UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES ANA LUCIA MIRANDA LUGUBONE MARIA REGINA RIBEIRO DE PAIVA SABRINA KODAMA ACUPUNTURA NO TRATAMENTO DO TABAGISMO MOGI DAS CRUZES 2012 UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES ANA LUCIA MIRANDA LUGUBONE MARIA REGINA RIBEIRO DE PAIVA SABRINA KODAMA ACUPUNTURA NO TRATAMENTO DO TABAGISMO Monografia apresentada ao Programa de Pós Graduação da Universidade de Mogi das Cruzes, como parte dos requisitos para a obtenção do título de Especialista em Acupuntura. Orientadores: Profa. Bernadete Nunes Stolai Prof. Luiz Bernardo Leonelli MOGI DAS CRUZES 2012 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO..................................................................... 05 2 METODOLOGIA.................................................................. 07 3 ASPECTOS PSICOFARMACOLÓGICOS NO TABAGISMO........................................................................... 08 3.1 FARMACOTERAPIA....................................................................... 12 3.1.1 Farmacoterapia de primeira linha................................................................. 12 3.1.2 Farmacoterapia de segunda linha................................................................ 15 3.1.3 Imunoterapia................................................................................................... 16 4 TERAPIAS NÃO FARMACOLÓGICAS NO TABAGISMO. 17 4.1 TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL E GRUPOS DE AUTO-AJUDA................................................................................. 17 4.2 TERAPIA FAMILIAR....................................................................... 17 4.3 ACUPUNTURA................................................................................ 17 5 SELEÇÃO DE PONTOS PARA TRATAMENTO NA REDUÇÃO DO TABAGISMO E SEUS SINTOMAS..........20 6 CONCLUSÃO...................................................................... 26 REFERÊNCIAS....................................................................... 27 ANEXOS................................................................................. 30 ANA LUCIA MIRANDA LUGUBONE MARIA REGINA RIBEIRO DE PAIVA SABRINA KODAMA ACUPUNTURA NO TRATAMENTO DO TABAGISMO Monografia apresentada ao Programa de Pós Graduação da Universidade de Mogi das Cruzes, como parte dos requisitos para a obtenção do título de Especialista em Acupuntura. Aprovado em........................................... BANCA EXAMINADORA ________________________________________ Profª Bernadete Nunes Stolai Universidade de Mogi das Cruzes – SP ________________________________________ Prof Luiz Bernardo Leonelli Universidade de Mogi das Cruzes – SP ________________________________________ Prof ª Romana Souza Franco Universidade de Mogi das Cruzes – SP LEI Nº 13.541, DE 7 DE MAIO DE 2009 Proíbe o consumo de cigarros, cigarrilhas, charutos, cachimbos ou de qualquer outro produto fumígeno, derivado ou não do tabaco, na forma que especifica O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO: Faço saber que a Assembleia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte lei: Artigo 1º - Esta lei estabelece normas de proteção à saúde e de responsabilidade por dano ao consumidor, nos termos do artigo 24, incisos V, VIII e XII, da Constituição Federal, para criação de ambientes de uso coletivo livres de produtos fumígenos. Artigo 2º - Fica proibido no território do Estado de São Paulo, em ambientes de uso coletivo, públicos ou privados, o consumo de cigarros, cigarrilhas, charutos ou de qualquer outro produto fumígeno, derivado ou não do tabaco. § 1º - Aplica-se o disposto no “caput” deste artigo aos recintos de uso coletivo, total ou parcialmente fechados em qualquer dos seus lados por parede, divisória, teto ou telhado, ainda que provisórios, onde haja permanência ou circulação de pessoas. § 2º - Para os fins desta lei, a expressão “recintos de uso coletivo” compreende, dentre outros, os ambientes de trabalho, de estudo, de cultura, de culto religioso, de lazer, de esporte ou de entretenimento, áreas comuns de condomínios, casas de espetáculos, teatros, cinemas, bares, lanchonetes, boates, restaurantes, praças de alimentação, hotéis, pousadas, centros comerciais, bancos e similares, supermercados, açougues, padarias, farmácias e drogarias, repartições públicas, instituições de saúde, escolas, museus, bibliotecas, espaços de exposições, veículos públicos ou privados de transporte coletivo, viaturas oficiais de qualquer espécie e táxis. § 3º - Nos locais previstos nos parágrafos 1º e 2º deste artigo deverá ser afixado aviso da proibição, em pontos de ampla visibilidade, com indicação de telefone e endereço dos órgãos estaduais responsáveis pela vigilância sanitária e pela defesa do consumidor. Artigo 3º - O responsável pelos recintos de que trata esta lei deverá advertir os eventuais infratores sobre a proibição nela contida, bem como sobre a obrigatoriedade, caso persista na conduta coibida, de imediata retirada do local, se necessário mediante o auxílio de força policial. Artigo 4º - Tratando-se de fornecimento de produtos e serviços, o empresário deverá cuidar, proteger e vigiar para que no local de funcionamento de sua empresa não seja praticada infração ao disposto nesta lei. Parágrafo único - O empresário omisso ficará sujeito às sanções previstas no artigo 56 da Lei federal n.º 8.078, de 11 de setembro de 1990 - Código de Defesa do Consumidor, aplicáveis na forma de seus artigos 57 a 60, sem prejuízo das sanções previstas na legislação sanitária. Artigo 5º - Qualquer pessoa poderá relatar ao órgão de vigilância sanitária ou de defesa do consumidor da respectiva área de atuação, fato que tenha presenciado em desacordo com o disposto nesta lei. § 1º - O relato de que trata o “caput” deste artigo conterá: 1 - a exposição do fato e suas circunstâncias; 2 - a declaração, sob as penas da lei, de que o relato corresponde à verdade; 3 - a identificação do autor, com nome, prenome, número da cédula de identidade, seu endereço e assinatura. § 2º - A critério do interessado, o relato poderá ser apresentado por meio eletrônico, no sítio de rede mundial de computadores - “internet” dos órgãos referidos no “caput” deste artigo, devendo ser ratificado, para atendimento de todos os requisitos previstos nesta lei. § 3º - O relato feito nos termos deste artigo constitui prova idônea para o procedimento sancionatório. Artigo 6º - Esta lei não se aplica: I - aos locais de culto religioso em que o uso de produto fumígeno faça parte do ritual; II - às instituições de tratamento da saúde que tenham pacientes autorizados a fumar pelo médico que os assista; III - às vias públicas e aos espaços ao ar livre; IV - às residências; V - aos estabelecimentos específica e exclusivamente destinados ao consumo no próprio local de cigarros, cigarrilhas, charutos, cachimbos ou de qualquer outro produto fumígeno, derivado ou não do tabaco, desde que essa condição esteja anunciada, de forma clara, na respectiva entrada. Parágrafo único - Nos locais indicados nos incisos I, II e V deste artigo deverão ser adotadas condições de isolamento, ventilação ou exaustão do ar que impeçam a contaminação de ambientes protegidos por esta lei. Artigo 7º - As penalidades decorrentes de infrações às disposições desta lei serão impostas, nos respectivos âmbitos de atribuições, pelos órgãos estaduais de vigilância sanitária ou de defesa do consumidor. Parágrafo único - O início da aplicação das penalidades será precedido de ampla campanha educativa, realizada pelo Governo do Estado nos meios de comunicação, como jornais, revistas, rádio e televisão, para esclarecimento sobre os deveres, proibições e sanções impostos por esta lei, além da nocividade do fumo à saúde. Artigo 8º - Caberá ao Poder Executivo disponibilizar em toda a rede de saúde pública do Estado, assistência terapêutica e medicamentos antitabagismo para os fumantes que queiram parar de fumar. Artigo 9º - Esta lei entra em vigor no prazo de 90 (noventa) dias após a data de sua publicação. Palácio dos Bandeirantes, 7 de maio de 2009. JOSÉ SERRA Luiz Antônio Guimarães Marrey Secretário da Justiça e da Defesa da Cidadania Luiz Roberto Barradas Barata Secretário da Saúde Guilherme Afif Domingos Secretário do Emprego e Relações do Trabalho Aloysio Nunes Ferreira Filho Secretário-Chefe da Casa Civil Publicada na Assessoria Técnico-Legislativa, aos 7 de maio de 2009. Sites de Ajuda www.tabagismo.hu.usp.br www.euvouparardefumar.com www.queroparardefumar.com.br www.pareagora.com.br www.antidrogas.com.br www.drauziovarella.com.br Disque Saúde – 0800-611997 (INCA) Locais de Ajuda CRATOD - Centro de Referencia de Álcool, Tabaco e Outras Drogas www.cratod.saude.sp.gov.br Rua Prates, 165. Bom Retiro – SP. Tel: (11) 3329-4455 INCA - Instituto Nacional do Câncer www.inca.gov.br Praça Cruz Vermelha, 23. Centro. RJ. Tel: (21) 3207-1000 NA - Narcóticos Anônimos www.na.org.br Rua Engenheiro Gualberto, 358. Mogi das Cruzes- SP. Tel: (11) 3101-9626 RESUMO Hoje existem mais de 1 bilhão de tabagistas no mundo e destes, 4 milhões serão vítimas fatais a cada ano. O tabagismo é uma doença caracterizada pela dependência física e psicológica do consumo da nicotina, substância presente no cigarro. Para tratá-la, a Acupuntura pode ajudar no abandono do uso do tabaco e também diminuir os sintomas da abstinência. Além de ser economicamente acessível a todas as classes sociais, não utiliza substâncias químicas e pode muitas vezes ser indolor. O trabalho procurou verificar a contribuição da Medicina Tradicional Chinesa para o abandono do uso do cigarro e da redução dos efeitos da abstinência, através da aplicação da Acupuntura. Para isso foram realizadas pesquisas de artigos científicos nacionais e internacionais e levantamento de literatura científica disponível na biblioteca da UMC. A Acupuntura faz parte da Terapia não farmacológica, sendo útil no tratamento coadjuvante ou parte de um programa completo na dependência da nicotina, contribuindo no auxílio ao paciente, na diminuição do número de cigarros, na modificação do gosto, no desejo pelo cigarro e nos sintomas de abstinência. Os artigos pesquisados utilizaram tanto a Acupuntura Sistêmica quanto a Acupuntura Auricular, conseguindo evidenciar que os indivíduos dos estudos obtiveram êxito no abandono do cigarro e também na diminuição dos sintomas da abstinência, quando os indivíduos participam efetivamente do tratamento, mostrando vontade de abandonar o cigarro. De acordo com os artigos pesquisados, 60% mostraram que a Acupuntura teve resultado satisfatório no abandono do cigarro, 25% mostraram efetividade na cessação do tabaco e nos sintomas de abstinência e 15% tiveram resultados positivos somente na abstinência. A Acupuntura é uma alternativa benéfica para auxiliar no tratamento da dependência da nicotina. Palavras-chave: tabagismo, Acupuntura, nicotina, abstinência, cigarro. 1 INTRODUÇÃO O tabagismo é uma patogenia complexa e seu controle requer a integração de abordagens diversas: farmacológicas e não farmacológicas, psicológicas, econômicas entre outras. (PRESMAN, 2005). O consumo do tabaco, assim como de outras drogas, é um dos maiores problemas de Saúde Pública e está presente em todos os países do mundo. Hoje existem mais de 1 bilhão de tabagistas no mundo, e segundo a Organização Mundial de Saúde, 4 milhões serão vítimas fatais a cada ano (BALBANI, 2005). A Acupuntura tem um baixo custo, pois os materiais utilizados têm preços acessíveis e alguns podem ser reutilizados. Em muitos casos, o tratamento é indolor. Segundo Silva (1999), o tratamento através da Acupuntura pode levar a melhoras significativas no estado geral do indivíduo, mesmo que não possa curar efetivamente patologias mais crônicas ou mais graves. No caso do tabagista, a Acupuntura pode ser um tratamento para ajudar no abandono do uso do tabaco, como também minimizar os sintomas da abstinência, tais como: irritabilidade, ansiedade, distúrbios do sono, aumento do apetite, alterações cognitivas, “fissura”, tristeza, depressão, vazio, sentimentos negativos, frustração, desânimo, tontura, dificuldade respiratória, paresia dos MMSS e MMII, alterações cognitivas (dificuldade concentração), cefaléia e mal humor. (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE, 2006). Atualmente, na sociedade brasileira observa-se um aumento considerável do consumo de drogas lícitas e ilícitas, tornando-se cada vez mais precoce. Na mesma direção há o crescimento da criminalidade, acidentes automotivos, comportamento anti- sociais, abandono da escola e etc. (CREMESP,2003. p. 06-15). Os seguintes fatores também contribuem para o uso precoce do tabaco como o uso do tabaco pelos pais, colegas mais velhos, status, rebeldia, influência da mídia e etc. (CREMESP,2003. p. 06-15). Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), um terço da população mundial adulta, isto é, 2 bilhões e 300 milhões de pessoas são fumantes. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2011.) Estima-se que 24% da população adulta brasileira seja dependente da nicotina (BALBANI, 2005). Sendo esta uma das substâncias psicoativas que mais causam dependência na tentativa de alcançar algum benefício, principalmente prazer e bem-estar. Hoje, a dependência da nicotina é considerada uma doença, classificada entre os transtornos psiquiátricos, pois envolve a área social, psicológica, legal, criminal e educacional (SECRETARIA NACIONAL ANTIDROGAS, 1999). No processo de cessação do uso do tabaco, a principal conseqüência da diminuição da nicotina no organismo, é a Síndrome da Abstinência (S.A.), que promove as recaídas, dificultando ainda mais esse processo. Nos últimos anos, vários estudos vêem sendo realizados, na tentativa de auxiliar os dependentes da nicotina no abandono do tabaco e minimizar seus efeitos, como por exemplo: tratamentos farmacológicos e terapias em grupo ou individuais e a Acupuntura. A Acupuntura é bastante utilizada no tratamento de algias/dores, hemiplegias, obesidade, doenças psicológicas inclusive os vícios. A escolha de determinados pontos de Acupuntura promovem o aumento nos níveis de endorfina, encefalina, adrenalina, noradrenalina, serotonina e dopamina no Sistema Nervoso Central (SNC) e no sangue, que causam a mesma sensação de bem- estar e prazer que a nicotina oferece, diminuindo assim a procura e o desejo de fumar e o impedimento de sintomas psicológicos (CABIOGLU, 2007; HE, 2001). Este trabalho tem como objetivo avaliar a contribuição da Medicina Tradicional Chinesa (MTC) para o abandono do uso do cigarro e da redução dos efeitos da abstinência, mediante aplicação da Acupuntura. 2 METODOLOGIA Foi realizado um levantamento de literatura científica disponível na biblioteca da UMC, pesquisas de artigos científicos nacionais e internacionais, em sites de confiança como Bireme, Scielo, Pub Med, Medline, Lilacs, Biblioteca Virtual em Saúde (Ministério de Saúde). 3 ASPECTOS PSICO-FARMACOLÓGICOS NO TABAGISMO O tabaco é uma planta cujo nome científico é Nicotiana tabacum, de onde é extraída a nicotina. Era utilizada com fins curativos, no século XVI, Jean Nicot introduziu seu uso na Europa. Somente após a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) seu consumo apresentou expansão, mas em meados do século XX, seu uso espalhou-se por todo mundo, incrementado também pela publicidade. Em meados dos anos 50, alguns trabalhos demonstraram que o cigarro era capaz de provocar doenças em animais, constatação que as companhias de tabaco lutaram por desqualificar, porém apenas na década de 60, surgiram estudos científicos que relacionaram o cigarro a doenças e ao seu vício (TORRES, 2005.p.73). O cigarro é o único produto lícito que mata 50% dos seus consumidores, em média um tabagista perde 20 anos de vida, e por ser fator de risco para mais de 50 doenças, das 1,2 bilhão de pessoas que fumam no mundo, a metade morrerá, entre 35 e 69 anos (INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER, 2011). Várias são as perdas e danos que a saúde do tabagista sofre, dentre elas Angina e Infarto do Miocárdio responsável por 25% dos casos, o aparecimento e/ou dificuldade no controle da Hipertensão Arterial; 85% dos casos de Bronquite e Enfisema Pulmonar estão ligados ao cigarro, bem como as Infecções respiratórias; 90% dos diagnósticos de câncer de pulmão estão associados ao cigarro; 30% dos cânceres de boca, laringe, faringe, esôfago, pâncreas, rim, bexiga, colo de útero, estômago e fígado; o cigarro favorece em 25% o surgimento de Acidente Vascular Cerebral; Aterosclerose; Tromboangeíte obliterante (doença que leva a amputações, doença essa que é exclusiva dos tabagistas); Leucemia; Catarata; Menopausa precoce; Disfunção erétil ou impotência sexual; Infertidade; Úlcera péptica, Gastrite e etc. (Figura 01) (ROSEMBERG,2003.p.168-171). O tabagismo é uma drogadicção caracterizada pela dependência física e psicológica do consumo de nicotina, substância presente no tabaco. A fumaça do cigarro contém 4.720 substâncias tóxicas, entre elas: monóxido de carbono, alcatrão e nicotina, sendo esta uma amina terciária volátil e o componente ativo mais importante do tabaco (BALBANI,2005). Figura 01 – Ação do cigarro no corpo humano. Fonte: WHO (2011). A nicotina age de duas formas distintas: tem um efeito estimulante e, após algumas tragadas profundas, tem efeito tranqüilizante, bloqueando o estresse. Seu uso causa dependência física e psíquica provocando sensações desconfortáveis na abstinência (REVISTA ELETRÔNICA DO DEPARTAMENTO DE QUÍMICA-EFSC, 2000). Quando inalada com a fumaça, a nicotina é rapidamente absorvida pelos alvéolos pulmonares, cai na corrente sangüínea e chega ao cérebro em até 10 segundos, causando alívio imediato ao fumante; ligando a receptores localizados nas membranas dos neurônios em vários centros cerebrais. A integração desses circuitos é responsável pela sensação de prazer, tanto a curto como a longo prazo, após uso único ou repetido da substância (OMS, 2006.p.37). A nicotina aspirada atravessa a rede alvéolo-capilar, atinge o cérebro propagando-se a todas as suas áreas, centros até o córtex. A nicotina age sobre o sistema mesolimbico-dopaminico, onde há grande liberação de dopamina que produz estado euforizante e prazeroso, constituindo um dos principais componentes do processo da dependência (ROSEMBERG, 2003.p.33). Estimula a transmissão de neurotransmissores acetilcolina, dopamina, glutamato, serotonina e acido gamaaminobutirico (BALBANI, 2005). Rose et al (2003) estudaram os efeitos agudos da nicotina sobre a circulação cerebral em adultos através da tomografia por emissão de pósitrons. A nicotina interfere na circulação sanguínea na formação reticular, que incluem áreas da ponte, mesencéfalo e tálamo, e participa dos mecanismos de alerta e despertar. Baixas doses de nicotina tem efeito estimulante central, enquanto doses mais altas tem efeito depressor. A nicotina provoca também aumento dose-dependente do fluxo sanguíneo na amídala do hemisfério esquerdo, o que explicaria o efeito ansiolítico do ato de fumar. A nicotina atua ainda sobre o sistema simpático e parassimpático, sistemas endócrinos e neuroendócrinos e gânglios autonômicos, adrenal (medula e córtex), e liga-se a receptores pré-sinápticos, neurônios periféricos e sinapses neurovasculares (ROSEMBERG, 2003.p.34). Induz à tolerância (necessidade de doses progressivamente maiores para obter o mesmo efeito) e dependência (desejo de consumi-la) por agir nas vias dopaminérgicas do sistema mesolímbico, diminuindo a atividade do tálamo. Assim, ela libera dopamina no nucleus accumbens, localizado no mesencéfalo, estimulando a sensação de prazer e recompensa (BALBANI, 2005; OMS, 2006.p.79). Para Marques et al (2001) uma diminuição de 50% no consumo da nicotina pode desencadear os sintomas da abstinência nos indivíduos dependentes. A síndrome da abstinência da nicotina é mediada pela noradrenalina e tem início 08 horas após o último cigarro, atingindo o auge no terceiro dia. É uma droga de excreção rápida: duas horas, em média, causando crises de ansiedade várias vezes ao dia, mudanças de humor, redução do estresse e melhora no desempenho. Esses efeitos associados com a liberação de nicotina durante o ato de fumar incluem alerta, aumento na atenção e na concentração, melhora na memória, redução da ansiedade e supressão do apetite (OMS, 2006. p.78). A necessidade de “prazer” que a nicotina causa entre os neurônios provoca uma dependência química de forte intensidade, assim é necessário ensinar o cérebro a funcionar como fazia antes de entrar em contato com a droga, isto significa enfrentar a abstinência da nicotina que se manifesta em crises repetitivas, mais intensas, desagradáveis e difíceis de suportar que aquelas provocadas por drogas como cocaína, crack, maconha ou álcool (VARELLA, 2011). As primeiras 72 horas de abstinência são as piores, causando irritação, ansiedade, tremores, sudorese, mãos frias, fome compulsiva, modificações do hábito intestinal, insônia ou hipersonia, dificuldade de concentração e alterações de humor (da apatia à agressividade). Em média, após seis meses os neurônios começam a ficar livres da dependência (VARELLA, 2011). Estudo experimentais mostram que a nicotina age como indutora enzimática no fígado. Por isso, ela reduz a meia-vida de diversos medicamentos como anestésicos locais, morfina, codeína, teofilina, heparina, warfarina, amitriptilina, imipramina, propanolol, clorpromazina, diazepam, clordiazepoxido e indometacina. Sendo assim, fumantes podem precisar de maiores doses desses medicamentos para obter efeito terapêutico (BALBANI, 2005). Essas manifestações podem ser amenizadas através de Farmacoterapia (Bupropiona, Clonidina, Nortriptilina e Terapia de Reposição da Nicotina) e outras terapias: Grupos de Auto Ajuda, Terapia Familiar e Acupuntura (BALBANI, 2005). Figura 02 – Bases biológicas da nicotina no sistema nervoso central Fonte: Laranjeira (2001) 3.1 FARMACOTERAPIA 3.1.1 Farmacoterapia de primeira linha. São os fármacos de primeira escolha num tratamento medicamentoso, por provocarem menos efeitos colaterais. A Terapia de Reposição de Nicotina (TRN) é definida como a aplicação sistemática de medicações que distribuem nicotina e princípios comportamentais para estabelecer e manter a abstinência ao tabaco. O uso dessa terapia baseia-se na necessidade da redução do sofrimento do fumante com os sintomas da abstinência. É fundamental que haja alguma forma de intervenção comportamental em todas as terapias para dependência de drogas, pois apenas o uso da medicação que distribua nicotina no organismo do indivíduo não constitui uma terapia completa da cessação de fumar (LARANJEIRA, 2001). Este tratamento pode ser aplicado por quatro formas de aplicação; spray nasal, colutório e adesivos de nicotina e gomas de mascar, sendo que somente os dois últimos estão disponíveis no Brasil (BALBANI, 2005). Goma de mascar: A nicotina só começou a ser utilizada na forma de goma de mascar no final da década de 80 e foi em 1996 que houve sua liberação para venda nos EUA. Eles podem ser encontrados nas doses de 2mg e 4mg. Nos EUA recebem o nome de Nicorette. O FDA (Food and Drugs Administration) recomenda seu uso acompanhado de um programa comportamental (LARANJEIRA, 2001). As gomas de mascar devem ser mastigadas com força ate que apareça a sensação de formigamento na mucosa bucal ou o sabor do tabaco, permanecendo por trinta minutos com a goma, sem a ingestão de líquidos nesse período. A média de consumo é de dez a vinte gomas por dia (BALBANI, 2005). Adesivos de nicotina transdérmica: No Brasil, os adesivos encontrados no mercado tem dosagem de 07, 14 e 21 mg/ unidade, que mantém os níveis sanguíneos de nicotina por 16 a 24 horas, por isso devem ser trocadas diariamente. Seu efeito pleno é observado em 2 a 3 dias de uso e o período médio de tratamento é de 8 semanas. Os adesivos são mais indicados por ter menos efeitos colaterais (BALBANI, 2005). Faz-se uma redução gradual da nicotina sérica. Alguns pacientes podem precisar de menos tempo de terapia e outros podem fazer uso dos adesivos por um ano ou mais, dependendo do seu grau de tolerância aos efeitos colaterais. (Gráfico 01) (LARANJEIRA, 2001). A TRN é contra-indicada aos menores de 18 anos e portadores de doenças cardiovasculares instáveis. Gestantes e nutrizes devem ponderar riscos e benefícios (BALBANI, 2005; CREMESP, 2003.p.55-57). Bupropiona é um antidepressivo, que atua na receptação da dopamina e noradrenalina, levando a diminuição da “fissura” pelo cigarro. Inicia-se o uso duas semanas antes da cessação com dose inicial de 150 mg/dia até o terceiro dia, passando em seguida para 150 mg 2 vezes ao dia, com intervalo mínimo de 8 horas entre as doses, e com duração de 7 a 12 semanas, apresentando resultados satisfatórios (BALBANI, 2005; MARQUES, 2001; CREMESP, 2003.p.55-57). Os efeitos colaterais mais comuns são insônia, boca seca, cefaléia e urticária, sendo essas as razões mais freqüentes para suspensão do tratamento (LARANJEIRA, 2001). 40 35 30 25 Adesivo + Goma 20 Adesivo 15 10 5 0 12 semanas 24 semanas 52 semanas Gráfico 01- Porcentagem de diminuição da chance de abstinência com o uso combinado de Goma + Adesivo. Fonte: Adaptado de Komitzer (1995). Porém existem algumas contra-indicações tais como: traumatismo crânio encefálico, hipertensão não controlada, episódios de crises convulsivas, distúrbios alimentares, abstinência recente de álcool e uso de inibidores da monoaminoxidase, uso concomitante de compostos contendo Bupropiona (BALBANI,2005; MARQUES,2001; CREMESP, 2003.p.55-57). Esse tratamento seria mais adequado para fumantes que fracassaram ao usar uma TRN ou que não desejam utilizá-la. Os pacientes devem continuar a utilizar a bupropiona na dose de 300 mg/dia por três a quatro meses. Acredita-se que a ação dopaminérgica da Bupropiona reduziria a propriedade reforçadora da nicotina e sua atividade noradrenérgica no locus ceruleos reduziria os sintomas de abstinência. A possibilidade da ocorrência de convulsões com o uso dessa medicação torna necessário o rastreamento dos seguintes fatores, que colocam os pacientes em especial risco, tais como história de convulsões, epilepsia, história de trauma do sistema nervoso central, incluindo acidentes vasculares cerebrais, cirurgia craniana ou traumatismo craniano com perda de consciência, uso concomitante de droga que abaixe o limiar convulsivante (por exemplo álcool ou neurolépticos), transtornos alimentares, uso de bupropiona em altas doses (maiores que 300 mg/dia) (LARANJEIRA, 2001). Gráfico 02 – Diagrama esquemático mostrando a elevação dos níveis de nicotina no sangue venoso após fumar um cigarro e após usar um dos produtos de terapia de substituição da nicotina, seguidos de uma noite de abstinência do uso de cigarros. Fonte: Laranjeira (2001). 3.1.2 Farmacoterapia de segunda linha. É considerada farmacoterapia de segunda linha para aqueles que não se beneficiaram efetivamente do tratamento com Bupropiona. Clonidina é um agonista adrenérgico de ação direta do receptor adrenérgico α2. Pode ser usada na dose de 0,1 a 0,75 mg/dia para alívio dos sintomas da síndrome da abstinência da nicotina. Seus principais efeitos colaterais são sedação e hipotensão ortostática. A interrupção abrupta pode causar crise hipertensiva (BALBANI, 2005). Nortriptilina inibe a recaptação de noradrenalina e dopamina no Sistema Nervoso Central (SNC), tendo efeitos antidepressivo e ansiolítico. São utilizadas doses de 50 a 100 mg da medicação em pacientes querendo deixar de fumar. O tratamento deve ser iniciado com um comprimido de 25 mg e a dose deve ser aumentada em 25 mg a cada dois dias. Aguardar quatro semanas até que se atinjam níveis plasmáticos constantes, só então deve-se parar de fumar. Em curto prazo sua eficácia no abandono do fumo parece ser similar à Bupropiona (BALBANI, 2005; LARANJEIRA, 2001). 3.1.3 Imunoterapia. É uma proposta futura que utilizará vacinas contra a nicotina para tratamento da dependência nicotínica, agindo na estimulação do sistema imunológico a produzir anticorpos específicos que se ligam à nicotina no plasma e liquido extracelulares (REICHERT, 2008). Tabela 01 – Farmacoterapia e outros métodos de intervenção Fonte: Laranjeira (2001). 4 TERAPIAS NÃO FARMACOLÓGICAS NO TABAGISMO 4.1 TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL E GRUPOS DE AUTO-AJUDA. Segundo Marques (2001), os Grupos de Auto-ajuda e a Psicoterapia (individual ou em grupo) com sessões de aconselhamento, são coadjuvantes efetivos no tratamento da dependência da nicotina, principalmente quando esta é acompanhada de depressão e ansiedade. 4.2 TERAPIA FAMILIAR A família torna-se uma parte significativa no processo de tratamento, mesmo sem conhecimento suficiente para compreender a necessidade do dependente, por isso a necessidade de discutir seus (pré) conceitos, melhorar a qualidade das relações interpessoais (SECRETARIA NACIONAL ANTI-DROGAS, 1999). 4.3 ACUPUNTURA Segundo o Painel do Consenso sobre o Desenvolvimento da Acupuntura do National Institutes of Health (NIH) dos EUA de 1998, a Acupuntura pode ser útil como tratamento coadjuvante, ou alternativa tolerável, ou parte de um programa completo num programa de dependência da nicotina. Atualmente, não há evidências científicas que comprovam a eficácia da Acupuntura, mas vários pacientes sentem-se melhor ao fazê-la durante a abstinência do fumo, desde que não haja contra- indicação (BALBANI, 2005). A Acupuntura vem sendo utilizada desde a década de 70, como terapia complementar no tratamento da cessação de fumar, contribuindo no auxilio ao paciente na diminuição do número de cigarros, na modificação do gosto e desejo pelo cigarro e nos sintomas da abstinência (HE, 1997). Para Yamamura (2001,p.700), os pontos utilizados na Acupuntura Auricular são ShenMen, Asma, Diafragma e Pulmão. He et al (1997) utilizaram a combinação de Eletroacupuntura, Acupuntura Auricular e Auriculopressão em 46 (quarenta e seis) indivíduos motivados a parar de fumar, que foram divididos em Grupo Tratamento (GT) e Grupo Controle (GC) com 2 (duas) sessões semanais, durante 3 (três) semanas. O GT recebeu Eletroacupuntura nos pontos P6 e P7, mais Acupuntura Auricular nos pontos ShenMen, Boca e Pulmão e também Auriculopressão em Shenmen, Boca, Pulmão, Traquéia, Fome e Endócrino. O GC recebeu Eletroacupuntura em IG10 e TA8, Acupuntura Auricular nos pontos Joelho, Lombar e Pescoço e receberam também Auriculopressão em Joelho, Lombar, Pescoço, Ombro e Nádega. A diminuição do consumo de cigarros durante o tratamento foi significante em ambos sendo de 75% no GT e 39% no GC. O gosto do cigarro não parecia bom, logo após a primeira sessão de Acupuntura e o efeito foi diminuído no GT. Mondoni et al (2007), iniciaram a pesquisa com 61 pacientes, mas apenas 21 concluíram o estudo que durou 12 semanas, sendo 01 (uma) sessão semanal. Deve-se atentar a outros fatores que demonstram isso, como baixo custo, nenhum efeito colateral e nenhum risco de interação farmacológica. Pertenciam ao GT 13 pacientes que utilizaram a Auriculoterapia com os pontos ShenMen, Simpático, Rim, Fígado e Pulmão e o GC com 08 (oito) pacientes utilizaram pontos aleatórios. O GT mostrou melhor resultado na cessação do tabagismo em relação ao GC. Chae et al (2010) realizaram um estudo com 29 (vinte e nove) pacientes fumantes, dividindo-os em 2 (dois) grupos, ficando o GT com 15 (quinze) pacientes que foram tratados com Acupuntura Sistêmica fazendo uso de Eletroacupuntura no ponto: C7 e o GC com 14 (quatorze) pacientes que também foram tratados com a Acupuntura Sistêmica mas utilizando o ponto IG10. O resultado mostrou que a Acupuntura não só melhorou a cessação do tabagismo, mas também reduziu sintomas de abstinência. Lambert et al (2009) utilizaram a Eletroacupuntura para aliviar o desejo de fumar em 98 (noventa e oito) indivíduos. Os participantes foram divididos em GT e GC e se abstiveram de fumar por 26 (vinte e seis) horas. Os pontos utilizados foram IG4, CS6, CS8 e TA5, alternando entre 02 (dois) e 100 (cem) Hz. O GT mostrou resultado promissor diminuindo o desejo de fumar. Song (2008) fez uso de Acupuntura Auricular nos pontos Boca, Pulmão, ShenMen, Adrenal, Estômago, Coração, Endócrino, Traquéia e Fígado combinada com Acupuntura Sistêmica nos pontos C7, VC12, E36 e TA6. O tratamento foi administrado em 4 (quatro) semanas em 53 (cinqüenta e três) indivíduos, sendo que destes, 36 (trinta e seis) abandonaram o cigarro, 12 (doze) diminuíram o consumo de cigarro e 5 (cinco) não tiveram resultado nenhum. Já a pesquisa de Wu (1997) aplicou Acupuntura Auricular em 118 (cento e dezoito) indivíduos que queriam parar de fumar. Esses indivíduos foram divididos em GT e GC, sendo que cada grupo tinha 59 participantes. O GT recebeu Acupuntura Auricular nos pontos ShenMen, Simpático, Boca e Pulmão durante 08 (oito) semanas. O GC recebeu Acupuntura Auricular Placebo nos pontos Joelho, cotovelo, Ombro e Olho também por 08 (oito) semanas. Ao fim do tratamento, o consumo de cigarro tinha diminuído significativamente em ambos os grupos, mas apenas o GT mostrou uma redução significativa na taxa de abandono do tabagismo entre os grupos. Analisando os 08 autores estudados, 05 deles mostraram que a Acupuntura tem resultados positivos na cessação do tabagismo, 02 deles tiveram um bom resultado no abandono do tabaco e também nos sintomas de abstinência e 01 mostrou resultado positivo apenas durante a abstinência. 5 SELEÇÃO DE PONTOS PARA TRATAMENTO REDUÇÃO DO TABAGISMO E SEUS SINTOMAS NA Em referência aos autores citados na seção 6.3, seguem abaixo os pontos utilizados, Auriculares e Sistêmicos respectivamente: Adrenal tem a função de estimular os hormônios adrenocorticais e a adrenalina. Usado para as doenças alérgicas, choque, reumatismo, ação nos vasos sanguíneos. Regulariza as funções respiratórias. A estimulação desse ponto tem a propriedade de regularizar a vasodilatação ou a vasoconstrição e também efeito antihemorrágico, sendo usado para hipertensão, hipotensão, vasculites, hemorragias capilares (YAMAMURA, 2001.p.686). Asma é feito para regularizar o centro da respiração. Além disso, controla também a hipersensibilidade e o prurido. É usado para o tratamento de asma, tosse, dispnéia e urticária (YAMAMURA, 2001.p.682). Boca afecções inflamatórias na boca. Segundo Nogier, é o ponto do nervo trigemio para os casos de neuralgia deste nervo (FOCKS, 2005.p.250). Coração tem por função armazenar a Energia Mental, por isso esse ponto tranqüiliza a Mente, pacifica o Shen e acalma a ansiedade, além de controlar a circulação sanguínea. Controla também a transpiração, e sua via de saída é a língua e a garganta. Por suas funções, esse ponto é utilizado no tratamento de enfermidades cardíacas; nas enfermidades do sistema cardiovascular; nas doenças mentais; no tratamento da transpiração; e no tratamento das faringites, voz rouca, língua dolorosa, estomatites, etc. (YAMAMURA, 2001.p.691). Diafragma é usado para tratamento de espasmo de músculos do diafragma, nas afecções do sangue e da pele. É efetivo para as vísceras sangrantes, hemoptises, ponto para deixar de fumar. É utilizado para harmonizar o sangue em todos os casos de afecções hematológicas; alem disso também nos casos de soluço. Para Nogier, este ponto corresponde ao ponto zero (YAMAMURA,2001.p.680; FOCKS, 2005.p.249). Endócrinas este ponto representa a sistema endócrino. É utilizado no tratamento de doenças causadas pela secreção interna desordenada, e também efeitos antialérgico e anti-reumático. É também utilizado no tratamento das doenças de pele, afecções do sistema urogenital e reprodutor, dos vasos sanguíneos, distúrbios de absorção do trato gastrointestinal e urinário. (YAMAMURA, 2001.p.688; FOCKS,2005.p.246). Estômago controla a recepção e a digestão do alimento. Está ligado intimamente com o Baço/Pâncreas, assim como promove a formação das Energias Zhong, Yong e Wei. Esse ponto é utilizado no tratamento de úlcera gástrica, gastrites aguda e crônica, gastralgia psicossomática, indigestão, perda de apetite e também deficiência ou excesso de acidez gástrica. Promove a descida da Energia do Alto do corpo para o Baixo, por isso é utilizado no tratamento de náuseas e vômitos. O Canal de Energia Principal do Estômago vai para os dentes e para a regias frontal, por isso é utilizado nos afecções gengivo-dentárias, cefaléia frontal, enfermidades do SNV (simpático). (YAMAMURA, 2001.p.691; FOCKS,2005.p.250). Fígado tem por função produzir bile, regularizar a circulação sanguínea, melhorar a visão, controlar músculos, tendões e nervos, além de fortalecer o Estômago. Esse ponto é usado para tratar a hepatite aguda e crônica, inflamação da vesícula biliar, dos músculos e dos nervos; é utilizado no tratamento de convulsões, paralisia, desmaios, astenia muscular, entorses e derrames cerebrais. Por sua influência no Sangue, usa-se para tratar hipertensão, doenças sanguíneas. O orifício de abertura sensorial do Fígado é o olho; sendo esse ponto indicado para tratar as afecções do olho. A Energia do Fígado controla a do Estômago, de modo que ele pode ser usado nas doenças digestivas. O Fígado controla também os órgãos da pelve, sendo assim utilizado no tratamento das afecções tocoginecológicas. Também é indicado para doenças e afecções causadas por vicios (YAMAMURA, 2001.p.690; FOCKS,2005.p.250). Pulmão controla a respiração, oxigenando o sangue e promovendo a circulação de Qi e Sangue. Ajuda a micção e regulariza a temperatura do corpo. Esse ponto é indicado nas enfermidades do sistema respiratório causadas pelo bloqueio da circulação energética. O Pulmão controla a pele e os pelos, sendo efetivo no tratamento das doenças de pele, sudorese noturna e transpiração excessiva. O Canal de Energia Principal do Pulmão estende-se até a garganta e está intimamente ligado ao Intestino Grosso, podendo ser utilizado no tratamento de afonias, laringites, enterites, diarréias, constipação, estomatites e úlceras dos lábios. Para a analgesia por Acupuntura é um ponto básico. Também auxilia na dependência de nicotina (YAMAMURA, 2001.p.691; FOCKS,2005.p.250). Rins este ponto tem por função fortalecer a Energia Essencial, reforçando o esperma. Tonifica a audição, as vértebras lombares, o cérebro, a micção e a acuidade visual. O ponto é usado, primariamente, no tratamento de nefrites, pielonefrites, insuficiência renal, cistites, enfermidades do sistema reprodutor. O orifício de abertura sensorial dos Rins é a orelha, e como o Shen controla os ossos, a pupila, os dentes e as medula óssea e espinhal. Esse ponto é utilizado no tratamento das doenças ósseas, surdez, doenças oftalmológicas, doenças dos dentes, gengivas, doenças mentais, doenças do sistema nervoso central, neurastenia e cefaléia. O Shen armazena a Energia Ancestral e é a origem de todas as Energias. Por isso, pode ser utilizado na prevenção de doenças congênitas ou de más formações congênitas, no hipodesenvolvimento físico e mental e também aumentar o vigor físico, mental e sexual. É um ponto utilizado com frequência no tratamento de vícios (YAMAMURA, 2001.p.689; FOCKS,2005.p.250). ShenMen este ponto tem função de acalmar o Coração e a Mente. É também um ponto analgésico. O ShenMen é indicado no tratamento das mais diversas formas de afecções, como insônia, ansiedade, desordens mentais, dores de toda natureza, doenças anafiláticas, etc. A estimulação desse ponto reduz a febre, neutraliza a intoxicação e trata doenças inflamatórias. Utilizado também para aliviar tosse seca e asma brônquica. É efetivo para harmonizar o Fígado, para curar epilepsia e hipertensão. (YAMAMURA, 2001.p.682). Simpático utiliza-se esse ponto no tratamento de doenças causadas por desequilíbrio neurovegetativo. Possui forte ação analgésica e espasmolítica dos órgãos intestinais. Ainda possui a propriedade de relaxar os vasos sanguíneos, sendo utilizado no tratamento de doenças arteriais. (YAMAMURA, 2001.p.682-683). Traquéia usado para espasmo de traquéia, regurgitação e arrotos. (YAMAMURA, 2001.p.691). C7 (ShenMen) harmoniza o Coração; harmoniza o Yong Qi; acalma o Shen, fortalece a mente; transforma Mucosidade do Coração; faz a limpeza de Calor do Coração; refresca o Calor do Sangue; dispersa a Mucosidade e o Vento Perverso. É indicado para insônia, sono perturbado por pesadelos, taquicardia, histeria, pavor, ansiedade, palpitações, neurastenia, irritabilidade, amnésia, depressão, doenças mentais, sonhos excessivos, angina do peito, dor torácica, para alivio de síndromes de abstinência nos casos de pacientes dependentes de qualquer tipo de vicio (YAMAMURA, 2001.p.175; FOCKS,2005.p.78). CS6 (Neiguan) harmoniza e tonifica o Coração, o Sangue do Coração; harmoniza o Triplo Aquecedor; harmoniza o Qi do Estômago e do tórax; harmoniza a Energia Essencial; acalma o Shen e o Coração, clareia a Mente; dispersa a Mucosidade; redireciona o Qi contracorrente. É indicado para dores e mal-estar no coração, plenitude de tórax, gastralgia, náuseas e vômitos, histeria, epilepsia, insônia, angina no peito, doença cardíaca reumática, palpitações, hipertireoidismo, convulsão, dor associada à cirurgia, esquizofrenia, todas as desordens mentais, cervicalgia com mal-estar torácico. (YAMAMURA, 2001.p.307). CS8 (Laogong) harmoniza o Coração; acalma o Qi do Estômago; harmoniza e clareia o Shen; refresca o calor do Sangue; dispersa o Vento Perverso e a UmidadeCalor. É indicado pra nevralgia intercostal, estado de coma, convulsões infantis, distúrbios mentais, afasia histérica, infecção crônica da pele da mão, epilepsia, angina no peito, estomatite, suor excessivo na palma da mão, parestesia de tremores dos dedos, tristeza, perda de controle emocional. (YAMAMURA, 2001.p.310). IG4 (Hegu) facilita o trânsito e a descida dos alimentos do Estômago para os Intestinos; libera o Calor Perverso interno para a superfície do corpo; dispersa o Vento, o Vento-Calor e o Vento-Frio; dispersa o excesso de Coração; promove a desobstrução de Qi estagnados dos Canais de Energia; ativa a circulação de Qi e Sangue nos vasos sanguíneos; clareia a visão; reanima o estado e inconsciência; transforma a Mucosidade, a Umidade-Calor; tonifica o Wei Qi. É indicado pra cefaléia, amigdalite, odontalgia, rinite, obstrução nasal, faringite, paralisia facial, afonia, astenia mental, dores oculares, artrite temporomandibular, dor e paralisia de membros superiores, neurastenia, dores em geral, epilepsia, depressão, mania, parto prolongado, urticária, dor abdominal. (YAMAMURA, 2001.p.76-77). IG10 (Shousanli) harmoniza o Qi do Estômago e do Intestino Grosso; regulariza e harmoniza o Qi do Triplo Aquecedor; faz transitar o Qi nos Canais de Energia de Conexão. Tem indicação para dores no ombro e no braço, tremores e paralisias do membro superior, gastralgia, dor abdominal, diarréia, indigestão, odontalgia, inchaço na mandíbula e na maxila. (YAMAMURA, 2001.p.82-83). TA5 (Waiguan) harmoniza o Qi do Triplo Aquecedor e do Yang Qiao Mai; libera para o Exterior as Energias Perversas; relaxa e fortalece os tendões; facilita a circulação de Qi nos bloqueios de Qi nos Canais de Energia. É indicado para cefaléias, enxaquecas, zumbidos, vertigens, surdez, mudez repentina, febre, resfriado, torcicolo, paralisia dos membros superiores, dores torácicas, pneumonia, parotidite, enurese noturna, cervicalgia, hemiplegia, toda patogenia de quadril. (YAMAMURA, 2001.p.319). TA6 (Zhigou) harmoniza o Triplo Aquecedor; faz circular o Qi das Vísceras; harmoniza o Qi, difunde o Qi; dispersa o Vento, o Vento-Calor e a Mucosidade; remove as obstruções de Qi dos Canais de Energia. Tem indicação para gripe de instalação súbita, dores torácicas no hipocôndrio e nos lados do tórax, dores no ombro e no dorso, afecções febris, angina no peito, paralisia de membros superiores, mudez, hipogalactia, afonia repentina, surdez, trismo. Ponto específico para tratamento de constipação intestinal, por levar a Água aquecida aos Intestinos. (YAMAMURA, 2001.p.320-321). E36 (Zusanli) regulariza, harmoniza e fortalece o Qi Mediano; tonifica o qi Nutrição, o Qi e o Sangue; harmoniza e tonifica o Pulmão; tonifica o Rim e o Yuan Qi; tonifica o Wei Qi, restaura o Yang Qi e forma o Jin Ye; faz circular o Qi e o Sangue; aumenta a Energia Essencial; redireciona o Qi em tumulto; transforma a Umidade e a Umidade-Calor; drena a Umidade e a Umidade-Frio; dispersa o Vento e o Frio. É indicado nas gastrites aguda e crônica, úlceras gástrica e duodenal, enterites aguda e crônica, pancreatite aguda, indigestão, hemiplegia, estado de choque, fraqueza geral, anemia, alergia, hipotensão, icterícia, convulsão, asma, enurese, neurastenia, afecções do sistema reprodutor, dor e distensão abdominal, náuseas, vômitos, dificuldade de urinar, epilepsia, palpitação, estupor, depressão e mania, gritos histéricos. (YAMAMURA, 2001.p.131). VC12 (Zhongwan) harmoniza, fortalece e tonifica o Baço/Pâncreas; harmoniza o Qi do Estômago e do Aquecedor Médio; tonifica o Yong Qi; redireciona o Qi em tumulto; harmoniza o Qi e o Sangue; dispersa a Umidade, a Umidade-Calor e a Mucosidade. Tem indicação para gastralgias, gastrites aguda e crônica, ptose gástrica, vômitos, náuseas, dispepsia, meteorismo abdominal, úlcera do estômago, disfagia, icterícia, hipertensão arterial, distúrbios mentais, obstrução intestinal aguda, diarréia, empachamento gástrico, estufamento abdominal, anorexia, anemia, fraqueza, insônia, epilepsia, subida do Qi por fadiga mental. (YAMAMURA, 2001.p.454-455). 6 CONCLUSÃO O uso do cigarro, a médio e longo prazo, pode trazer graves como por exemplo: cânceres, angina, infarto do miocárdio, enfizema pulmonar, hipertensão arterial sistêmica, infertilidade, AVC, disfunção erétil. Com isso, ocorre a procura de tratamentos para o abandono do cigarro como: Terapias farmacológicas de 1ª e 2ª linha com uso de drogas que possuem efeitos colaterais; Terapias não farmacológicas tais como: Terapia cognitivo comportamental e grupos de auto ajuda; Terapia familiar e Acupuntura, que são tratamentos a longo prazo, necessitando da participação ativa do indivíduo, para que haja um bom resultado. Dentre os estudos revisados, foi possível verificar que o abandono do cigarro leva às crises de abstinência que causam sintomas como: ansiedade, irritabilidade, distúrbios do sono, aumento do apetite, dificuldade respiratória, fissura, alterações cognitivas entre outros. Também foi observado que a Acupuntura aliada a outros tratamentos obteve melhor resultado no abandono do cigarro em relação aos sintomas de abstinência. Além disso, a Acupuntura ainda tem outras vantagens sobre os outros tratamentos: não utiliza substâncias tóxicas, não possui efeitos colaterais, tem baixo custo e em muitos casos o tratamento é indolor e pode levar a uma melhora significativa do estado geral do indivíduo. Apesar de o tabagismo ser uma doença crônica que afeta mais de 1 bilhão de pessoas na mundo, não encontramos estudos científicos que comprovem que a Acupuntura isoladamente atue na cessação do tabagismo e sobre os efeitos colaterais. Dos 8 autores que foram estudados, 60% mostraram que a Acupuntura teve resultados positivos no abandono do cigarro, 25% mostraram que a Acupuntura teve bons resultados na cessação do tabaco e também nos sintomas de abstinência e 15% tiveram resultados positivos somente durante a abstinência. Para que haja uma maior divulgação dos benefícios da Medicina Tradicional Chinesa faz-se necessário mais estudos que identifiquem seus resultados. REFERÊNCIAS BALBANI, A.P.S.; MONTOVANI, J. C. 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