O TABAGISMO E A MULHER mai 2010

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O TABAGISMO E A MULHER
Dia 31/05 comemoramos o Dia Mundial Sem Tabaco - como tema definido pela OMS este
ano, vamos alertar um pouco sobre os perigos que ele representa especificamente, para o
sexo feminino.
Como se sabe, o cigarro contém uma mistura de 4720 substâncias tóxicas, como o monóxido
de carbono, alcatrão e nicotina. O monóxido de carbono quando inalado pelos pulmões vai
para o sangue e diminui a capacidade do mesmo em transportar oxigênio. A nicotina diminui
a capacidade de circulação do sangue, aumenta o depósito de gorduras nas artérias e vasos,
sobrecarregando o coração e podendo levar ao infarto. Promove um aumento da frequência
cardíaca e da pressão arterial.
Em mulheres, dentre os efeitos do fumo a médio e longo prazo estão: diminuição da
capacidade respiratória, infecção respiratória, aumento do risco de aterosclerose, sendo
responsável por 90% dos casos de infarto em mulheres abaixo de 50 anos, além de câncer,
aumento de rugas na pele e inflamação das gengivas. A mulher gestante que fuma, pode
gerar um bebê de baixo peso, além do risco de morte durante a gestação e placenta prévia.
Ainda analisando os efeitos, a alteração dos níveis hormonais, principalmente estrógeno e
prolactina, pode aumentar os níveis de catecolaminas, formação de coágulos que aumentam
o risco de embolias e problemas cardiológicos. Dados demonstram que mulheres que iniciam
o uso de cigarro antes dos 17 anos de idade tem sua menopausa antecipada para os 40
anos. Torna-se importante ressaltar que o cigarro associado ao uso do anticoncepcional tem
10 vezes maior risco de ocasionar infarto, embolia pulmonar e tromboflebite.
São muitos os motivos que levam as mulheres a resistência em suprimir o cigarro e procurar
tratamento para auxiliar neste processo. A depressão em mulheres acentua a vontade de
fumar e o cigarro passa a ser utilizado como �remédio� para diminuir os efeitos da doença.
Consequentemente, a abstinência aumenta os sintomas da depressão, podendo levar a uma
recaída. Outro obstáculo encontrado é o medo do ganho de peso após a cessação do uso de
cigarro. O ganho de peso mostra-se exponencial no período subseqüente à interrupção de
nicotina, sendo o aumento da ansiedade um dos responsáveis pela troca do cigarro por
alimento. Ainda, subjetivamente, é importante considerar que após a retirada de nicotina há
melhora no paladar.
O conhecimento destes mecanismos pela paciente é extremamente importante para o
sucesso do tratamento. A cessação do tabagismo deve ser encorajada, independente dos
fatores adversos, pois ansiedade, baixa auto-estima e pouca resistência à frustração são
sintomas presentes na interrupção da nicotina. Os grupos de ajuda para cessação do fumo,
tem obtido resultados consideravelmente positivos, ajudando a evitar a recaída para o
cigarro.
Por isso, continue alertando suas pacientes sobre os riscos que o tabagismo traz para as
mulheres e orientando-as a parar de fumar!
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