Disciplina - Química - Adoçantes: entenda as diferenças entre cada tipo e restrições Química Enviado por: [email protected] Postado em:15/05/2013 Marina Lopes - UOL Inicialmente desenvolvidos para pacientes diabéticos e pessoas que precisavam emagrecer, os adoçantes logo caíram no gosto popular. Algumas pessoas reclamam do sabor amargo do produto, mas, para a maioria, o benefício de poder adoçar qualquer coisa sem adicionar calorias vale muito a pena. Os edulcorantes, como são tecnicamente chamados, têm poder adoçante até centenas de vezes maior do que a sacarose, substância presente no açúcar comum. Os produtos comercializados nas prateleiras dos supermercados e farmácias, embora tenham o mesmo princípio, têm diferentes origens e não podem ser consumidos por todo mundo. A nutricionista da clínica Super Healthy, Paola Moreira, traçou o perfil e de cada um dos edulcorantes disponíveis no mercado e alerta para a importância de consumi-los com moderação. Sucralose Edulcorante natural proveniente da sacarose e cerca de 600 vezes mais doce do que ela. O cloro presente em sua composição impede a captação do iodo pela tireoide, por isso pessoas com disfunções na glândula devem consultar um médico antes de consumir o produto. Comumente usado como adoçante de mesa e em preparações quentes. IDA: 15 mg/kg de peso corporal. Steviosídeo Adoçante natural extraído de folhas de estevia cujo poder adoçante é cerca de 300 vezes maior do que a sacarose. Não tem gosto residual desagradável e não é metabolizado pelo organismo, sendo isento de calorias. Pode ser consumido sem contraindicação. IDA (Ingestão diária aceitável): 5,5 mg/kg de peso corporal. Código do aditivo encontrado no rótulo: INS 960 Sacarina: Foi a primeira substância sintética, com sabor doce intenso, a ser descoberta. É derivada do petróleo e seu poder adoçante supera entre 200 a 700 vezes o da sacarose. Não é metabolizada pelo corpo. Para amenizar seu sabor residual amargo, é geralmente misturada a outro adoçante, o ciclamato. A sacarina é contraindicada para gestantes, pois tem capacidade de atravessar a membrana transplacentária, podendo permanecer nos tecidos fetais, devido ao seu lento processo de excreção (80% dela é absorvida e excretada de forma inalterada, em aproximadamente 24 horas). IDA: 5 mg/kg de peso corporal. Código do aditivo encontrado no rótulo: INS 954 Ciclamato: Popularizado entre as décadas de 50 e 60, este edulcorante artificial se tornou dominante no mercado. É cerca de 30 vezes mais doce que a sacarose. Não é metabolizado pelo organismo e é contraindicado para pacientes hipertensos. IDA: 7 mg/kg de peso corporal (até 2005 era de 11 mg/kg) Código do aditivo encontrado no rótulo: INS 952 ** Tanto a sacarina quanto o ciclamato tiveram suas vendas suspensas por um período devido a suspeita de serem cancerígenos. Contudo, estudos posteriores não confirmaram tais alegações e a comercialização voltou a ser permitida. Aspartame: Cada grama deste edulcorante fornece 4 kcal e seu poder adoçante ainda é muito discutido: alguns estudos apontam ser 59 vezes mais doce, enquanto outros afirmam chegar a 200 vezes. Não apresenta sabor amargo, mas também não pode ser aquecido. Não deve ser consumido por gestantes e por portadores de fenilcetonuria, uma doença genética rara em que o portador não consegue processar o aminoácido fenilalanina. Amplamente utilizado pela indústria alimentícia no Brasil. 40 mg/kg de peso corporal. Código do aditivo encontrado no rótulo: INS 951 Acessulfame-K: Edulcorante artificial derivado do potássio, apresenta sabor amargo e é geralmente utilizado em associação à sacarina ou ao ciclamato. É utilizado em produtos lácteos, enlatados e na panificação. http://www.quimica.seed.pr.gov.br 16/6/2017 8:00:24 - 1 15 mg/kg de peso corporal. Novos adoçantes aprovados pela Anvisa Taumatina: Edulcorante natural, extraído de uma fruta africana (Thaumatococcus daniellii). Considerou-se seu poder adoçante 1600 vezes mais doce que a sacarose. Apresenta custo elevado por ter sido patenteado por uma empresa inglesa. Eritritol: Edulcorante natural presente em frutas como uva e melão. Industrialmente é obtido a partir da fermentação da glicose. Neotame: Edulcorante artificial encontrado em bebidas e alimentos sólidos. Esta notícia foi publicada em 15/05/2013 pelo site UOL Notícias. Todas as informações contidas são de responsabilidade do autor. http://www.quimica.seed.pr.gov.br 16/6/2017 8:00:24 - 2