aspectos psicológicos del trastorno disfórico

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ASPECTOS PSICOLÓGICOS DEL TRASTORNO DISFÓRICO
PREMENSTRUAL.
Maria Valéria Arruda Valério*; João Carlos Alchieri**.
* Centro Universitário de João Pessoa
** Universidade Federal do Rio Grande do Norte
RESUMEN:
El término síndrome premenstrual se utiliza para llamar señales y síntomas presentes en la
mayoría de las mujeres, en idad fértil, en las dos semanas que preceden el menstruation, cesando
con el flujo menstrual; una forma más severa del síndrome premenstrual con acento en los
síntomas emocionales los síntomas asociados son: irritabilidad, labili de humor y depresión. En
este estudio hay buscado evaluar el cuadro en la población general, así identificar a los principales
aspectos comportamentais presentes cuánto su caracterización. Participaron en 62 mujeres de
nivel socioeconômico medio, con edad entre 20.43 años, sin descripción y sin alteraciones
endocrinas. Objetivo principal: definir a aspectos comportamentais de los asociados al período
menstrual, comprobar y evaluar las posibles modificaciones afetivo-emocional vinculada a
modificaciones neuro-hormonais acerca de este período y, caracterizar las manifestaciones
psicológicas de tolerancia y adaptación frente las modificaciones. Instrumentos: se han utilizado
cinco instrumentos para evaluación ansiedad, Estresse, Salud General y un cuestionario de datos
psicossociais. Resultado: hay comprobado que un 25% de las participantes, se diagnosticaron
TDPM, pero no probado asociación significativa entre TDPM y Ansiedad, y a los indicadores de
QSG de media, no demostrado distinciones significativas cuánto a los dos grupos, con TDPM y sin
TDPM, siendo que los resultados del grupo con TDPM son ligeramente cercanos a los hechos.
Conclusión: los resultados obtenidos no hay revelado manifestaciones de TDPM como poseyendo
una característica específica para ansiedad, una tensión y estresse de altos niveles para estos
últimos.
Introdução
Síndrome Pré-Menstrual (SPM) é uma combinação de sintomas emocionais, físicos e
comportamentais que pode ocorrer entre as primeiras semanas que antecedem a fase
pré-menstrual e regride geralmente com a menstruação (Montes e Vaz, 2003). O diagnóstico
baseia-se na presença de (a) mais de um dos sintomas afetivos e somáticos durante os cinco dias
que antecede à menstruação nos últimos três ciclos menstruais, sendo que (b) os sintomas devem
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melhorar dentro de quatro dias após o início da menstruação e, não haver recorrência até o 13º dia
do ciclo. Não podem estar associados (c) com tratamentos farmacológicos e/ou hormonais, abuso
de álcool e drogas e, devem (d) estar presentes em pelo menos dois ciclos consecutivos avaliados
prospectivamente. As portadoras (e) dessa síndrome apresentam prejuízo no desempenho social e
profissional (American College of Obstetrics and Gynecology - ACOG, 2000). Os sintomas
descritos são: de ordem afetiva (depressão, expressão de raiva, ansiedade, confusão e diminuição
da sociabilidade) e somática (mastalgia, aumento abdominal, cefaléia e suor nas extremidades)
(Appolinário, 2003; Cheniaux, 2001).
Mulheres de distintas idades estão sujeitas em algum momento a apresentarem sintomas
pré-menstruais, sendo que os diferentes tipos, suas combinações e intensidades serão
diferenciados pelos aspectos fisiológicos. Estes, de acordo com sua freqüência e intensidade
influenciam a vida psicossocial, podendo comprometer a realização plena de tarefas cotidianas.
Estudos apontam que de 75% a 85% das mulheres referem sintomas leves a moderados durante
alguns dias do ciclo menstrual, sendo que, aproximadamente, 10% delas podem sofrer de sintomas
mais intensos. A esta forma mais severa de Síndrome Pré-Menstrual denomina-se Transtorno
Disfórico Pré-Menstrual (Ballone, 2001). O Transtorno Disfórico Pré-Menstrual (TDPM) é a forma
mais grave da Síndrome Pré-Menstrual, e pode vir acompanhada de depressão, pensamentos
suicidas e agressividade, com dificuldades de lidar com os sentimentos, dificultando o convívio
familiar, social e ocupacional. Neste trabalho busca-se identificar e caracterizar os principais
aspectos comportamentais manifestados no transtorno disfórico pré-menstrual (Sougey et al.,
2003). O transtorno disfórico pré-menstrual é a forma mais severa da síndrome pré-menstrual, com
ênfase nos sintomas afetivos, acompanhado por depressão, pensamentos suicidas, agressividade
e dificuldade para lidar com os sentimentos, o que consequentemente dificulta o conviver familiar,
social e ocupacional. Situações que envolvam perdas ou frustrações podem provocar profundos
sentimentos de tristeza. Os principais sintomas da depressão são, portanto: tristeza permanente,
ansiedade ou sensação de vazio; sentimento de desesperança, pessimismo, perda de interesse ou
prazer nas atividades em geral; problemas de sono; perda ou excesso de apetite; diminuição de
energia e fadiga; idéias de morte; irritabilidade, dificuldade para se concentrar; dores crônicas, do
tipo dor de cabeça ou de estômago.
Sintomas tais que, se isolados, são comuns ao sentimento de tristeza. Na depressão estes
sintomas adquirem características patológicas, desde que interferem na capacidade laboral do
indivíduo, bem como, nas suas relações interpessoais, no seu sono e no desfrute de atividades
antes, tidas por prazerosas e agradáveis (DSM-IV-TR, 2003).
A indefinição do conceito e a ausência de uma metodologia padrão à avaliação do TDPM justificam
o emprego de várias escalas e critérios diagnósticos. Por outro lado, as escalas existentes
procuram estabelecer alguns poucos padrões de mudanças e de intensidade dos sintomas durante
o ciclo menstrual (Teng et al., 2000). As manifestações do TDPM podem ser caracterizadas e
avaliadas em sua correspondência comportamental por meio de situações retrospectivas e
prospectivas (Chaturvedi apud Teng et al., 2000). As escalas cuja avaliação é retrospectiva têm
uma capacidade diagnóstica limitada, primeiro por serem aplicadas em população específica, como
freqüentadoras de clínicas de tensão pré-menstrual e não em amostragem representativa da
população feminina; segundo, pelo fato destes instrumentos de avaliação considerar apenas os
aspectos negativos. Atualmente as escalas incluem os aspectos positivos da fase pré-menstrual
(Chaturvedi et al, apud Teng et al., 2000). Apesar de serem as escalas de avaliação prospectivas
mais fidedignas que as anteriores, apresentam limitações na capacidade diagnóstica. Foram
testadas em população estrita, além de apresentarem dificuldades na sua utilização, em razão (a)
do observador interferir nas variáveis respostas; (b) a consciência do objeto da pesquisa influir nas
respostas; (c) ênfase para os aspectos negativos e (d) a vivência da menstruação não é avaliada
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(Teng et al, 2000).
A escala de avaliação diária de sintomas da síndrome pré-menstrual (Daily Symptom Report DSR) é o instrumento mais rigorosamente elaborado para diagnosticar TDPM. Abrange uma lista
de 17 sintomas de ocorrência comum no desconforto pré-menstrual, como: irritabilidade, cansaço,
insônia, confusão, choro, cefaléia, depressão, ansiedade, cólicas, seios doloridos, má
coordenação, mudança de humor, tensão dores contínuas, sensação de perda de controle,
compulsão para consumo de alimentos. Tal escala permite avaliar os aspectos relativos ao
comportamento em diversas situações, especialmente o mais adaptado, que não é claramente
objeto de atenção por parte da comunidade médica. Todavia, vale salientar a importância dos
aspectos emocionais, expressão comportamental em uma diversidade de ações e condutas,
influenciadas e magnificadas pelo sistema endócrino. A relação destes dois sistemas é estreita e
retro alimentada por diversos mecanismos fisiológicos.
A presente investigação teve como objetivo principal investigar as principais expressões
comportamentais auto-referidas por mulheres quanto à manifestação do transtorno disfórico
pré-menstrual. Mais especificamente procuroua identificar possíveis aspectos comportamentais
associados ao período menstrual, verificar e avaliar alterações afetivo-emocionais decorrentes de
alterações neuro-hormonais relativas ao período menstrual, e, caracterizar as manifestações
psicológicas de tolerância e adaptação frente s alterações relativas ao período menstrual.
Participaram 62 mulheres, de nível socioeconômico médio, com idade entre 20 a 43 anos,
estudantes universitárias de um curso teológico que exerciam atividades profissionais como donas
de casa e trabalhadoras em diversos âmbitos profissionais. No momento da avaliação
encontravam-se sem queixas ou histórico recente de transtornos endócrinos.
Utilizaram-se cinco instrumentos: um questionário de dados psicossociais, (2) o Questionário de
Sintomas de Transtorno Disfórico Pré-Menstrual, (Teng et al.2000), (3) o Inventário Millon de
Estilos de Personalidade (Alchieri e outros, 2005), (4) o Questionário de Saúde Geral, (Pasquali e
outros), e (5) o IDATE (Inventário de Ansiedade Traço-Estado, Biaggio e colaboradores). O
Questionário de Sintomas de Transtorno Disfórico Pré-Menstrual (Teng et al., 2000) é composto
por 27 itens e tem por objetivo identificar os níveis de mudanças psicofísicas e comportamentais e
os sintomas clinicamente importantes que ocorrem durante as diversas fases do ciclo menstrual,
desde a fase menstrual (a) que vai do 1º ao 5º dia; (b) fase folicular, do 6º ao 10º; (c) fase
ovulatória, do 11º ao 15º; (d) fase lútea, do 16º ao 20º e finalmente (e) do 21º ao 25º ou do 26º ao
30º a fase pré-menstrual. Os itens buscam verificar a presença e intensidade de todos os sintomas
listados pelo DSM-IV, como necessários para o diagnóstico do transtorno disfórico pré-menstrual,
além de oportunizar o conhecimento de outras informações para o estudo do transtorno. Este
instrumento foi elaborado em estudo de avaliação dos sintomas dos transtornos disfóricos
pré-menstrual em estudantes universitárias de São Paulo (Teng et al., 2000). O Inventário Millon
(MIPS) é composto de 180 itens, respondidos em uma escala dicotômica, preconizado para
sujeitos de idade superior aos 18 anos.
Contém 24 escalas agrupadas em 12 pares, representando as três áreas com cada um dos pares
sendo composto por duas escalas justapostas (Aiken, 1997). O MIPS em sua composição inclui
165 itens pertencentes as 24 escalas, 5 itens da escala de consistência, 10 da escala de impressão
positiva e 10 da escala de impressão negativa. O processo de seleção e avaliação dos itens foi
elaborado por Millon através de um modelo interno-estrutural de validação dos itens das 24 escalas
(Millon, Weiss, Millon & Davis, 1994; Millon, 1997). O Questionário de Saúde Geral de Goldberg,
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(QSG), originalmente denominado General Health Questionnaire (GHQ), foi concebido para avaliar
a existência de indicadores de sintomas quanto a saúde menta, pois cumpre com as seguintes
diretivas: é auto-aplicável; não foi idealizado para identificar distúrbios extremos; expressa itens
comportamentais; enfatiza a severidade da ausência de saúde mental, bem como expressa os
sentimentos na atualidade. Outra característica importante na escolha do instrumento foi pela
reconhecida eficácia do QSG em identificar pessoas com problemas de saúde mental não
extremado. O Inventário de Ansiedade Traço-Estado (IDATE), composto de dois questionários com
40 afirmações, sendo, 20 objetivando medir traço de ansiedade que é usado como um instrumento
de pesquisa para selecionar indivíduos que variam quanto à tendência para reagir à pressão
psicológica com diferentes graus de intensidade, e 20 para medir o estado de ansiedade, que visa
determinar níveis reais de intensidade de estado de ansiedade.
Procedimentos
As respostas das participantes para todos os instrumentos foram assinaladas em um formulário
especificamente elaborado para a atividade, permitindo, assim, sua rápida aplicação e uma segura
verificação da correção das respostas. Nestas aplicações, o instrumento foi administrado sem
tempo limitado e mantidas as instruções preconizadas pelos autores. A partir destas aplicações,
fez-se um banco de dados com os resultados, servindo de ponto de partida para os estudos iniciais
do inventário.
Com base neste banco de dados, foram elaborados os procedimentos de estudos: a caracterização
estatística descritiva (médias, desvios) da análise de itens, verificando a freqüência de respostas
por itens, a análise das opções respondidas, a consistência interna e a validade das escalas. Uma
vez representadas as análises descritas anteriormente, foram conduzidos estudos para a
verificação de validade simultânea com os inventários de Teng e o MIPS na verificação da
pertinência dos fatores avaliados, especificamente nos aspectos motivacionais (Abertura,
Preservação, Modificação, Acomodação, Individualismo e Proteção) e de relações interpessoais
(Retraimento, Comunicatividade, Dúvida, Segurança, Discrepância, Conformismo, Submissão e
Controle), em conjunto com o Idate e o QSG. Para a análise dos dados utilizou-se os pacotes
estatísticos informatizados do SPSS, versão 11.0 (Thiessen & Wainer 2001).
Resultados
Os questionários respondidos foram tabulados e seus resultados transcritos junto ao programa
SPSS 14,0 para avaliação e analise estatística. Inicialmente foram verificados os aspectos
descritivos dos instrumentos empregados como media e desvios padrão, para os instrumentos,
IDATE, QSG e Inventário de MIPS. Verifica-se na figura 01 que os escores das participantes não
demonstram um valor estatisticamente diferente para ambos os grupos,
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Buscando-se verificar a possibilidade de associações entre níveis distintos de ansiedade, estresse
e outras manifestações psicossociais, elaboraram-se estratificações em níveis (forte, médio e
fraco) a fim de verificar a possibilidade de uma maior expressão quanto aos níveis dos resultados.
Pode-se verificar que das 60 participantes, 15 (25%) foram diagnosticadas como portadoras da
TDPM ao passo que as demais não ultrapassaram o ponto de corte conforme definido por Teng e
colaboradores (2005).
Os indicadores de ansiedade de Spielberger, Ansiedade Estado e Traço foram computados com
base nos escores brutos e nivelados em 3 estratos, Abaixo, na Média e Acima da Média, sendo
cruzados com os de presença e ausência de TDPM, contudo não foram evidenciadas associações
significativas (0,005). Desta forma a relação entre TDPM e Ansiedade não foi verificada, nem a
relativa a fatores situacionais (AE) nem constitucionais (AT), conforme apresentado na figura
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abaixo.
Os indicadores do QSG de média e desvios padrão não demonstraram distinções significativas
quanto aos dois grupos, com TDPM e sem TDPM. Cabe salientar que s resultados do grupo com
TDPM são ligeiramente próximos aos preconizados por Pasquali e cols. (1996) como pontos de
coorte na presença de distúrbios psicológicos, contudo não são relacionados ao TDPM como
diferenciadores. A figura abaixo ilustra a exposição quanto aos valores do QSG.
Em relação às características comportamentais verificadas pelo Inventário Millon de estilos de
Personalidade, observou-se que os fatores Acomodação (0,04), Vacilação (0,05) e Submetimento
(0,00) e Controle (0,00) foram significativos nas distinções entre os grupos com TDPM e sem
TDPM.
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Discussão e conclusão
Os resultados obtidos nesta investigação não revelaram manifestações do TDPM como possuindo
uma característica específica para ansiedade, tensão e estresse em níveis altos para estes últimos.
Pode-se pensar que as manifestações ate estejam em níveis sub-clínicos quanto a ansiedade e o
estresse, mas tendo em vista a proximidade do risco de distúrbio evidenciado no QSG, a idéia de
sua fraca expressão não pode ser identificada.
Uma outra característica diz respeito às condições do grupo amostral, mulheres com um perfil
empreendedor, pode estar tratando das manifestações de TDPM com mais energia sem se abater
ou mesmo referir queixas generalizantes como a literatura apontam, para aquelas com o
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transtorno.
Ocorre que em termos de características de comportamento o grupo com TDPM pode estar mais
sensibilizado quanto a busca de lugar para manter-se menos incentivadas, com possibilidade de se
indefinidora, com vontade própria e controle sobre as coisas a sua volta. Estas reações podem ser
menos incentivadas, nas mulheres sem TDPM, mas acabam por ser distintas em mulheres sem
TDPM. Assim sendo, pensa-se no seguimento do presente trabalho de investigação de forma a
caracterizar o processo evolutivo dos comportamentos associados a TPDM. Nova evidencia, sobre
o trabalho precisam caracterizar a importância de fatores protetores ao comportamento, como
escolaridade e trabalho, no desenvolvimento do transtorno.
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