TIREOIDECTOMIA TOTAL E CONVULSÕES – SÍNDROME DE

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TIREOIDECTOMIA TOTAL E
HIPOPARATIREOIDISMO E CRISES
CONVULSÕES
– SÍNDROME DE FAHR: UM
CONVULSIVAS: QUANDO PENSAR NA
DIAGNÓSTICO
A SER
CONSIDERADO
SÍNDROME DE
FAHR?
Luiza Bertholdi¹, Danilo Carvalho Luciano
2
10o período
1-CAcadêmica
do Bcurso
de medicina
da UFPR
2 Danilo arvalho Ldo
uciano1; Luiza ertholdi
2- Médico Residente em Clínica Médica do Hospital de Clínicas da UFPR
1-­‐ Residente em Clínica Médica do Hospital de Clínicas da UFPR 2 -­‐ Acadêmica do 10o período de Medicina da UFPR ([email protected]) Introdução Figura 2 –Calcificação bilateral importante em núcleos da base
A Síndrome de Fahr é uma síndrome rara que se caracteriza pela calcificação bilateral dos núcleos da base, com manifestações neurológicas e psiquiátricas como distúrbio da marcha, convulsões, compromeDmento da fala, depressão e deterioração cogniDva. O termo síndrome de Fahr se aplica à calcificação dos núcleos da base secundária a outras eDologias como hipoparaDreoidismo e pseudohipoparaDreoidismo, sendo o termo Doença de Fahr uDlizado quando idiopáDca. A evolução é variável e o prognósDco incerto podendo apresentar-­‐se com deterioração neurológica importante e progressiva, incapacidade e até mesmo morte. Fonte: FAYE, A.D. A case of psychosis due to Fahr's syndrome and response to behavioral
disturbances with risperidone and oxcarbazepine, Indian J Psychiatry, v. 56, n.2, p. 188-190, abr.
2014
Relato de caso Conclusão Paciente de 54 anos foi admiDdo em enfermaria com história No presente caso o paciente com epilepsia controlada voltou a
prévia de tratamento de epilepsia dos 20 aos 38 anos, com reDrada de apresentar convulsões 16 anos após a retirada do anticonvulsivante,
medicação por controle de sintomas, e reinício de crises em 2012. com piora clínica após tireoidectomia total, possivelmente por
Referia crises de duração e frequência progressivamente crescentes aparecimento de hipocalcemia ou piora de hipocalcemia previamente
nos úlDmos meses, além de diminuição de acuidade visual importante existente.
no período. História de Dreoidectomia em setembro de 2014 por nódulo O diagnóstico de Síndrom de Fahr secundária a hipoparatireoidismo
Dreoideano de caracterísDca indeterminada após análise de PAAF. Em foi aventado pela equipe médica tendo como fator desencadeante ou
consultas externas prévias ao internamento foram constatadas agravante a tireoidectomia. Não foi possível definir se o paciente
hipocalcemia clínica e laboratorial, além de calcificação bilateral apresentava Doença de Fahr ou Síndrome de Fahr
grosseira de núcleos da base em tomografia computadorizada de crânio tireoidectomia, uma vez que o paciente não apresentava exames
(Figura 1), achado este que poderia estar relacionado à Síndrome de prévios de PTH , cálcio ou imagem de crânio.
Fahr. Ao internamento apresentou-­‐se em bom estado geral, sem previamente
à
Apesar de rara, a Síndrome de Fahr deve ser considerada em
sintomas neurológicos, e com os seguintes laboratoriais: cálcio sérico pacientes
de 7,0; cálcio ionizado 0,62 e PTH suprimido. Foi realizada reposição metabolismo cálcio-fósforo, reforçando a importância de avaliação por
EV de cálcio, oDmização da reposição oral para alta, além de avaliação neuroimagem e exames laboratoriais em pacientes portadores de
o`almológica, a qual evidenciou catarata inicial bilateral de provável epilepsia.
com
manifestações
neurológicas
e
alterações
do
eDologia hipocalcêmica. Referências Bibliográficas Figura 1 – Tomografia computadorizada de crânio evidenciando
calcificação bilateral de núcleos da base do paciente.
FERROIR,
J.P.; HAYMANN,
J.P.; GIANNESINI,
C.; Epilepsia and
Fahr
syndrome
revealing pseudohypoparathyroidism, Rev Neurol, Paris, v. 170, n. 1, p. 51-53, jan. 2014
GUEDES, C.; MACEDO, B. Fahr Syndrome, Acta Med Port., v. 26, n. 2, p. 180, mar./abr. 2013
EL HECHMI, S.; BOUHLEL, S.; MELKI, W. Psychotic disorder induced by Fahr's syndrome: a case report,
L’Encephale, v. 40, n. 3, p. 271-275, jun. 2014
HMAMI, F.; CHAOUKI, S.; BENMILOUD, S.; SOUILMI, F. Z., Seizures revealing phosphocalcic metabolism abnormaliDes, Rev Neurol, Paris, v. 170, n. 6-7, p. 440-444, jun-jul. 2014
Fonte: Os autores
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