Fármacos Quirais

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Ciências Farmacêuticas
FÁRMACOS QUIRAIS
Trabalho realizado por
Ricardo Ramos
Pedro Paiva
Turma 4
Gandra, Maio de 2010
INDICE
 Introdução
 Quiralidade
 Relação da quiralidade com o efeito dos fármacos
 Interacção dos fármacos num organismo animal e as respostas biológicas
associadas a essa interacção
 Exemplos de fármacos quirais
 Conclusões
QUIRALIDADE
As moléculas que não se sobrepõem com as suas imagens especulares, originando dois
enantiómeros - são chamados moléculas quirais enquanto que as aquirais são aquelas
em que a sua imagem especular pode ser sobreposta ao objecto original;
Estas moléculas não possuem planos de simetria, isto é, aquele que passa por meio de
um objecto de forma que a metade de um objecto seja a imagem especular da outra;
Centros estereogénicos são átomos de carbono, presentes numa molécula, que estão
ligados a quatro substituintes diferentes. Estes não definem quiralidade, porém podem
conferir quiralidade.
MOLÉCULA QUIRAL
MOLÉCULA AQUIRAL
RELAÇÃO DA QUIRALIDADE COM OS EFEITOS DOS FÁRMACOS
Entre os vários fármacos que existem alguns apresentam uma particularidade na sua
estrutura, que é de fundamental importância para a actividade biológica.
Alguns desses fármacos são quirais, ou seja, têm na sua estrutura um ou mais átomos
(na maioria das vezes carbono) que têm a sua orientação tridimensional muito bem
definida.
A modificação dessa orientação pode levar à diminuição do efeito biológico, à sua total
supressão ou ao aparecimento de um efeito biológico adverso.
Existe nas farmácias uma série de substâncias utilizadas como fármacos que
apresentam centros estereogénicos.
A inversão da orientação dos agrupamentos no centro estereogénico pode levar a uma
modificação importante da actividade biológica. Nesse caso, a regra R e S é
importante, pois permite determinar qual o arranjo espacial correcto para cada
estereoisómero do fármaco.
Se soubermos disso e associarmos ao efeito biológico, será possível saber qual é a
configuração absoluta do estereoisómero que tem actividade farmacológica.
INTERACÇÃO DOS FÁRMACOS NUM ORGANISMO ANIMAL E RESPOSTAS BIOLÓGICAS
ASSOCIADAS A ESSA INTERACÇÃO
INTERACÇÃO DOS FÁRMACOS NUM ORGANISMO ANIMAL E RESPOSTAS BIOLÓGICAS
ASSOCIADAS A ESSA INTERACÇÃO
Um fármaco também pode interagir com uma enzima. Se estas estruturas têm
quiralidade, podemos dizer que para ter interacção com elas, o fármaco deve ter um
arranjo espacial da sua estrutura muito bem definido. Esse arranjo deve coincidir com
aquele da estrutura com a qual ele irá interagir.
A existência de enzimas e receptores estereoespecíficos no organismo conduz às
características biológicas diferentes para as estruturas quirais. O resultado desta acção
estereosseletiva pelos receptores proteicos é devido a uma ocupação preferencial de
um sítio receptor por um dos enantiómeros. Como consequência directa teremos as
mais diversas respostas biológicas para os estereoisómeros.
INTERACÇÃO DOS FÁRMACOS NUM ORGANISMO ANIMAL E RESPOSTAS BIOLÓGICAS
ASSOCIADAS A ESSA INTERACÇÃO
Fármaco
Efeito
etambutol
forma SS: tuberculostático
forma RR: pode provocar cegueira
penicilamina
forma S: anti-artrítico
forma R: extremamente tóxico
estrona
forma (+): hormona estrogénio
forma (-): inactivo
adrenalina
a forma levógira é 20 vezes mais
activa e igualmente mais tóxica
talidomida
forma R: sedativo
forma S: teratogénico
salbutamol
forma R(-) é 80 vezes mais activo
que a forma S(+)
anfetamina
a forma dextrógira é 2 vezes mais
activa que o enantiómero (-)
Indacrinona
forma (+): acção diurética e retenção
do ácido úrico
forma (-): efeito uricosúrico
EXEMPLOS DE FÁRMACOS QUIRAIS
Talidomida
Anomalias de formação causadas pelo enantiómero S da talidomida
Aspartamo
Ketamina
Ibuprofeno
(2S)- Ibuprofeno
(2R)- Ibuprofeno
CONCLUSÕES
Fármacos quirais têm na sua estrutura um ou mais átomos com orientação
tridimensional muito bem definida. A modificação dessa orientação pode levar à
diminuição do efeito biológico, à sua total supressão ou ao aparecimento de um efeito
biológico adverso que pode ser extremamente prejudicial para a saúde dos
consumidores.
Assim, necessitam de cuidados especiais por parte das autoridades farmacêuticas, no
sentido de garantir que só o estereoisómero responsável pela actividade desejada seja
vendido nas farmácias.
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