OGR - Optimização da Gestão de Resíduos

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OGR - Optimização da Gestão de Resíduos
Documento de orientador de apoio – Aviso: Centro-OGR-2009-01
Melhores Técnicas Disponíveis (MTD)/Best Available Techniques (BAT) – Gestão de Resíduos
Conceito Geral
OS BREFs são Documentos de Referência sobre as Melhores Técnicas Disponíveis (MTD’s) publicados pelo European Integrated
Pollution Prevention and Control Bureau (European IPPC Bureau)
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Melhores Técnicas Disponíveis (MTD)/Best Available Techniques (BAT)
Gestão Ambiental
Adesão e implementação de Sistema de Gestão Ambiental (que inclua um conjunto de requisitos especificados na BAT)
Assegurar a disponibilização de informação detalhada sobre as actividades desenvolvidas (que inclua um conjunto de
requisitos especificados na BAT)
Dispor e assegurar boas práticas de gestão, incluindo procedimentos de manutenção e um programa de formação de
trabalhadores que abordem a prevenção de riscos ambientais e as questões de segurança e saúde no trabalho
Manter uma relação próxima com os produtores/detentores de resíduos de forma a que estes assegurem a disponibilização de
resíduos com a qualidade necessária aos processos de tratamento
Dispor de pessoal na quantidade e com as qualificações necessárias ao serviço em qualquer período de funcionamento (todo o
pessoal deve frequentar formação especializada e contínua)
Resíduos que Entram
Dispor do conhecimento concreto e adequado dos resíduos que entram (nas várias vertentes, especificadas na BAT)
Implementar procedimentos de pré-aceitação (que incluam um conjunto de procedimentos especificados na BAT)
Implementar procedimentos de aceitação (que incluam um conjunto de procedimentos especificados na BAT)
Implementar procedimentos de amostragem diferenciados para todos os diferentes tipos de resíduos que entrem em
contentores ou a granel (incluindo aspectos especificados na BAT)
Dispor de uma Unidade de Recepção que inclua pelo menos os aspectos referidos na BAT (laboratório, área de quarentena,
procedimentos para resíduos que não satisfazem admissibilidade, procedimentos e mecanismos de identificação dos lotes de
resíduos, sistema de drenagem, ...)
Resíduos que Saem
Analisar os resíduos que saem de acordo com os parâmetros importantes para a infra-estrutura receptora (aterro, incineração,
…)
Dispor de um sistema de registo que permita assegurar o "seguimento" dos resíduos ao longo do processo de tratamento
(incluindo um conjunto de procedimentos especificados na BAT)
Dispor e aplicar procedimentos orientados para a mistura de resíduos que permitam assegurar que as misturas
promovidas/possibilitadas não geram problemas ambientais adicionais a jusante devido a incompatibilidades de mistura
Dispor de mecanismos de segregação e análise de compatibilidade que permitam assegurar a separação de resíduos
incompatíveis (em conformidade com procedimentos especificados na BAT)
Dispor de mecanismos (p.e. de monitorização e gestão baseada em indicadores) que permitam melhorar a eficiência do
processo de tratamento
Produzir um Plano de Gestão de Acidentes, devidamente estruturado e operacionalizado
Dispor e utilizar de mecanismos de registo de incidentes/acidentes
Dispor de um Plano de Gestão de Ruído e Vibrações, e operá-lo de forma integrada com o Sistema de Gestão Ambiental
Considerar as opções relativas ao encerramento (pós-operação) na fase de Projecto, identificando e definindo o Programa de
Minimização dos correspondentes problemas/impactes
Gestão de Instalações e Matérias-Primas
Dispor e providenciar informação detalhada acerca dos consumos e geração de energia (segundo as várias fontes e conforme
especificado na BAT)
Aumentar a eficiência energética das instalações de forma contínua (através de mecanismos e procedimentos referidos na
BAT)
Aplicar mecanismos de benchmarking interno ao consumo de matérias-primas
Explorar a possibilidade de utilizar resíduos como matéria-prima para o tratamento de outros resíduos
Armazenamento e Manuseamento
Aplicar um conjunto de regras (especificadas na BAT) ao armazenamento dos resíduos (relacionadas com a localização face a
cursos de água, operações de gestão de resíduos dentro das instalações, drenagem e recolha de lixiviados, gestão de odores,
ligações entre tanques, ...)
Manter separadas as áreas de decantação e armazenamento de líquidos utilizando materiais impermeáveis e resistentes aos
líquidos em questão
Aplicar técnicas claras na identificação de tanques e tubagens (conforme especificado na BAT)
Aplicar medidas que minimizem os problemas decorrentes do armazenamento/acumulação de resíduos
Aplicar um conjunto de técnicas/regras ao manuseamento de resíduos (conforme especificado na BAT)
Assegurar que a mistura de resíduos embalados só é efectuada por pessoal com formação adequada e sob supervisão e
instruções claras
Assegurar que as incompatibilidades químicas de resíduos orientam/guiam a sua segregação durante o armazenamento
Aplicar um conjunto de técnicas à gestão de resíduos em contentor, conforme especificado na BAT (incluindo o seu
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armazenamento sob coberto e a reserva de espaços com acesso liberto destinados a contentores com substâncias sensíveis
ao calor, água e luz que possuam condições adequadas de protecção daqueles factores)
Outras Técnicas Comuns Não Mencionadas Atrás
Executar operações de compressão, trituração, e filtragem em áreas ligadas a equipamentos de extracção e redução de
emissões, sempre que o objecto dessas operações sejam materiais susceptíveis de gerar emissões atmosféricas (p.e. odores,
poeiras, COV´s, …)
Executar operações de compressão/trituração, em áreas estanques e com atmosferas inertes, sempre que o objecto dessas
operações sejam inflamáveis ou voláteis (p.e. odores, poeiras, COV´s, …). A atmosfera inerte deverá ser monitorizada e "limpa"
de emissões recebidas.
Executar operações de lavagem tendo em consideração os materiais que poderão ficar associados às lavagens (p.e.
solventes), a transferência e armazenamento das águas de lavagem e seu posterior tratamento por processos idênticos aos
resíduos que lhes deram origem e, sempre que viável, a reutilização de águas de lavagem para novas lavagens.
Tratamento de Emissões Atmosféricas
Restringir o uso de tanques, depósitos e outros meios de armazenamento através de um conjunto de práticas identificadas na
BAT (incluindo a não utilização de ventilação directa para o ar através do recurso a sistemas de filtragem, manutenção dos
resíduos ou matérias primas sob cobertura ou em embalagens impermeáveis, e encaminhamento do ar à superfície dos
sedimentadores para os sistemas de exaustão ou tratamento de ar gerais).
Utilizar sistemas fechados com extracção ou sob pressão para Unidades de Redução de Emissões
Utilizar sistemas de extracção com dimensionamento adequado para cobrir o conjunto dos tanques de armazenamento, áreas
de pré-tratamento, tanques de mistura e reacção e áreas de filtros-prensa, ou dispor de sistemas separados para tratamento
individualizado de cada um desses espaços
Operar correctamente e manter funcional todo o equipamento de despoluição, incluindo-se o tratamento e destino final dos
meios de enchimento utilizados dos lavadores de gases
Dispor de um lavador de gases destinado ao tratamento das principais emissões gasosas inorgânicas resultantes de operações
unitárias cujos processos originem emissões pontuais
Dispor de procedimentos de detecção e reparação de fugas em instalações que disponham de um número elevado de
tubagens e armazenamento e impliquem o manuseamento de compostos que possam facilmente dissipar-se e gerar problemas
ambientais
Reduzir as emissões atmosféricas, através de combinações de medidas preventivas e/ou correctivas, para níveis de COV´s e
MP que se adequem aos limites estipulados (na tabela da BAT)
Tratamento de Águas Residuais
Reduzir o uso de água e a contaminação da água através de medidas identificadas na BAT (incluindo a impermeabilização,
monitorização de níveis de tanques de armazenamento, estabelecimento de redes de recolha e drenagem diferenciadas,
instalação de bacia de retenção, auditorias á água, separação de água de processo das águas pluviais)
Aplicar procedimentos que assegurem que as especificações do efluente sejam adequadas aos sistemas de tratamento
existentes ou normas de descarga aplicáveis
Evitar o by-pass do efluente aos sistemas de tratamento
Dispor e operar um sistema fechado que assegure que as águas pluviais que caem em zonas de operação são recolhidas
conjuntamente com as águas de processo, fugas acidentais e outros
Separar os sistemas de recolha associados a águas potencialmente mais contaminadas de águas potencialmente menos
contaminadas
Dispor de uma base de pavimento impermeabilizado em betão em toda a área de tratamento e encaminhar a sua drenagem
para sistemas de drenagem internos que incluam tanques de armazenamento ou caixas de visita que possam recolher águas
pluviais e quaisquer fugas.
Recolher as águas pluviais numa bacia especial destinada a monitorização, tratamento em caso de contaminação, e posterior
uso
Maximizar a reutilização de águas residuais tratadas e a utilização de águas pluviais recolhidas nas instalações
Promover a verificação diária do sistema de gestão de efluentes e manter um registo dessas verificações, através da instalação
de um sistema de monitorização da qualidade do efluente e lamas
Identificar as águas residuais que possam conter compostos tóxicos ou perigosos; separar posteriormente esses fluxos nas
instalações; por último, proceder ao seu tratamento nas instalações ou em instalações dedicadas
Após a aplicação da BAT 42, seleccionar o método de tratamento mais adequado a cada tipo de água residual e aplicá-lo
Implementar medidas que aumentem a eficácia dos métodos de controlo e tratamento aplicados (p.e. através da optimização
da precipitação dos metais)
Identificar os principais compostos químicos presentes no efluente tratado (incluindo a CQO originada) e com base nisso
promover uma avaliação do destino/degradação desses compostos no ambiente
Apenas proceder à descarga de efluente tratado após a conclusão de todas as medidas de tratamento, armazenamento e
inspecção final
Assegurar os valores limite de emissão (para CBO, CQO, Cr, Cu, Ni, Pb, Zn, As, Hg, Cd e Cr(VI) ) definidos na BAT, através
da aplicação combinada dos métodos e técnicas mencionadas nas secções 4.4.4.2 e 4.7 e nas restantes BAT
Gestão dos Resíduos Gerados no Processo
Dispor de um Plano de Gestão de Resíduos que integre o SGA e inclua boas práticas de gestão interna e técnicas de
benchmarking internas
Maximizar o uso de embalagens reutilizáveis (barris, contentores, paletes, …)
Reutilizar barris sempre que os mesmos estejam em boas condições; noutros casos, deverão ser enviados para tratamento
apropriado
Manter um inventário dos resíduos existentes através de registos de quantidades entradas e quantidades processadas
Reutilizar os resíduos de uma actividade/processo como entrada noutras actividades/processos, sempre que viável
Contaminação dos Solos
Providenciar e manter superfícies impermeabilizadas nas áreas operacionais, incluindo a aplicação de medidas destinadas a
prevenir ou limpar rapidamente quaisquer fugas ou derrames, e assegurar o bom funcionamento dos sistemas de drenagem
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que lhes estejam associados
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Utilizar bases impermeáveis e drenagem interna das instalações
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Reduzir a ocupação de solo e minimizar o uso de tubagens e condutas subterrâneas
Associadas a Tratamentos Específicos:
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Tratamentos Biológicos
Utilizar as seguintes técnicas para armazenamento e manuseamento: para resíduos com menos odores, portas automáticas de
acção rápida, em conjugação com sistemas de recolha e exaustão resultantes de diferenças de pressão; para resíduos com
muitos odores, utilizar contentores estanques, equipados com sistemas de recolha e exaustão de ar
Ajustar a admissibilidade e processos de separação de resíduos de acordo com processo e técnica de tratamento aplicável
Utilizar as seguintes técnicas sempre que se aplique digestão anaeróbia: integração do processo com a gestão de água;
maximizar a reciclagem de água para o reactor; operar o sistema em condições termófilas, sempre que viável; monitorizar
CQO, COT, N, P e Cl à entrada e saída; maximizar a produção de biogás
Reduzir as emissões atmosféricas do gás resultante quando se usar o biogás como combustível através da combinação de um
conjunto de técnicas elencadas na BAT
Melhorar o Tratamento Biológico Mecânico (TBM) através do recurso a bioreactores estanques, controlo da digestão e
fornecimento de ar de forma a evitar condições de anaerobiose, uso eficiente da água, ajuste térmico do tecto de degradação
biológica em processos aeróbios, minimização de do gás produzido a níveis de 2500 a 8000 Nm3 por tonelada de resíduos
tratada, "alimentação" uniforme do reactor, reciclagem das águas de processo de forma a assegurar a eliminação de emissões,
estudo contínuo das relações entre as variáveis controladas, degradação e emissões, e redução das emissões de azoto
através da optimização do rácio C:N
Reduzir as emissões de TBM para os níveis definidos na BAT (em termos de odores e NH3) através do uso combinado de
técnicas relacionadas com a adopção de boas práticas de gestão, oxidação térmica regenerativa e remoção de poeiras
Reduzir as emissões para água aos níveis mencionados na BAT 56 e, adicionalmente, restringir as emissões de azoto, amónia,
nitrato e nitrito
Tratamentos Físico-Químicos
aplicáveis às águas residuais
Aplicar aos reactores fisico-químicos um conjunto de técnicas definidas na BAT (relacionadas com o seu dimensionamento e
operação)
Para além dos parâmetros referidos na BAT 56 identificar outros que sejam aplicáveis ao processo fisico-químico de tratamento
Aplicar as seguintes técnicas ao processo de neutralização: assegurar a utilização de métodos correntes, armazenar
separadamente a água residual neutralizada, promover uma inspecção final da água neutralizada após um período de
armazenamento suficiente)
Aplicar as seguintes técnicas para apoiar a precipitação de metais nos processos de tratamento: ajuste do pH para o ponto de
solubilidade mínima, evitar a adição de agentes complexantes como cromatos e cianidos, evitar a entrada de materiais
orgânicos que possam interferir com o processo; permitir a clarificação dos resíduos tratados através da decantação e/ou
desidratação; usar precipitação sulfídica sempre que se revelar a presença de agentes complexantes.
Aplicar as seguintes técnicas à destruição de emulsões: testar a presença de cianetos, e caso existam aplicar um prétratamento às emulsões; colocar em prática testes de laboratório simulados.
Aplicar as seguintes técnicas à oxidação/redução: abater as emissões atmosféricas geradas durante a oxidação/redução;
dispor de detectores de gases (p.e. para HCN, H2S e NOx) e de medidas de segurança para combater a sua presença
Aplicar as seguintes técnicas a águas residuais contendo cianetos: destruir cianetos através de oxidação; adicionar soda
cáustica em excesso para prevenir o decréscimo de pH; evitar a mistura dos cianetos com compostos ácidos; monitorizar o
progresso da reacção recorrendo ao potencial eléctrico.
Aplicar as seguintes técnicas a águas residuais contendo compostos com Crómio (VI): evitar a mistura com outros resíduos;
reduzir o Cr (VI) a Cr (III); precipitar o metal trivalente
Aplicar as seguintes técnicas a águas residuais contendo Nitritos: evitar a mistura com outros resíduos; verificar e evitar a
formação de fumos nitrosos durante a oxidação/acidificação dos Nitritos.
Aplicar as seguintes técnicas a águas residuais contendo amoníaco: recorrer a um sistema de stripping de coluna dupla para
concentrações de amónia até 20 % (peso/peso); recuperar o amoníaco nos lavadores de gases e reencaminhá-lo para o
processo antes da decantação; remover o amoníaco presente na fase gasosa através da aplicação de ácido sulfúrico aos
resíduos de forma a produzir sulfato de amónia; alargar qualquer processo de amostragem de amoníaco nas chaminés de
exaustão ou área de filtros-prensa de forma a abranger também COV´s na área de filtração e desidratação.
Ligar o espaço de ar que cobre os processos de filtração e desidratação ao sistema de tratamento de ar geral
Adicionar agentes floculantes às lamas e águas residuais a tratar de forma a acelerar a sedimentação e facilitar a separação de
sólidos (tendo em atenção algumas restrições aplicáveis a casos específicos). Para evitar o uso de agentes floculantes, a
evaporação será um processo mais adequado, quando economicamente viável.
Aplicar a limpeza rápida e limpeza a jacto de pressão ou de vapor às aberturas de filtros-de-peneiração
aplicáveis aos resíduos
Promover a insolubilização de metais anfotéricos a reduzir a lixiviação de sais tóxicos solúveis através da utilização combinada
de processos de lavagem, evaporação, recristalização e extracção de ácidos, sempre que a imobilização for utilizada para
tratar resíduos sólidos contendo substâncias tóxicas ou perigosas destinadas a aterro.
Testar a capacidade de lixiviação de compostos inorgânicos, através da utilização dos procedimentos normalizados CEN e da
aplicação do nível de teste adequado: caracterização básica, testes de conformidade ou verificação on-site.
Restringir a aceitação de resíduos que necessitem de ser tratados através de solidificação/imobilização a resíduos que não
contenham níveis elevados de COV´s e TOC´s, componentes de odor, cianetos sólidos, agentes oxidantes, agentes quelantes,
e cilindros de gás.
Aplicar técnicas de controlo e encerramento para os processos de carga/descarga e sistemas de transporte/encaminhamento
fechados.
Dispor de sistema(s) próprio(s) para tratar os fluxos de ar, assim como as cargas maiores resultantes de trabalhos de
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carga/descarga
Utilizar pelo menos processos de solidificação, vitrificação, fusão ou "melting" antes de enviar para aterro resíduos, conforme
técnicas descritas na BAT
aplicáveis aos solos contaminados
Durante os trabalhos de escavação e remoção, controlar a taxa de escavação, quantidade de área de solo contaminado
exposta e período em que as pilhas de solo são deixadas ao descoberto.
Recorrer a ensaios-piloto para determinar a adequabilidade do processo a aplicar e as melhores condições de o fazer
Dispor de equipamentos de recolha e controlo para tratamento das emissões atmosféricas provenientes de tratamentos
térmicos (incluindo queimadores com pós-combustão, oxidantes térmicos, filtros, carbono activado e condensadores)
Reportar a eficiência atingida durante os processos, tanto para os componentes que sofreram redução como para aqueles que
não foram afectados pelos processos.
Recuperação de Materiais
óleos usados
Operar um controlo cuidado dos materiais de entrada através de equipamento analítico (viscometria, infra-vermelhos,
cromatografia e espectrometria de massa quando apropriado), laboratórios e recursos, conforme especificado na BAT
Verificar pelo menos a presença de solventes clorados e PCB´s, conforme especificado na BAT
Utilizar a condensação como tratamento para a fase gasosa da unidade de destilação flash, conforme especificado na BAT
Dispor de linhas de retorno de vapor para a carga/descarga de veículos, direccionar todos os mecanismos de ventilação para
unidades de oxidação/incineração ou de adsorção por carvão activado, conforme especificado na BAT
Caso os fluxos de ventilação apresentem compostos clorados, proceder ao seu encaminhamento para a oxidação térmica
Aplicar a oxidação térmica a 850 ºC com tempos de residência de dois segundos à ventoinha de destilação dos geradores de
vácuo ou ao ar dos aquecedores do processo, conforme especificado na BAT
Utilizar sistemas de vácuo de alta eficiência.
Utilizar os resíduos das unidades de destilação de vácuo ou de evaporadores de filme fino como produtos de asfalto, conforme
especificado na BAT.
Recorrer a processos de refinação que permitam atingir eficácias superiores a 65% em matéria seca
Nas águas residuais provenientes da unidade de refinação, atingir os valores limite definidos da BAT (em termos de
hidrocarbonetos e compostos fenólicos, para além dos já estipulados pela BAT 56), através de uma combinação adequada de
técnicas integradas no processo e/ou tratamentos primário, secundário e terciário
tratamento de solventes
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Operar um controlo apertado dos materiais que entram, suportado por equipamento analítico, laboratórios e recursos
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Evaporar o resíduo das colunas de destilação de forma a recuperar os solventes
regeneração de catalisadores
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Recorrer a filtros-saco para captar/reter os particulados gerados durante os processos de regeneração
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Recorrer a um sistema de abatimento de SOx
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regeneração de carbono activado
Dispor de um sistema de controlo de qualidade e operá-lo de forma a assegurar que o operador consegue diferenciar o carbono
utilizado para a água potável e/ou alimentação e o restante carbono activado utilizado (o designado "carbono industrial")
Solicitar aos fornecedores um documento escrito que indique qual o uso anterior do carbono activado
Utilizar um forno aquecido indirectamente para o caso do carbono industrial, podendo também argumentar-se a aplicação deste
procedimento ao carbono destinado a água potável. No entanto, os limites de capacidade e a corrosão poderão obrigar à
utilização de fornos rotativos de aquecimento directo.
Utilizar uma caldeira com temperatura mínima de 1100 ºC, dois segundos de tempo de residência e 6% de oxigénio em
excesso para a regeneração de carbono industrial sempre que se preveja a possibilidade de existência de substâncias
halogenadas ou outras resistentes ao calor. Noutras situações, poderão ser suficientes condições térmicas menos exigentes.
Utilizar uma caldeira com temperatura mínima de 850 ºC, dois segundos de tempo de residência e 6% de oxigénio em excesso
para a regeneração de carbono activado destinado a uso em água potável e/ou alimentação
Aplicação de tratamento de gases completo, composto por arrefecimento (condensação) e/ou lavador de gases (tipo Venturi),
seguido por um mecanismo de ventilação induzida/forçada (ver secção 4.4.4.2 da BAT)
Utilizar soluções de cinzas e/ou soda cáustica para neutralização de gases ácidos de unidades de carbono industrial
Dispor de uma ETAR que inclua uma combinação apropriada de floculação, sedimentação, filtração e ajuste de pH para o
tratamento de carbono destinado a água potável. Para efluentes de carbono industrial as BAT incluem a aplicação de
tratamentos adicionais (p.e. precipitação de hidróxidos de metais, precipitação de sulfitos, ...)
preparação de resíduos destinados à utilização como combustível
Manter uma relação próxima com os utilizadores do resíduo combustível de forma a possibilitar uma transferência adequada de
conhecimento acerca da sua composição e propriedades
Dispor de um sistema de qualidade que garanta as características do resíduo combustível produzido
Produzir diferentes tipos de resíduos combustíveis, consoante o tipo de utilizador (p.e. fornos de cimento, centrais
termoeléctricas de diferentes tipos,…), tipo de fornalha (ignição por grelha, alimentação por ventilação, …) e tipo de resíduos
utilizados para a produção do combustível (resíduos perigosos, RSU´s,...)
Sempre que se proceda à produção de combustível a partir de resíduos perigosos, recorrer ao uso de carbono activado para
tratamento de águas residuais pouco contaminadas e ao tratamento térmico para águas muito contaminadas.
Sempre que se proceda à produção de combustível a partir de resíduos perigosos, assegurar o cumprimento rigoroso das
regras de segurança relativas a riscos electrostáticos e de inflamabilidade
preparação de combustíveis sólidos de resíduos a partir de resíduos não perigosos
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Inspeccionar visualmente os resíduos que entram de forma a retirar componentes metálicas ou não metálicas agregadas, para
proteger a Unidade da destruição mecânica (ver secção 4.1.1.3, e adoptar de forma integrada com a BAT 8)
Utilizar separadores magnéticos para separação de metais ferrosos e não ferrosos, de forma a proteger os estilhaçadores e a
assegurar os requisitos dos utilizadores finais (ver secções 4.5.3.3. e 4.5.3.4)
Recorrer à técnica NIR para selecção e remoção de plásticos, tendo por objectivo reduzir o cloro orgânico e alguns metais que
integram parte dos plásticos (ver secção 4.5.3.10)
Utilizar uma combinação de estilhaçadores e peletizadores adequados à preparação das dimensões do combustível sólido
especificado (ver secções 4.5.3.1 e 4.5.3.12). Para algumas instalações que trabalhem com fluxos pré-separados, algumas das
técnicas referidas poderão não ser necessárias (cf secção 4.5.3.1)
preparação de combustíveis sólidos de resíduos a partir de resíduos perigosos
Tomar em conta os riscos de incêndio e de emissões sempre que forem necessárias operações de secagem ou aquecimento
Tomar em conta a possibilidade de adoptar operações de mistura e combinação, em áreas fechadas e com sistemas de
controlo de atmosfera apropriados
Utilizar filtros-saco para abatimento de partículas
preparação de combustíveis líquidos de resíduos a partir de resíduos perigosos
Recorrer a unidades de transmissão de calor externas ao recipiente/embalagem sempre que for necessário aquecer o
combustível líquido
Adaptar o conteúdo em sólidos suspensos de forma a assegurar a homogeneidade do combustível líquido
Técnicas Emergentes (TE) – Gestão de Resíduos
Conceito Geral
Técnica emergente é, na acepção deste documento, uma nova técnica que ainda não foi aplicada a qualquer sector industrial numa
base comercial. Este capítulo apresenta algumas técnicas que poderão aparecer no sector do tratamento de resíduos num futuro
próximo.
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Técnicas Emergentes
Análise em Linha / On-line análise
Resulta de desenvolvimentos recentes na área da análise de qualidade, podendo vir a ter aplicação às áreas de preparação de
CSR (combustíveis sólidos recuperados). É aplicada a materiais triturados ou não, permitindo a separação e eliminação
automática de materiais que não cumpram com os requisitos necessários. Baseia-se na análise de fluorescência de raios-X a
alta velocidade, possibilitando a análise de uma grande quantidade de resíduos. A unidade de medição é aplicada directamente
acima das bandas de transporte, emitindo um sinal electrónico (analógico ou digital) sempre que é detectado/excedido um
determinado valor limite. Na sequência dessa detecção, e através de controlo informático, o material em questão é retirado
através de processos mecânicos, hidráulicos, pneumáticos, electrostáticos ou magnéticos). Como controlo adicional poderão
utilizar-se também dispositivos portáteis, igualmente baseados na fluorescência por raios-X, os quais podem ser usados para
detectar cloro, bromo, e metais pesados.
Tempos de Degradação em processos de TMB
O período mínimo de degradação necessário a cumprir com os critérios de aterro tendo em conta uma operação segura terá de
ser determinado através de novas experiências baseadas em unidades de TMB optimizadas.
Imobilização de Cloretos de metais pesados
Um método para a estabilização de metais pesados gerados nas cinzas volantes do processo de vitrificação baseia-se na
conversão batch de cloretos de metais pesados com di-hidrogenofosfato de amónio (NH4H2PO4), que leva à formação de
fosfato e sua imobilização numa matriz vítrea de fosfato.
Estabilização de resíduos com tratamentos de gás fluídizado com sulfatos de ferro
Esta técnica envolve um processo de cinco passos, através do qual os materiais sólidos são inicialmente misturados com uma
solução de FeSO4 e depois arejados com ar comprimido para oxidar Fe(II) a Fe(III) e precipitar os óxidos de ferro. Este passo
envolve também a extracção de sais solúveis. O pH da suspensão é então mantido a valores entre 10 e 11 por um período de
0,5 a 1 horas para permitir a agregação dos metais dissolvidos com os óxidos de ferro. O quarto passo é baseado na
desidratação e finalmente é aplicada uma lavagem para remover os sais remanescentes. O produto estabilizado final tem um
conteúdo de água de cerca 50%.
Estabilização de resíduos com tratamentos de gás fluídizado por dióxido de carbono e fosfatos
Os agentes químicos aqui utilizados são o CO2 e/ou H3PO4. O processo envolve dois passos, o primeiro dos quais envolve a
lavagem dos resíduos que entram de forma a extrair os sais solúveis. Após essa lavagem os resíduos são desidratados a
lavados novamente num filtro-prensa. Os resíduos são então resuspensos e adicionado o CO2 e H3PO4. As reacções de
estabilização devem durar 1 a 1.5 horas enquanto o pH desce, e ainda uma hora adicional ao longo do qual o pH se mantém
estável à volta de 7. Por último, os resíduos são novamente desidratados e lavados no filtro-prensa, apresentando o produto
final um conteúdo de água de cerca 50%. O uso de CO2 e H3PO4 como agentes de estabilização assegura que os metais
pesados sejam agregados a carbonatos ou fosfatos.
Técnicas Emergentes para remoção de vapor de solos contaminados
Têm vindo a ser testadas experiências-piloto baseadas na aplicação de microondas, frequências rádio e aquecimento eléctrico,
mas ainda não existem resultados à escala de operação.
Fito-extracção de metais de solos contaminados
Na área da remediação através de processos biológicos, a técnica de fito-remediação tem vindo a receber uma atenção
crescente por diversos operadores e agentes. Inclui diversas técnicas relacionadas com o tratamento de solo e água. Para
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solos contaminados com metais a extracção baseada em técnicas de fito-remediação representa uma das melhores soluções
do ponto de vista ambiental, através da qual os metais são retirados do solo e transportados/armazenados para os tecidos
vegetais das espécies utilizadas.
H
I
J
L
M
N
Tratamento de resíduos com Poluentes Orgânicos Persistentes
Este tipo de resíduos é sobretudo tratado através da incineração. No entanto, a BREF apresenta um conjunto de outras
técnicas emergentes, que incluem: remoção de cloro por bases catalisadas; hidrogenação catalítica; oxidação electroquímica;
oxidação por feixe de electrões; oxidação electroquímica mediada através do Cério; oxidação electroquímica mediada através
de Prata; fusão metálica; fusão de sais; foto-catálise; oxidação por ultra-violetas
Técnicas emergentes para tratamento de óleos usados
Existem actualmente diversos esforços no sentido de melhorar as tecnologias de reciclagem de óleo e de desenvolver novas
tecnologias com esse fim. A BREF apresenta as seguintes: Processo FILEA pela C.E.A.; extracção com solvente MRD;
tecnologia New Meinken; processo PROBEX; processo ROBYS; tratamentos supercríticos.
Regeneração de carbono activado
Ao nível das tecnologias de regeneração: regeneração biológica de carbono activado utilizado; regeneração oxidativa / Ao nível
das técnicas de controlo e redução de poluição: absorventes baseados em leitos fluídizados circulantes; oxidação
electrocatalítica de SO2; processos electroquímicos; irradiação de gases; injecção de metanol.
Preparação de combustíveis sólidos a partir de misturas orgânicas/água
O processo consiste na preparação de combustível destinado a utilização nos fornos de cimenteiras e envolve a mistura de
água/orgânico com estruturas porosas de hidrato de sódio de forma a capturar os orgânicos e utilizar o produto resultante na
indústria cimenteira. Esta técnica é aplicável a resíduos hospitalares, RSU´s, resíduos perigosos e resíduos não perigosos e
comerciais.
Técnicas emergentes para a preparação de resíduos perigosos destinados a valorização energética
Novos adsorventes para a preparação de combustíveis sólidos a partir de resíduos perigosos; existe I&D permanente para
outros adsorventes que possam substituir a serradura fresca.
Cracking de polímeros
Os combustíveis gasosos ou líquidos como o gasóleo ou óleos "pesados" podem ser substituídos com um passo prévio
destinado a partir o polímero dos resíduos e transformá-lo num líquido ou gás. Os esforços desenvolvidos nesta área não
progrediram além de testes à escala piloto.
Nota final:
Adaptado de BREF sectorial - 28 Reference Document on Best Available Techniques for Waste Incineration e 29 Reference Document
on Best Available Techniques for the Waste Treatments Industries (http://eippcb.jrc.es/reference). O presente documento não dispensa
a leitura integral dos documentos originais.
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