TÍTULO: SÍNDROME DO MACRÓFAGO ATIVADO ASSOCIADO A ARTRITE IDIOPÁTICA JUVENIL CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: BIOMEDICINA INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS AUTOR(ES): THIAGO ALVES DA SILVA, DÉBORA LOPES COSTA, KARINA RAMOS VALINO ORIENTADOR(ES): ERIK CENDEL SAENZ TEJADA 1. Resumo: A Síndrome do Macrófago Ativado (SAM) caracteriza-se por ativação e proliferação excessiva de linfócitos e macrófagos, é uma complicação rara em paciente com artrite idiopática juvenil podendo trazer graves complicações potencialmente fatais. A SAM é uma grave complicação das doenças reumáticas crônicas, ela é caracterizada por uma ativação exacerbada dos macrófagos e está frequentemente associada com infecções virais, bacterianas ou fungícas, neoplasias malignas, medicamentos ou doenças reumáticas, caracterizando uma reposta inflamatória exagerada. O diagnóstico da SAM consiste em critérios clínicos, laboratoriais e histológicos. 2. Introdução: A SAM é descrita principalmente como uma causa secundária em crianças, que apresentem enfermidades sistêmicas, sendo que a maioria dos casos da SAM esta associada a Artrite Idiopática Juvenil (MORAES et al.,). O Macrófago é um importante constituinte do sistema fagocítico mononuclear, rico em lisossomos que fagocitam elementos estranhos ao corpo. É derivado de monócitos do sangue. Os linfócitos T podem ser responsáveis pela ativação do macrófago mediada pela ação da INF-y dando inicio a um resposta inflamatória, além de, produzir citocinas IL-1, 8, 12, TNF-a. A SAM é uma síndrome rara, caracterizada por um distúrbio patológico de hiperativação descontrolada de macrófagos bem diferenciados, resultando em uma produção excessiva de citocinas e hemofagocitose. O estimulo é alto, que em muitos casos pode ser fatal (RAVELLI, et al., 2012; HAQUE, 2011). 3. Objetivo: O objetivo deste trabalho é descrever através de revisão bibliográfica as características da SAM associada a artrite idiopática juvenil e seu diagnóstico precoce. 4. Metodologia: O trabalho foi realizado através de revisões bibliográficas de livros e artigos científicos, utilizando banco de dados públicos como Scielo, Pubmed entre outros. 5. Desenvolvimento: Essa síndrome não tem uma etiologia conhecida, e foi descrita pela primeira vez em 1985 por Hadchoel et al, ele ligou os sintomas da ativação e proliferação hemofagocitose que, exacerbado clinicamente de se macrófagos manifesta por com a atividade disfunção da hepática, hematológica (citopenia e distúrbios da coagulação) e neurológica (irritabilidade). Esse processo pode ser desencadeado por alguns agentes infecciosos virais (Epstein-Barr vírus, parvovírus B19, citomegalovírus) bacterianos, neoplásicos, drogas, aintiinflamatórios não esteróidais (ácido acetilsalicílico) ou drogas modificadoras de doenças (sais de ouro), mudanças abruptas de medicação, doenças reumáticas ou espontaneamente (PRADO et al., 2004; FILHO et al., 2008). Segundo SILVA (2004) essa ativação macrofágica libera proteases que ativam plasminogênio, formando a plasmina posteriormente degradando a fibrina e finalmente fibrinólise, levando a CIVD (coagulação intravascular disseminada). A hiperprodução de citocinas, particularmente Interleucina-1, fator de necrose tumoral e gama-interferon. Laboratorialmente há presença de anemia, trombocitopenia, leucopenia, queda da velocidade de hemossedimentação (VHS), elevação das enzimas hepáticas, distúrbios de coagulação como o aumento de dos tempos de protrombina e tromboplastina parcial, níveis elevados de produto de degradação de fibrina e deficiência dos fatores de coagulação. O diagnóstico é feito pelo mielograma, cuja característica é a presença de numerosos macrófagos bem diferenciados fagocitando elementos hematopoiético na medula óssea. A dosagem da ferritina séricas parece estar relacionada com a presença de hemofagocitose e é um possível marcador para diagnóstico precoce, devendo ser utilizado como indicador de doença em atividade, resposta terapêutica e prognóstico (RACHID et al., 2004). O tratamento deve ser após o diagnóstico, a conduta mais frequente é a administração de drogas que diminuem a atividade de histiócitos, esteróides, etoposídeo, imunoglobulinas e linfócitos, esteróides, ciclosporina A (CsA), globulina antitimócitos e, mais recentemente temente, com o inibidor do TNFα etanercept, associado ao tratamento específico de agentes infecciosos potencialmente desencadeadores (PRADO et al., 2004). 6. Resultados Preliminares: Por se Tratar de uma doença grave o seu reconhecimento deve ser precoce e o seu tratamento imediato, pois o risco de uma fatalidade é alto não há um protocolo para o tratamento de SAM e doenças sistêmicas como a AIJ, a maioria dos autores relatam que a pulsoterapia de metilprednisolona e mais recentemente o uso de ciclosporina A tem mostrado resultados positivos. 7. Fontes Consultadas FILHO, A; CORREA, F; SCHUMANN, I; Síndrome da Ativação Macrofágica Secundária à Infecção Aguda pelo Vírus Epstein-Barr, Revista Brasileira de Reumatologia, v.48, n.3, p179-183, maio/junho,2008. GROM, A; Natural Killer Cell Dysfunction, A Common Pathway in Systemic-Onset Juvenile Rheumatoid Arthritis, Macrophage Activation Syndrome, and Hemophagocytic Lymphohistiocytosis; American College of Rheumatology, 4Vol. 50, No. 3, March 2004, p.689–698. HAQUE, SF, Macrophage Activation Syndrome; Medicine Update, p 447-449, 2011. MORAES, A; VECCHI, A; BICA, B; LEN, C; SILVA, C; MARQUES, L; HILÁRIO, M, OLIVEIRA, S; HIRSCHHEIMER, S; ROBAZZI, T; SIMÕES, R, Artrite Idiopática Juvenil: Diagnostico. Disponível em https://www.projetodiretrizes.org.br//. Acesso em 08/04/2014 ás 18:44h. PRADO, R; TERRERI, M; LEN. C; BRAGA, J; HILÁRIO, M; Síndrome de Ativação Macrofágica em Paciente com Artrite Idiopática Juvenil; Revista Brasileira de Reumatologia, v44, n.5, p.378-82, set/out, 2004. RACHID, A; MAGALHÃES,F; ALVES,M ;CHIMINÁCIO-NETO, N; OLIVEIRA, M; ARAGÃO, S; DOUBRAWA, E; MALVEZZI, M; Síndrome da ativação do macrófago em paciente com artrite idiopática juvenil poliarticular, Rev Bras Reumatol, CuritibaPR, v.44, n.5, p.383-389, set/out 2004. RAVELLI, A; JUNG, L; Macrophage Activation Syndrome, Medscape Reference Drugs, Diseases e Procedures, July 12, 2012. SILVA, C; SILVA, C; ROBAZZI, T; LOTITO, A; MENDRONI-JR, A; JACOB, C; KISS, M. Síndrome de ativação macrofágica associada com artrite idiopática juvenil sistêmica. Jornal de Pediatria, São Paulo, v.80, n.6, p.517-522, maio 2004.