NEWS LETTER SUPRA SOY DESTAQUE CIENTÍFICO – NUTRIGENÔMICA, INFLAMAÇÃO & SAÚDE A interação entre o corpo humano e a nutrição é um processo extremamente complexo envolvendo a fisiologia de diversos órgãos com os mecanismos moleculares em nível de regulação (genes, expressão genética, proteínas e metabólitos) (CORTHESY-THEULAZ et al., 2005). Os nutrientes podem ser considerados como cofatores, participando na regulação de vias metabólicas tanto pela regulação alostérica de enzimas específicas como pela modulação da secreção hormonal. Ainda, os nutrientes podem agir diretamente ou por meio de suas conseqüências hormonais na modificação da expressão de genes e proteínas; também sabe-se que a variação do genoma pode influenciar a utilização dos nutrientes, bem como a ocorrências das doenças crônicas não-transmissíveis (obesidade, diabetes tipo 2, câncer e doenças cardiovasculares) (CORTHESY-THEULAZ et al., 2005). Os fatores nutricionais podem modificar a expressão genética e, dependendo do genótipo individual, o metabolismo dos nutrientes pode variar resultando em diferentes condições de saúde ou doença (CORTHESY-THEULAZ et al., 2005). Os nutrientes podem modular a atividade de fatores de transcrição ou a secreção de hormônios que por sua vez podem interferir diretamente sobre um fator de transcrição. Vale lembrar que fatores de transcrição são proteínas que se ligam a seqüências específicas de DNA localizadas dentro de uma região promotora dos genes e podem ativar ou inibir sua transcrição (CORTHESY-THEULAZ et al., 2005). Existem ações que podem funcionar como agentes desencadeantes de doenças para as quais somos geneticamente suscetíveis, portanto a expressão genética deve sempre ser considerada. A saúde individual e o bem-estar podem ser alterados pelas escolhas nutricionais: é possível modificar as funções genéticas, ou seja, aumentar o potencial dos fatores genéticos positivos e minimizar os efeitos daqueles prejudiciais. A inter-relação da nutrição e da expressão genética pode ser simplificada a dois processos: a influência do consumo de um nutriente na expressão do gene e na síntese protéica (Nutrigenômica) e a influência da expressão genética na determinação das necessidades nutricionais e das respostas do corpo ao consumo dos nutrientes (Nutrigenética) (MUTCH et al., 2005; HESKETH et al., 1998). Os nutrientes e os compostos fitoquímicos regulam a transcrição dos genes, o processamento do RNA nuclear, a degradação e a translação do RNAm. A dieta interage com os genes, que podem subseqüentemente afetar a transcrição gênica, a formação de proteínas, as vias metabólicas e sua função (MENSINK & PLAT, 2002). Trujillo e colaboradores sugerem que nutrientes e compostos bioativos modulam processos bioquímicos envolvidos no início, incidência, progressão e severidade das doenças; agem direta ou indiretamente alterando a expressão gênica e seus produtos; podem compensar ou acentuar os efeitos dos polimorfismos genéticos; e seus efeitos são dependentes do estado de saúde, doença e da base genética de cada indivíduo. Os estudos mais recentes em relação à fisiopatologia das doenças crônicas não transmissíveis como obesidade, diabetes, doenças cardiovasculares e câncer têm demonstrado que a principal causa dessas doenças são fatores ambientais que comprometem nosso sistema imunológico expondo o organismo a uma maior secreção de substâncias que desencadeiam uma inflamação crônica subclínica. Para redução da inflamação crônica subclínica e prevenção de doenças, estudos baseados nos princípios da Nutrigenômica demonstram que é de extrema importância a modulação nutricional de fatores de transcrição gênica, como o NF-kappa B. Há inúmeros compostos bioativos presentes nos alimentos funcionais capazes de modular a inflamação por meio da inativação do NfκB, tais como: ácidos graxos ômega-3 (peixes e linhaça), lignanas (linhaça), beta-glucanas (aveia), antocianinas (frutas avermelhadas), licopeno (frutas e vegetais avermelhados), catequinas (chá verde) e as isoflavonas (soja). SOJA & ISOFLAVONAS A soja já foi reconhecida cientificamente como um alimento capaz de exercer benefícios à saúde e está associada com a prevenção de algumas patologias. O consumo diário de no mínimo 25 g de proteína de soja pode ajudar a reduzir os níveis de colesterol, contribuindo para a manutenção da saúde cardiovascular. Outros efeitos benéficos do consumo de soja e seus subprodutos, incluem: prevenção de diversos tipos de câncer, diabetes e obesidade e proteção contra doenças renais e intestinais (ALLISON et al., 2003; MUNRO et al., 2003; BRICARELLO et al., 2004). Além disso, estudos já têm demonstrado que tanto a proteína da soja quanto as isoflavonas, também podem estimular o sistema imune e exercer efeitos antiinflamatórios em diversas doenças. Estudos científicos têm indicado importantes efeitos antiinflamatórios da soja: O consumo de soja por 8 semanas pode reduzir os níveis de IL-8 e da proteínca Creativa (importantes marcadores inflamatórios) em mulheres com síndrome metabólica (AZADBAKHT et al., 2007). A ingestão de 50mg por dia de isoflavonas, na forma de barras de cereais, reduziu os níveis de PCR .em 117 mulheres na pós-menopausa (HALL et al., 2005). Mulheres na pós-menopausa consumindo diariamente 1 litro de bebida a base de soja, contendo 112,1mg de isoflavonas (como glicosídeos conjugados) apresentaram redução de 66,7% nos níveis de TNF-alfa (HUANG et al., 2005). Outros nutrientes Os estudos científicos também têm indicado que diversas vitaminas e minerais podem influencia a ativação do NFκB, tais como: Zinco, manganês, cobre, cálcio, magnésio, selênio Vitaminas A, C, D, E, B6, B12 e ácido fólico. Assim, com base na importância dos fatores genéticos e da inflamação na etiologia das doenças crônicas não transmissíveis, é importante que as escolhas dietéticas considerem os fatores individuais e busquem alimentos capazes de modular a genética e a inflamação. O consumo regular desses alimentos será fundamental para auxiliar na redução do risco de desenvolvimento de diversas doenças crônicas não transmissíveis. Nesse sentido, Supra Soy® em seu position statement por ser um alimento que contém nutrientes imunomoduladores, está aliado aos avanços da Nutrigenômica, com quantidades importantes para a modulação gênica da resposta inflamatória, auxiliando não só na prevenção, mas também no tratamento das doenças crônicas não transmissíveis, no aumento da performance física e contribuindo inclusive nas desordens estéticas. Referências Bibliográficas 1. HESKETH, J.E.; VASCONCELOS, M.H.; BERMANO, G. Regulatory signals in messenger RNA: determinants of nutrient-gene interaction and metabolic compartmentation. Br J Nutr; 80: 307-321, 1998. 2. MENSINK, R.P.; PLAT, J. Post-genomic opportunities for understanding nutrition: the nutritionist’s perspective. Proc Nutr Soc; 61: 401-404, 2002. 3. CORTHÉSY-THEULAZ, I.; DEN DUNNEN, J.T.; FERRÉ. P. et al. Nutrigenomics: The Impact of Biomics Technology on Nutrition Research. Ann Nutr Metab; 49:355–365, 2005. 4. MUTCH, D.M.; WAHLI, W.; WILLIAMSON, G. Nutrigenomics and nutrigenetics: the emerging faces of nutrition. FASEB J; 19: 1602-1616, 2005. 5. ALLISON, DB. GADBURY, G. SCHWARTZ, LG. et al. novel soy-based meal replacement formula for weight loss among obese individuals: a randomized controlled clinical trial. Eur J Clin Nutr, 57(4): 514-22, 2003. 6. MUNRO, IC. HARWOOD, M. HLYWKA, JJ. Et al. Soy isoflavones: a safety review. Nutr Rev, 61(1): 133, 2003. 7. BRICARELLO, LP. FONSECA, FAH. BERTOLAMI, MC. et al. Comparision between the effects of soy milk and non-fat cow milk on lipid profile and lipid peroxidation in patients with primary hypercholesterolemia. J Am Coll Cardiol, 41(6): Suppl. A, 2004. 8. AZADBAKHT, L.; KIMIAGAR, M.; MEHRABI, Y.; et al. Soy consumption, markers of inflammation, and endothelial function: a cross-over study in postmenopausal women with the metabolic syndrome. Diabetes Care; 30(4):967-73, 2007. 9. HALL, W.L.; VAFEIADOU, K.; HALLUND, J.; et al. Soy-isoflavone-enriched foods and inflammatory biomarkers of cardiovascular disease risk in postmenopausal women: interactions with genotype and equol production. Am J Clin Nutr; 82(6):1260-8, 2005. 10. HUANG, Y.; CAO, S.; NAGAMANI, M.; et al. Decreased circulating levels of tumor necrosis factoralpha in postmenopausal women during consumption of soy-containing isoflavones. J Clin Endocrinol Metab; 90(7): 3956-62., 2005. AGENDA EVENTOS SUPRA SOY – 2008 CONGRESSOS DATAS LOCAIS Venha visitar nosso Stand e conhecer nossa linha de produtos e de materiais científicos!!!! SITES INTERESSANTES Sites com informações científicas na área de nutrição que Supra Soy recomenda: Para atualização científica em nutrição www.vponline.com.br; Site do Journal of Nutrition (www.nutrition.org) fornece os abstracts e alguns textos na íntegra dos artigos científicos da edições da revista; Site do American Journal of Clinical Nutrition (www.ajcn.org), com abstracts e artigos na íntegra de temas científicos voltados para nutrição. Site que disponibiliza o fator de inflamação de mais de 1600 alimentos (Inflammation Factor - http://www.inflammationfactor.com), para o cálculo dos efeitos da dieta sobre o risco de inflamação.