Módulo II - Kalecki José Luís Oreiro Professor do Departamento de Economia Universidade de Brasília Pesquisador Nível I do CNPq Demanda Efetiva • Relações fundamentais da teoria da demanda efetiva de Kalecki: – O montante agregado de lucros depende das decisões de gasto do capitalistas. – A relação entre lucros e renda agregada é determinada pelos “fatores de distribuição”. • Deve-se ressaltar que para Kalecki os lucros dependem das decisões de gasto dos capitalistas não só porque tais decisões são tomadas no período anterior; mas porque tais decisões se baseiam na existência de um setor bancário que torna o crédito disponível para o investimento, fazendo com que as decisões de gasto sejam autônomas com respeito a renda. • Como os lucros são determinados pelos gastos de consumo e de investimento dos capitalistas; é a renda dos trabalhadores que é determinada pelos fatores de distribuição. Modelo • Economia com três departamentos: – Departamento produtor de bens de capital – Departamento produtor de bens de consumo necessários. – Departamento produtor de bens de consumo de luxo. 15/04/2013 Evolução do Pensamento Macroeconômico 3 Modelo DI 15/04/2013 DII DIII TOTAL WI WII WII W PI PII PIII P I CK CW Y Evolução do Pensamento Macroeconômico 4 Relações Contábeis • Y=P+W (1) • Y = I + Ck + Cw (2) • Suposto Kaleckiano: os trabalhadores gastam tudo o que ganham. – W = Cw (3) • Temos: P = I + Ck • Kalecki: os capitalistas não podem decidir sobre aquilo que irão ganhar; mas apenas sobre aquilo que irão gastar. – O investimento determina os lucros, e não o contrário. 15/04/2013 Evolução do Pensamento Macroeconômico 5 Modelo • Suponha que o consumo dos capitalistas seja dado por: – – – – – – – – – – – – Ck,t = q Pt- + A (4); Onde: q é a propensão marginal a consumir dos capitalistas Sabemos que: Pt = Ck,t + It (5) Substituindo (4) em (5), temos: Pt = q Pt- + A + It (6) Após “n” substituições recursivas: Pt = It + q It- + q2 It-2 + q3 It-3 + ... + A(1+q+ q2 ...) Seja It-w o valor médio da série (It , It- , It-2, ....) Temos: Pt = f(It-w ) Hipótese auxiliar: It = It-w (investimento constante ao longo do tempo) Pt = A + It + q f(It ) Pt = (A + It )/(1-q) Preços e Distribuição de Renda • • • A crítica de Sraffa ao marginalismo (1925, 1926) marcou o início de um período de transição no qual se apresentaram muitas ideias interessantes mas poucas propostas inovadoras para a questão da formação dos preços. Kalecki lida com a questão da formação dos preços com vistas à explicação da distribuição de renda e a sua dinâmica ao longo do ciclo econômico. O primeiro tratamento mais elaborado para a teoria da formação de preços aparece no ensaio de 1938 publicado na Econometrica (“The determinants of the distribution of national income”). – • Nesse artigo aparece pela primeira vez o termo “grau de monopólio” o qual é definido como: – • • • Objetivo do ensaio: Analisar os fatores que determinam a participação dos trabalhadores manuais na renda agregada e a causa da sua estabilidade ao longo do tempo. m = (p – cmg)/p [índice de Lerner] O grau de monopólio seria o determinante da participação dos salários na renda nacional. Seja T o valor bruto da produção, P o montante de lucros, S o montante de salários dos trabalhadores não manuais, M o valor das matérias primas, W os salários dos trabalhadores manuais, m o grau médio de monopólio das firmas que operam na economia e Y a renda nacional [T = Y + M]. Temos: P + S + W = Y logo: (P+S)/Y = 1 – (W/Y) = m (T/Y) Críticas ao conceito de grau de monopólio • • • Se o grau de monopólio for determinado pela elasticidade de demanda (e coincidir com a sua inversa) então esse conceito não pode ser usado para proporcionar uma teoria macroeconômica da distribuição. Se Cmg = c, p = p(q), RT = p(q).q, Rmg = (dp/dq).q + p(q) Maximização de lucro: Rmg = Cmg : c = (dp/dq).q + p(q) – – – – – c = p(q) [ 1 + (dp/dq).(q/p)] Seja = - (dq/dp)*(p/q) a elasticidade preço de demanda. c = p(q) [ 1 – (1/)] : p = c / [ 1 – (1/)] m = (p – c)/p = {{c / [ 1 – (1/)] } – c}/ {c / [ 1 – (1/)]} = [(1- )/ ] Kaldor (1956): A noção de curva de demanda pelos produtos de uma firma é ilegítima pois os preços fixados pelas firmas diferentes não podem ser considerados como independentes uns dos outros. • Desconsidera a interação estratégica das firmas sob oligopólio. – Se a relação entre grau de monopólio e elasticidade de demanda for descartada então a abordagem de Kalecki é puramente tautológica. Dupla natureza do conceito de grau de monopólio • É o resultado das decisões de preço das firmas • Representa as condições de mercado que permite as empresas fazer a sua própria política de preços. – O poder de mercado das firmas é limitado, por um lado, pela extensão das perdas que as reações dos competidores às mudanças de preço podem impor e, de outro, pela resposta do público a diferenciação de preços. • O primeiro conjunto de fatores é influenciado pela concentração industrial, existência de acordos tácitos ou cartéis; barreiras a entrada, diferenciação de produto. • O segundo conjunto é influenciado pela disseminação de informações, diversidade de produtos e hábitos dos consumidores. – Levando-se em conta a segunda dimensão do conceito de grau de monopólio constata-se que o mesmo não é tautológico, mas se baseia na ideia de que a concorrência que importa no mercado é a concorrência entre as fias estabelecidas. A Teoria de Preços na “Teoria da Dinâmica Econômica” (1954) • É no livro de 1954 que a teoria Kaleckiana dos preços e da distribuição toma o seu formato definitivo. – Preços determinados fundamentalmente pelas variações nos custos de produção. – Preços determinados por variações na demanda • • O primeiro caso aplica-se ao setor industrial onde o excesso de capacidade das firmas permite que elas ajustem a produção às variações da demanda sem ajuste de preços; o segundo caso aplica-se ao setor primário. Supostos: – Curto-período e excesso de capacidade produtiva. – Custo unitário direto de produção constante ao longo do intervalo relevante de produção. – As firmas se comportam de forma a obter lucros sem necessariamente ser maximizadoras de lucro. • Os preços devem ser determinados de forma a permitir a firma obter uma margem satisfatória de lucros, condicional ao estado da concorrência. Formação de preços • A equação de preços é dada por: – p = m u + n p´ (1) – Onde: u é o custo unitário de produção, p´ é uma média ponderada dos preços fixados pelas outras empresas; m e n são parâmetros que representam o poder de monopólio da firma. • Nessa equação fica claro que o “grau de monopólio” se refere a situação de mercado que permite as empresas implementar a sua própria política de preços. • Causas do grau de monopólio: – Estrutura de concentração da indústria – Desenvolvimento de estratégia de promoção de vendas. – Pressão dos sindicatos: margens de lucro muito altas podem estimular os sindicatos a demandar aumentos de salários. Da firma para a indústria • Consideremos uma indústria que possua k empresas estabelecidas. Dessa forma o sistema de preços desse setor é dado pelo seguinte sistema de equações: – – – – – p1=m1u1 + n1 p´ ... .... .... pk=mkuk + nk p´ p´= m´u ´+ n´p ´ Onde: m´, n´ e u´ são as médias ponderadas das respectivas variáveis que aparecem nas equações de preços. – Temos: p ´(1-n´) = m´u ´ – Logo: p´ = [m ´/(1-n´)] Participação dos salários no valor adicionado da indústria • A relação entre o preço médio e o custo direto unitário de produção é dada por: – – – – – – p´/u = [R/(M+W)] = k Onde: R = M + W + (P + C) M : custo total das matérias primas W : salários P: Lucros C: over-heads. • Como o valor adicionado na i-ésima indústria é dado por : Yi = R-M • Temos que: Yi = W + (k-1)[M+W] Prova • • • • • • • • • • • R = k(M+W) (1) R = Yi + M Substituindo (2) em (1) temos: Yi + M = k(M+W) Yi = M(k-1) + kW Yi = W + M(k-1) + kW – W Yi = W + (k-1) (M+W) Dividindo-se a expressão acima por Yi temos: (W/Yi) = {1 /[ 1-(k-1)(j+1)]} Onde: j = M/W Interpretação: A participação dos salários no valor adicionado da indústria é determinado pelo grau de monopólio (expresso por k) e pela razão entre o gasto com matérias primas e salários. Da indústria para a economia como um todo • Ao estender essa análise para o setor industrial como um todo, a participação dos salários na renda dependerá não apenas de k e j de cada indústria como também da estrutura industrial. • Mudanças na composição da produção industrial entre os diversos setores podem alterar a participação dos salários na renda nacional mesmo que o grau de monopólio e a razão entre o gasto com matérias-primas e salários de cada setor da indústria tenha permanecido constante. • Problemas de agregação ! • Kalecki tenta contornar esses problemas de agregação definindo k´ e j´ como os valores de k e j “ajustados de tal forma que fica (sic) eliminado o efeito de alterações da importância dos diversos ramos da indústria”. • Temos: w´ = {1 /[ 1-(k´-1)(j´+1)]}. • Onde: w ´ é a participação dos salários na renda nacional. Salários e ordenados • A participação dos salários na renda tende a permanecer relativamente estável ao longo do ciclo econômico (determinada por fatores estruturais), mas os ordenados tendem a variar menos do que a renda pois tem a natureza de um custo semi-fixo. • Seja V o montante de salários e ordenados, temos: • V = aY + B • (V/Y) = a + (B/Y) • Mas V = Y - P, onde P representa o lucro líquido antes dos impostos. • Temos: • (Y - P)/Y = a + B/Y • Y = [(P + B)/(1-a)] Determinação da renda • Sabemos que: – – – – – Yt = [(Pt + B)/(1-a)] (1) Pt = (A + It )/(1-q) (2) Substituindo (2) em (1) temos: Yt = {(A+It)/[(1-q)(1-a)]} + B/(1-a) (3) De (3) observamos que o nível de renda no período t depende: • • • • Do investimento realizado no período t Da propensão marginal a consumir dos capitalistas (q) Da distribuição de renda entre salários e lucros (a) Dos consumo autonômo dos capitalistas. Determinantes do Investimento • Kalecki: a teoria do investimento se constitui na “piece de resistence” central da teoria econômica. • Os esforços de Kalecki se desenvolveram em duas linhas paralelas: – Identificar os determinantes básicos do investimento – Melhorar o esquema formal de maneira a torna-lo mais apto para explicar os ciclos econômicos. Determinantes ... • O processo de acumulação de capital se caracteriza pela fraqueza e instabilidade do incentivo a investir o que tem sua origem na – Distribuição de renda a qual é, em geral, insuficiente para gerar um fluxos adequado de vendas. – Natureza produtiva do investimento e, mais precisamente, no fato de que o impacto deste sobre a capacidade produtiva tende a sobrepujar sua influência sobre a demanda agregada. – Falta de impulsos sistemáticos de auto-propulsão. • Essas fraquezas se refletem em: – O nível espontâneo de investimento tende a ser insuficiente para gerar plenoemprego. – Instabilidade do investimento. – Tendência da economia, na ausência de choques externos, em gravitar em torno de posições estacionárias. • O crescimento de longo-prazo deve se basear em estímulos ocasionais vindos de fora do mecanismo do ciclo econômico (fatores de desenvolvimento). Os fatores de desenvolvimento • • Entre os fatores de desenvolvimento o mais importante é o investimento em inovação . – As inovações tem o efeito de tornar os projetos de investimento mais atrativos. – Quanto maior for o estoque de capital maior será o impacto sobre o investimento das inovações porque um número maior de bens de capital vai ficar obsoleto. – O fluxo de inovações é exógeno no sentido de que não é induzido pelo funcionamento do sistema econômico. • Mais precisamente não é possível fazer relações gerais e sistemáticas entre o investimento em inovação e o funcionamento da economia. – O investimento em inovação resulta da concorrência entre as firmas para ganhar novos mercados e expandir sua participação nos já existentes. Fator que limita o estímulo ao investimento dado pela inovação: capital da empresa – Como os lucros retidos são a principal forma de financiamento, o risco do investimento é maior quanto maior for o montante investido com relação ao capital da empresa. – Como o acesso ao mercado financeiros é limitado pelo capital do investidor; segue-se que firmas que operam abaixo de certo tamanho são completamente excluídas desses mercados. As funções de investimento • 1933: Análise do investimento feita em dois estágios – Determinantes das ordens de investimento. – Análise de como as variações do estoque de capital resultantes da entrega do novo equipamento afetam o incentivo a investir. • I = m (B + A) – n K (1) – Onde: B são os gastos de consumo dos capitalistas, A é o investimento desejado, K é o estoque de capital. – A dinâmica do investimento é, portanto, governada pela dialética entre o efeito positivo da acumulação bruta sobre os lucros e o efeito negativo da entrega dos bens de capital sobre o incentivo a investir. O risco do tomador • Outro fator limitante: risco do tomador • O risco que o investidor corre no caso de falência é tão maior quanto maior for o investimento com relação a sua renda. • O acesso ao crédito e aos mercados financeiros é tão mais difícil quanto maior for o endividamento com respeito ao capital do investidor. • O risco de liquidez aumenta com o crescimento do investimento sem contra-partida do aumento do capital da empresa. • O investimento é levado até o ponto em que o risco do tomador (crescente em I) se iguala à diferença entre a lucratividade esperada e a taxa de juros. – Temos: I = s(1+d) + v • Onde: s é o fluxo de poupança interna, d é a razão desejada entre dívida e capital próprio e v é um coeficiente que depende da velocidade de variação da lucratividade marginal líquida. Os determinantes do investimento em “A Teoria da Dinâmica Econômica” (1954) Os determinantes ... Os determinantes ... • O termo constante representa todos os componentes do investimento que são relativamente autônomos com respeito a demanda efetiva (investimento de reposição, investimento público e investimento de inovação). • Na ausência desse termo a tendência de crescimento de longo-prazo é nula. Omissões na análise de Kalecki? • Alguns autores afirmam que a análise dos determinantes do investimento por Kalecki apresentaria algumas omissões com relação a análise de Keynes: – Não consideração explicita das expectativas. – Negligência deliberada da taxa de juros. Expectativas e convenções • Na verdade Kalecki substitui a rentabilidade esperada dos projetos de investimento pela rentabilidade corrente. – Fundamento: • Segundo Keynes, a incerteza leva os empresários a uma adesão ao comportamento médio tal como expresso nos mercados financeiros com base na hipótese de que o estado corrente de coisas continuará indefinidamente até que tenhamos razões especificas para esperar uma mudança (comportamento convencional) • Possas: Acrescentar como um elemento relevante as condições de concorrência e de crescimento vigente nos mercados de bens e serviços. – Assim avaliar e aderir à opinião média entre os concorrentes tal como expressa, por exemplo, pelos seus planos de investimento em andamento é a linha de menor risco. Taxa de juros e investimento • Kalecki descarta a influência da taxa de juros sobre o investimento ao longo do ciclo econômico como base no fato empírico de que a taxa de juros relevante para a decisão de investimento – a taxa de juros de longoprazo – varia pouco ao longo do ciclo. Aspectos Monetários da Teoria de Kalecki • A parte monetária do trabalho de Kalecki tem recebido pouca atenção sendo considerada um aspecto menor com relação aos demais temas. • Para Kalecki a autonomia dos investimentos com relação a acumulação de lucros e a poupança prévia deve-se a existência de um sistema flexível de crédito. – A oferta de financiamento, não a poupança em si mesma, é que constitui o requisito necessário para o investimento. – A taxa de juros não pode ser a variável que ajusta poupança e investimento porque o investimento determina automaticamente um montante equivalente de poupança. Aspectos monetários • A teoria monetária que Kalecki desenvolveu na sua maturidade recebeu muitas inspirações de Keynes, mas apresenta algumas diferenças importantes, a saber: – Distinção entre taxas de juros de curto e de longo-prazo. – Escolhas de portfólio baseadas em motivações transacionais: a especulação tem um papel menor em comparação a Keynes. – Avaliação de risco depende do grau de concentração dos investimentos em ativos similares. • As escolhas de portfólio são feitas entre ativos homogêneos e em estágios sucessivos. Dessa forma a substitubilidade entre moeda e títulos de capital é descartada. • As taxas de juros de longo-prazo são afetadas fracamente pelas variações da oferta de moeda e da preferência pela liquidez devido a intermediação da taxa de juros de curto-prazo. Aspectos monetários • Na década de 1940 Kalecki distingui entre três ativos financeiros: moeda (inclui depósitos a vista); ativos de curto-prazo (depósitos a prazo, notas do tesouro) e títulos de longo-prazo. • Esses ativos se diferenciam entre si com base na liquidez, rentabilidade e risco. • Taxa de juros de curto-prazo: recompensa pela renúncia a liquidez. • Taxa de juros de longo-prazo: recompensa pelo risco. • Seja T o volume de transações, M a quantidade de moeda, i a taxa de juros de curto-prazo e V a velocidade de circulação da moeda, temos: – V(i) = T/M ; V´(i) > 0 Relação entre a taxa curta e a taxa longa Relação entre a taxa curta e a taxa longa Observação importante • Existe uma contradição entre a teoria monetária geral de Kalecki e a sua teoria da taxa de juros. • Para que o investimento seja autônomo com relação a poupança, a oferta de crédito deve ser bastante elástica, ou seja, a oferta de moeda deve ser considerada endógena; mas a sua teoria dos juros supõe que a liquidez é fixada exógenamente de forma a deduzir a taxa de juros de curto-prazo da interação entre demanda e oferta de moeda. O ciclo puro a partir de Kalecki O Ciclo Puro ... O ciclo puro ... O ciclo puro .... O ciclo puro ... Solução formal do Modelo de Ciclo Solução formal ... Observações sobre a solução • A acumulação de capital só terá uma tendência de crescimento se o termo g da equação (12) for positivo. – Isso requer que o termo d deve ser maior do que uma certa fração da depreciação do estoque de capital fixo. • O modelo não dá lugar a flutuações endógenas sob quaisquer condições. • Em que medida a tendência é exógena? – Os componentes da tendência são exógenos com respeito apenas ao modelo e ao conteúdo teórico que ele representa. Ciclo e Tendência • Qual o espaço teórico do ciclo econômico? • Ciclo: representa o componente da dinâmica econômica associado à atuação do princípio da demanda efetiva sob condições estruturais dadas ou estáveis. • Tendência: Componente da dinâmica associado às mudanças estruturais de quaisquer natureza. • Os determinantes das flutuações cíclicas são de natureza diferente dos determinantes da tendência.