Shabbat Table Talk Parashat Emor-Erev Shabbat 6 de Maio de 2011 Semana de 1 a 7 de março Porção da Torah: Lv. 21:1 – 24:2 Haftarah: Ez. 44: 15-31 Parashat Emor (“diga”) é a continuação do texto de Kedoshim iniciado na semana passada. Ela é parte do Código de Santidade por causa do uso frequente do termo kadosh que significa „santo.‟ Os preceitos e leis lidam e fazem parte do mandamento geral “santo sereis” (Lv.19: 1). A ideia de santidade como sublinhada nestes capítulos implica que aquilo que fazemos de nossas vidas importa não só para nós como indivíduos, não só para a sociedade, mas também para todo o cosmos (Plaut). O propósito divino perpassa toda a existência. O texto também considera a santidade no tempo: o calendário sagrado. “YHWH falou a Moisés dizendo, „Fala aos filhos de Israel e dize-lhes: As solenidades de YHWH, que vós proclamareis como santas convocações, estas serão Minhas solenidades fixas‟” (Lv. 23: 1-2). As Festas são momentos especiais de encontro com Deus. O mundo – cada um de nós – é espiritualmente alimentado através do fluxo Divino destes dias sagrados. A força e vida interior são reveladas. É por isso que elas são chamadas mikra’ey kodesh – encontros sagrados, literalmente „chamados para a santidade‟ (Fox. 618). O Sefat Emet recorda seu avô dizendo que nós podemos invocar a santidade nestes dias e que a santidade propriamente dita também nos invoca, outro exemplo de que nosso relacionamento com Deus não é uma via de mão única. O Levítico 23 é uma descrição das maiores festas religiosas que ainda são observadas pela comunidade Judaica hoje. Jesus como um Judeu as teria conhecido e observado. As Festas giram em toro de eventos e comemorações. Cada pessoa vive seus eventos particulares em seu próprio ser psicológico (Silverstein), assim, por exemplo, Pesach/ Páscoa não é algo de outrora, é algo que eu vivo hoje. Do mesmo modo que para os cristãos, a Eucaristia não é de outrora, não apenas uma experiência diária de fé, mas é o próprio Cristo, nossa Páscoa e pão vivo (John Paul II). O Shabbat é a festa das festas. O Shabbat reacende a centelha para a próxima semana, pois assim nenhum momento é vazio da presença de Deus, Deus viu a luz em cada um de nós, a centelha, e viu que isto era bom (Gn 1:4)). A auto limitação de Deus é evidente também no Shabbat, por isso Deus tem que „sair da frente‟ (Schindler) para compartilhar o Shabbat conosco. O sentimento de santidade no tempo é expresso na maneira como o Shabbat é celebrado, nenhum objeto ritual é necessário para observar o sétimo dia, diferente da maioria das festas nas quais objetos são essenciais para sua observância, tal como a matzah - pão sem fermento para Pesach. Os símbolos são supérfluos: o Shabbat é em si o símbolo e toda a santidade (Heschel). O Rabbi Zinger lembra que a santidade não prega compaixão ou alegria, ela age! O ciclo das refeições do Shabbat é testemunho disto. Que presente o „encontro semanal com Deus‟ é para nós! Um presente que Bat Kol continua a desembrulhar. Para Reflexão e Discussão: [1] Há semelhanças e diferenças nas abordagens de santidade judaicas e cristãs? [2] Que sugestões você tem para que possamos revigorar as Festas – tanto judaicas quanto cristãs – no tempo sagrado hoje. Bibliografia: Fox, The Five Books of Moses (NY 1995); Goldstein, ed., The Women’s Torah Commentary (Vermont, 2000); Heschel, The Sabbath: its meaning for Modern Man (NY 1951), JP II, Ecclesia de Eucharistia (2003); Plaut, The Torah: a Modern Commentary (New York, 1981); Silverstein, Zinger, Bat Kol Resource Book (Jerusalem 2003) Este comentário foi escrito por Mary O’Sullivan rsm BA, BD, M.Ed, Bat Kol alum 2001 -2007 [email protected] [Copyright © 2011] e traduzido por Maria Cecília Piccoli, Colégio Nossa Senhora de Sion – Curitiba, Brasil Bat Kol Alumna, 2006, 2007 Estes ensinamentos da parashah, como todas as outras matérias publicadas no web site do Bat Kol , são direitos autorais dos escritores, estão disponíveis somente para estudo pessoal ou em grupo, e também para objetivos da igreja ou congregação local. Reimpressões requerem permissão antecipada do Bat Kol. ~~1983-2011~~ Instituto Bat Kol, Jerusalém “Cristãos estudando a Bíblia dentro do meio judeu, usando fontes judaicas.” Website: www.batkol.info; Cometário: [email protected]