LISTA - KANT

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LISTA-KANT
1.(Uel2015)Leiaotextoaseguir.
Asleismoraisjuntamentecomseusprincípiosnãosóse
distinguemessencialmente,emtodooconhecimento
prático,detudoomaisondehajaumelementoempírico
qualquer,mastodaaFilosofiamoralrepousainteiramente
sobreasuapartepurae,aplicadaaohomem,nãotoma
emprestadoomínimoquesejaaoconhecimentodomesmo
(Antropologia).
KANT,I.FundamentaçãodaMetafísicadosCostumes.Trad.
deGuidoA.deAlmeida.SãoPaulo:DiscursoEditorial,2009.
p.73.
Combasenotextoenaquestãodaliberdadeeautonomia
emImmanuelKant,assinaleaalternativacorreta.
a)Afontedasaçõesmoraispodeserencontradaatravésda
análisepsicológicadaconsciênciamoral,naqualse
pesquisamaisoqueohomemé,doqueoqueele
deveriaser.
b)Oelementodeterminantedocarátermoraldeumaação
estánainclinaçãodaqualseorigina,sendoas
inclinaçõesserenasmoralmentemaisperfeitasdoqueas
passionais.
c)Osentimentoéoelementodeterminanteparaaação
moral,earazão,porsuavez,somentepodedaruma
direçãoàpresenteinclinação,namedidaemque
forneceomeioparaalcançaroqueédesejado.
d)Opontodepartidadosjuízosmoraisencontra-senos
“propulsores”humanosnaturais,osquaissedirecionam
aobempróprioeaobemdooutro.
e)Oprincípiosupremodamoralidadedeveassentar-sena
razãopráticapura,easleismoraisdevemser
independentesdequalquercondiçãosubjetivada
naturezahumana.
2.(Uema2015)Fraquezaecovardiasãoascausaspelas
quaisamaioriadaspessoaspermaneceinfantilmesmo
tendocondiçãodelibertar-sedatutelamentalalheia.Por
isso,ficafácilparaalgunsexerceropapeldetutores,pois
muitaspessoas,porcomodismo,nãodesejamsetornar
adultas.Setenhoumlivroquepensapormim;um
sacerdotequedirigeminhaconsciênciamoral;ummédico
quemeprescrevereceitase,assimpordiante,não
necessitopreocupar-mecomminhavida.Sepossoadquirir
orientações,nãonecessitopensarpelaminhacabeça:
transfiroaooutroestapenosatarefadepensar.
Fonte:I.Kant,Oqueéailustração.In:F.Weffort(org).Os
clássicosdapolítica,v.2,6ed.SãoPaulo:Saraiva,2006.
EssefragmentocompõeolivrodeKantquetratada
importânciada(o)
a)juízo.
b)razão.
c)cultura.
d)costume.
e)experiência.
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3.(Ufsm2015)Anecessidadedeconviveremgrupofezo
homemdesenvolverestratégiasadaptativasdiversas.
Darwin,numestudosobreaevoluçãoeasemoções,
mostrouqueoreconhecimentodeemoçõesprimárias,
comoraivaemedo,teveumpapelcentralna
sobrevivência.Estudosantigoserecentestêmmostrado
queamoralidadeoucomportamentomoralestáassociado
aoutrostiposdeemoções,comoavergonha,aculpa,a
compaixãoeaempatia.Há,noentanto,teoriaséticasque
afirmamqueasaçõesboasdevemsermotivadas
exclusivamentepelodeverenãoporimpulsosouemoções.
Essateoriaéaética
a)deontológicaoukantiana.
b)dasvirtudes.
c)utilitarista.
d)contratualista.
e)teológica.
4.(Unesp2015)Afontedoconceitodeautonomiadaarte
éopensamentoestéticodeKant.Praticamentetudooque
fazemosnavidaéoopostodaapreciaçãoestética,pois
praticamentetudooquefazemosserveparaalgumacoisa,
aindaqueapenasparasatisfazerumdesejo.Enquanto
objetodeapreciaçãoestética,umacoisanãoobedecea
essarazãoinstrumental:enquantotal,elanãoservepara
nada,elavaleporsi.Ashierarquiasqueentramemjogo
nascoisasqueobedecemàrazãoinstrumental,istoé,nas
coisasdequenosservimos,nãoentramemjogonasobras
deartetomadasenquantotais.Sendoassim,alutacontraa
autonomiadaartetemporfimsubmetertambémaarteà
razãoinstrumental,istoé,temporfimrecusartambémà
arteadimensãoemvirtudedaqual,semservirparanada,
elavaleporsi.Trata-se,emsuma,dalutapelo
empobrecimentodomundo.
(AntônioCícero.“Aautonomiadaarte”.FolhadeSão
Paulo,13.12.2008.Adaptado.)
Deacordocomaanálisedoautor,
a)aracionalidadeinstrumental,sobopontodevistada
filosofiadeKant,forneceosfundamentosparaa
apreciaçãoestética.
b)ummundoempobrecidoseriaaqueleemqueocorreo
esvaziamentodocampoestéticodesuasqualidades
intrínsecas.
c)atransformaçãodaarteemespetáculodaindústria
culturaléumcritérioadequadoparaaavaliaçãodesua
condiçãoautônoma.
d)ocritériomaisadequadoparaaapreciaçãoestética
consisteemsuavalidaçãopelogostomédiodopúblico
consumidor.
e)aautonomiadosdiversostiposdeobradearteestá
prioritariamentesubordinadaàsuavalorizaçãocomo
produtonomercado.
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5.(Uel2014)Leiaotextoaseguir.
Kant,mesmoquerestritoàcidadedeKönigsberg,
acompanhouosdesdobramentosdasRevoluções
AmericanaeFrancesaefoilevadoarefletirsobreas
convulsõesdahistóriamundial.ÀsincertezasdaEuropa
plebeia,individualistaeprovinciana,contrapôsalgumas
certezasdarazãocapazesderestabelecer,aomenosno
pensamento,asociabilidadeeapazentreasnaçõescom
vistaàconstituiçãodeumafederaçãodepovos–sociedade
cosmopolita.
(Adaptadode:ANDRADE,R.C.“Kant:aliberdade,o
indivíduoearepública”.In:WEFORT,F.C.(Org.).Clássicos
dapolítica.v.2.SãoPaulo:Ática,2003.p.49-50.)
CombasenosconhecimentossobreaFilosofiaPolíticade
Kant,assinaleaalternativacorreta.
a)Aincapacidadedossúditosdedistinguiroútildo
prejudicialtornaimperativoumgovernopaternalpara
indicarafelicidade.
b)Échamadocidadãoaquelequehabitaacidade,sendo
consideradoscidadãosativostambémasmulhereseos
empregados.
c)NoEstado,háumaigualdadeirrestritaentreosmembros
dacomunidadeeochefedeEstado.
d)OssúditosdeumEstadoCivildevempossuirigualdade
deaçãoemconformidadecomaleiuniversalda
liberdade.
e)Ossúditosestãoautorizadosatransformaremviolência
odescontentamentoeaoposiçãoaopoderlegislativo
supremo.
6.(Enem2013)Atéhojeadmitia-sequenosso
conhecimentosedeviaregularpelosobjetos;porémtodas
astentativasparadescobrir,medianteconceitos,algoque
ampliassenossoconhecimento,malogravam-secomesse
pressuposto.Tentemos,pois,umavez,experimentarsenão
seresolverãomelhorastarefasdametafísica,admitindo
queosobjetossedeveriamregularpelonosso
conhecimento.
KANT,I.Críticadarazãopura.Lisboa:Calouste-Gulbenkian,
1994(adaptado).
Otrechoemquestãoéumareferênciaaoqueficou
conhecidocomorevoluçãocopernicananafilosofia.Nele,
confrontam-seduasposiçõesfilosóficasque
a)assumempontosdevistaopostosacercadanaturezado
conhecimento.
b)defendemqueoconhecimentoéimpossível,restandonossomenteoceticismo.
c)revelamarelaçãodeinterdependênciaentreosdadosda
experiênciaeareflexãofilosófica.
d)apostam,noquedizrespeitoàstarefasdafilosofia,na
primaziadasideiasemrelaçãoaosobjetos.
e)refutam-semutuamentequantoànaturezadonosso
conhecimentoesãoambasrecusadasporKant.
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7.(Ufsm2013)OsfilósofosAmeNaesseGeorgeSessions
propuseram,em1984,diversosprincípiosparaumaética
ecológicaprofunda,entreosquaisseencontraoseguinte:
Obem-estareoflorescimentodavidahumanaenão
humananaTerratêmvaloremsimesmos.Essesvalores
sãoindependentesdautilidadedomundonãohumano
parafinalidadeshumanas.
Considereasseguintesafirmações:
I.Aéticakantiananãosebaseianovalordeutilidadedas
ações.
II.“Valorintrínseco”éumsinônimopara“valoremsi
mesmo”.
III.Aéticautilitaristarejeitaaconcepçãodequeasações
têmvaloremsimesmas.
Está(ão)correta(s)
a)apenasI.
b)apenasII.
c)apenasIII.
d)apenasIeII.
e)I,IIeIII.
8.(Ufu2013)Autonomiadavontadeéaquelasua
propriedadegraçasàqualelaéparasimesmaasualei
(independentementedanaturezadosobjetosdoquerer).O
princípiodaautonomiaé,portanto:nãoescolhersenãode
modoaqueasmáximasdaescolhaestejamincluídas
simultaneamente,noquerermesmo,comoleiuniversal.
KANT,Immanuel.FundamentaçãodaMetafísicados
Costumes.TraduçãodePauloQuintela.Lisboa:Edições70,
1986,p.85.
DeacordocomadoutrinaéticadeKant:
a)OImperativoCategóriconãoserelacionacomamatéria
daaçãoecomoquedeveresultardela,mascoma
formaeoprincípiodequeelamesmaderiva.
b)OImperativoCategóricoéumcânonequenoslevaaagir
porinclinação,valedizer,tendoporobjetivoasatisfação
depaixõessubjetivas.
c)Inclinaçãoéaindependênciadafaculdadedeapetição
dassensações,querepresentaaspectosobjetivos
baseadosemumjulgamentouniversal.
d)Aboavontadedeveserutilizadaparasatisfazeros
desejospessoaisdohomem.Trata-sedefundamento
determinantedoagir,paraasatisfaçãodasinclinações.
9.(Unioeste2013)“Anecessidadepráticadeagirsegundo
esteprincípio,istoé,odever,nãoassentaemsentimentos,
impulsoseinclinações,mas,sim,somentenarelaçãodos
seresracionaisentresi,relaçãoessaemqueavontadede
umserracionaltemdeserconsideradasempree
simultaneamentecomolegisladora,porquedeoutraforma
nãopodiapensar-secomofimemsimesmo.Arazão
relaciona,pois,cadamáximadavontadeconcebidacomo
legisladorauniversalcomtodasasoutrasvontadesecom
todasasaçõesparaconoscomesmos,eistonãoemvirtude
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dequalqueroutromóbilpráticooudequalquervantagem
futura,masemvirtudedaideiadadignidadedeumser
racionalquenãoobedeceàoutraleisenãoàquelaqueele
mesmosimultaneamentedáasimesmo.[...]Oquese
relacionacomasinclinaçõesenecessidadesgeraisdo
homemtemumpreçovenal[...],aquilo,porém,que
constituiacondiçãosógraçasaqualqualquercoisapode
serumfimemsimesma,nãotemsomenteumvalor
relativo,istoé,umpreço,masumvaloríntimo,istoé,
dignidade”.
Kant.
ConsiderandootextocitadoeopensamentoéticodeKant,
seguemasafirmativasabaixo:
I.ParaKant,existemoralporqueoserhumanoe,emgeral,
todooserracional,fimemsimesmoevalorabsoluto,
nãodevesertomadosimplesmentecomomeioou
instrumentoparaousoarbitráriodequalquervontade.
II.Fimemsimesmoevalorabsoluto,oserhumanoé
pessoaetemdignidade,masumadignidadequeé,
apenas,relativamentevaliosa,porseencontrarem
dependênciadascondiçõespsicossociaisepolíticoeconômicasnasquaisvive.
III.Amoralidade,únicacondiçãoquepodefazerdeumser
racionalfimemsimesmoevalorabsoluto,pelo
princípiodaautonomiadavontade,eahumanidade,
enquantocapazdemoralidade,sãoasúnicascoisasque
têmdignidade.
IV.Aspessoastêmdignidadeporquesãosereslivrese
autônomos,istoé,seresquesesubmetemàsleisquese
dãoasimesmos,atendendoimediatamenteaosapelos
desuasinclinações,sentimentos,impulsose
necessidades.
V.Aautonomiadavontadeéofundamentodadignidade
danaturezahumanaedetodanaturezaracionale,por
estarazão,avontadenãoestásimplesmentesubmetida
àlei,massubmetidaàleiporserconcebidacomo
vontadelegisladorauniversal,ouseja,sesubmeteàlei
naexatamedidaemqueelaéaautoradalei(moral).
Dasafirmativasfeitasacima
a)somenteaafirmaçãoIestáincorreta.
b)somenteaafirmaçãoIIIestáincorreta.
c)asafirmaçõesIIeIVestãoincorretas.
d)asafirmaçõesIIeIIIestãoincorretas.
e)asafirmaçõesII,IIIeVestãoincorretas.
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Gabarito:
Respostadaquestão1:
[E]
Emsuaobra“CríticadaRazãoPura”,ImmanuelKant
discorresobreousodarazãoenquantoaconsciênciado
indivíduosobreoconjuntodeleismoraisvigentesna
sociedade.Paraelenãoseadquireestaconsciênciapor
meiodaintuiçãonatural,pelocontrário,este
conhecimentodependedeumaintuiçãointelectual.E,
outraspalavrasoconhecimentodasleismoraissedápelo
usodeliberadodarazãonoreconhecimentodamoralidade
vigente,istoéporumarazãopura.Aautonomiaparao
autoréaliberdadequeoserhumanofaznousopositivode
suarazão,motivadoapenasporsuavontade.Aliberdade,o
livrearbítrio,permiteautonomianamedidaemquea
consciênciadoindivíduoatue,pormeiodarazão,sem
condicionantes,apenasporsuavontadeprópria,nabusca
deumconhecimentoquelheamplieaconsciênciadesua
condiçãodeliberdade.Paraisto,ousodarazãodeveser
deliberado.Nãoháumimpulsonatural,sentimentosnoser
humanoqueoconduzaparaumaaçãomoralem
concordânciacomaleimoralvigente,massimumprocesso
livre,autônomoeconsciêncianousodesualiberdade.
Respostadaquestão2:
[B]
Nolivro“OqueéIlustração”,Kantestabelecequeeste
conceitorefere-seàsaídadamenoridade,emoutras
palavras,fazercomqueohomemnãodeleguesua
capacidadedeentendimento(razão)aoutro.Segundo
Kant,osmotivosquelevamohomemanãoquerersairda
menoridadesãoacovardiaeomedo.Osmotivosque
conduzemoserhumanoasentirmedoecovardiapodem
serexpressospeloreceiodeutilizaropróprio
entendimento.Umavezqueoserhumanofazusodo
entendimento,elesetornaresponsávelporsi,porseu
próprioautodesenvolvimento,semqueexistaa
necessidadederecorreraoutroscomoformadevalidar
suasprópriasconvicções.Aliberdadeéopressupostoque
fazcomquesejapossívelohomemlibertar-seda
menoridade(ilustração)ecaminharporsi,pensarporsie
guiarsuasaçõespelousodarazão.Ojuízorepresenta
nestesentidoafaculdadedarazãoematribuirsignificado.
Aculturaeocostumesãoelementosquefazemparteda
existência,sendopercebidospelaexperiênciapessoal.
Estesnãoagemporsi,sãoreflexosdoestarnomundo,
somentearazãopossibilitaoentendimentodarealidade
queenvolveoserhumano.
Respostadaquestão3:
[A]
Aéticadasvirtudeséumaéticaaristotélicaondeaaçãoé
guiadaparaumbemmaiormovidopelareflexãopessoal,
desenvolvidapelabuscadaautorealizaçãoefelicidadede
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todaacidade.Aéticautilitaristaestabelecequenossas
açõessãoguiadaspelamaiorquantidadedefelicidadeque
podemosgerarnoconvíviosocial.Assim,oshomensagem
devidoauminteressemaiorimpostoexteriormente.Na
éticacontratualista,devidoanecessidadedeconviver
juntos,comomelhoralternativaparasobrevivência,os
homensestabelecemleisquevisamgarantirumanão
agressãomútua.Assim,suasaçõessãoguiadasporuma
conveniência,umpactooucontratoestabelecido.Naética
teológicaasaçõessãoguiadasporprincípiosdivinosque
ultrapassamaesferahumanaeseinseremnoplano
transcendental.Assim,asaçõeshumanassãoguiadaspelo
medoemrelaçãoaotranscendente.Diferentemente,na
éticaKantianaoudeontológica,oshomensagemdeforma
deliberadanamedidaemqueutilizamarazãopara
adquiriremconsciência.Pormeiodoconhecimentoobtido
comousodarazãoohomemtorna-selivreparaagir.
Assim,aaçãoguiadapelarazãofazcomqueohomem
tenhaodeverdeestenderessarazãoatodososhomens.
Istosedáatravésdacriaçãodemáximas(leis
universalmenteaceitas)queseconvertememimperativos
paraagir.Estesimperativospoderserutilizadosportodos
oshomensracionaisenãosãodadosporinclinações
naturaisoupormeiodeprincípiostranscendentais,mas
pelaconsciênciadodeveremrelaçãoasieaosqueos
cercam.Portanto,estaleimoralrepresentaodeverdetodo
serracionalesecolocacomomaiordoqueossentimentos
individuaiseegoístas.
Respostadaquestão4:
[B]
Nãopodesersubmetidaaosmesmoscritériosqueregema
razão,diferentementedaautonomialibertárianaqualo
usodarazãoconduzoindivíduoparaumfim.Estefimé
intencionaleserveparatornarohomemmaisconsciente
desiepromoversuaindependênciaracional,criando
assim,condiçõesparaagirdeformadirecionadae
intencional.Jáautonomiaestéticanãopossuiumfimemsi,
elaservecomoformadefruição,ouseja,suaapreciação
nãodirecionaaumaelevação,aumaintençãoparaalgo.
Destaforma,quandotornamosaarteracional,
desprovemo-ladesuasqualidadesintrínsecaseatornamos
uminstrumentoquenãopromoveumaautonomiaporsi.
Quandosedirecionaaartepormeiodarazãoinstrumental,
descaracteriza-sesuafruição.Emoutraspalavras,paraque
aartesejapreservada,nãosubmeteràarteaomercado
(razãoinstrumental),poissetemaíoempobrecimentode
suacapacidaderepresentativaeexpressiva.
Respostadaquestão5:
[D]
KantfoiumIluministaque,influenciadoporHume,Newton
eRousseau,confiounacapacidadedohomemdese
aperfeiçoaresetornarautônomo.Oseucosmopolitismo,
seguindoessaconfiança,observavaepensavaahistória
universalapartirdopontodevistauniversal,istoé,apartir
daquiloquepudessebeneficiaratodos,semexceção.
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Apesardehaverumirracionalismoestampadonanossa
história,ofilósofotomavacomopossíveldesvendaros
motivosfundamentaisquedeterminavamobemeomale,
partindodisso,construiratravésdoaperfeiçoamento
humanoumaconstituiçãopolíticaboa.
Respostadaquestão6:
[A]
Primeiro,distingamosentreostiposdejuízosqueKant
considerasermoscapazesdefazer.Elessãotrês:1)juízos
analíticos(ouaquelesjuízosnosquaisjánosujeito
encontramosopredicado,ouseja,juízostautológicose,
porconseguinte,dosquaisnãoseobtémnenhumtipode
conhecimento);2)juízossintéticosaposteriori(ouaqueles
juízosnosquaisaexperiênciasensívelestápresenteese
fazpartedecisivadojulgamento,ouseja,juízosparticulares
econtingentes);e3)juízossintéticosapriori(ouaqueles
juízosnosquaisopredicadonãoestácontidonosujeitoea
experiêncianãoconstituialgumapartedecisivado
conteúdo,ouseja,juízosnosquaisseobtémconhecimento
sobrealgo,porémsemqueaexperiênciasejarelevante
paraaconclusãoobtida,oquefazdessetipodejuízo
universalenecessário).
Segundo,lembremosqueKantafirmavaqueamatemática
eafísicarealizamjustamenteoúltimotipodejuízo
mencionado.Ele,então,seperguntavaseametafísica
tambémnãoeracapazderealizaressetipodejuízo.Para
solucionarestaquestão:“épossívelumametafísica
baseadaemjuízossintéticosapriori?”,ofilósofoirá
modificaropontodevistadainvestigaçãoseinspirandoem
Copérnico,istoé,considerandooobjetonãoatravés
daquiloqueaexperiênciasensívelexpõe,porémapartirda
possibilidadedeafaculdademesmadeconhecerconstituir
apriorioobjeto–oastrônomofezalgosimilarquando,em
vezdecalcularomovimentodoscorposcelestesatravés
dosdadosdaexperiênciasensível,calculouesses
movimentosatravésdasuposiçãodequeopróprio
observador(ohomemsobreaTerra)semovia.Esseapriori
queKantformulaseencontranasformasdasensibilidade,
nascategoriasdoentendimentoenoesquematismo,istoé,
nasuafilosofiatranscendental,ounasuafilosofiasobreas
condiçõesdepossibilidadedopróprioconhecimento.
Respostadaquestão7:
[E]
Aéticakantiananãoéutilitarista,aéticakantianaé
usualmenteclassificadacomodeontológica,istoé,aética
kantianapropõequeasaçõesdoshomensprecisamser
guiadasporumsensodedever,elasprecisamdeum
caráternecessárioparaseremboasecorretas.Jáaética
utilitaristapropõequeumaaçãoboaecorretaéaquelaque
maximizaafelicidadegeral;JeremyBenthameJohnStuart
Millsãoseusmaioresteóricos.
Respostadaquestão8:
[A]
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Emterminologiakantiana,aboavontadeéaquelacujo
voluntarismoétotalmentedeterminadopordemandas
moraisou,comoofilósofonormalmenteserefereaisso,
pelaLeiMoral.Kantdistinguedoistiposdeleiproduzidos
pelarazão.Dadocertofimquenósgostaríamosde
alcançar,arazãopodeproporcionarumimperativo
hipotético–umaregracontingenteecircunstancialcomo
fundamentodaação–ouumimperativocategórico–uma
regranecessáriaeuniversalcomofundamentodaação.
ComoumaLeiMoralnãopodesermeramentehipotética,
poisumaaçãomoralnãopodeserfundadasobreum
propósitocircunstancial,amoralidadeexigeumaafirmação
incondicionaldodeverdeumindivíduo,ouseja,a
moralidadeexigeumaregraparaaçãoquesejanecessária
euniversal,elaexigeumimperativocategórico.
Respostadaquestão9:
[C]
Devemosentenderinicialmentequeareflexãokantianaa
respeitodaliberdadeestáorganizadaemtornodanoção
deautonomia.Issosignificaqueohomemlivreserá,para
Kant,ohomemcapazdeguiarmoralmentesuavida
servindo-sedoseuprópriointelecto,dassuaspróprias
faculdades,dosseusprópriosesforços.Ouseja,livreseráo
homemcapazdeviversematuteladooutro,deusar
publicamentesuarazão,edeseresponsabilizarporsuas
palavrassempropaga-lasatravésdousodaautoridadede
outrem.
Selivreéohomemqueviveumavidaregradapelassuas
própriasfaculdades,issosignificaquelivreseráohomem
capazdedefinirparasimesmoumaMoraluniversalizável.
Querdizer,avontadedohomemlivreprecisaseraboa
vontade.Emterminologiakantiana,aboavontadeéaquela
vontadecujasdecisõessãototalmentedeterminadaspor
demandasmoraisou,comoelenormalmentesereferea
isso,pelaLeiMoral.OssereshumanosveemessaLeicomo
restriçãodosseusdesejos,porconseguinteumavontade
decididaporseguiraLeiMoralsópodesermotivadapela
ideiadeDever.EKantdistinguedoistiposdeleiproduzidos
pelarazão.Dadocertofimquenósgostaríamosdealcançar
arazãopodeproporcionarumimperativohipotético–uma
regracontingenteparaaaçãoalcançarestefim.Um
imperativohipotéticodiz,porexemplo:sealguémdeseja
comprarumcarronovo,entãosedevepreviamente
considerarquaistiposdecarrosestãodisponíveispara
compra.MasKantobjetaqueaconcepçãodeumaLei
Moralnãopodesermeramentehipotética,poisumaação
moralnãopodeserfundadasobreumpropósito
circunstancial.Amoralidadeexigeumaafirmação
incondicionaldoDeverdeumindivíduo,amoralidadeexige
umaregraparaaçãoquesejanecessária,amoralidade
exigeumimperativocategórico.
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