AP ESTADO, GOVERNO E MERCADO

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APRESENTAÇÃO DA ATIVIDADE
Curso: Gestão Pública Municipal
Código da Disciplina: D03-1
Nome da Disciplina: Estado Governo e Mercado
Natureza: Obrigatória
Polo de Apoio
Águas Lindas
Presencial da UAB Turma I
Turma:
Tutor Presencial: Ronaldo Torquato
Tutor a Distância: João Bosco
Cursista: José Carlos Costa Bezerra
Elaboração da Atividade
RESENHA CRÍTICA
STIGLITZ, Joseph. A crise de Wall Street equivale à queda do Muro de Berlim
Entrevista concedida ao jornalista Nathan Gardels do Jornal El País. 2008. Tradução
de
Marco
Aurélio Weissheimer.
Disponível
em
<http://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Economia/A-crise-de-Wall-Street-equivale-aqueda-do-Muro-de-Berlim%0D%0A/7/14501
1 INTRODUÇÃO
O artigo escrito de forma clara e cristalina, cita principalmente fatos relacionados à
crise ocorrida em Wall Street no ano de 2008, fazendo inclusive uma breve equivalência
do episódio americano com a queda do Muro de Berlim.
2 RESUMO DA OBRA
O artigo que na realidade é uma entrevista está dividido em quatro indagações
1
feitas pelo jornalista Nathan Gardels (jornalista do jornal El País) ao economista Joseph
Stiglitz, que foi o ganhador do Prêmio Nobel de Economia no ano de 2001.
Na primeira pergunta, STIGLITZ, responde que o presidente dos EUA acerta quando
disse que o sistema financeiro e a economia se encontram num “estado deplorável” e que
lá existem diversos especialistas geniais, grandes instituições acadêmicas e um forte e
próspero setor de tecnologias. Os mercados financeiros são os patrocinadores de cerca
de 30% dos lucros dos empresários, nos últimos anos. Os lucros se deram por conta de
uma gestão de risco com intuito de obter rendimentos mais expressivos, porém devido
essa ação “selvagem capitalista”, a economia também amargou prejuízos por conta das
trocas comerciais que diminuirão devido à redução de crédito. Está explícito que essa
desigualdade, considerada maior que a Grande Depressão, atrapalha a dinâmica de uma
economia séria. Estando os salários congelados (sem aumentos) o aumento da economia
nos últimos cinco anos em base num mesmo capital replicado para servir ao mercado
imobiliário (bolha imobiliária), que logicamente haveria de arrebentar.
A segunda resposta, o entrevistado elenca que o chefe do Federal Reserve, Alan
Greenspan, ignorou ações que pudessem evitar a bolha imobiliária e financeira; a falta
de regulação no sistema econômico-financeiro há anos, com certeza contribuiu e muito
para essa crise. Se houvesse uma ação mais firme de controle por parte do Estado, esse
evento conhecido popularmente como “bolha”, existiria, mas não de forma assustadora e
descontrolada, onde no final das contas, o sistema financeiro não geriam riscos, mas sim,
os criavam. Sobre isso, STIGLITZ, reafirma dizendo que: “Se alguém compra um produto,
necessita de uma informação simples e básica: qual é o risco. Essa é a questão”.
A terceira resposta, o ganhador do Prêmio Nobel de Economia do ano de 2001
confirma que, bancos ou fundos soberanos da China, Japão, Europa e países do Golfo
são os responsáveis por provocarem a desordem/caos na economia americana, devido os
bens imóveis garantidos (ativos hipotecários) estarem nas mãos dessas instituições
sendo que alguns bancos europeus tiveram prejuízos maiores por conta da hipoteca
2
subprime (hipotecas de elevado perigo conhecida como subprime, eram créditos dados a
pessoas com problemas/dificuldades em obterem empréstimos nos EUA), reflexos
inarmônicos
por
conta
do
processo
da
Globalização
Mundial.
Por fim, Joseph Stiglitz alega que devido imprevistos ou mesmo de fenômenos
até então desconhecidos, oriundos da Globalização, diversas instituições financeiras que
apresentaram dificuldades financeiras procuraram apoio do Estado para minimização dos
prejuízos econômicos; diante desse fato, para Stiglitz a crise de Wall Street é como se
fosse à queda do muro de Berlim, no qual a economia comunista não se sustenta. Elenca
ainda, naquela época que as declarações do mercado financeiro em defesa da
liberalização eram falsas, ressaltando sobre a farsa entre as ações pelo qual o Tesouro
Americano, o FMI e o Banco Mundial manobraram a crise asiática de 1997, comentando
ainda que os asiáticos na época da crise de Wall Street saíram praticamente ilesos por
não terem imitados o modelo norte americano.
3
3 CONCLUSÃO DA RESENHISTA
De um modo geral, a entrevista com o economista Joseph Stiglitz realizada
pelo jornalista Nathan Gardels, tendo como tema a Crise de Wall Street, conduz ao leitor
conhecer o pensamento do entrevistado sobre os fatos ligados a crise americana de
2008, a conhecer eventos e termos técnicos inerentes aos especialistas das áreas
contábil, econômica e administrativa, de perdas de instituições européias com a crise,
além de compreender a comparação que o entrevistado fez da crise com a queda do
muro de Berlim.
A crise de Wall Street de 2008 foi um evento que abalou os EUA, “ao ver na tela o
pânico generalizado que tomou conta do mercado - com os operadores tendo que lidar
com quedas de 57% - é possível lembrar que a crise teve um caráter histórico muito
marcante, mesmo com a proximidade temporal dos acontecimentos” (LANZONI.Leandro.
“Wall Street – O Dinheiro Nunca Dorme” leva a crise financeira de 2008 para as telas. São
Paulo, 2011. < https://www.wintrade.com.br/WinNews/news/wall-street---o-dinheiro-nuncadorme-leva-a-crise-financeira-de-2008-para-as-telas/902> Acesso em: 05 de janeiro de
2015). Realmente, esse evento marcou a economia americana e também a européia.
Ainda sobre essa perspectiva, em seu artigo eletrônico, o economista José Luís
Oreiro cita que:
“A crise financeira de 2008 foi a maior da história do capitalismo
desde a grande depressão de 1929. Começou nos Estados Unidos
após o colapso da bolha especulativa no mercado imobiliário,
alimentada
pela
enorme
expansão
de
crédito
bancário
e
potencializada pelo uso de novos instrumentos financeiros, a crise
financeira se espalhou pelo mundo todo em poucos meses. O
evento detonador da crise foi à falência do banco de investimento
4
Lehman Brothers no dia 15 de setembro de 2008, após a recusa do
Federal Reserve (Fed, banco central americano) em socorrer a
instituição. Essa atitude do Fed teve um impacto tremendo sobre o
estado de confiança dos mercados financeiros, rompendo a
convenção dominante de que a autoridade monetária norteamericana iria socorrer todas as instituições financeiras afetadas
pelo estouro da bolha especulativa no mercado imobiliário.”1
Com certeza essa crise agitou o mundo dos negócios, no qual segundo reforça
STIGLIZ, aconteceu devido à falta de empenho do Federal Reserve no tocante à
regulação firme sobre o mercado financeiro, agindo esse mercado de forma desregrada e
inescrupulosa, tendo como consequência um fenômeno conhecido como bolha imobiliária.
Ainda sobre a crise, o entrevistado compara o episódio da crise com a queda do
muro de Berlim, realçando que a crise americana de 2008 equivale à queda do muro de
Berlim, por que no caso de Berlim, o comunismo não se sustenta e no caso da crise de
Wall Street, a falta de ações governamentais em relação ao mercado financeiro
“selvagem” também não se sustenta; assim sendo, compreendem se que o Estado deve
estar atento às ações desempenhadas pelas instituições financeiras, visando conter atos
desrespeitosos e incompatíveis com o sistema financeiro americano, no qual tende a
prejudicar a pessoas e a economia no geral.
4 CRÍTICA DO RESENHISTA
A obra fornece subsídios para conhecimento acerca da crise americana de 2008,
conhecida como a Crise de Wall Street, por conta de um fenômeno conhecido como
bolha imobiliária, no qual STIGLITZ ressalta que essa crise é como se fosse à queda do
1
Disponível em: https://jlcoreiro.wordpress.com/2011/09/13/origem-causas-e-impacto-da-crise-valor-
economico-13092011/
5
muro do Berlim, por que a queda do muro significa o fim do comunismo na Alemanha,
modelo de economia que não se sustenta num mundo Globalizado.
GARDELS confeccionou o artigo de sua entrevista com o economista Joseph
Stiglitiz de forma clara e cristalina, com toda fidelidade transmitida pelo Stiglitiz, embora
devido o conhecimento técnico profissional do entrevistado, em certos momentos foram
usados termos técnicos, que dependendo do leitor, este deverá ter o auxílio de um
dicionário ou de um computador ligado à internet para pesquisa. Percebe na entrevista
certas características, como:
1. Quanto às fontes de informação: primária;
2. Quanto ao tipo de entrevista: focalizada
3. Quanto às funções de linguagem: mescla de referencial e apelativa
4. Quanto aos tipos textuais: narrativo
Finalmente, a entrevista do economista Joseph Stiglitz, ganhador do Prêmio Nobel
de Economia, concedida ao jornalista do jornal espanhol El País Nathan Gardels, tendo
como tema principal a Crise de Wall Street de 2008, foi de suma importância para o leitor
tomar conhecimento mais amplo dos fatos sobre o tema em questão, com propósito de
que no futuro eventos como da bolha imobiliária não venham a acontecer mais.
REFERÊNCIAS
 VESENTINI, José William. Geografia, o Mundo em Transição: ensino médio.
PNLD. Editora Ática. 2ª Edição. São Paulo/SP. 2014.
 CRISES MUNDIAIS – UNIPAMPAS – Crise de Wall Street de 2008.
Disponível em: http://www.cursos.unipampas.edu.br/cursos/ppge/.../CRISEWALL-STREET-2008-pós.pdf >. Acesso em: 25 de janeiro de 2015.
6
 WIN NEWS – WINTRADE –“Wall Street – O Dinheiro Nunca Dorme” leva a
crise
financeira
de
2008
para
as
telas.
Disponível
em:
http://www.wintrade.com.br/WinNews/news/wall-street---o-dinheiro-nuncadorme-leva-a-crise-financeira-de-2008-para-as-telas/902 >. Acesso em: 02
de fevereiro de 2015.
 CARTA MAIOR – Revista Eletrônica Carta Maior - A Crise de Wall Street
equivale
à
queda
do
muro
de
Berlim.
Disponível
em:
<
http://cartamaior.com.br/?/Editoria/Economia/A-crise-de-Wall-Streetequivale-a-queda-do-Muro-de-Berlim%0D%0A/7/14501> Acesso em: 03 de
fevereiro de 2015.
 CARTA MAIOR – Revista Eletrônica Carta Maior - A Crise de Wall Street
equivale
à
queda
do
muro
de
Berlim.
Disponível
em:
<
http://cartamaior.com.br/?/Editoria/Economia/A-crise-de-Wall-Streetequivale-a-queda-do-Muro-de-Berlim%0D%0A/7/14501> Acesso em: 03 de
fevereiro de 2015.
 BLOG DE JOSÉ LUÍS OREIRO – Economia, opinião e atualidade – Origem,
causas
e
impactos
da
crise.
Disponível
em:
<
https://jlcoreiro.wordpress.com/2011/09/13/origem-causas-e-impacto-dacrise-valor-economico-13092011/> Acesso em: 03 de fevereiro de 2015.
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