciente ao realizar práticas seguras como lavagem de mãos, curativos adequados,
e detecção precoce dos sinais e sintomas de infecção, essas medidas resolutivas
com base em conhecimentos consolidados, garantem a prevenção de infecções (
(CHAVES et al, 2010).
Para a prevenção de infecções por PICC, é recomendável acompanhamento
de séries históricas das ocorrências de infecções para a aplicação de medidas de
controle e prevenção das infecções hospitalares. A elaboração de indicadores de
densidade de incidência com a utilização do número de cateter venoso central-dia
ajudará a controlar o tempo de permanência do paciente na UTI, já que este
ambiente é o mais propício para as infecções desse tipo (OGUISSO, FREITAS,
2007).
35
6. CONCLUSÃO
Ficou evidente frente à pesquisa realizada que, as infecções ocasionadas em
cateteres do tipo PICC são graves, podendo levar o neonato ou a criança a criança a
mortalidade, em decorrência das suas complicações.
Os cateteres venosos centrais de inserção periférica (PICC), vem evoluindo
com o tempo, desde seu tipo, marca materiais, indicações, surgindo com barreiras
para impedimento de aderência de microorganismos patogênicos.
Os autores estudados relacionam a infecção ao manuseio do cateter, ao tipo
de material de fabricação, ao local de inserção, ao tempo de permanência e
principalmente ao quadro clinico do neonato ou da criança, que o deixa expostos e
vulneráveis ao desenvolvimento de infecção.
Ficou claro que, é constantemente desafiadora a batalha para reduzir os
números de infecções relacionadas a procedimentos invasivos como o PICC, que
resultam no aumento da morbimortalidade, no tempo de internação e nos custos.
Neste contexto, todos os profissionais de enfermagem que trabalham
diretamente em UTI, devem ser constantemente orientados, capacitados, para o
cuidado com os cateteres venosos centrais.
As barreiras contra a infecção nas unidades hospitalares devem ser
rigorosamente seguidas e o enfermeiro deve intervir com cuidados para a prática
que devem ser seguidos pela equipe. Entre as intervenções citou-se a higienização
adequada das mãos para o manuseio dos cateteres, desinfecção de conectores com
álcool a 70%, técnicas assépticas na realização de curativos, paramentação, luvas,
máscara frente o manuseio, realização de curativos e colocação de coberturas de
preferência transparentes para melhor visualização do sítio de inserção e detecção
precoce de sinais de infecção e registro correto da situação do cateter diariamente
para que, os indicadores possam medir a qualidade da assistência ao neonato e a
criança com PICC, através dos índices de infecção.
36
As infecções por cateteres centrais é uma realidade preocupante, cabe aos
profissionais de saúde entendê-la melhor e preveni-la de modo a preservar a
integridade e segurança do neonato e da criança internada em UTI.
37
7. REFERENCIAS
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