www.digimaxdiagnostico.com.br XIII Reunião Clínico - Radiológica “ Dr. RosalinoDalasen” www.digimaxdiagnostico.com.br XIII Reunião Clínico - Radiológica “ Dr. RosalinoDalasen” www.digimaxdiagnostico.com.br CAMILLA BURGATE LIMA OLIVEIRA Aperfeiçoando de RDI da DIGIMAX (R2) Caso 1 • Paciente J. B. A., 49 anos, sexo masculino. • Queixa: Insônia, cefaléia, tontura e tremores nas mãos há 02 anos. • Solicitação de Ressonância Magnética para: Investigação de Parkinson. Doença de Parkinson • Doença neurodegenerativa multissistêmica que afeta diversas vias neuronais e vários circuitos neurotransmissores. • Constelação de tremores ao repouso, bradicinesia e rigidez costuma ser denominada parkinsonismo. Doença de Parkinson • Achados na RM: - Discreta perda volumétrica de mesencéfalo vista com uma formação em “borboleta” em casos avançados (atrofia de mesencéfalo). - Achados que podem sustentar o diagnóstico incluem afilamento da pars compacta (com “toque” no núcleo rubro e na substância negra). - Substância negra afilada e irregular. Imagem do nosso paciente RM AXIAL FLAIR Imagem do nosso paciente RM T2 Imagem da literatura de RM T2WI. Indivíduo normal, mostra a largura adequada de pars compacta. Imagem literatura clássica de Doença de Parkinson. Mostra o "borrar" e afinamento da pars compacta. Imagem do nosso caso, RM sequência FLAIR. Imagem da literatura RM Axial FLAIR: mostrando diminuição da intensidade do sinal dos gânglios da base posterior, bem como leve diminuição do volume do putâmen. • Não identificamos alteração no putâmen ou no mesencéfalo, que sugerissem correlação com doença de Parkinson. Ressonância Magnética do Caso 1 Sequência T2 gradiente Sequência T2 gradiente – axial: hipossinal globos pálidos bilateralmente Sequência T2 gradiente – axial: hipossinal nos hemisférios cerebelares, precisamente nos núcleos denteados. Sequência T2 gradiente – axial Sequência T2 gradiente – axial Síndrome de Fahr • Epônimo para: Calcinose estriado-pálido-denteado idiopática. • Desordem neurológica degenerativa rara. • Doença de herança autossômica dominante, embora haja casos esporádicos e de herança autossômica recessiva. Síndrome de Fahr • Caracterizado pela deposição cálcica intracraniana não aterosclerótica dos gânglios da base, centro semi-oval e núcleo denteado. • Região do globo pálido sendo particularmente afetada, bilateralmente e simétricas na base do crânio. • Principal causa: hipoparatireoidismo primário ou pósoperatório. Síndrome de Fahr • Clínica: sintomas extrapiramidais= distúrbios de movimento, demência e outros distúrbios de comportamento, cognitivos e epilepsia. • Quadro: início lento de sintomas inespecíficos como vertigem, cefaléia, distúrbio do movimento, síncope e convulsões. • Pode levar a distonia progressiva, parkinsonismo, manifestações neuropsiquiátricas. • Outros déficits neurológicos: espasticidade, paresia, distúrbio da marcha e da fala, coma, demência, coréia, tremores, distonia, mioclonia e hipotensão ortostática. Síndrome de Fahr • Diagnóstico pela TC: presença de calcificações dos núcleos da base. • Exames laboratoriais: cálcio sérico total e ionizado, calciúria, paratormônio, fósforo, magnésio, cobre, além de funções tireoidiana, renal e hepática, a fim de identificar possíveis diagnósticos diferenciais que possam cursar com calcificações. Síndrome de Fahr • Imagens na Ressonância Magnética: - calcificações cerebelares. - calcificações dos gânglios da base apresentadas com hipossinal ou nenhum sinal, aparecendo como áreas “negras”. - calcificações na substância branca exibindo hipersinal. Imagem da literatura: sequência T2 gradiente na RM, apresentando hipossinal. Diagnóstico diferencial • Calcificação fisiológica nos núcleos da base normal (relacionada a idade, e geralmente são mínimas e não apresentam significado clínico). • Distúrbio da paratireóide (exames: nível sérico de cálcio, fósforo e paratormônio, são normais na doença de Fahr). Tratamento • Controle dos sintomas. • Recuperação funcional. • Melhora da qualidade de vida. • Prevenção de complicações. • Imagens Tomográficas de outros pacientes com Doença de Fahr. Paciente A. G., 84 anos Paciente R. T., 80 anos Paciente S. D., 71 anos Referências bibliográficas • http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0004282X2006000400024&script=s ci_arttext • http://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/viewFile/13667/pdf • https://my.statdx.com/STATdxMain.jsp?rc=false#dxContent;farrs_disease • http://www.rb.org.br/detalhe_artigo.asp?id=2456 • http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010039842004000200005 • OSBORN A. G. , Diagnostic Imaging Brain, I-10-78, I-10-16. OBRIGADA!