RESUMO MAIA, Carlos Roberto Da Silva. ECONOMIA SOLIDÁRIA E ADEQUAÇÃO SOCIOTÉCNICA: A EMANCIPAÇÃO SOCIAL PARA ALÉM DA APROPRIAÇÃO COLETIVA DOS MEIOS DE PRODUÇÃO. (2009.2) As transformações por que tem passado o mundo do trabalho, o meio ambiente e as relações de sociabilidade em geral, somada ao processo da globalização a serviço do capital, tem suscitado nas camadas marginalizadas da sociedade a necessidade de buscar alternativas que superem as condições de vida desumanas as quais estão submetidas. Diante do futuro preocupante que o modo de produção capitalista nos tem determinado, a sociedade civil organizada, tem se articulado em torno de problemáticas econômicas, tecnológicas, sociais e ambientais, a partir das quais tem sugerido experiências e caminhos alternativos que apontam, em certa medida, para a construção de uma sociedade mais humana, igualitária e a superação da racionalidade centrada no lucro. No estágio atual de mundialização do capital, as forças outrora produtivas, tornam-se nefastas e têm desencadeado efeitos econômicos, psicológicos e ambientais extremamente destrutivos. Nesse contexto, a economia solidária surge como um caminho alternativo, porém muito dependente ainda e inserido no circuito capitalista. Descartado o simples uso social da tecnologia caracteristicamente capitalista e diante da necessidade e do desejo de emancipação por parte dos atores sociais, projetos alternativos no âmbito da relação entre sociedade e tecnologia têm sido postos em prática como demonstração das possibilidades de construção de outro paradigma tecnológico que leve em consideração o ser humano e o meio ambiente. A adequação sociotécnica então aparece no âmbito da sociologia da inovação, como mecanismo alternativo, anticapitalista, necessário, mas ainda insuficiente para uma total redefinição das forças produtivas capitalistas. Palavras-chave: Sociedade Civil, Economia Solidária, Tecnologia, Sociologia da Inovação, Transição, Superação, Emancipação, Adequação Sociotécnica. . 2 ABSTRACT The transformations that have passed the world of work, the environment and the relations of sociability in general, addition to the process of globalization in the service of capital, has raised the marginalized sections of society need to seek alternatives to overcome the inhuman living conditions which are submitted. Given the bleak future that the capitalist mode of production has given us, the civil society organizations, has centered around issues of economic, technological, social and environmental, from which experience has suggested and alternative paths that link, in some extent, to build a society more humane, egalitarian and the overcoming of rationality for profit. At the current stage of globalization of capital, once productive forces, become harmful and have triggered economic effects, psychological and environmental extremely destructive. In this context, the solidarity economy appears as an alternative path, but still very dependent and inserted in the circuit capitalist. Thrown the simple use of social technology characteristically capitalist and on the need and desire for emancipation on the part of social actors, alternative projects in the relationship between society and technology has been implemented like a demonstration of the possibilities for construction of another technological paradigm that takes into account the human and the environment. The sociotechnical adequacy therefore appears in the sociology of innovation, as an alternative mechanism, anti-capitalist, necessary, but still insufficient for a total redefinition of the productive forces of capitalism. Keywords: Civil Society, Solidary Economy, Technology, Sociology of Innovation, Transition, Overcoming, Emancipation, Sociotechnical Adequacy.