UFPR - Curso de Arquitetura e Urbanismo - Disciplina de Materiais de Construção - 2013. Alunas Isabella Maia e Renata Kuzma. E-mail para contato: [email protected] CORROSÃO: MEDIDAS PREVENTIVAS Segundo RAMANATHAN (1988), corrosão é a reação do metal com os elementos do seu meio em que o metal acaba por ser convertido a um estado não metálico. A corrosão pode ser seca ou aquosa, sendo que a última requer a presença de água e é essencialmente de natureza eletroquímica. É importante frisar que, de acordo com UHLING (1963), a deterioração por causas físicas não é corrosão e sim, erosão, ao mesmo modo que o termo corrosão é apenas aplicado para definir o ataque químico de metais – Figura 1. De acordo com RAMANATHAN (1988) o controle da corrosão começa com a seleção de materiais, compatibilidade de materiais e análise das condições ambientais ainda no estágio de projeto. Como medidas preventivas contra a corrosão são utilizadas, segundo GENTIL (2003), as seguintes práticas: Emprego de inibidores de corrosão; Modificações de propriedades de metais; Emprego de revestimentos protetores metálicos e não metálicos; Proteção catódica; Proteção anódica. Emprego de revestimentos protetores: podem ser metálicos ou não metálicos e para o primeiro é necessário retirar impurezas da superfície com solventes ou desengraxamento alcalino onde o revestimento será aplicado. (RAMANATHAN, 1988) Revestimentos metálicos: segundo GENTIL (2003) pode ser feito por imersão a quente ou galvanização (banho de metal fundido), metalização (pistola alimentada com pó do material metálico a ser usado como revestimento), eletrodeposição (feita em cuba eletrolítica onde o eletrólito contém sal do metal a ser usado; muito usado para revestimentos de ouro, prata, cobre e cromo – Figuras 2 e 3), difusão (tambores rotativos aquecidos com o metal e o pó metálico a ser usado como revestimento) e redução química (a partir da redução de íons metálicos de uma solução, o metal de revestimento é precipitado e adere à superfície do metal a ser revestido). Revestimento não metálicos: de acordo com RAMANATHAN (1988) podem ser produtos da reação de metais (óxidos formado anodicamente, cromato, fosfato), revestimentos orgânicos (borracha,plásticos, tintas – Figura 4 – e protetores temporários). Inibidores de corrosão: segundo GENTIL (2003), inibidor é uma substância ou mistura de substâncias que, em concentrações adequadas, reduz ou elimina a corrosão. Podem ser anódicos (utilizados para reprimir reações anódicas, formando um filme aderente e insolúvel e favorecendo a polarização anódica; ex: cromatos, nitritos e silicatos), catódicos (reprimem reações catódicas, impedindo a difusão do oxigênio e a condução de elétrons, provocando polarização catódica; ex: íons Zn2+, Mg2+ e Ni2+) e inibidores de adsorção (substâncias orgânicas que funcionam como películas protetoras; ex: colóides, sabões de metais pesados e substâncias orgânicas com átomos de oxigênio, nitrogênio e enxofre). Modificação de propriedades de metais: de acordo com GENTIL (2003), a modificação de propriedade de metais se dá para melhorar a resistência à corrosão de um metal. Para isso, são feitas ligas metálicas, as quais aproveitam qualidades de vários metais ao mesmo tempo. Ex: Ferro em liga com aços inoxidáveis. Proteção catódica: segundo CHING (1999) é a proteção dos metais ferrosos contra a corrosão através do acréscimo de ânodos sacrificiais, que são ânodos presos ao metal a ser protegido e que são submetidos à eletrólise no lugar do objeto. Proteção anódica: técnica relativamente nova, baseia-se na formação de uma película protetora por aplicação de corrente anódica externa. Ela só pode ser aplicada se o material metálico estiver apassivado, pois se estiver ativo a proteção anódica agirá como agente corrosivo. (GENTIL, 2003) Figuras 2 e 3- Peças sanitárias cromadas Figura 4- Corrimão metálico com proteção de revestimento não metálico (tinta) Figura 1- Corrosão na cobertura metálica do Terminal Afonso Pena, em São José dos Pinhais Referências: CHING, F. D. K. Dicionário Visual de Arquitetura. 1a ed. São Paulo: Martins Fontes, 1999, p. 199. RAMANATHAN, L. V. Corrosão e seu Controle. São Paulo: Hemus, 1988, p. 17-33; p. 193-269. UHLIG, H. H. Corrosion and Corrosion Control. New York: J.Wiley, 1963, p. 1-5. GENTIL, V. Corrosão. Rio de Janeiro: LTC, 2003, p. 213-301. Fotos: Arquivo Pessoal.