A queda do muro de Nova York

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A queda do muro
de Nova York
Grupo TACA, do Colégio Anchieta apresenta “Morte e Vida
Severina” no dia 11 de novembro
O grupo infanto-juvenil do TACA – Teatro Amador do Colégio
Anchieta – tem o prazer de convidar a população para a apresentação de
“Morte e Vida Severina”, de João Cabral de Melo Neto.
Jovens atores prometem momentos de muita emoção, através da
representação do poema dramático que relata a dura trajetória de um
migrante nordestino em busca de uma vida mais favorável no litoral.
“Morte e Vida Severina”, o texto mais popular de João Cabral
de Melo Neto, é um Auto de Natal do folclore pernambucano. Foi escrito
entre 1954-55, e tem como subtítulo “Auto de Natal pernambucano”, com
inspiração nos autos pastoris medievais ibéricos, além de espelhar-se na
cultura popular nordestina.
Em 1965, a pedido do escritor Roberto Freire, diretor do Teatro da
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (TUCA), o músico Chico
Buarque musicou o poema para a montagem da peça. Desde então sua
presença no teatro brasileiro tem sido constante.
Essa peça se tornou um sucesso, inclusive recebendo premiação
num festival universitário de Nancy na França. Venha prestigiar a arte de
jovens atores friburguenses, que além de atuarem, também são os
responsáveis pela criação e confecção do cenário. A direção e produção é
da professora Jane Ayrão. Dia 11 de novembro, às 19h, no Teatro do Colégio
Anchieta. Entrada franca.
Movimentos irão realizar manifestação no dia 11 de
novembro na Praça Getúlio Vargas. Objetivo é mobilizar a
população para uma mudança no tipo de desenvolvimento
de Friburgo.
Após quase 10 meses do maior desastre ambiental da história do
país, a situação da região serrana fluminense ainda encontra-se
extremamente crítica. Movimentos organizados pela internet vão realizar
uma manifestação na Praça Getúlio Vargas em 11 de novembro. Existe
também a proposta da construção de uma articulação regional (Nova
Friburgo, Teresópolis, Itaipava, Petrópolis e Bom Jardim) dos vários
movimentos, para participação na RIO+20, com projetos e propostas de
cada município, para se manter um show room de informações, vídeos,
fotos, e projetos durante os10 dias desse encontro, em junho de 2012.
Segundo os organizadores, a Rio+20 é uma oportunidade única para a
denuncia da situação em que se encontram nossas cidades e para a
obtetenção de apoio internacional para um projeto de reconstrução póscatástrofe sob bases sustentáveis. A reunião acontecerá no dia 13/11 às
15 hs, na própria praça central de Nova Friburgo. Compareça e ajude a
divulgar. Contatos através do facebook: Grupo “Nova Friburgo em
Transição”.
“Flores da Serra” vai representar Nova Friburgo em
Festival de Cinema em São Paulo.
Com direção do jovem artista plástico Ilson Junior, da produtora
Singularidade, o videoclipe ‘Flores da Serra’, animação baseada na cançãotítulo do CD lançado em julho último pelo friburguense Arnaldo Luis Miranda, foi
selecionado entre 537 trabalhos inscritos e estará participando da mostra
competitiva na categoria ambiental do 8º CineFest Votorantim, Festival Nacional
de Cinema que será realizado entre os dias 15 e 20 de novembro, naquela
cidade do sudoeste paulista. O videoclipe ‘Flores da Serra’ concorrerá com
outros cinco filmes de sua categoria, a mostra competitiva ambiental. Ao todo,
são também cinco categorias de mostras, incluindo a ambiental: ficção,
documentário, animação, regional, além da mostra paralela. Produzido pela
Cia do Ar ações em cultura, o clipe integra o DVD ‘Flores da Serra’ em fase de
produção e tem roteiro de Izabella Greco e Paula Beatriz de Oliveira.
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Minha geração testemunhou as duas
últimas quedas; a do muro de Berlim
e das Torres Gêmeas. Elas transformaram
a forma que enxergamos o mundo.
Felipe Tourinho
A imagem da queda é um
lugar comum nos momentos de
crise e de transição civilizatória.
Queda de Tróia, queda do
Império Romano, queda de
Constantinopla, queda da Bastilha,
queda do Muro de Berlim, queda das
Torres Gêmeas.
Minha geração testemunhou
as duas últimas quedas; a do muro
de Berlim e das Torres Gêmeas.
Elas transformaram a forma que
enxergamos o mundo.
Nos últimos dias, parece que
um outro muro está ruindo, o Muro
de Nova York. O movimento
Ocupem Wall Street parece estar
fazendo isso.
Pois está se formando um
movimento espontâneo, descolado
da democracia representativa, que
está canalizando a insatisfação de
milhões de americanos.
É curioso notar que esse tipo
de movimento, que ocupa praças
com acampamentos, tem inspiração
na ocupação da Praça Tahrir (Praça
da Libertação) no Cairo e se
espalhou na Primavera Árabe.
Depois veio a Espanha, com
os Indiguinados, chegou aos EUA e
se espalha pelo mundo.
Pelo que andei lendo nos
jornais, parece que, no meio de
pautas políticas diversas, duas
reinvidicações parecem unir a
grande maioria: 1) que o sistema
financeiro e as grandes corporações
sejam responsabilizados pela crise
econômica, pois em seu nome
realizou-se uma série de operações
temerárias que levaram a economia
mundial ao caos; e 2) que o sistema
financeiro e as grandes corporações
sejam impedidos de despejar
dinheiro para financiar candidaturas
comprometidas com seus
interesses.
Este é o início da demolição
do Muro de Nova York, ou seja, Wall
Street, a Rua do Muro, pois Wall
quer dizer muro em inglês. Em Wall
Street está a Bolsa de Valores de
Nova York.
Comunismo e capitalismo
compartilham a mesma origem, a
sociedade moderna. É ela que está
em crise. Primeiro veio a crise do
comunismo, agora é a do
capitalismo.
O que virá depois?
Há quem compare o
movimento Ocupe Wall Street aos
da década de sessenta, mais
especificamente à passeata de
1963, que culminou com o discurso
de Martim Luter King: “I have a
dream” (Eu tenho um sonho). Esse
movimento político deu origem á
conquista dos direitos civis nos
EUA.
*
A morte de Steven Jobs foi
intensamente repercutida pelos
meios de comunicação.
Considerado um gênio
revolucionário no campo dos
negócios ligados à telemática
(telecomunicações + informática),
é colocado entre os grandes
empreendedores de outras épocas
como
Thomas
Edison
(eletricidade), Rockfeler (petróleo)
e Ford (automóveis).
Um dia antes de sua morte,
foi anunciado o lançamento do
iPphone 4. A novidade agora é que
a inteligência artificial está
disponível ao grande público.
Por exemplo, você fala
perguntando ao seu iPhone se deve
ou não levar o guarda-chuva para a
rua hoje. O iPhone vê no GPS a sua
localização, entre no Google,
acessa sites de previsão do tempo
e responde pra você sim ou não.
Imagino o grande valor que
esse feito tecnológico pode ter em
uma ampla gama de atividades
humanas.
O que me espanta é que a
mesma sociedade que produz
essas maravilhas tecnológicas é a
mesma que destrói o planeta e gera
uma economia artificial e doente.
A vida de Steven Jobs
encarnou o mito do self made man
americano. Filho de pai sírio e de
mãe americana, ele foi dado para a
adoção e nunca terminou a
faculdade.
O primeiro computador
pessoal saiu de uma garagem no
Vale do Silício e do talento de um
grupo de jovens, um deles era Jobs.
Talvez só nos EUA isso poderia ter
acontecido.
Suas invenções, o iPhone e
os tablets foram apontados por
muitos
como
elementos
importantes para o aparecimentos
das manifestações populares de
protesto que estão sacudindo o
mundo em 2011.
Felipe Tourinho é médico
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