1 SÍNDROME DE ATIVAÇÃO MACROFÁGICA MARIELA DA GAMA FORTUNATO MOLINA1 RESUMO O presente trabalho constitui-se em um estudo bibliográfico, realizado a partir de dados coletados na literatura nacional e internacional referente a Síndrome de Ativação Macrofágica, que é uma entidade associada com formas familiares e adquiridas. As formas adquiridas podem ser desencadeadas por infecções, neoplasias, imunodeficiências e doenças reumáticas. A SAM associada a AIJ é extremamente rara. A SAM associada a AIJ foi inicialmente descrita por Hadchouel et al. em 1985. Essa síndrome ocorre principalmente na forma sistêmica da AIJ. Pacientes com SAM apresentam febre alta prolongada, hepato e esplenomegalia, sangramentos, adenomegalia generalizada, exantemas, icterícia, podendo evoluir com insuficiência hepática aguda, coma, CIVD e falência de múltiplos órgãos. Anemia, leucopenia, plaquetopenia, hipofibrinogenemia e alargamentos dos tempos de coagulação ocorrem habitualmente em todos os pacientes. A presença de numerosos macrófagos na medula óssea, fagocitando células sangüíneas (hemofagocitose), sem evidência de malignidade, é característica da SAM. A doença pode ser desencadeada por agentes infecciosos virais como varicela-zoster, hepatite A, Epstein-Barr e coxsackie, terapia com ouro, ácido acetilsalicílico e outros antiinflamatórios não-hormonais, methotrexate, sulfasalazina e penicilamina. Para o tratamento da síndrome hemofagocítica, inicialmente deve-se suspender todos os antiinflamatórios não-hormonais e drogas de base. O corticóide é a droga de escolha em uso endovenoso, particularmente pulsoterapia com metilprednisolona. Atualmente, a segunda droga indicada na literatura é a Ciclosporina, particularmente nos pacientes não responsivos aos corticosteróides. Palavras-chave: Síndrome. Juvenil.Tratamento 1 Ativação Macrofágica. Mestranda em Medicina Intensiva da SOBRATI / IBRATI. Artrite Idiopatica 2 ABSTRACT The present work constitutes a bibliographical study, conducted from data collected in national and international literature related to macrophage activation syndrome, which is an entity associated with familial forms and acquired. The acquired forms may be triggered by infections, cancer, immunodeficiency and rheumatic diseases. The SAM associated with JIA is extremely rare. The SAM associated with JIA was first described by Hadchouel et al. 1985. This syndrome occurs mainly in the systemic form of JIA. Patients with MAS exhibit prolonged high fever, hepatomegaly and splenomegaly, bleeding, generalized adenopathy, rash, jaundice, which may progress to acute liver failure, coma, DIC and multiple organ failure. Anemia, leukopenia, thrombocytopenia, hypofibrinogenemia and enlargement of the clotting times usually occur in all patients. The presence of numerous macrophages in the bone marrow, phagocytosing blood cells (hemophagocytosis), without evidence of malignancy, is characteristic of the SAM. The disease can be triggered by infectious agents such as varicella-zoster virus, hepatitis A, Epstein-Barr virus and coxsackie, gold therapy, aspirin and other nonsteroidal antiinflammatory drugs, methotrexate, sulfasalazine and penicillamine. For the treatment of hemophagocytic syndrome, first you must suspend all nonsteroidal antiinflammatory drugs and basic. Corticosteroids are the drug of choice for intravenous use, particularly with methylprednisolone pulse therapy. Currently, the second drug is indicated in the literature Cyclosporin, particularly in patients unresponsive to corticosteroids. Keywords: Syndrome. Macrophage Activation. Juvenil Idiophatic Arthritis.Treatment. INTRODUÇÃO O objetivo deste trabalho foi revisar a literatura pertinente sobre a Síndrome de Ativação Macrofágica,uma complicação grave com alto índice de morbi-mortalidade,se não diagnosticada e tratada precocemente. 3 Essa síndrome é uma entidade associada com formas familiares e adquiridas. As formas adquiridas podem ser desencadeadas por infecções, neoplasias, imunodeficiências e doenças reumáticas (STÉPHAN et al., 2001). Os pacientes esplenomegalia, apresentam sangramentos, febre alta adenomegalia prolongada, generalizada, hepato e exantemas, icterícia, podendo evoluir com insuficiência hepática aguda, coma e falência de múltiplos órgãos (STÉPHAN et al., 2001). Anemia, leucopenia, plaquetopenia, hipofibrinogenemia e alargamentos dos tempos de coagulação ocorrem habitualmente em todos os pacientes (RAVELLI et al., 2001). A presença de numerosos macrófagos na medula óssea, fagocitando células sangüíneas (hemofagocitose), sem evidência de malignidade, é característica da síndrome de ativação macrofágica (GROM; PASSO, 1996). A síndrome de ativação macrofágica pode ser desencadeada por agentes infecciosos virais como varicela-zoster, hepatite A, Epstein-Barr e coxsackie B , bem como terapia com ouro, ácido acetilsalicílico e outros antiinflamatórios não-hormonais, methotrexate, sulfasalazina e penicilamina (RAVELLI, 2002). A etiopatogenia da síndrome de ativação macrofágica é desconhecida. A ativação macrofágica libera proteases que ativam plasminogênio, levando à formação de plasmina com degradação da fibrina, desencadeando a fibrinólise. A hiperprodução de citocinas, particularmente interleucina-1, fator de necrose tumoral e gama-interferon, evidenciada em crianças com linfo- 4 histiocitose familial hemofagocítica, pode ser responsável pelas alterações hepáticas, cerebrais e hematológicas nessas crianças (GROM et al., 2003). Na síndrome de ativação macrofágica ocorre hiperprodução de citocinas provenientes de linfócitos T ativados e macrófagos (IFN-g, GM-CSF, IL-6, IL-1 e TNFa), diminuição importante da atividade das células NK e da perforina (proteína que controla a atividade citotóxica das células NK e linfócitos T) (WULFFRAAT et al., 2003). REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Síndrome de Ativação Macrofágica A síndrome de ativação macrofágica ou linfohistiocitose hemofagocítica secundária é um distúrbio raro do sistema fagocitário mononuclear caracterizado pela ativação generalizada de histiócitos com marcada hematofagocitose, evidenciada no aspirado de medula óssea. Está associado a doenças crônicas como a artrite idiopática juvenil sistêmica, artrite idiopática juvenil poliarticular, lúpus eritematoso sistêmico, artrite idiopática juvenil psoriásica, doença de Kawasaki e doença de Still (AVCIN et al., 2006). Essa desordem foi identificada por Risdall et al. (1979), em 1979, e o termo síndrome de ativação macrofágica foi descrito pela primeira vez por 5 Hadchouel et al. (1985), em 1985, em um relato de sete pacientes com artrite idiopática juvenil de início sistêmico que desenvolveram essa complicação no decorrer da doença. Hoje, a síndrome de ativação macrofágica é uma rara e reconhecida complicação da forma sistêmica da artrite idiopática juvenil (PRADO et al., 2004). Sua incidência e os mecanismos que a desencadeiam ainda não são bem conhecidos (CORTIS; INSALACO, 2006). É considerada uma complicação potencialmente letal, com a taxa de mortalidade variando de 8 a 22% (SAWHNEY et al., 2001). A apresentação clínica é geralmente aguda e dramática. O quadro ocasionalmente pode evoluir para a falência de múltiplos órgãos (EMMENEGGER et al., 2005). Por vezes o diagnóstico é difícil, pois suas manifestações clínicas podem se assemelhar às manifestações da atividade da doença ou a um quadro de infecção generalizada (sepse). O paciente geralmente apresenta-se agudamente doente, com febre alta não remitente, linfadenopatia generalizada, hepatoesplenomegalia, disfunção do sistema nervoso central, leucopenia, trombocitopenia, anemia, velocidade de sedimentação das hemácias baixa, aumento das enzimas hepáticas, coagulação intravascular disseminada e aumento exagerado da ferritina (RAVELLI et al., 2005). Estes autores estabeleceram critérios preliminares para o diagnóstico desta complicação nos pacientes com o subtipo sistêmico, que consiste na 6 presença de 2 ou mais critérios laboratoriais, ou 2 ou 3 ou mais critérios laboratoriais e/ou clínicos. Em casos duvidosos, pode ser necessária a realização de um aspirado da medula óssea para pesquisar a evidência de hemofagocitose. O diagnóstico da síndrome ocorrendo em associação com a atividade inflamatória do lúpus e precipitada por infecções alerta para alguns aspectos. A síndrome de ativação macrofágica representa os aspectos clínicos e laboratoriais da hiperprodução de citocinas e ativação de macrófagos diferenciados (histiócitos), contudo ainda não há critérios diagnósticos padronizados. A identificação da síndrome de ativação macrofágica secundária ao lúpus é difícil pois, febre, pancitopenia, linfadenopatia, manifestações neurológicas, artrite, exantema, hepatomegalia, manifestações renais e cardíacas, aumento da DHL também fazem parte da atividade inflamatória da própria doença. Entretanto, há manifestações específicas, como a hiperferritinemia, a hipofibrinogenemia, a disfunção hepática, a esplenomegalia e a hemofagocitose no aspirado da medula óssea. A queda paradoxal da VHS secundária à hipofibrinogenemia também é sugestiva (RAVELLI, 2002). Há relatos sugerindo que a maior dificuldade de diagnosticar a síndrome de ativação macrofágica em pacientes lúpicos encontra-se na semelhança das manifestações clínicas infecciosas e de atividade da doença, já que no caso do o lúpus eritematoso sistêmico juvenil associado com a síndrome de ativação 7 macrofágica, as manifestações são insidiosas e de diagnóstico diferencial complexo (PRINGE et al., 2007). Evidências sugerem que a etiopatogenia da síndrome de ativação macrofágica está associada a um defeito hereditário da imunorregulação, predispondo à proliferação histiocítica em resposta agentes desencadeantes específicos, como os vírus, doenças auto-munes, imunodeficiências (como na fase acelerada da síndrome de Chédiak-Higashi) e drogas (SEKIGAWA et al., 2001). Vários medicamentos têm sido descritos como possíveis desencadeantes da síndrome de ativação macrofágica, particularmente antiinflamatórios não-hormonais (ácido acetilsalicílico e indometacina) e sais de ouro, desencadeando a síndrome após a segunda dose semanal, metotrexato, penicilamina e sulfasalazina (SAWHNEY et al., 2001). A visualização de macrófagos ou histiócitos ativamente fagocitando eritrócitos é evidenciada em 40 a 82% (RAVELLI, 2002). O tratamento adequado da síndrome de ativação macrofágica é fator relevante no prognóstico, sobretudo quando ocorre a rara associação com doenças sistêmicas. A síndrome de ativação macrofágica, no curso de doenças sistêmicas em que há presença de infecção (por exemplo, sarcoidose e poliarterite nodosa), deve visar, primeiramente, o tratamento da infecção, com redução da terapia imunossupressora. Não obstante, essa síndrome associada exclusivamente a doenças sistêmicas (sem infecção), como lúpus eritematoso sistêmico e doença de Still, 8 deve ter a terapia imunossupressora aumentada, uma vez que o início dessas doenças é fator desencadeante da síndrome (DHOTE et al., 2003). A ciclosporina A tem sido uma potente droga imunossupressora nesse tratamento (MOUY et al., 1996). As manifestações clássicas da doença de Still, o diagnóstico precoce (principalmente laboratorial) da síndrome de ativação macrofágica e a intervenção imediata (com terapia imunossupressora e corticóide) são imprescindíveis no controle dos sintomas e para um melhor prognóstico do paciente. DISCUSSÃO Essa síndrome pode acontecer associada a outras doenças sistêmicas. A síndrome de ativação macrofágica associada a artrite idiopática juvenil ocorre principalmente em crianças (STÉPHAN et al., 2001), podendo acometer adultos jovens que apresentaram o início da artrite idiopática juvenil na infância, após períodos de duração da doença de 2 a 12 anos, ou, raramente, ocorrer na doença de Still em adultos. A síndrome da ativação macrofágica é uma complicação grave da artrite idiopática juvenil que acontece quase que exclusivamente no tipo de início sistêmico. É considerada uma forma de síndrome hemofagocítica linfohistiocitária. Pode ser desencadeada por infecções virais, uso de medicamentos, 9 como antiinflamatórios não-hormonais, sais de ouro e sulfassalazina. O quadro clínico se caracteriza por aparecimento súbito de febre, linfadenomegalia generalizada, hepatoesplenomegalia e distúrbios de coagulação. O quadro pode evoluir com insuficiência respiratória, encefalopatia e insuficiência renal. Ao contrário do que acontece na artrite idiopática juvenil sistêmica, pacientes com síndrome da ativação macrofágica apresentam VHS baixo e pancitopenia. Outras alterações laboratoriais são prolongamento do tempo de protrombina e de tromboplastina parcial, aumento dos triglicérides e elevações importantes da ferritina. O diagnóstico pode ser confirmado pelo achado de histiócitos fagocitando hemácias ou plaquetas na medula óssea, em gânglios linfáticos, no fígado ou no baço. O reconhecimento precoce e o tratamento adequado dessa complicação são essenciais para a sobrevivência do paciente. Doses altas de corticosteróides (na forma de pulsos), ciclosporina e imunoglobulina endovenosa já foram utilizadas com sucesso no tratamento dessa síndrome (RAVELLI; MARTINI, 2007). Em 1997 foi descrito no Japão um caso de síndrome de ativação macrofágica associado com artrite idiopática juvenil de início sistêmico com grande produção de Fator de Necrose Tumoral – α levando à ativação macrofágica (IMAGAWA et al., 1997). Além disso, o fator estimulador de colônias de macrófagos está elevado na fase ativa da doença e diminuído na fase convalescente, indicando que este fator possa ser um potente estimulador de produção de citocinas pelos macrófagos (PRAHALAD et al., 2001). 10 Ravelli et al. (2001) descreveram um paciente com artrite idiopática juvenil de início sistêmico que desenvolveu síndrome de ativação macrofágica rapidamente após a introdução de metotrexate, sugerindo que esta droga possa ser um potencial desencadeador da síndrome. Stéphan et al. (2001) descreveram como desencadeador freqüente a infecção em 11/24 pacientes e a introdução de medicação em três casos. Também para Silva et al. (2004) a síndrome de ativação macrofágica é uma complicação da artrite idiopática juvenil sistêmica com alta morbidade e mortalidade. A presença de insuficiência hepática aguda e pancitopenia nos pacientes com artrite idiopática juvenil deve alertar para o diagnóstico de síndrome de ativação macrofágica. Seu reconhecimento precoce, diferenciando-a da própria atividade sistêmica da artrite idiopática juvenil sistêmica, e a introdução de terapêutica agressiva contribuem para o melhor prognóstico. Eles realizaram estudo para descrever as características da síndrome de ativação macrofágica associada a artrite idiopática juvenil. Foram analisados retrospectivamente os prontuários de 462 pacientes com artrite idiopática juvenil. Destes, sete (1,5%) pacientes desenvolveram síndrome de ativação macrofágica( todos tinham a forma sistêmica da doença). A mediana de idade de início da artrite idiopática juvenil foi de 3 anos e 10 meses, e a mediana do tempo de duração da artrite idiopática juvenil até aparecimento da síndrome de ativação macrofágica foi de 8 anos e 4 meses. Todos os pacientes apresentaram febre, icterícia, hepatoesplenomegalia, sangramentos, pancitopenia e elevação das enzimas hepáticas e dos tempos de coagulação e 11 bilirrubina direta. Nessa casuística,três casos apresentaram infecções associadas e um caso desenvolveu a síndrome de ativação macrofágica 2 semanas após a introdução de sulfasalazina; Três pacientes morreram. Proliferação macrofágica e hemofagocitose foram evidenciadas em cinco. A terapêutica da síndrome de ativação macrofágica incluiu pulsoterapia com metilprednisolona em todos, ciclosporina em três, plasmaférese em dois e gamaglobulina endovenosa em dois (SILVA et al., 2004). CONSIDERAÇÕES FINAIS Pode-se perceber, através desta revisão que a síndrome de ativação macrofágica é uma complicação séria de distúrbios inflamatórios sistêmicos, particularmente da artrite idiopática juvenil de início sistêmico, doença de Still do adulto e lúpus eritematoso sistêmico, que se acredita serem causados por um excesso de ativação e proliferação de linfócitos e macrófagos. A estratégia para o tratamento da síndrome de ativação macrofágica é feita usualmente com base na administração parenteral de altas doses de corticosteróide (pulsoterapia com metilprednisolona). Atualmente, a segunda droga indicada na literatura é a ciclosporina A, particularmente nos casos refratários aos corticosteróides. Outras modalidades terapêuticas são: imunoglobulina polivalente, ciclofosfamida, plasmaférese e etanercepte. 12 O tratamento deve ser iniciado o mais precocemente possível em razão do alto risco de mortalidade, com controle de desordens eletrolíticas (hiponatremia) e desordens de coagulação, bem como o tratamento de infecções intercorrentes quando presentes. Assim sendo, a síndrome de ativação macrofágica deve sempre participar do diagnóstico diferencial de todo o paciente com febre persistente, síndrome adenomegálica e pancitopenia. A procura da etiologia deve ser ampla e exaustiva para melhor compreensão da entidade e de suas complicações, bem como para a instituição da terapêutica apropriada com a finalidade de reduzir seu potencial de letalidade. 13 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. AVCIN, T.; TSE, S.M.L.; SCHNEIDER, R.; NGAN, B.; SILVERMAN, E.D. Macrophage activation syndrome as the presenting manifestation of rheumatic diseases in childhood. J Pediatr, v. 18, p. 683-686, 2006. 2. 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