A TRAJETÓRIA INFLACIONÁRIA NO BRASIL Maria Alice Egidio 1 2 Luciana Valle Machado da Fonseca Sarah Bartels Kirchmeyer Vieira Evandro Reis de Laet Junior 3 4 RESUMO Esse artigo irá dissertar à respeito da inflação brasileira.Aborda todos os planos econômicos já existentes no Brasil e suas ações à respeito da inflação. PALAVRAS-CHAVE: Inflação, Plano Cruzado, Plano Bresser, Plano Verão, Plano Collor e Plano Real. _________________________ 1- Maria Alice Egidio([email protected]) é estudante de Economia do 3º ano das Faculdades Integradas Vianna Junior. 2- Luciana Valle Machado da Fonseca([email protected]) é estudante de Economia do 3º ano das Faculdades Integradas Vianna Junior. 3-Sarah Bartels Kirchmeyer Vieira([email protected]) é estudante de Economia do 3º ano das Faculdades Integradas Vianna Junior. 4- Evandro Reis de Laet Junior([email protected]) é estudante de Economia do 3º ano das Faculdades Integradas Vianna Junior. INTRODUÇÃO Inflação é o aumento persistente dos preços, que envolve o conjunto da economia e do qual resulta uma contínua perda do poder aquisitivo da moeda. Em sua forma extrema (hiperinflação), os preços aumentam tanto que as pessoas não procuram reter dinheiro, nem mesmo por poucos dias, dada a rapidez com que diminui seu poder de compra. As causas da inflação são inúmeras,dentre elas, citam-se, taxas altas de juros, escassez, desequilíbrio da balança de pagamentos, emissão de moeda para cobrir déficit público, aumento de preços ou salários sem melhora de qualidade ou de produção, etc.A inflação também gera muitas conseqüências, provoca efeitos sobre a estrutura de produção da economia, redistribuindo rendas e causando uma desproporcionalidade em relação ao volume de demanda para os vários setores da economia, já que os preços não mudam todos juntos e sim cada um com diferente intensidade. O processo inflacionário, quando instalado, dificilmente é controlado, funciona como um círculo vicioso, obrigando a reajustes periódicos de preços e salários, com o seu conseqüente agravamento. 1.RETROSPECTIVA HISTÓRICA:ÉPOCA MAIS DISTANTE Como medida para conter a inflação,que estava chegando a mais de 200% por mês, Dílson Funaro, lançou o Plano Cruzado.O Plano Cruzado I previu "gatilho salarial": toda vez que a inflação atingir ou ultrapassar 20%, os assalariados teriam um reajuste automático no mesmo valor, mais as diferenças negociadas nos dissídios das diferentes categorias. O Plano Cruzado teve efeito imediato de conter a inflação e aumentar o poder aquisitivo da população. O plano começou a fazer água. As mercadorias desaparecem das prateleiras dos supermercados, os fornecedores passaram a cobrar ágio, e a inflação volta a subir.O Plano Cruzado II alterou a inflação, que passou a ser medida com base nos gastos das famílias com renda até cinco salários mínimos. O plano provocou um aumento generalizado dos preços, a inflação disparou, e a população perdeu a confiança no governo, Dílson Funaro foi substituído por Luis Carlos Bresser Pereira. No Plano Bresser, a inflação chegou a 23,26%. Sarney decretou o congelamento de preços, aluguéis e salários por dois meses. Foi extinto o gatilho salarial e no final d e1987, a inflação chegou a 366%. Bresser saiu, e no seu lugar entrou Maílson da Nóbrega.No Plano Verão,Maílson da Nóbrega apresentou um novo plano econômico: criou o Cruzado Novo, impôs outro congelamento de preços. O plano fracassou e a inflação disparou.O Plano Collor foi um plano econômico que tencionava acabar com a inflação que estava em níveis hiperinflacionários.Consistia basicamente na retirada de moeda de circulação com um bloqueio dos numerários depositados em bancos, que se mantinham em Cruzados Novos. No combate a inflação, o Plano Collor foi um fracasso, mas ele acabou importante em criar as condições, mudando a matriz monetária brasileira e aumentando reservas, essencial no sucesso de combate a inflação pelo Plano Real, no Governo do sucessor de Collor, Itamar Franco. 2.RETROSPECTIVA HISTÓRICA:ÉPOCA MAIS PRÓXIMA E ATUAL O Plano Real foi um plano de estabilização econômica feito sob o governo de Itamar Franco e idealizado pela equipe econômica liderada pelo então ministro da fazenda Fernando Henrique Cardoso. Seu objetivo primário era controlar a hiperinflação.Propôs a desindexação da economia, após anos de inflação recorrente, os agentes econômicos passaram a indexar preços a índices de inflação, criando um círculo vicioso de aumento de preços. A principal ação para reverter este quadro foi a adoção da URV (Unidade Real de Valor), como forma de eliminar a memória inflacionária.A URV era definida diariamente através de um cálculo usando como base uma média diária de inflação através de uma cesta de índices inflacionários. No primeiro momento o plano obteve resultados muito positivos, com controle da inflação e aumento da taxa de investimentos na economia. , embora a desindexação da economia tenha obtido êxito, o ajuste fiscal foi bastante limitado.O governo manteve o controle da inflação tendo como principal instrumento de política econômica a "âncora cambial", aliada a uma política de abertura econômica.O governo de Luiz Inácio Lula da Silva é caracterizado por um governo de continuidade da estabilidade econômica do governo anterior, e uma balança comercial crescente superavitária, houve a necessidade de se combater os índices inflacionários que alcançavam a margem de 20% ao ano no início de sua gestão.Por mais paradoxal que possa ser,o que era visto como heresia pelo partido do atual presidente da República ironicamente se tornou seu grande trunfo de governo. CONCLUSÃO Conter forçadamente a inflação, sem que saibamos as verdadeiras causas da mesma, acende o estopim para travar e desacelerar a geração de empregos, aciona o “turbo” na disparada dos juros e endividamento público e até a desvalorização da moeda corrente no país. O importante não é somente termos planos econômicos engenhosos, mais sim, planos para os fundamentos que regem quaisquer nação, sendo a educação, cultura, bons e decentes hábitos e conduta ética. De veras é importante valorizar a cultura e fundamentos da educação, pois ai, reside um dos grandes problemas da nossa sociedade, que sem duvida esta diretamente ligado a todos os problemas sociais e claro, também aos problemas econômicos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS NETTO, Antonio. O problema dos juros. Revista Carta Capital, 2005. NETTO, Antonio. Os subsídios voltaram. Revista Carta Capital, 2005. MARTINS, Ivan. O legado de Palocci. Revista Dinheiro, 2006. MARTINS, STUDART,ATTUCH;Ivan,Hugo,Leonardo. A Economia Mudou. 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