ATRATIVIDADE DO PARASITOIDE LYSIPHLEBUS TESTACEIPES (CRESSON, 1880) (HYMENOPTERA: BRACONIDAE, APHIDIINAE) POR PLANTAS DE TRIGO (TRITICUM AESTIVUM L.) SUBMETIDAS À ADUBAÇÃO COM SILÍCIO E HERBIVORIA POR RHOPALOSIPHUM PADI (LINNAEUS, 1758) (HEMIPTERA: APHIDIDAE) Alberto Afonso Schultz1; Alexandre Justino da Silva2; Dielisson José Silveira Tomaz3; Otavio Gabriel Pereira4; Muriel da Cruz Nascimento5; Reinaldo Silva de Oliveira6 1 Aluno do curso Técnico em Agropecuária, IFTM – Câmpus Uberlândia, email: [email protected] 2 Aluno do curso Técnico em Agropecuária, IFTM – Câmpus Uberlândia, email: [email protected] 3 Aluno do curso Técnico em Agropecuária, IFTM – Câmpus Uberlândia, email: [email protected] 4 Aluno do curso Técnico em Agropecuária, IFTM – Câmpus Uberlândia, email: [email protected] 5 Aluno do curso Técnico em Agropecuária, IFTM – Câmpus Uberlândia, email: [email protected] 6 Professor orientador, IFTM – Câmpus Uberlândia, email: [email protected] RESUMO O parasitoide Lysiphlebus testaceipes (Cresson) é um importante agente de controle biológico de Rhopalosiphum padi (Linnaeus) e a utilização de silício na nutrição de plantas induz a resistência aos pulgões do trigo. As fêmeas do parasitoide são atraídas por pistas químicas (voláteis) emitidas por plantas em processo de herbivoria. No entanto, a emissão de voláteis pelas plantas pode ser alterada também por fatores abióticos, como a adubação com silício. Visando verificar a compatibilidade do controle biológico com parasitoides e a indução da resistência por silício no controle dos pulgões do trigo, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a influência da adubação silicatada e da herbivoria de R. padi em plantas de trigo sobre a resposta olfativa de fêmeas de L. testaceipes. A adubação silicatada foi realizada em plantas no estádio fenológico Z07, por meio da aplicação via solo de 0,350g de sílica gel (5,7% de silício disponível) correspondente a 300 kg ha-1 de silício. No Laboratório de Ecologia Química e Comportamento de Insetos da ESALQ/USP, em olfatômetro em “Y”, foram realizados os bioensaios de atração das fêmeas do parasitoide L. testaceipes (24-48h de vida, acasaladas e sem experiência de oviposição). Os testes de atração foram realizados em relação às plantas adubadas ou não com silício e submetidas ou não à herbivoria. As fêmeas do parasitoide L. testaceipes não responderam às plantas não adubadas e não danificadas pelos pulgões. Entretanto, os parasitoides foram atraídos para as plantas não adubadas com silício e infestadas por R. padi, para as adubadas com silício e não atacadas por R. padi e para aquelas que receberam os dois estímulos, adubação silicatada e herbivoria. Observaram-se respostas positivas para as plantas adubadas com silício, independentemente da presença de herbivoria, sugerindo que os voláteis emitidos por elas são similares aos das plantas atacadas pelos pulgões. A aplicação de silício não alterou a atração dos parasitoides pelas plantas submetidas à herbivoria. Dessa forma, a indução da resistência por silício pode ser considerada compatível com o controle biológico de pulgões por meio de parasitoides. Palavras-chave: Comportamento, controle biológico, nutrição de plantas, olfatômetro, resistência induzida, voláteis de plantas.